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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Novamente empatia [literalmente cognitiva] parcial e total para explicar as diferenças de compreensão factual entre as pessoas

Empatia literalmente cognitiva parcial: Se coloca no mesmo lugar que o conhecimento mas não em seu corpo. Logo criará uma versão personalizada/ego -centrada do conhecimento que está sendo internalizado, sobrepondo preconceitos cognitivos ou disposições instintivas mais agudas ao conhecimento de interesse. 

Intelectualmente interessados tendem a fazer assim com grande frequência se não for característico deles e de suas abordagens intelectuais.

Empatia literalmente cognitiva total: Não se coloca apenas no lugar mas também na ''pele'' do conhecimento. Deste modo pode "ver" melhor os seus padrões, desafios ou erros e possibilidades de expansão, ''como se fosse ele mesmo''. Ainda que todos estejamos sujeitos à sobreposição de nossos instintos sobre nossos objetos de interesse esta tendência se fará menos intensa ou mais controlada e mesmo útil para os obsessivamente/apaixonadamente interessados ou intelectualmente obcecados.

Os artificialmente inteligentes tendem a confundir ou a borrar as fronteiras de si mesmos e de suas áreas de interesse resultando em uma perda potencialmente permanente de autenticidade/real conhecimento em relação às mesmas. Aquilo que já comentei, desde aquele que detém tão profundo conhecimento sobre certa área que ''mais parece que prevê comportamentos futuros ou reverberações dela'', resultando em insights criativos, quando de fato entendemos ou compreendemos algo, a ponto de poder ampliar as suas fronteiras de entendimento, até àquele que o faz de modo desgarrado, oportunista, vendo a sua própria área de interesse mais como uma escada, um meio para se chegar a um fim, em outras palavras, menos autêntico, expressando ''empatia parcial'', pois se coloca no lugar de sua área de interesse mas não em sua ''pele'', em sua ''mente''. Compreende o seu lugar, só que por si mesmo, sem uma espécie de pureza perceptiva objetivamente direcionada ao objeto de escrutínio, percebendo apenas ele, sem a interferência pessoal. Isso seria o verdadeiro conhecimento ou reconhecimento, a ''projeção'' sem ser auto, ainda que em relação a fatos morais, reside a necessidade da auto-projeção, de preferência sabiamente controlada. 


Tal como quando nos colocamos no LUGAR de um mendigo, onde que ele está, na sociedade, na vida real/literal, na rua, descalço, com roupas maltrapilhas, entregue à qualquer sorte, MAS NÃO em sua pele, como se fôssemos ele, entendendo-o. Neste caso podemos concluir que o conhecimento parcial, advindo de uma empatia cognitiva parcial, tende a se consistir no [re]conhecimento ''do lugar'', quando nos posicionamos no ''lugar'' do conhecimento e inevitavelmente nos questionamos quanto às vantagens mundanas ou egoístas que este lugar pode nos oferecer a nós, os fins justificam os meios. Diferente de uma empatia total, quando os fins se justificam por si mesmos, e neste caso o conhecimento que se justifica por si mesmo. 

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