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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Propensão religiosa ou ideológica é genética??

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Fonte: Sete Antigos Heptá

Os seres humanos já nascem ateus, agnósticos ou religiosos??
 
Quer dizer, se existem correlatos neurológicos que estão relacionados com este espectro de ''crença e descrença'', então eles já nascem com esta fiação desde o nascimento?? 

Eles já nascem com uma disposição neurológica para abraçar o pensamento mágico ou o pensamento proto-literal?? E é possível ver essas tendências para o ateísmo ou para o teísmo no cérebro?? Assim como também através dos seus genes?? 


E se um ateu adulto se converter sinceramente à uma crença esta transformação poderá ser observada em sua fiação neural ou na fisiologia do seu cérebro

Ateísmo e autismo


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Fonte: Psychological Today


Mas nem todo autista é ateu e nem todo ateu é autista. 

Eu não duvido que existam sobreposições entre o espectro do autismo e da ''descrença'',  tanto a ''nível genético'', esboçado por genes correlacionados a ambos, quanto a nível fisiológico, esboçado por padrões neurais ou qualquer outra particularidade neurológica, e consequentemente a nível comportamental. 

Não estamos falando de religiões ou descrenças, que são reações secundárias ou produtos bio-culturais, invenções humanas, da biologia e do ambiente ... mas de modos mentais de operacionalidade ou de pensamento. Em outras palavras, estamos falando de ações primárias, em que a crença ou a descrença serão apenas produtos desta diversidade de operacionalidade intrinsecamente disposta. Isso significa que a maioria das pessoas que apresentam operacionalidade ou modo mental prevalentemente lógico ainda poderão apresentar algum buraco negro ou vulnerabilidade/tolerância para abraçar crenças religiosas/ideológicas, porque afinal de contas nós estamos falando de um espectro de intensidade, variação ou suscetibilidade.


 Crenças religiosas e ideológicas tendem a expressar uma maior tendência para confusão mental/psicose por parte dos (de muitos) seres humanos só que dependendo do contexto elas estarão intrinsecamente sutis ou mesmo imperceptíveis, porque estarão socialmente populares e portanto normalizadas. 

Universalização do tipo matoide 

Eu já comentei sobre o matoide, uma denominação comum no final do século XIX, que descreve uma pessoa que apresenta tendências psicóticas menos evidentes, se forem comparadas com pacientes esquizofrênicos ou com qualquer outro transtorno similar que causa dissociação da realidade, porém existentes e combinadas com comportamentos ''normais'' para o padrão das sociedades ''civilizadas''. Isso significa que o típico matoide se apresenta como uma pessoa ''normal'', ou seria melhor, lógica, aos olhos dos demais, só que ela apresentará distorções mentais de natureza psicótica que poderão ser expressadas por meio de crenças religiosas INCOMUNS ou mesmo nas universidades, por exemplo na produção acadêmica de trabalhos baseados em factoides bem construídos porém pseudo-científicos.

Percebe-se que eu destaquei o adjetivo ''incomum'' justamente para enfatizar que, quando uma cultureba religiosa ganha popularidade e PODER, então tende a se tornar aceitável e ''normal''. Portanto o que separa uma crença demograficamente minúscula que alega ter encontrado o santo Graal em um grupo de plantas da Amazônia e o cristianismo é justamente o número de fieis e do potencial de poder social que estão envolvidos. Como eu gosto de dizer, a metáfora da ''nova roupa do imperador ou do rei'', encontra-se presente em quase tudo aquilo que for popular e portanto que for grosseiramente determinado como ''de qualidade'', mas que, no mundo dos reais e dos ideais, não for de fato ''de qualidade''. 

No entanto, nós podemos, racionalmente falando, colocar todos eles, religiosos ou portadores de transtornos mentais dissociativos, na mesma categoria. O cristão, então neste caso, seria uma espécie de esquizotípico que acoplou a sua confusão mental inata, generalizada ou pontual, no cristianismo, resultando em uma espécie de camuflagem de sub-idealidade. 

Distorções da realidade-lógica estão fatalmente relacionadas com distorções da realidade moral.   

