Dos desenhos, dos filmes, dos programas e das estórias de criança, de brincar, da leveza, da inocência... de me sentir como o menino que eu fui um dia, de nunca esquecê-lo. Mesmo, agora, na casa dos 30, apesar de pensar como se já tivesse uns 80. Porque eu sempre penso na minha mortalidade, no destino de todos nós. Por isso eu sempre volto no tempo em que a eternidade parecia possível. Em que não sentia o peso de estar vivo. Da época em que a energia é tão pura e intensa, quando tudo é intuição e entusiasmo. É por isso que eu sempre procuro, mais que relembrar, vivê-la todos os dias. Não mais que um vício, um sacramento. Para nunca acordar como um adulto demasiado frio e pragmático. Pra nunca acordar com uma máscara de maturidade, vestido de mentira da cabeça aos pés. E perder o amor às pequenas alegrias e ao mundo mágico da imaginação. Pra nunca perder essa fé na vida que apenas as crianças têm.
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