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terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Maturidade =/= independência
Novamente sobre epicentros semânticos/conceituais
Pode-se ser
- independente e maduro
- independente e imaturo
- dependente e maduro
- dependente e imaturo
E também novamente: realizações pessoais de curto [dentro de casa/do ciclo social nuclear ou familiar], médio [ciclo social estendido] e longo alcance...
Maturidade = sabedoria// maturidade intelectual
Independência = maturidade reprodutiva//social
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
São os autistas menos domesticados** Impulsividade como marca de menor domesticação...

Fonte: youtube.com.br
Os seres vivos não-humanos são, em média, bem mais impulsivos/instintivos do que os seres humanos.
No entanto o instinto pode conviver com a disposição para a socialização, perfeitamente, e na verdade até poderíamos pensar na domesticação como uma espécie de instinto reduzido que foi direcionado para a docilidade, isto é, o jeito ''autômato'' de ser permanece só que mais dócil do que o habitual que tende a ser mais agressivo. Tal como eu tenho falado sobre o estado emocional, também enquanto um instinto/autômato/piloto automático, reduzido em agressividade mas preservado em sua essência, isto é, ainda um impulso fracamente reflexivo.
''Hoje'' eu li uma teoria que advoga por uma menor domesticação dos autistas que seria suportada graças ao seu comportamento ''menos social/dócil'' assim como também em relação às suas características fenotípicas/fisiológicas. Se partirmos do pressuposto que socialização e docilidade definem graus de domesticação e que impulsividade e agressividade definem graus de ''não-domesticação'' então pode ser possível de se constatar parcialmente que esta teoria esteja correta, mas apenas parcialmente, e a priore...
No entanto o autismo se consiste em uma extremidade/desordem mental humana e portanto não é possível relacioná-lo diretamente à domesticação ou à falta dela, que geralmente encontramos nos seres vivos não-humanos, em especial naqueles que ''nós'' domesticamos, o exemplo mais óbvio dos cachorros em relação aos lobos.
E mais, talvez os autores desta teoria parecem que estão confundindo ''comportamento civilizado'' com ''domesticação''.
Os seres humanos que são mais:
1. simpáticos ou socialmente-dispostos,
2. propensos a obedecer [cegamente] às autoridades ou ''superiores'',
3. mais ingênuos/ menos propensos a detectarem predadores...
...autistas ou não, serão mais propensos a serem corretamente considerados como ''mais domesticados'', se essas características já tendem a ser encontradas de maneira caracteristicamente prevalente entre as espécies não-humanas que tem sido domesticadas.
Como eu falei acima, o instinto não se consistiria epicentricamente em ''maior agressividade'', mas em maior impulso comportamental ou em menor capacidade de reflexão, enquanto que a docilidade necessariamente não se consistiria por sua vez em maior capacidade de pensamento reflexivo, MAS em uma redução da agressividade ''do'' instinto, tornando-o mais social, ainda instintivo/mais automático.
Docilidade e domesticação portanto ainda refletirão impulsos instintivos só que reduzidos ou amalgamados, o piloto automático continua ligado e dominante, só que não conduz a comportamentos ariscos, pelo contrário, e portanto a impulsividade, a priore, será mais benigna.
Os seres humanos que são/estão menos domesticados, de acordo com a provável regra encontrada na natureza, seriam tão ou mais impulsivos que os seres humanos mais dóceis, só que este impulso ou instinto, possivelmente, resultará em uma grande frequência de comportamentos agressivos em contraste ao comportamento dos mais domesticados.
