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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Vamos fazer um teste**

Testar não é o mesmo que saber tal como mensurar não é o mesmo que analisar e criticar

Sem contexto, nós temos uma simulação da realidade...

Sem analisar e criticar depois de ter mensurado você terá apenas um número e alguns dados estatísticos. 


Vamos testar a sua inteligência ok*


Testar, tal como testar uma hipótese, tal como testar a sua resistência física, testar um ''novo medicamento'' em pobres e azarados animais não-humanos..

Testar, mas saber como de fato você é, apenas na prática real, no mundo real. 

É verdade que os testes cognitivos, como eu já falei trocentas vezes, chegam perto de um reflexo minimamente perfeito da inteligência. 

Por exemplo, eu sei que se eu realizar uma bateria de testes em condições perfeitas de temperatura e pressão que eu vou provavelmente obter como resultados: um perfil cognitivo assimétrico; acima da média no componente verbal, especialmente no componente mais puramente verbal; abaixo da média em aritmética e em acuidades visuais e portanto uma inteligência cognitiva geral na média ou um pouco acima da média-Greenwich [100].

Os testes cognitivos perfeitamente podem me dar todos esses dados, muito úteis aliás, apesar de que, eu possa {e de fato...] muito bem saber no que eu sou bom, médio e ruim, sem ter tido a necessidade de fazê-los, até mesmo porque eu já posso ter ''testado'' ou melhor, usado esses componentes no mundo real, na escola, para estudar, pra concursos públicos, na faculdade, e isso já tenha me dado uma ideia, uma impressão superficialmente [ou bem] acurada de minhas capacidades cognitivas. 

Eu sei que os testes cognitivos não vão me dizer se eu estou mais criativo ou mais racional porque eles não mensuram os dois, simples assim. 

Os testes podem prever, especialmente em uma sociedade meritocraticamente perfeita, o meu lugar na hierarquia do trabalho. Eu, por exemplo, tenho capacidade para lecionar, pra ser professor, e um excelente professor geralmente está bem acima da média em suas capacidades, especialmente naquelas em que ele se especializou mais. E um professor que não tem ''carreira universitária'' será mais propenso a ter uma inteligência cognitiva/quantitativa acima da média, [geralmente] da média-Greenwich [100 pontos].

Mas porque eu sou muito criativo e muito racional, modéstia a parte, os testes podem falhar no meu caso, mas em muitos outros eles tem sido ou podem ser mais precisos. 

Percebam que os testes são bons para prever o quão bons estamos na hierarquia do trabalho...

Alguns dizem que ''a vida é um teste de QI'', eu diria mais, a vida não é um teste, é a realidade do acesso constante da própria inteligência, porque não há mais simulação sem contexto real, não há mais teste, mas a realidade e aquilo que extraímos dela. E na realidade parece até fácil perceber que pontuar alto a muito alto em testes cognitivos, pelo que tudo indica, não está nem 50% positivamente correlacionado com ser mais racional ou mesmo mais criativo. E por que*

Porque não somos máquinas, porque também temos emoção, e aliás a mesma tende a ser quase sempre decisiva em relação à precisão/ao alcance de nossas compreensões factuais, mesmo em indivíduos aparentemente mais frios neste quesito, porque se falta emoção, de qualquer maneira não se estará melhor, pois se consistirá em um desequilíbrio, e a emoção continuará sendo o fator principal para o mesmo. A questão não é, ser menos, ou mesmo estavelmente emocional, mas primordialmente falando, entender a emoção e buscar controlá-la, a ponto de poder ser útil e moral ao mesmo tempo, e no final, quase tudo aquilo que une corretamente lógica com moral (princípio da racionalidade) será também útil e de maneira até maximizada em sua abrangência.

Portanto, ao nos analisar como máquinas mensurando apenas os nossos limites de extensão cognitiva, os testes cognitivos preveem que, como máquinas frias, iremos analisar os padrões e os mais inteligentes serão infalivelmente mais corretos nesta análise e subsequente construção de suas respectivas compreensões factuais, isto é, de seus arcabouços cristalizados de fatos, de informações factuais/ e factualizadas (se deixar de falar dos factoides).

No entanto outros fatores precisam ser ''adicionados'' ou melhor colocados à luz da compreensão para que possamos completar esta conjugação e por fim vê-la em toda a sua realidade. A emoção, um dos fatores já citados, está fortemente atrelada com a maneira com que reagimos à realidade, com os nossos temperamentos e consequentemente com as nossas personalidades. 

O nível de racionalidade/ sabedoria ou julgamento [ quase sempre moral ] é outro fator muito importante e portanto decisivo para o ''teste cognitivo da vida real''.

