A personalidade inteligente nem sempre casará perfeitamente com capacidades cognitivas superiores [que eu já comentei, inteligência cognitiva versus intelectual ou ''personalidade inteligente''). A mesma se relaciona ao sub-domínio do intelecto que por sua vez pertence ao domínio psicológico "abertura para a experiência".
Ao invés de termos o estudante/e futuro adulto que é convergente ao que se pede na escola, que é estudioso, que apreende tudo aquilo e até mais do que aquilo que é passado pelos professores no quadro negro, que mostra-se impecável em relação ao seu comportamento nas aulas, mas que pode não ser igualmente prodigioso para pensar sobre a sua realidade, de maneira menos bitolada nas matérias escolares, será mais propenso, primeiro, a ter uma personalidade inteligente: mais cultural e moralmente sofisticada, segundo, tenderá a ser mais emocionalmente maduro que os seus pares de convivência (forçada), ainda que isso necessariamente não implique em maior resiliência psicológica, e que tende a se manifestar caracteristicamente como aquele jovem que prefere o convívio de pessoas mais velhas e terceiro, maior sensibilidade, tal como foi profetizado por Kazimierz Dabrowski em suas hiper excitabilidades.
Pelo que parece o academicamente/
Personalidade inteligente versus racionalidade
Você pode ter um gosto cultural incrível, refinado, rico e saber como navegar por esses conhecimentos... mas não ser muito racional.
Você pode ter uma grande perspicácia inter-pessoal, benigna ou malignamente falando ... mas não ser muito racional...
A racionalidade parece se consistir em uma eficácia ponderada de funcionamento entre as nossas capacidades psicológicas/instintivas e cognitivas/mecânicas. Apesar de principiar-se pela cognição, a racionalidade tende a interagir e de maneira predominantemente correta com o lado psicológico da inteligência enquanto que nada previne que uma personalidade inteligente não tenha como resultado mais irracionalidade do que o contrário. Novamente, como sempre, quando não estivermos falando da mesma coisa, então devemos exaltar as suas saliências e/ou diferenças sem tentar vinculá-las, por exemplo, deduzindo que ''quem tem um gosto cultural forte... será mais racional'', ainda que bom gosto tenda a se consistir em uma forte manifestação específica de racionalidade/sabedoria, por se consistir na consciência estética, também é necessário ser mais dotado na compreensão factual, do contrário, haverá sofisticação psicológica sim, mas sem uma bússola.
Novamente, ser mais racional e especialmente mais sábio, é exatamente como ter uma bússola de ponderação, de compreensão factual e do uso deste conhecimento de maneira proporcionalmente correta, ideal.
E como conclusão final deste texto, sim, não basta ser mais cognitivamente inteligente para ser, na maioria das vezes, injustamente perseguido na escola.
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