Ainda é cedo para dizer que todos ou a maioria dos seres humanos menos domesticados sejam mais agressivos, porque isso não explicaria como que teriam conseguido conviver em comunidades no período pré-histórico, sem falar que as espécies de primatas que estão mais próximas de nós já tendem a apresentar comportamentos menos instintivos OU mais complexos, muitos que são bem similares aos nossos. É possível dizer que no ''passado'' e dependendo também da localização geográfica, houve uma maior frequência de seres humanos menos domesticados e basta apenas compararmos às raças humanas mais domesticadas, leste asiáticos e caucasianos europeus, com as menos domesticadas, atualmente ou desde a idade moderna, negros africanos e ameríndios, por exemplo, para constatarmos, eu não diria um diferencial apenas ou fundamentalmente no grau de agressividade, explícita, frequente ou direta, mas de impulsividade comportamental e o grau civilizacional tende a expressar um acúmulo de condicionamentos comportamentais pré-reflexivos, mais facilmente ''apreensíveis'' por certos tipos que tem sido previamente selecionados e de invenções artísticas e científicas que são produtos diretos de um maior desenvolvimento cultural e portanto de uma maior capacidade para o pensamento abstrato/reflexivo assim como também de pessoas que são capazes de (de)tê-los em uma maior frequência qualitativa.
Finalizando, então, mais instinto tende a se correlacionar com maior agressividade, provavelmente porque a seleção natural tende a privilegiar os indivíduos mais dominantes e/ou ameaçadores de muitas espécies, resultando nesta correlação.
O epicentro conceitual ou semântico do instinto me parece ser a impulsividade intuitiva e não a agressividade. A agressividade seria mais um produto lógico do instinto, novamente, uma correlação.
No entanto esta teoria não parece funcionar para a maioria dos subtipos do espectro porque antes de se consistir em um subtipo comportamental normal do ser humano o autismo é uma condição sindrômica e portanto anormal/ geralmente desequilibrada. Pelo que parece os autistas são tipos intermediários entre domesticação e instinto humanos, só que fora do espectro neurotípico ou naturalmente adaptável, em especial os autistas de alto funcionamento, por exibirem, em média, maiores tendências comportamentais para agressividade e/ou impulsividade agressiva/anti-social e também por terem um perfil psico-cognitivo não-verbal mais prevalente.
No mais parece um pouco complexo sugerir que por causa do espectro mecanicista--mentalista, de acordo com a teoria dos genes imprimidos, a luta entre os genes do pai e da mãe para produzir o(s) seu(s) filho(s), os autistas seriam (d)os menos domesticados ainda que faça algum sentido concluir que sejam menos domesticados do que alguns tipos [mais prevalentes] de seres humanos, em relação a alguns aspectos psicológicos.
Se os autistas forem de fato mais
- agressivos e especialmente, mais impulsivos
- menos reflexivos/mais instintivos
- menos propensos a obedecer às autoridades
- e portanto, menos propensos a obedecerem às ordens de terceiros
- menos ingênuos/ mais propensos a apresentarem comorbidade com personalidade anti-social
então esta teoria estará potencialmente correta,
mas além de todas condições que foram compiladas acima, os autistas, em média, não parecem exibir essas características, pelo contrário, pois são mais propensos a serem o oposto.
Como eu disse, pode ser possível pensar se os autistas de auto-funcionamento, mais não-verbais e mais propensos a cometerem crimes, do que por exemplo os ''portadores da síndrome de Asperger'', que são mais verbais (em cognição) e menos anti-sociais, sejam os menos domesticados do espectro e contribuam de maneira mais ostensiva pra esta impressão de correlação à causalidade entre autismo e ''atavismo''.
Se o que melhor define o instinto é a impulsividade para o comportamento e a intuição para o pensamento então apenas as duas que poderiam sentenciá-los, isto é, os autistas, como seres humanos menos domesticados.
O tamanho do cérebro ainda que tenda a funcionar como um marcador de domesticação não deve ser usado como único parâmetro de comparação. Eu ainda estou tentando entender se este aumento do cérebro e posterior redução via agricultura e civilização, se deu entre todas as populações humanas, ou especialmente entre ''oeste europeus'' e ''leste asiáticos'', isto é, consistindo-se mais em uma particularidade de certos grupos, do que em um evento generalizado entre os humanos.