A capacidade de criatividade prática, isto é, ao invés de ter insights específicos, como quase sempre tendemos a entender e a imaginar como que se manifesta a criatividade, também de te-los de maneira prática, para o dia a dia, também é um fator decisivo para entendermos a inteligência, especialmente a humana, mas também o conceito idealizado ou perfeito que podemos ter sobre ela.

Na previsão, máquinas com mais recursos cognitivos [convergentes], aparentemente, serão absolutamente melhores do que as demais para compreender a realidade, e constatando que, se são tão ''puramente inteligentes [supostamente, sem emoção] então logo entenderão que a realidade tem uma espinha dorsal e que é de vital importância também entendê-la ou mesmo de se principiar por ela.

Mas por causa das muitas imperfeições dessas mensurações psicométricas, que eu já me cansei de falar por aqui, por aquilo que os testes não medem, que essas previsões, não apenas sobre o quão bons estamos na escola e no trabalho, mas também sobre o quão bons estamos em nossas capacidades mais puramente analíticas, de pensamento, e também sobre a qualidade dos nossos recursos emocionais, falham terrivelmente em fazer aquilo que se propuseram originalmente: mensurar e refletir ou espelhar em dois ou três dígitos, e com perfeição, as nossas capacidades [psico] cognitivas.




Perceberam a ênfase em ''não está relacionado com adaptação emocional'', ;) 

E assim nasceu a psicometria, o ramo da psicologia que trata os seres humanos como se fossem máquinas e nomeia apenas o nosso lado mais mecanicista de ''inteligência''. 


Como você está como trabalhador* [ Qual é o seu nível*]

Um teste de QI pode prever isso pra você.


Como você está como manipulador*

Um teste de personalidade pode prever isso pra você.

[Mas claro, não basta apenas o tipo de personalidade]

Pré-ver, quase igual ao pré-conceito...

Até poderíamos concluir a partir daqui que, todo teste cognitivo e de personalidade se consistem em pré-conceitos práticos daquilo que visam refletir, isto é, inteligência e personalidade, porque o conceito prático de algo deve principiar por seu conceito teórico mais semanticamente puro, por sua ''estrutura'' ou ''espinha dorsal'' semântica, isto é, aquilo que é na teoria, deve ser aplicado na prática para que possa ser testado, o nível de validade do teste em si. 


Como você está como observador*


Aí o buraco é mais embaixo. Mas tem um remédio. Você pode começar assim:

Contextualizar [ = mundo real, observar/analisar/criticar--pesar e julgar o comportamento das pessoas e também de eventos, fenômenos e outros seres, a curto e a longo prazo ],

aceitar que a realidade é mais lógica do que o pseudo-filósofo do seu cursinho tem papagueado, e que portanto existem sim ideais e fatos, e que não está tudo solto e subjetivo por aí...




Sim, os meus sociotipos podem ser muito úteis para, por fim, diferenciar, separar essas distintas realidades, porque de fato nós somos [diversamente falando] trabalhadores, manipuladores e observadores. Nós usamos as nossas capacidades psico-cognitivas para aprender certa técnica e replicá-la, vulgo, trabalhar; para manipular e não apenas no sentido mais popular, isto é, mais maquiavélico, porque também manipulamos os padrões da realidade para uma finalidade não-laboral e também somos observadores, esta faceta que está consideravelmente atrelada à compreensão factual, que se consiste na capacidade de encontrar coerência factual dentro do habitual emaranhado de padrões/ informações que geralmente se fazem presentes a nós. Também podemos deduzir que quando usamos apenas a nossa parte cognitiva para aprender uma técnica e replicá-la, então estaremos falando de nossa faceta como trabalhadores (que oferecem trabalho, que é aquilo que os testes cognitivos mensuram melhor), enquanto que quando usamos as nossas inteligências de maneira integrada, isto é, usando a parte cognitiva mais a parte psicológica (capacidades emocionais) para manipular pessoas e ''coisas'', sem necessariamente com isso resultar em qualquer trabalho, então estaremos falando de nossa faceta como manipuladores (que manipulam). E também podemos concluir que quanto estivermos usando nossa psico-cognição ou inteligência [novamente, de maneira integrada] para analisar o mundo e muitas de suas camadas de padrões, mais com o intuito de observar, de perceber, do que de manipular, então estaremos falando obviamente de nossa faceta enquanto observadores ou sujeitos que observam a realidade. 

