Os seres vivos mais simples ou primários seriam muito mais cognitivos do que psicológicos/intra e inter-sociais/mentalistas, justamente porque os seus tempos de vida são muito curtos e/OU porque apresentam níveis pouco complexos de comportamento. Neste sentido, que parece óbvio de se dizer, mas vamos continuar mesmo assim, o ser humano seria o mais mentalista [introspectivo, empático].
Lembrando as diferença entre ''ações cognitivas'' e ''ações psicológicas'': as primeiras seriam mais objetivas, tarefa-orientadas, geral ou predominantemente de natureza impessoal/associal, especialmente quando não estão combinadas com as ações psicológicas, que por suas vezes, seriam mais subjetivas, micro-tarefa-orientadas [conversar com outras pessoas, pensar em si mesmo, no que está ou não está fazendo, etc], isto é, de natureza pessoal/social e intrapessoal. As primeiras podem ser mais importantes para a sobrevivência ainda que seja claro e evidente que na maioria das vezes, uma se relacionará com a outra para produzirem os nossos comportamentos.
Podemos entendê-las a partir do espectro do comportamento, desde os movimentos involuntários do corpo [funcionamento dos órgãos], passando pelas ações psicológicas, que nesta perspectiva, seriam anteriores às cognitivas, até as mesmas, porque são menos objetivas ou tarefa-orientadas, por exemplo, ''pensar em si mesmo ou conversar com outra pessoa'' versus ''elaborar uma ferramenta de defesa'', especialmente quando se está a passeio em alguma tribo [até então] perdida de caçadores-coletores... Portanto poder-se-ia dizer que ao invés de um incremento ou adição via ''mentalismo/ações psicológicas'', nós teríamos um alargamento dos comportamentos, mais subjetivos e/ou micro-objetivos/objetivo-de-curto-prazo, que se encontram antes das ''ações cognitivas'', resultando em uma redução tendenciosa da objetividade e/ou crueza comportamental, que por sua vez também tende a ser menos empática.
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