No entanto ainda vamos ter o ''lógico naturalista'' ou ''pseudo-matoide'' que ao tratar as questões éticas ou morais de modo depreciável, como ''sentimentalismo barato'', acabará se enviesando em tipos de pensamentos hipo-moralmente corretos, emulando as leis subconscientes que regem as interações no mundo natural, enfim, literalizar a ideia de ''ser humano é um animal'', e portanto tem que agir como um. Sim isso é verdade, somos animais, mas são todos os animais que são ''psicopáticos''** 

Então por um lado nós temos a exuberância daqueles que enxergam demais, até mesmo aquilo que não existe, os matoides típicos, e por outro lado, nós temos aqueles que enxergam pouco, especialmente no âmbito moral, os pseudo-matoides. É muito comum que os pseudo-matoides apresentem níveis variavelmente altos de idiotice moral assim como também acontece com os clássicos matoides.

No final das contas ''regredir'' (não para os pseudo-matoides) para o estado moral que é comumente encontrado na cadeia alimentar, nas outras formas de vida, é uma atitude ou ideia quase tão louca do que acreditar em milagres ou em seres mágicos. 

Voltando ao assunto principal do texto...


A religião não é herdável, nem hereditária, mas sim o modo de operacionalidade mental ou nível individual de suscetibilidade/vulnerabilidade para a confusão/coerência mental ou de compreensão factual.



O diferencial, que é transmitido geneticamente, é o quão lógico//racional/realista a sua mente pode ser ou não ser. E quanto mais intelectualmente inteligente você for, e portanto mais próximo do ideal sábio, mais eficiente será a sua mente na labuta diária de compreender o mundo, não em seu todo é claro, de modo factualmente correto, mas de maneira consistente e em relação aos macro-fatores mais prioritários pra vida. 


Realismo 'versus' empatia, de novo
Como parece ser muito comum de acontecer, a maioria dos mais realistas tendem a ser menos empáticos se boa parte da empatia tende a se consistir na formulação de mentiras brancas, que eu também gosto de pensar enquanto uma ''ênfase analítica de simetrização'', isto é, na tentativa de cessar conflitos e desavenças, busca-se reduzir de modo pretensamente balanceado os contrastes de valores ou qualidades pessoais que são percebidos entre os indivíduos, e aqueles que estão mais propensos a exibir este modo de operacionalidade mental serão também mais propensos a acreditar nas próprias mentiras brancas. Logo, por exemplo, se uma pessoa te chamar de feia, eu posso, a partir de uma abordagem ''empática'', me colocar no seu lugar, sentir a sua frustração ou tristeza e buscar sanar este sentimento ruim, negando que esta afronta seja factual e buscando balancear/simetrizar/neutralizar esta possível realidade, e posso fazê-lo com base em mentiras brancas, ou se for mais esperto, buscando por qualidades diretamente relacionadas ao ''elogio'' que lhe foi endereçado, ou por qualidades secundárias (ainda que, ao buscar por outras qualidades, fictícias, exageradas ou reais, e deixar explícito o meu recuo, é provável que acabarei deixando implícito que eu concordei com a opinião pouco polida e realista).


 Isso não significa necessariamente que menor empatia e maior senso de realismo se consistam em características praticamente gêmeas pois o mais provável de estar acontecendo aqui é um caso de correlação parcial, parcial porque reside aí certa verdade ou causalidade e portanto não se consiste apenas em uma convergência ilógica de características, ainda que, como eu já comentei, a empatia está longe de ser ilógica e muito menos irracional, a priore

Muitos dos ''mais'' realistas tendem a ser menos empáticos, ao menos no que diz respeito à maneira com que tendem a falar sobre todos os assuntos com os quais eles estiverem lidando, mesmo os mais sensíveis, e em relação aos outros indivíduos. Mas os mais realistas, isto é, em termos absolutos, serão os sábios, até mesmo por causa de suas progressivas constituições perceptivo-existenciais quase que totalmente desnudas de preconceitos cognitivos equivocados, negativos (ideias ou pensamentos que são mais propensos a serem rejeitados) ou positivos ( ideias ou pensamentos que são mais naturalmente propensos a serem internalizados). Como eu já comentei, ''a lógica --- naturalista'' não é o fim desta purificação de pré-concepções factualmente incompletas, ainda que possa ser descrita como parte do processo, porque é bem óbvio que a grande maioria daqueles que estão mais naturalmente propensos a segui-la também apresentarão filtros unilateralmente tendenciosos que os impedirão de ver todas as perspectivas, todos os lados das informações ou fenômenos que estão interagindo, em especial aqueles que habitualmente tendem a chamar de ''sentimentalismo barato''. O lógico seria mais parecido com um psicopata por apresentar grande assimetria entre a sua empatia afetiva e cognitiva. Só que o lógico não apresentaria a motivação intrínseca imoral a níveis alarmantes ou, como também pode ser vislumbrado, praticamente inexistente empatia afetiva, pois ele tenderá a ser do tipo hipo-afetivo. O sábio 'ou'' racional, ao contrário do psicopata ou do lógico, não precisara reduzir dramaticamente a sua disponibilidade afetiva, para entender a macro-realidade, que não está a nível atômico, pois pelo contrário, a empatia afetiva é justamente uma das ferramentas mais importantes para a sabedoria. 