A bicicleta e o chão

Nas ruas da cidade pequenina,
Me lembro da bicicleta, que queriam me levar,
Queriam me colocar no banco de trás,
Mas que banco*
Queriam me levar, frágil e medroso,
Da esquina até o portão de casa,
Mas eu tinha medo, e tenho,
Eu queria andar com os pés no chão,
Não me importava a distância,
O meu apego à vida era grande, e continua sendo,
Eu queria me proteger, 
Eu previa possíveis acidentes, e me negava a sentar nela,
E a ser levado por ela,
Se a vida já faz isso por nós, 
A vida é preciosa demais, e eu já sabia,
E eu queria me proteger,
E via a bicicleta comum monstro,
Me machucava, e ainda machuca, 
Eu brigava, e insistiam, 
E eu me negava, e preferia o chão debaixo dos meus pés,
E continuo assim,
Eu continuo preferindo o chão do que a bicicleta,
Eu posso sentir o vento no rosto sem estar em cima dela,
Eu não preciso simulá-lo, com a sua velocidade,
Eu prefiro a minha própria velocidade,
Eu nunca precisei sonhar em cima dela,
Eu posso sonhar com os pés fincados no chão,
Eu posso ser realista sem perder as nuvens da fantasia,
Eu posso viver nesses dois mundos, que não tem problema,
Eu não preciso e nunca precisei de uma bicicleta,
Eu não tenho pressa.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A possível diferença entre ambivertido e omnivertido e a extroversão inter-impessoal

Introvertidos se sobrecarregam fácil em ambientes mais densos, especialmente de pessoas.

Extrovertidos se sobrecarregam menos e tendem a se sentirem mais estimulados para ''fazer as coisas'', nomeadamente as de caráter social.

Os ambivertidos, até então tem sido entendidos como aqueles que são um pouco dos dois [ e talvez não esteja de todo errado ]


Só que eu acho que este entendimento não tem sido muito factual ou correto porque afinal de contas você não pode se sobrecarregar muito e pouco ao mesmo tempo, só se for meio bipolar neste sentido (será que isso existe* um ''bi-vertido''*)

No mais, todos nós somos um pouco introvertidos e extrovertidos, sendo que os mais extrovertidos e especialmente os mais introvertidos tendem a ser menos comuns. Eles não são super raros, mas também não são a maioria. É claro que em países como o Brasil, os extrovertidos serão mais comuns do que em países como o Japão, mas também que, super-introvertidos e super-extrovertidos [especialmente] ainda não serão igualmente muito comuns mesmo no segundo país.

Tal como temos os ''menos inteligentes'', medianos e ''mais inteligentes'' [para certa particularidade ou particularidades], nós também vamos ter um espectro de intensidade de reação sensorial. 

Os introvertidos são os mais intensos neste quesito e por isso que são fortemente propensos a se tornarem mais reclusos. 

Os extrovertidos são os menos intensos e por isso que se tornam mais sociais ou ativos, porque precisam de mais estímulo, e este espectro de personalidade é totalmente comparável à capacidade de absorção da luz solar de acordo com o espectro da cor da pele, em que a pele muito branca absorverá muito mais rapidamente a luz solar do que a pele muito escura, que precisa de mais tempo para fazer o mesmo.  

A pele muito branca absorve mais rápido e se não sair do sol é muito provável que queimará = introversão, precisa de menos tempo.

A pele muito escura demora mais tempo para queimar/ ou para esquentar demais = extroversão, precisa de mais tempo.

O ambivertido é o que está a meio caminho entre os dois, e portanto pode-se dizer que seja intermediário, pois não se sobrecarrega tanto como o introvertido mas também não se sub-carrega tanto como o extrovertido. 

O omnivertido, logo acima do ambivertido, estaria a um nível totalmente superior/outra escala de intensidade sensorial para interagir e sentir o mundo, a realidade, porque ele apresenta as características de ambos, introvertido e extrovertido, e de modo complementar e somático. Como assim**

O omnivertido se sobrecarrega muito mais facilmente por suas interações, assim como acontece com o introvertido, MAS de alguma maneira ele também sente a necessidade de mais estimulação, só que de maneira mais introspectiva do que interpessoalmente extrospectiva como geralmente é o caso do extrovertido.

Claro, pura especulação.

O termo omni em latim significa ''todo'', e neste caso quer indicar que, ao invés de se consistir em um meio-termo entre a introversão e a extroversão ou ambiversão, o omnivertido se consistirá na soma dos dois, resultando tanto na introversão quanto na extroversão. 

O ambivertido seria, em média, o típico normal, amalgamado, não muito intenso nem para um lado nem para o outro, e mais emocionalmente estável. 

Engraçado que alguns estudos até descobriram algumas vantagens [teoricamente óbvias] deste nível intermediário de intensidade sensorial.

E o omnivertido teria, especuladamente falando, uma grande porém intensa tendência à estabilidade mas também à instabilidade emocional, tal como uma espécie de traço de ''personalidade 'completa' '', pois seria sobrecarregado de informações sensoriais/padrões como o introvertido, mas sem com isso buscar apenas descarregá-las, porque assim como o extrovertido ele também seria extrospectivamente super-estimulado, só que não apenas em relação à pessoas ou social, ou especialmente, ''omnivertidamente estimulado'', capturando o estímulo ou informação exterior, analisando, criticando, comparando intuitiva e deliberadamente.