Tal como sugeriu Cesare Lombroso, famoso criminologista ítalo-judeu do século XIX, responsável por estudos polêmicos, um deles em que expôs a sua teoria de que o gênio criativo, especialmente o artístico, seria uma manifestação degenerativa/atávica do ser humano, o atavismo humano se manifestaria com base em comportamentos anteriores aos ''civilizacionalmente aceitáveis'', por exemplo, criminalidade e transtornos mentais.
Baseado na ideia de que o instinto se consista em impulsividade no comportamento e intuição no modo de pensar, até que faz sentido pensar e não apenas no gênio criativo artístico mas também em todos os tipos de excepcionalidades psico-cognitivas humanas como manifestações atávicas (não necessariamente degenerativas) ou intermediárias em contraste com uma plena domesticação. Se a domesticação biológica + adestramento, nos faz mais normais, que ou aquele que segue normas sociais ou de superiores, então é pouco provável que os tipos geniais mais realistas, fossem dos mais domesticados, nomeadamente os tipos filosóficos (uber-realistas).
Os seres humanos antes da domesticação apresentavam diferentes tipos de personalidades, assim como hoje em dia. A diferença é que, como eu tenho falado, os seres humanos modernos tendem a ser tal como uma ''colcha de retalhos'', isto é, em amalgamentos desses traços mais extremos, que comumente são encontrados em transtornos mentais.
No mais, ao compararmos os seres humanos, funcionalmente adaptáveis à ''civilização'', em relação aos das comunidades de caçadores coletores remanescentes, como por exemplo, das tribos intocadas no meio da Amazônia, nós não vemos tribos de autistas... e acho que não veremos ''comportamentos autistas'' entre eles, mesmo se forem criados em ambientes ''civilizados''.
Além de teorizar se os autistas são menos domesticados, os autores da teoria dos ''genes imprimidos'', também teorizaram se o ''oposto' dos autistas, isto é, os esquizofrênicos, não seriam (d)os ''mais domesticados''.
A correlação entre comportamento agressivo, tendência para inconformidade/excentricidade e paranoia não parecem favorecer à esta teoria.
A ideia popular de domesticado, de muito domesticado, nós podemos ver entre as muitas raças caninas artificialmente criadas pelo homem. E o que facilmente constatamos é que os cachorros não parecem mais paranoicos, alucináveis ou ariscos, muito pelo contrário.
Os esquizofrênicos são mais domesticados**
Não parece, pelo contrário, mediante os quesitos ''pensar intuitivo'' e ''agir impulsivo'', eles parecem ser em média uma espécie de oposto desajustado.
O que pode ser, que eu já falei há muito tempo no velho blogue, é que os transtornos mentais (e biológicos) tendam a ser tal como ''fenótipos-estirão'', isto é, que algum atributo psico-cognitivo encontrar-se-á muito ou pouco desenvolvido, resultando em um auto-desajuste, por exemplo, a ''imaginação fora de controle'' do esquizofrênico.
Paranoia como um possível marcador de instinto??
Pelo que parece o ser humano do passado tinha ambos os seus atributos mentalistas e mecanicistas bem intensos/instintivos e a domesticação atenuou, reduziu este vigor (ou como podemos perceber entre as tribos remanescentes de caçadores/coletores, essas diferenças não parecem tão significativas assim). Tal como acontece com os cachorros em relação aos lobos em que como eu me habituei a dizer "o instinto foi deslocado de suas funções originais ou de sobrevivência e se 'adaptou' a um contexto comportamental pró-social predominante". A domesticação é muitas vezes entendida de modo negativo e de fato, ao observarmos os animais não- humanos domesticados, podemos perceber as muitas desvantagens deste processo por exemplo a grande dependência e/ou cega docilidade, incapaz de discriminar as intenções alheias. Os seres humanos apresentam cérebros um pouco menores do que os seus antepassados mas por contrapartida houve um aumento em sua complexidade, ao menos na Eurásia.
Portanto alguns indivíduos com uma maior presença de traços atávicos comportamentais por esta lógica é provável que apresentarão cérebros maiores porém menos complexo*
Sera que os autistas são assim? Será que aqueles que são mais propensos a apresentarem comportamento criminoso e também tendem a ter cérebros maiores e menos complexos?
