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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Sobre zona de conforto e racionalidade

 Zona de conforto é o nome informal que damos a um conjunto de crenças pessoalmente convenientes ou reconfortantes que adotamos e, frequentemente, racionalizamos... Porque a racionalidade é a capacidade de pensar e julgar de maneira objetiva e imparcial, quanto mais racionais nos tornamos, mais saímos de nossas zonas de conforto ao passarmos a priorizar a verdade sobre sentimentos, expectativas e opiniões pessoais. Um exemplo de minha vivência, meu fanatismo ocasional por certos grupos aos quais me identifico ou pertenço: canhotos, brancos, etc... No caso dos canhotos, entre 2010 e 2014, ao me interessar mais por esse "grupo", passei a acreditar, com base no que li, que fôssemos mais inteligentes e criativos. Eu estava no início dos meus 20 anos. Então, eu comecei a ver outros estudos mostrando que não era tão simples e favorável assim para "nós" e, aos poucos, fui reduzindo a minha crença por essa suposta superioridade (absoluta) em ser canhoto. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Capacidade de raciocínio crítico analítico é predominantemente independente de qi e adendos importantes... ou não

Como que podemos interpretar isso??

Por exemplo vamos comparar com a relação entre habilidades matemáticas e QI. A porcentagem de pessoas com excelentes a excepcionais habilidades matemáticas e com pontuações baixas em testes cognitivos parece ser muito baixa. Como resultado podemos concluir que habilidades matemáticas se correlacionam de maneira considerável com as pontuações em testes cognitivos de maneira tal que a grande maioria daqueles que são excepcionais nessas capacidades é muito provável que pontuarão no mínimo bem acima da média nos testes. Por outro lado o mesmo não pode ser dito em relação à excepcionalidades que se relacionam diretamente com o refinamento do pensamento. Ainda haverá uma correlação entre QI e raciocínio crítico-analítico do tipo até 50% das pessoas com essas habilidades bem desenvolvidas pontuarão bem acima da média nos testes, em contraste com as habilidades matemáticas em que ao menos 90% o farão de maneira consistente. 

Mas por que??

Novamente. Os testes cognitivos mensuram potencial cognitivo, mas não não o potencial psicológico, que também é muito importante para o raciocínio. A inteligência humana não é apenas a sua "máquina" mas também a sua "alma". Os testes mensuram potencial e não realizações ou mesmo prelúdios mais diretos de realização. Mensura e não analisa


Sua intenção primordial é construir uma hierarquia com base em um código de pontuações e não de capturar toda a diversidade conceitual do termo inteligência em indivíduos e coletividades. 

QI não "mensura" sequer racionalidade à sabedoria, que se consistem basicamente na manifestação máxima do raciocínio aplicado para a compreensão factual, crítico-analítica. 

QI não 'mensura" vulnerabilidade para a apofenia ou pensamento mágico cristalizado.

Enfim todas as nuances qualitativas mais salientes da inteligência são eu não diria desprezadas mas sequer pensadas na mensuração que é proporcionada pelos testes de QI. 


O raciocínio e em especial o estilo de raciocínio que tende a desembocar em boa parte de nossas ações psico-cognitivas é a manifestação mais pura do conceito multifacetado da inteligência só que realmente aplicado pra diferentes perspectivas existenciais.

 Portanto enquanto que aquilo que os testes mensuram/testam não se consiste na manifestação, na confirmação prática, no mundo real, do conceito de inteligência, dela em si mesma, o estilo de raciocínio e em especial em direção à sabedoria consiste-se "apenas" no próprio conceito da inteligência só que "exemplificado", refletido, demonstrado.

 Tal como se começássemos a trabalhar o termo amor e quiséssemos prová-lo, mostrar como que ele se manifesta. O raciocínio e em especial o racional a sábio e aplicado no mundo real consiste-se exatamente na "demonstração da inteligência", aquilo que antes e ainda hoje sabemos o que é quando a vemos mas não sabemos explicar o que estamos ''vendo''/percebendo. Mentira. Balela. Sabemos sim. 

