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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Neuroticismo racional versus clássico: Ênfase realista versus criar "expectativas" em excesso, idealizar

Primeiramente há de se fazer justiça com a palavra abstrata "idealização" que nada mais seria do que uma espécie de imaginação só que mais direcionada à ideia do que à sua figura. Idealizar esta bem próximo de imaginar ainda que não sejam exatamente a mesma coisa. Portanto como sabemos que as palavras abstratas em sua maioria estão destituídas de julgo de valor quando não estão vinculadas a nenhum contexto então quando idealizamos isso necessariamente não quer dizer "se enganar, imaginar errado....criar expectativas equivocadas", mas apenas aquilo que esta de fato dizendo, idealizar, porque depende do contexto.

Voltando ao assunto central do texto como eu já havia falado,  para cada variação considerada negativa à patológica de comportamento existe o seu lado racional ou inteiramente justificável. Isto é, as características são parecidas mas as razões podem se diferir imensamente. 

O neuroticismo é um caso interessante e nos mostra outra diferença entre esses traços, o racional e o impulsivo: o seu epicentro.

O clássico neurótico tende a desenvolver baixa autoestima porque internaliza grande, constante e atuante proporção de emoções e impressões negativas inclusive e especialmente sobre si mesmo. Ele passa a criar expectativas equivocadas, a "idealizar" de maneira equivocada tudo aquilo que sua mente se interessa aumentando pra si mesmo as chances de se decepcionar. Em compensação o neurótico racional enfatiza nos problemas especialmente quando passa a identificar muitos deles por meio de uma perceptividade mais aguçada agindo conforme a música/realidade que está se apresentando pra si. Ao invés de idealizar ele muitas vezes fará o oposto isto é, desenvolvendo senso realista. O neurótico racional tem total razão para lamentar enquanto que o neurótico clássico ou exagerado terá menos razões para que o seu comportamento possa ser racionalmente justificado. Portanto vemos novamente que quando um traço negativo de comportamento se dá de modo impulsivo, perceptivamente generalizado e sem direção coesa, então se fará enquanto uma ação primária, mais organicamente íntimo enquanto que quando se manifesta como resposta ou reação secundária então se fará tendenciosamente de modo mais reflexivo, mais sutil e portanto mais racional.

Quando a neurose é muito impulsiva não há nem tempo nem vontade de analisar o pensamento resultando na internalização acrítica de expectativas.

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