Alguns me chamam de ''gênio'', outros me chamam de estúpido,
outros qualificam-me como idiota, ou mesmo com retardo,
eu posso ser chato ou divertido, triste ou alegre, porque eu sou a morada da dualidade,
Eu vivo e espero pela morte, como todas as outras vidas,
Talvez eu seja tudo isso, do alto, uma montanha majestosa envolta por nuvens grossas, abaixo, a depressão de lama e pasta vital,
Podem me ver como um belo pôr do sol ou como uma chuva torrencial, cinza e sem graça,
Eu estou a mercê de julgamentos precipitados e tendenciosos,
Julgam-me bem ou mal, se me pareço com eles, eu sou o melhor,
se me atrevo a ameaçar-lhes, então eu serei a escória,
Se existem espelhos, podem ver-me e se pentearem, celebrando suas vaidades em minha pessoa,
Se existem espelhos virados, ficam a procurar-se em mim,
Olham, revirando-me, querem se encontrar e se celebrarem, mas elogiando-se por outros nomes,
um blefe, a mentira é o oxigênio humano,
até quando*
Eu sou tudo aquilo que a sua percepção alcançar, sou diabo quando meu deus não cumprimenta o seu, sou um anjo, quando lhe parecer um clone.
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