Que doura as folhas das árvores,
Que se despede com lágrimas, que se repetem,
Que deixa o dia morrer, batendo as suas asas de fogo,
Ardendo em laranja, azul fino, desgastado e fosco,
Tímido, cansado,
Que se esconde nas costas,
Em montanhas doces, corcundas, rosas,
Que despe a lua, noite dama e escura,
Nos mistérios das estrelas, nas cantigas, nas fogueiras,
Nos lampiões do velho mundo,
Nas luzes fortes do novo, superficial e profundo,
Nas ruas vazias, nos cantos da civilização,
Nas distâncias dos prédios, nos quadros velhos,
Nas sombras, nos museus de histórias humanas, nos cemitérios,
Nas cores que murcham, no negro que encobre,
O sol do fim de dias, vidas, tardes,
De mais um ciclo, de mais uma miragem.
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