Metafórico versus literal

Um dos grandes desafios do ser humano no que diz respeito à compreensão da verdade/realidade subjetiva/abstrata é o de conseguir prover os melhores julgamentos, literalizando e metaforizando as informações que captam, nos momentos mais oportunos/corretos. Por isso que é muito comum esta confusão mental entre o mundo dos reais e o mundo dos imaginados em que as suas fronteiras estão muito mais borradas do que o ideal, bem expressado pelas crenças religiosas.


Novamente, o sábio é o melhor para prover uma constante ''auto-atualização' e de grande qualidade. Em outras palavras, enquanto que o ser humano comum tende a ser mais vagaroso, impreciso e teimoso para mudar os seus pontos de vista, primeiro, identificando falhas e segundo, de fato, modificando a sua maneira de pensar, porque provavelmente dá pouca importância, tem pouco esmero por este ''pormenor'', o sábio tende a ser ou a se tornar mais ágil neste predicado, reduzindo ao máximo o tempo de imersão na ignorância ou estupidez e lutando continuamente para melhorar os seus pontos de vista, enriquecendo com fatos, especialmente de fatos morais, os mais significativos, especialmente a partir de uma perspectiva pessoal, intimista, aquilo que podemos fazer por nós mesmos, a partir de nós mesmos, e claro, tornando a maioria de suas ideias e pensamentos e ações subsequentemente coerentes.

Por que eu não acredito em Jesus cristo? Mas por que eu acredito ou eu quero acreditar em Deus?

A história de Jesus é claramente sem pé nem cabeça e alguns ateus /agnósticos são muito bons para escrutinar cada contradição e ilógica cristã/ou de qualquer outra crença que esteja divorciada das leis da física e do bom senso. Eu não precisei ler a bíblia toda, aja paciência, para constatar o quão improvável que pode ser a veracidade de sua história, ou seria melhor, estória. No entanto milhões de pessoas, e muitas que são "mais' inteligentes, acreditam em estórias religiosas e pasmem, muitos dos maiores gênios historicamente reconhecidos do passado como Isaac Newton e Charles Darwin. A única explicação decente para esta situação é a de que a maioria das pessoas, ao menos nos países ocidentais, nasçam com vulnerabilidade/suscetibilidade individualmente variável para este tipo de confusão mental sutil porém prevalente e muitas vezes dominante. E a explicação específica para os gênios religiosos é a de que genialidade não é sabedoria, como eu já falei, porque apresentam diferentes epicentros semânticos/característicos, de operacionalidade característica, ainda que possam e de fato se sobreponham com relativa frequência.

Não existe intrinsicabilidade ou biologicidade (quão dominante é a biologia no comportamento/expressão) para o ateísmo, o agnosticismo ou para qualquer religião ou ideologia, porque como já foi dito acima, estes se consistem em reações secundárias, em produtos combinantes entre as variáveis intrínsecas/biológicas e ambientais/culturais/extrínsecas, em ''tecnologias verbais'' criadas pelo homem. O que nós temos mesmo é um espectro de modo de pensamento ou de operacionalidade mental, que vai desde o lógico, convergente, minimamente coerente, realista ou claustrofílico ( enfatizado no entendimento físico/literal da realidade, e portanto, admitindo que o conhecimento humano é muito estreito, sem poder dar ''saltos quânticos de entendimento e que portanto deve se dar a partir de uma progressiva convergência, leia-se, humilde) até ao ilógico, divergente, predominantemente incoerente/contraditório, irrealista ou claustrofóbico (''meta-física''), aqueles que dão passos muito largos pra fora de sua zona/zona humana de conhecimento, por exemplo, a ênfase na ideia de Deus, ''o criador'' de tudo, exatamente como dar passos muito largos, pulando várias etapas ainda desconhecidas pelo homem, quanto à realidade, entre Deus e nós existe um grandioso hiato que por agora parece impossível de expandir, da maneira com que a grande maioria das crenças religiosas humanas tem demonstrado.

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