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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

''Gênios'' ''de'' ''alto qi'' e demonstrações grátis quanto aos seus ''brilhantismos intelectuais''



''O pensamento binário, simples, grosso e generalista, é o primeiro e fundamental passo para a estupidez... mesmo se passando por inteligente''


Faz algum tempo que descobri o site do holandês ''Paul Cooijmans'', um auto-declarado ''polímata'' e ''especialista'' na elaboração de testes de qi

Cooijmans, assim como todo bom conserva-dor, é bastante tendencioso no favorecimento do seu grupo-mental, em sua tentativa de extrapolar a verdade parcial deles na verdade total, ao invés de tentar evitar este tipo de abordagem egocêntrica. Novamente, se extrapola uma visão unilateral/tendenciosa como se fosse uma visão analítica e holística, isto é, absoluta dos fatos. Determina que a metade do quebra-cabeças se consista em todo o quebra-cabeças.  Mais um hbd, só que um pouco mais desgarrado, que:

- é orgulhoso de suas pontuações em testes cognitivos (uma suposta ''prova irrefutável'' quanto a sua ''genialidade'' e ''superioridade cognitiva global'', bom em tudo),

- tem uma visão distorcida sobre si mesmo, tal como provavelmente a grande maioria das pessoas que são mais cognitivamente inteligentes (intelectuais verdadeiros são muito raros),

- e sempre principia e conclui seus pensamentos com base em seu modo de pensar peculiarmente conservador

O pensamento binário, isto é, que se produz com base na observação de apenas ou fundamentalmente os dois pólos extremos de um espectro e despreza as interações/continuidades entre os dois, é a priore o tipo de pensamento mais comum entre os seres humanos. É lógico, pragmático e preguiçoso, porque ao invés de se principiar pelo todo, (novamente) o determina com base em sua metade.

Este texto de Cooijmans é uma prova deste tipo de pensamento sendo aplicado a partir de observações pra-lá de superficiais, deterministas e tendenciosas, ainda que corretas em seu exercício analítico pouco profundo. Isto é, acertou em sua observação quanto à superfície do fenômeno, mas errou ao limitar a sua potencial abrangência àquilo que está praticamente explícito de ser analisado e categorizado.

Percebam que para Cooijmans, ''os conservadores'', o suposto tipo extremo I, são retratados como ''buscadores da verdade'', ''que não são conformistas'', ''que dão fundamental importância à ''ciência''... 

Qual deve ser a galáxia que nosso amigo genial deve estar vivendo pra dizer tamanha bobagem**

A maioria dos conserva-dores não são muito diferentes nestes 3 aspectos em especial, em comparação aos seus ''algozes'' esquerdistas. Ambos são bastante conformistas quando suas culturas estão sendo impostas ou são predominantes, ambos repelem a busca saudável pela veracidade dos fatos e se utilizam da ciência para fazer avançar as suas respectivas ''agendas políticas bio-programadas''.
Em uma análise correta, nós poderíamos dizer que tanto os conservadores clássicos quanto os esquerdistas se localizariam nas mesmas posições espectrais, nem todo espectro que precisa ser simétrico e tal como tudo aquilo que é semanticamente abstrato, também será, via múltiplas perspectivas, de natureza multidimensional.

Cooijmans culpa a ''tribo cultural'' esquerdista pela decadência das civilizações e não está totalmente errado quanto a isso, mas a principal razão para a queda das civilizações não se dará apenas por causa das ''cigarras românticas'' esquerdistas mas também por causa da cisma cultural interna entre os dois extremos espectrais, e que neste sentido não se refere à dimensão proposta por Cooijmans, como ''buscadores da verdade'' versus ''conformistas''. Quando o ying e o yang entram em conflito, a lógica de sustentabilidade que mantinham entra em uma espiral de auto-destruição

O dividir para conquistar tende a ter como finalidade consciente ou não a destruição.

Os conservadores de hoje se tornaram os inconformistas da situação, mas eles ''tem'' milênios de conformismo ''em suas costas''. Kevin McDonald fala sobre a ''cultura da crítica'' judaica ou marxismo cultural contra a civilização cristã (judaico-cristã), mas parece se esquecer que os brancos heterossexuais e cristãos, tem, de geração e geração, aplicado a mesma ''cultura da crítica'' contra todos os seus inimigos históricos e bio-tipos dos quais desgostam. ''Mesmo em pleno século XXI'', encontramos uma grande e prevalente proporção de ''homens brancos, heterossexuais e cristãos (ou seculares)'' que continuam a criticar e a conspirar a favor da ''correção'' dos grupos dos quais são menos queridos. É hipocrisia acusar o esquerdista ocidental médio de ser tendencioso, quando também estiver fazendo o mesmo.