Mais propensos a serem criminosos?
Pois parece que não.
No entanto também pode ser possível que não encontremos mais este tipo de ser humano andando entre nós, comum há 10,20 mil anos atrás.
Em termos de agressividade e impulsividade nenhum outro grupo parece caber mais nesta ideia de ''menor domesticação'', do que os anti-sociais, ainda que, pelo que parece, a grande maioria dos seres humanos apresentem cérebros menores e mais complexos, incluindo esses tipos de mais criminosos. Também é importante especular onde que o tamanho do cérebro teve o seu auge e depois por meio da domesticação/civilização passou a ser reduzido. Será que isso aconteceu com os povos "nativos' da Austrália ou da Papua Nova Guiné?? Ou será que foi apenas entre os eurasiáticos??
Mais perguntas do que respostas, pra variar.
São os lobos e felinos de grande porte mais paranoicos e agressivos, especialmente com outras espécies, incluindo a humana, do que cachorros e gatos??
Parece que sim.
Os gatos são mais paranoicos que os cachorros??
Pois parece que sim.
São os autistas mais paranoicos que os não-autistas??
Uma pergunta direta e simples e com uma possível resposta mais nuançada ou complexa.
Os autistas tendem a desconfiar de tudo?? Eles tendem a ter ''mania de perseguição''??
A desconfiar de tudo,
parece que muitos não.
Mas isso não seria também uma característica definidora daqueles que são mais reflexivos, por repensarem com grande frequência, denotando maior desconfiança??
Ou a ''paranoia'' tipicamente instintiva não seria um tipo diferente de ''paranoia'' em relação àquela que produz o pensar reflexivo (céptico, mais deliberado, enfim... mais desconfiado)??
Se todo pensar principia-se a partir do próprio ser então o (ab)uso da palavra ''paranoia'' por mim neste texto pode não estar tão fora de mão como parece. Todo pensar reflexivo é caracteristicamente paranoico, pois parte do próprio ser, e na grande maioria das vezes desdobra-se de modo neurótico, isto é, enfatizado na resolução de problemas só que se faz tendenciosa e progressivamente de maneira mais impessoal. O pensar completo muitas vezes precisa passar invariavelmente por todas as sensações humanas, a alegria, a tristeza, a raiva, a ansiedade...
Isso poderia contribuir pra minha ideia da sabedoria enquanto uma evolução qualitativa, direta, a partir do instinto. Explicaria a serenidade e empatia do sábio mas também a sua sagacidade e potencial pra violência, se necessário ((enquanto que geralmente os ''normies'' ou neurotípicos tendem a ser implicitamente violentos com base em suas usuais ignorância-mediocridade, na maior parte de suas vidinhas). A rara combinação entre extremo instinto e extrema docilidade.
Psicopatas, especialmente os de alto funcionamento, são menos domesticados?? Eles não seriam os ''nossos'' comandantes??
Se quanto mais domesticado mais dócil, então, psicopatas, sociopatas dentre outros tipos parecem ser de fato bem menos domesticados do que o ser humano médio. Maior agressividade, menor docilidade, maiores habilidades instintivas, maior impulsividade, tal como se estivessem no piloto automático de predador ou de parasita. Mas tal como acontece com o autista o psicopata humano especialmente o de alto funcionamento parece exibir um perfil evolucionário misto ou híbrido ainda que bem menos domesticado, especialmente em relação ao mesmo.
Cachorros e gatos
Os cachorros tem sido muito domesticados. Os gatos não. E as diferenças de comportamento médio entre eles são bem visíveis. Gatos e cachorros são espécies diferentes e portanto por lógica intuitivamente precipitada tenderão a exibir modificações comportamentais diferentes, do instinto agressivo à docilidade (ou docilidade instintiva). Mas no geral o que mais se diferencia entre eles por agora é que o gato tem sido menos domesticado. E o que percebemos em média é uma remanescência de um instinto de caça, uma certa hipersensibilidade, menor docilidade e carinho para com o dono, se comparadas com a maioria dos cachorros.