Uma máquina que é boa para fazer contas mas mediana para tomar decisões ou fazer julgamentos 

Imagine exatamente o que propus acima, uma máquina inteligente que é especializada em habilidades matemáticas, e claro que pra isso ela precisa ser boa também em capacidade verbal, na interpretação dos problemas e em suas resoluções. Só que esta máquina veio com "defeito" ou defeito, se é algo bem saliente, pois ela não é tão boa assim na capacidade de julgamento ou sabedoria.


Se lhe fosse dado uma bateria de testes cognitivos essa máquina é provável que pontuaria alto... No entanto não o faria em relação à sabedoria, ou ao menos racionalidade, se lhe fosse dado um hipotético teste de ''qualidade psico-cognitiva''. 

Exposição e aplicação


Mentes que não são artificialmente inteligentes aplicam, comparam, relacionam/interligam as informações que recebem ou que capturam no mundo real e entre elas mesmas.

Mentes artificialmente inteligentes, isto é, que estão providas por melhores, ou seria melhor dizendo, maiores habilidades, em uma particularidade secundária, por exemplo grande inteligência verbal mas pobre compreensão factual, ou generalizadamente superficial, o superdotado trivial ou o aluno nota 10, por outro lado apresentam maiores ou mesmo grandes dificuldades para transferir aquilo que internalizaram, isto é, aplicando o conhecimento e como cientistas amadores ou mesmo de nascença prevendo, ou mesmo comprovando pra si mesmos primeiramente se certa informação é robusta o suficiente para ser tratada como conhecimento ou conjunto de fatos. Esta constante transferência prática  ou aplicação, da teoria à prática, exige eu não diria de grande mas objetivo conhecimento para que possa ser desenvolvido e compreendido. Na prática a maioria das pessoas pelo que parece tendem a ficar apenas na teoria acreditando que a mesma se consista na prática especialmente naquilo que se comunica mais profundamente com as suas almas evolutivas, que se consiste basicamente em alimento para as suas caminhadas evolutivas ou que muitos preferem chamar "preconceito cognitivo" e que talvez também possa ser chamado de "disposição instintiva de ideação a comportamento". Paradoxalmente ou nem tanto aquilo que mais nos conforta mesmo que se consista em algo perigoso a longo prazo é o mais provável de nos fazer de tolos. 


Nossa própria segurança ou zona de conforto facilmente pode se
transformar em uma prisão e geralmente assim também o é. Podemos vislumbrar a supremacia da zona de conforto no reino animal em que a criatividade autoconsciente encontra-se praticamente inexistente. Aquilo que protege o organismo ou sua cultura instintiva herdada [características bio-comportamentais], por ser muito especializada, tenderá a fazê-lo refém se a dinâmica evolutiva de sobrevivência em que vive mudar. 


Portanto, sem a objetividade filosófica ou sábia, mais uma capacidade de, de fato, interligar/comparar/pesar/julgar aquilo que está interagindo, tudo aquilo, poder-se-á ser chamado de ''artificialmente/superficialmente inteligente''.

domingo, 22 de maio de 2016

Relato pessoal, o papel da educação em minha vida





O impacto da ''educação'' em minha vida.

Se tornou praxe por parte de alguns ativistas pró-autismo de acusarem os ''auto-diagnósticos'' como equívocos individuais nascidos pelo calor do momento de uma súbita auto-identificação. É verdade que muitos destes auto-diagnósticos estejam ligeiramente equivocados, mas isso não significa que não tenha algum naco de verdade aí. E especificamente no meu caso, de fato existe. Como já relatei em outros textos, eu me vejo como alguém com muitas características cognitivas que são típicas do espectro, especialmente a ênfase em ''interesses específicos ou obsessivos''. 