Os conservadores, em média, estão tomando doses cavalares do seu próprio veneno no mundo pós-moderno. O conservadorismo de fato, é bem melhor para sustentar civilizações, porque a maioria daqueles que estão mais naturalmente inclinados para este tipo de bio-cultura, serão muito mais propensos à tolerância para a gratificação de longo prazo, isto é, trabalhar muito acreditando que com seu esforço e suor conseguirá obter sucesso/melhoria de sua situação sócio-econômica/vital. Os conservadores tendem a ser como formigas operárias, utilitárias, altamente conformistas (percebam que mesmo em regimes supostamente ''socialistas'', eles ainda serão propensos a prestar obediência, amalgamados a cooperar, na finalidade de resguardar suas seguranças e de suas famílias). O esquerdista médio é um quase-lunático impressionável, tão dualista quanto o conservador. Mas o conservador médio é definitivamente o modelo ideal de domesticado, conformista nato, útil.

 A impulsividade e a sede por melhorias (mágicas) da qualidade de vida, fazem do esquerdista médio, menos ''morto vivo'' do que o conservador médio, ainda sim, continuará sendo um desequilibrado incapaz de entender plenamente a realidade.

Cooijmans dualiza ''razão'' e ''empatia'', mas se esquece (e não deveria) que o fator g ou o básico reconhecimento de padrões, o esqueleto lógico de todas as nossas ações, mesmo as potencialmente ilógicas, também estará presente nas ações que determinou (e está, novamente, superficialmente correto quanto a isso) como ''femininas''. 

O esquerdista médio acredita tanto na doutrinação (ou nem tanto) ou ''educação'' da opinião pública, porque boa parte de seus pressupostos não se baseiam na lógica, mas em uma racionalidade parcial. A lógica é conservadora, prática, fria, utilitária e ''natural''.

Um outro ponto cego de sir Cooijmans, se dá justamente quando ele acusa apenas os esquerdistas de serem facilmente impressionados/enganados por psicopatas. Ele parece se esquecer que boa parte das elites não são de esquerdistas verdadeiros, a elite caviar esquerdista é apenas uma metamorfose ainda mais hipócrita e psicopática em relação às tradicionais elites conservadoras. Como pode ser possível serem ''a favor'' da igualdade e justiça, mas acumularem um montante altamente desigual de dinheiro e ainda por cima de usufruí-lo de maneira egoísta*** 

O lobo em pele de cordeiro é o conservador mais extrovertido se fazendo passar por ''esquerdista'' ou ''socialista''.

O conservador, segundo Cooijmans, é pintado como um guerreiro inconformista que quer acabar com todas as injustiças e primar pela sabedoria. O conservador é o ''não-extremista'' por excelência, portanto, dotá-lo de transcendência racional, parece estar fora de cogitação, por ser tão profunda esta sua natureza conformista. O conservador se adapta a quase tudo e isso não é bom, especialmente dentro de uma perspectiva humana que visa à evolução moral/comportamental.

Os conservadores, em média, pelo que parece, estão agitados com a ideia de que sejam superiores aos seus algozes esquerdistas, e apenas em partes, isso se consiste em uma verdade. Mas o fato de que seus opositores não sejam em média estes primores intelectuais como imaginam não significa que o contrário será totalmente verdadeiro para os conservadores e de fato, não é. Novamente a dualidade, o binarismo superficial:

''mim ser bom, tu ser ruim''.

A última comparação do texto de Cooijmans é a mais correta de todas, porque de fato, o conservador médio tende a utilizar pragmaticamente os animais não-humanos ao seu dispor, na maioria das vezes, nutrindo zero empatia em relação a eles, uma mentalidade típica do reino animal, egocentrismo de espécie. Se desejamos a verdadeira evolução humana, então temos de principiar pela constante melhoria de nossa moralidade, expandindo-a em direção a tudo aquilo que vive e que não ofereça riscos de vida.

Talvez eu tenha sido muito crítico e zombador em relação a Paul Cooijmans, mas suas observações sobre a superfície deste fenômeno binário que também caracteriza nossa espécie em comportamento e transcendência, merece um maior e melhor aprofundamento analítico, para que possamos com isso, parar de maquiar a estupidez como se fosse sabedoria.

Tenho usado alguns de seus textos, especialmente no velho blogue, e não dá para concluir nada de profundo sobre suas intenções pessoais ou caráter. Não existem dúvidas quanto a sua inteligência. Na próxima, eu tentarei ser menos mal criado, ainda que puxões de orelhas sejam sempre necessários e bem vindos, quando temos pessoas de-filosofando ou desarmonizando, se já não bastassem as desarmonias que vivenciamos diariamente. Isso não é solucionar problemas, não é sair do labirinto dualista e binário, mas buscar por novos caminhos que apenas nos manterão presos a ele. E isso não é evoluir.



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