O instinto tende a produzir indivíduos existencialmente egoístas que vivem para prover a própria sobrevivência, possivelmente mais uma correlação hiper-lógica, como dito no início do texto do que necessariamente uma causalidade intrínseca. O grau de "instinto compartilhado" ou pré -proto-empatia pode variar de acordo com cada espécie. Algumas espécies são mais sociais do que outras e essas diferenças encontram-se presentes desde os organismos mais simples até nós. Por exemplo, algumas espécies de abelhas que são mais agressivas do que outras.
A cadeia alimentar nos mostra que os animais selvagens mais dóceis encontram-se na última escala da cadeia alimentar, especialmente se forem desprovidos de maiores vantagens, por exemplo, em termos de força ou estatura, agilidade... enquanto que os mais agressivos são os mais dominantes e o ser humano reflete de modo pedantemente sofisticado esta mesma máxima em suas organizações sociais.
Partindo desta lógica quem melhor combinar força com sagacidade é provável que ocupará o topo da cadeia alimentar humana.
Além da ideia de que os autistas sejam menos domesticados, o mesmo autor da teoria dos genes imprimidos, Christopher Badcock, também sugeriu que, em contraste, os esquizofrênicos seriam os mais domesticados.
Voltemos às características comportamentais que são típicas à populações domesticadas.
Os esquizofrênicos são em média mais:
socialmente dispostos e/ou simpáticos?
propensos a obedecer à autoridades?
propensos a obedecer/aprender regras?
mais dependentes?
Pois parece que não.
Propensos a obedecer à autoridades eu acredito que a maioria de esquizofrênicos e autistas estão mais propensos.
Novamente, a esquizofrenia se consiste em uma extremidade mental humana e portanto encontra-se fora do espectro naturalmente adaptável da espécie humana, de modo que seria de bom tom não compará-los de modo tão histriônico até mesmo para evitar a possivelmente equivocada comparação com o espectro do ''instinto e da domesticação''.
Esquizofrênicos assim como os autistas podem ser realocados à condição de híbridos ou intermediários atípicos entre atavismo e domesticação, lembrando que a domesticação necessariamente não se consiste em um oposto dualisticamente perfeito do atavismo, mas de acordo com que o ser humano tem ''evoluído', isto é, ''se auto-domesticando''. O verdadeiro oposto do atavismo seriam os traços evolutivamente novos da espécie humana, que além de novos também são úteis e que podem aparecer de modo mais demograficamente significativo ou de maneira menos endêmica, por exemplo, a capacidade de pensamento racional.
Autistas tendem a ter feições consistentemente menos neotênicos ou gracilizadas*
E os esquizofrênicos* Eles, por acaso, tendem a ter feições consistentemente mais neotênicas ou gracilizadas*
Domesticação não é neotenia
Como eu já falei outras vezes, a neotenia se consiste não apenas na domesticação mas também no aumento do tamanho do cérebro, em comparação ao corpo, enquanto que na domesticação, o tamanho do cérebro segue a redução do corpo, via retenção de características juvenis.

Um cachorro humano*
Acho que já conclui umas seis vezes durante a leitura deste texto que eu não concordo que os autistas sejam menos domesticados, pelo que parece, num sentido mais extremo e/ou histriônico, e nem que os esquizofrênicos sejam [d]os mais domesticados. Existem seres humanos dentro e fora do espectro neuro-típico que parecem corresponder de maneira bem mais significativa, ao menos, em relação às características psicológicas tipicamente encontradas em seres domesticados e não-domesticados.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Criatividade: entre o estúpido e o talentoso...