O omnivertido, se for real, casaria perfeitamente com o perfil dos tipos mais criativos, até mesmo ao ponto de descrevê-los, porque se sobrecarregam de informações/estímulos sensoriais como os introvertidos e no entanto são super-estimulados, como os extrovertidos, só que de modo introspectivo, isto é, o estímulo o faz se tornar ativo em relação aos seus próprios pensamentos e ideias, assim como também para internalizar mais informações, por causa de seu 'filtro' mais relaxado.

Então o omnivertido usaria os dois modos alternadamente de introversão e extroversão, enquanto que o ambivertido (ou talvez nós precisássemos prover outro termo a este tipo] também o faria mas de modo menos intenso, em um nível muito mais baixo de intensidade, tal como se introversão e extroversão quase chegassem a se anular no meio do espectro, enquanto que no caso do omnivertido o oposto aconteceria pois ambos se somariam, incrementando a intensidade.


Extroversão/introversão, introspectiva/extrospectiva inter-impessoal/pessoal ou omniversão  

;)

Um gangorrar

Um gangorrar em meu passado, 
Pés pequenos, pequeno endiabrado,
O vento e o sol daqueles tempos, 
As tardes soltas e ingênuas,
A infância feliz e serena, 
Sem penumbras, de baixo de um varal de roupas,
Sem sustos, de baixo das mãos de Deus,
Lembranças que continuam a vibrar,
Eco que vem lá longe,
Cravou fundo em meu cérebro infantil, 
Marcou profundo em minha alma, 
Nem sei se lembro mesmo das cenas,
Nem em primeira pessoa estão,
Só lembro do que fazia, quase sem lembrar,
Quase uma falsa memória, uma fantasia ,
Mas lembro e essas coisinhas duram,
São terra de minha vivência, da minha vida,
São a extensão, até onde minha alma pode navegar,
Quilômetros de minutos, horas, segundos,
São do tempo que eu nem sou mais,
Que eu sinto pelo eco,
Que eu nem sei se sou mais,
Um gangorrar forte, 
Queria tirar os pés do chão,
Queria pisar no céu lá distante,
Nas nuvens, como um anjo e a sua harpa,
Queria e era apenas o agora,
Como eu era ignorante, porque me ignorava,
Tempos de inocência, de impulso, 
Que sentenciavam o seu fim,
Se despedindo em cada brincar, em cada viver,
E um dia eu desperto,
Pôs-me a sorrir, e a perguntar o que é isso,
Se foi o balançar de minha mente que foi alto demais,
Se eu sou desde então, o produto de uma reação, protetivo e demente, buscando se salvar,
Se caí de um céu sem pecados e preocupações,
E se eu, um anjo caído, senti o asfalto quente em minhas mãos,
Se o seu calor que queima me acordou,
E se, desde então, eu penso mais do que vivo,
E vivo mais em meus pensamentos,
E vivo mais na fronteira entre ser e viver,

Complemento para a 'minha' ideia de: personalidade como média do temperamento

O temperamento é o que existe pois o vivemos todo dia, toda hora. Quando o analisamos por mais tempo é que nós vamos poder tirar a sua média, nada mais nada menos do que a personalidade.

Introversão/sedentarização extroversão/nomadismo

Introversão como um produto mais intenso de sedentarização = 

''talhado'' para lidar com ambientes pequenos, territorialista, tal como um gato que vai tateando as fronteiras do seu território, camada por camada. A introversão também pode ser compreendida como uma tendência para a personalidade preventiva ou ''tipo-K'', em alusão à ''estratégia reprodutiva K= poucos filhos, muito cuidado parental''.
  

Extroversão como um produto mais intenso do nomadismo =


 ''talhado'' para lidar rápido e eficazmente com ambientes mais extensos ou novos, que ao invés de se assegurar primeiro em certo ambiente ao analisar as suas circunstâncias tenta sobreviver dentro dele, levando um estilo de vida mais curto prazo, ''deixa a vida me levar'', enfrentando os desafios tal como eles se apresentam, ao invés de buscar se antecipar. A extroversão também pode ser compreendida como uma tendência para a personalidade paliativa ou ''tipo-R'', em alusão à ''estratégia reprodutiva R = muitos filhos, pouco cuidado parental''.


E uma personalidade evolucionariamente criativa*

Esta se consistiria numa soma dos dois estilos, porque enquanto que a tendência da introversão é a de fixação, e da extroversão é a de dispersão, especialmente em suas manifestações mais fortes, esta se caracterizaria por uma tendência de integração entre os dois estilos, tanto de fixação quanto de expansão/dispersão ou curiosidade por novos ambientes.