E esta constância comportamental não é o produto de um melhor ambiente ou escola, apenas a maneira como que interajo com a vida, com a auto-contemplação existencial

As minhas fixações cognitivas começaram cedo, por volta dos 5,6 anos de vida, pelos dinossauros. Pedia para o meu pai comprar revistinhas como as de cima, tudo para ficar sabendo das ''últimas notícias'' do triássico. Eu não me lembro o porquê de ter ficado tão interessado em dinossauros. Mas sei que não foi por causa da escola, nem pelo ambiente familiar. Como eu sempre falo. Não existem desculpas para a criatividade e melhor, para as pessoas criativas. Não é necessário ter uma panaceia de estímulos ambientais para nos tornar fixados em uma determinada área. Estímulos ambientais mínimos já são mais do que suficientes para atiçar o fogo da curiosidade e da brincadeira de se investigar e aprender para uma menta ativa e criativa.

Ao longo de minha infância e adolescência, eu sempre fui muito independente em minhas escolhas. E uma parte importante de minha vida desde então tem sido modulada com base em meus interesses específicos, minhas fixações empático-cognitivas ou motivação intrínseca de caráter intelectual. Eu sou movido por minha essência, mais do que a maioria. O fato de ter acumulado certo conhecimento em algumas áreas e sem qualquer influência, mesmo a mais remota, tanto em relação ao ambiente escolar quanto ao ambiente familiar, e a de ter consciência disso, me fez concluir que a essência da inteligência humana tem pouco haver com a ''educação'', especialmente quando existem interesses intelectuais divergentes, isto é, a escola e sua programação doutrinária em atrito com a  minha independência intrínseca para experimentar intelectualmente em relação aos meus interesses mais quistos.

Eu só comecei a ler livros mesmo a partir dos meus 20 e poucos anos. Tudo aquilo que fiz até hoje, com exceção às obrigações da escola, que eu ''empurrava com a barriga'', foi com base na minha própria felicidade e especialmente a felicidade cognitiva, isto é, mantendo-me dentro de minha zona de conforto, verbal, imaginativa e criativa. 

Não guardo rancor em relação à maioria dos meus professores e não os culpo totalmente, porque acredito que eles pensam que estão dando os seus melhores nesta profissão que é tão propagandeada pela ''grande mídia'' e que na verdade teria uma função realmente útil que é tão distinta daquela que tem sido determinada.

Os atuais professores mais se parecem com os velhos tutores, aprendizes de sábios que dão conselhos de como se portar e o que deve aprender, só que transformados em uma linha fordista de ''produção''.




Educação é ''uma ilusão de ótica'' e parece real especialmente para os menos autoconscientes



O ''milagre'' da educação parece verossímil especialmente para o tipo que apresentar a seguinte combinação (construção): conformismo, auto-consciência fraca, perfil cognitivo simétrico

Em outras palavras, os tipos mais cognitivamente e simetricamente inteligentes, serão em média os mais iludidos pelos supostos super poderes da ''educação'' no ''aumento da ''inteligência''/''conhecimento'' ''. Mas no geral, a maioria das pessoas parecem estar bastante iludidas com os tais/supostos efeitos mágicos da ''educação'' na inteligência humana. 

A disposição para o conformismo social tende a se traduzir em menor curiosidade intelectual, se aquele que se limita para se encaixar aos moldes sociais totalitários vigentes tende a não ter qualquer objeção a este tipo de atitude ''covarde''. Se sente que não está perdendo nada (por exemplo, a liberdade), então não será um sacrifício fazê-lo.

A auto-consciência fraca tende a borrar a percepção da fronteira entre as influências internas e externas do ser, de torná-la menos evidente, fazendo com que muitas pessoas confundam a ordem destes fatores.

O perfil cognitivo simétrico tende a provocar a ilusão do potencial para poli-aprendizagem, de que todas as pessoas possam aprender desde que expostas a estímulos ambientais contundentes ou se forem incentivadas, mas na verdade esta percepção falsa não passa de uma extrapolação pessoal equivocada, isto é, dedução via autoconhecimento incompleto, só que sem levar em conta a diversidade cognitiva. Muito semelhante à esta atitude,  muitos professores também concluem precipitada e erroneamente que não existem diferenças cognitivas marcantes entre os seus alunos, forçando-os a tentarem cumprir metas surreais que o sistema escolar impõe.