Costuma-se pensar que existe uma espécie de hierarquia crescente entre talento e gênio em que o segundo com certeza perpassará o primeiro. Mas gráficos e comparações qualitativas são abstrações e podem apresentar muitas perspectivas e portanto hierarquias potencialmente corretas e diversamente discrepantes entre si. Eu pensei em uma nova maneira de ver o criativo, especialmente o gênio criativo e não será, é claro, como um ser superior ao talentoso mas paradoxalmente inferior. O talentoso emula com perfeccionismo ou busca fazê-lo em relação às criações ou produtos de gênio. Mas o gênio mesmo tende a se destacar mais por seus saltos perceptivamente divergentes do que por seu próprio talento e isso significa que muitos, é provável, que não serão nem mesmo talentosos. Esta possível realidade destroça a ideia de hierarquia somatizante em que o gênio se consistiria em um talentoso hiper-desenvolvido, isto é, uma evolução/desenvolvimento crescente, convergente de um em relação ao outro, do talentoso para o gênio.
A partir desta perspectiva comparativa, talento se relacionaria mais com a cognição, do que com a genialidade, isto é, a criatividade, porque enquanto que o primeiro emula ou ''apreende'' as técnicas para emulação ou cópia do segundo, este apenas ou fundamentalmente cria. O epicentro conceitual da genialidade é a criatividade enquanto que o epicentro conceitual ou semântico do talento é a cópia da criatividade e percebam como que neste sentido o talento ou perfeccionismo na replicação dos produtos de gênio, geralmente de natureza artística, tende a ser bastante similar à cognição/''inteligência'' que é aplicada para o ''aprendizado'' e posterior replicação de técnicas de natureza mecanicista, fazendo o artista talentoso, mais parecido com um engenheiro talentoso, do que com um artista genial, parecido com aquela ideia absurdamente popular e que tem sido usada para fins nefastos das diferenças genéticas entre as raças ou populações humanas, em que ''um nigeriano pode ser mais 'geneticamente parecido' com um norueguês do que com outro nigeriano''.
O talento e nos seus mais altos níveis se assemelha à genialidade por razões óbvias, por tentar copiá-la. No entanto para que a criatividade possa de fato florescer parece ser necessário a existência de uma complexidade ou variedade qualitativa de capacidades individuais, isto é, que um indivíduo possa apresentar tanto excelências quanto dificuldades ou debilidades psico-cognitivas. O criativo como um ser indubitavelmente de alto risco precisa se arriscar muito mais, apesar disto não significar ''sair de sua zona de conforto'', que eu devo explicar em outro texto, mais a frente, enquanto que o talentoso tende a buscar o exato oposto, isto é, pela perfeição. A criação do gênio tende a emular o próprio processo da seleção natural em que é necessário muitos rodeios, erros e acertos para que possam emergir ideias de maior quilate. Portanto o talentoso se esforça para emular o gênio de suas paixões ou produtos preferidos, se esforça para se purificar de erros, enquanto que o criativo precisaria de grande tolerância com a falha, com o erro, pois no ato da criação, falhas parecem ser impossíveis de serem evitadas e mesmo, muitas delas podem dar cria para acertos.
Portanto a criatividade ao nível de gênio ao invés de se consistir numa evolução logicamente somatizante dos atributos positivos dos talentosos ou emuladores perfeccionistas dos produtos de gênio, mais parecerá, a partir desta perspectiva, em uma composição psico-cognitiva paradoxalmente inferior, por encontrar-se mais próxima do estúpido do que o verdadeiro talentoso, que se localizará mais afastado.
A partir desta perspectiva comparativa, talento se relacionaria mais com a cognição, do que com a genialidade, isto é, a criatividade, porque enquanto que o primeiro emula ou ''apreende'' as técnicas para emulação ou cópia do segundo, este apenas ou fundamentalmente cria. O epicentro conceitual da genialidade é a criatividade enquanto que o epicentro conceitual ou semântico do talento é a cópia da criatividade e percebam como que neste sentido o talento ou perfeccionismo na replicação dos produtos de gênio, geralmente de natureza artística, tende a ser bastante similar à cognição/''inteligência'' que é aplicada para o ''aprendizado'' e posterior replicação de técnicas de natureza mecanicista, fazendo o artista talentoso, mais parecido com um engenheiro talentoso, do que com um artista genial, parecido com aquela ideia absurdamente popular e que tem sido usada para fins nefastos das diferenças genéticas entre as raças ou populações humanas, em que ''um nigeriano pode ser mais 'geneticamente parecido' com um norueguês do que com outro nigeriano''.