O meu perfil cognitivo é muito assimétrico e isso contribuiu de sobremaneira na auto-identificação de minhas fraquezas e forças,  na estipulação ponderada do papel das influências internas e externas em relação à minha pessoa ao longo do tempo e no papel intrínseco da vontade rente à crença pós-moderna da nulidade essencial no comportamento (teoria do papel em branco).

 Os behavioristas dizem que tudo aquilo que é cheira conservador é lavagem cerebral, enquanto que a praticam (supostamente) em cima de você. Na verdade, o que eles tem feito é a indução/criação na ignorância dos fatos, da realidade, isto é, dentro de uma nova ceita ''religiosa'', com toda a cultologia necessária para torná-la irrespirável aos mais sábios.

Eu tenho plena consciência de que tudo aquilo que persegui em termos intelectuais, foi independente da escola ou do ambiente familiar, tal como muitos preconizam. Meus pais não me incentivaram a ponto de me tornar aficionado naquilo que passei a ficar, desde a minha primeira fixação até as que tenho hoje em dia. 

E como já falei em outros textos, todas elas vieram espontaneamente e sem qualquer esforço que me poria em minha zona de confronto e mesmo, de desconforto. Em outras palavras, todas as as minhas fixações ou interesses específicos se deram e se dão de maneira lúdica, divertida, exatamente como uma brincadeira, um hobby. Preencho o meu tempo, trabalhando ou não, nessas fixações, que me fazem felizes, pois são saudáveis, e lhes sou bastante reciprocamente empático.

Ninguém me ensinou a gostar de ler livros de geografia. Nem a gostar de ler psicologia, atualmente. Nem a gostar de ginástica artística. 

Tudo me veio muito naturalmente, espontaneamente.... 

Muitos acreditam que interesses intelectuais e não-intelectuais sejam categorias completamente separadas mas isso não é verdade.

Gostar de jogar bola é da mesma natureza que gostar de ler livros.

Eu não me vejo como um ser separado dos demais, então, o que acontece comigo também acontece com praticamente todo mundo, só que eu tenho maior consciência desta realidade específica e também estou mais intenso justamente nesta particularidade, que obviamente funciona muito bem para o primeiro aspecto.

Novamente, eu não desprezo os professores (ainda que isso não signifique que não mereçam ser criticados quanto às suas falhas) e não desprezo aqueles que passaram por minha vida escolar, apenas alguns, ;), certos tipos. E também não estou querendo dizer que a educação não teve qualquer influência, afinal de contas eu estou escrevendo este texto não é**

Só que da maneira com que a maioria das pessoas se habituaram tolamente a acreditar, isto é, que a educação é imprescindível e/ou fundamental, está bastante equivocada e causa muito mais problemas, especialmente a longo prazo, do que soluções, como eu e muitos outros tem alertado com frequência.

Há de se

dar o peso certo às ''coisas''

e de se

criar um mapa de inter-relações e influências entre os fenômenos,

mapas fenomenológicos deveriam já terem sido providenciados e uma ótima fonte para esta tarefa será uma mente afiada com a realidade, isto é, sábia. 

O ser tem as suas próprias motivações, predileções e elas interferem de sobremaneira em suas vidas, e em especial quando a personalidade for mais intensa, vívida, enérgica ou mesmo dominante sobre a cognição. Aqueles com mentes menos complexas porém cognitivamente eficientes estão mais propensos a conquistarem padrões de vida altos e a serem mundanamente bem sucedidas. A priore, não há de errado nisso. O problema é que a realidade que o ser humano cria pra si mesmo não é perfeccionista, pelo contrário, pois se enamora com grande frequência com erros crassos que se arrastam por tempos indefinidos, condenando a todos para sofrerem nestes purgatórios irracionalmente mantidos.