O talento e nos seus mais altos níveis se assemelha à genialidade por razões óbvias, por tentar copiá-la. No entanto para que a criatividade possa de fato florescer parece ser necessário a existência de uma complexidade ou variedade qualitativa de capacidades individuais, isto é, que um indivíduo possa apresentar tanto excelências quanto dificuldades ou debilidades psico-cognitivas. O criativo como um ser indubitavelmente de alto risco precisa se arriscar muito mais, apesar disto não significar ''sair de sua zona de conforto'', que eu devo explicar em outro texto, mais a frente, enquanto que o talentoso tende a buscar o exato oposto, isto é, pela perfeição. A criação do gênio tende a emular o próprio processo da seleção natural em que é necessário muitos rodeios, erros e acertos para que possam emergir ideias de maior quilate. Portanto o talentoso se esforça para emular o gênio de suas paixões ou produtos preferidos, se esforça para se purificar de erros, enquanto que o criativo precisaria de grande tolerância com a falha, com o erro, pois no ato da criação, falhas parecem ser impossíveis de serem evitadas e mesmo, muitas delas podem dar cria para acertos.
Portanto a criatividade ao nível de gênio ao invés de se consistir numa evolução logicamente somatizante dos atributos positivos dos talentosos ou emuladores perfeccionistas dos produtos de gênio, mais parecerá, a partir desta perspectiva, em uma composição psico-cognitiva paradoxalmente inferior, por encontrar-se mais próxima do estúpido do que o verdadeiro talentoso, que se localizará mais afastado.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Trabalhando o ''meu' conceito simples e decisivo de inteligência...
...via ação primária, reação secundária e intrinsicabilidade
A ação primária da inteligência é o julgar minimamente correto e quanto mais correto for este julgamento mais inteligente pelo menos em relação a certa perspectiva se estará. Neste aspecto aquele que for fulminantemente correto em julgamentos divergentes e (geralmente) específicos poderá ser denominado de gênio criativo. Aquele que for constantemente correto e em especial em julgamentos morais será de racional a sábio.
Um dos conceitos mais populares sobre inteligência, e que são concorrentes ao meu, é o da capacidade de adaptação. No entanto a adaptação mais se parece com uma espécie de reação secundária do que com uma ação primária, isto é, mais parece ser uma correlação do que uma causalidade intrínseca.
Mais Inteligente, logo me adapto?? Não.
Mais Inteligente, logo julgo melhor?? Sim.
O que diferenciará novamente serão os fatores: constância qualitativa, intensidade localizada ou abrangente e a natureza da inteligência.
Portanto, novamente, fazer julgamentos minimamente corretos e em uma maior: constância qualitativa e intensidade, localizada ou abrangente, e dependendo do tipo de inteligência, se consiste em uma ação primária enquanto que se adaptar corretamente se consiste em uma possibilidade em que x (inteligência) por causa de x,y,z pode resultar em y (adaptação), isto é, em uma (possível) reação secundária.
A intrinsicabilidade da inteligência será muito maior naqueles que forem: mais cognitivamente inteligentes, criativos ou sábios, claro de acordo com o tipo e estilo de inteligência de cada um.
A adaptação se consiste em um produto ou reação secundária do que em uma expressão intrínseca de certa característica.
Inteligência pode levar à ''adaptação'.
Mas inteligência sempre SIGNIFICARÁ um ''bom' ou correto julgamento.
Re-conclusão
A universalidade da inteligência é o julgar correto.
Mais inteligente, logo julgará melhor, claro dependendo da natureza de suas principais forças intelectuais.
Quanto maiores forem a constância e intensidade/''quantidade'' qualitativa de julgamentos corretos, mais inteligente será, e quanto maiores forem a constância e intensidade qualitativa de julgamentos moralmente corretos, mais racional-a-sábio se estará. E mais intrínseca será esta característica (inteligência) em relação ao ser que a tiver mais desenvolvida.
Uma maior intrinsicabilidade também tende a significar maior naturalidade/facilidade para se acessá-la, se usá-la, ou forças psico-cognitivas, complexidade neutra (homossexualidade), vulnerabilidade (diabetes tipo 2) ou fraqueza (déficit em matemática).
E sem esquecer que ética ou moralidade encontra-se subjacente ao comportamento, em especial ao comportamento humano, apesar deste ser muito falho, e portanto a sabedoria encontrar-se-á (relembrando, sempre...) superior à inteligência, isto é, sob o seu domínio ou ideal, o ideal da inteligência é a sabedoria, em termos absolutos (afetivo e cognitivo) enquanto que o ideal cognitivo da inteligência é a criatividade.
A ação primária da inteligência é o julgar minimamente correto e quanto mais correto for este julgamento mais inteligente pelo menos em relação a certa perspectiva se estará. Neste aspecto aquele que for fulminantemente correto em julgamentos divergentes e (geralmente) específicos poderá ser denominado de gênio criativo. Aquele que for constantemente correto e em especial em julgamentos morais será de racional a sábio.
Um dos conceitos mais populares sobre inteligência, e que são concorrentes ao meu, é o da capacidade de adaptação. No entanto a adaptação mais se parece com uma espécie de reação secundária do que com uma ação primária, isto é, mais parece ser uma correlação do que uma causalidade intrínseca.
Mais Inteligente, logo me adapto?? Não.
Mais Inteligente, logo julgo melhor?? Sim.
O que diferenciará novamente serão os fatores: constância qualitativa, intensidade localizada ou abrangente e a natureza da inteligência.
Portanto, novamente, fazer julgamentos minimamente corretos e em uma maior: constância qualitativa e intensidade, localizada ou abrangente, e dependendo do tipo de inteligência, se consiste em uma ação primária enquanto que se adaptar corretamente se consiste em uma possibilidade em que x (inteligência) por causa de x,y,z pode resultar em y (adaptação), isto é, em uma (possível) reação secundária.
A intrinsicabilidade da inteligência será muito maior naqueles que forem: mais cognitivamente inteligentes, criativos ou sábios, claro de acordo com o tipo e estilo de inteligência de cada um.
A adaptação se consiste em um produto ou reação secundária do que em uma expressão intrínseca de certa característica.
Inteligência pode levar à ''adaptação'.
Mas inteligência sempre SIGNIFICARÁ um ''bom' ou correto julgamento.
Re-conclusão
A universalidade da inteligência é o julgar correto.
Mais inteligente, logo julgará melhor, claro dependendo da natureza de suas principais forças intelectuais.
Quanto maiores forem a constância e intensidade/''quantidade'' qualitativa de julgamentos corretos, mais inteligente será, e quanto maiores forem a constância e intensidade qualitativa de julgamentos moralmente corretos, mais racional-a-sábio se estará. E mais intrínseca será esta característica (inteligência) em relação ao ser que a tiver mais desenvolvida.
Uma maior intrinsicabilidade também tende a significar maior naturalidade/facilidade para se acessá-la, se usá-la, ou forças psico-cognitivas, complexidade neutra (homossexualidade), vulnerabilidade (diabetes tipo 2) ou fraqueza (déficit em matemática).
E sem esquecer que ética ou moralidade encontra-se subjacente ao comportamento, em especial ao comportamento humano, apesar deste ser muito falho, e portanto a sabedoria encontrar-se-á (relembrando, sempre...) superior à inteligência, isto é, sob o seu domínio ou ideal, o ideal da inteligência é a sabedoria, em termos absolutos (afetivo e cognitivo) enquanto que o ideal cognitivo da inteligência é a criatividade.
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quarta-feira, 27 de julho de 2016
Será que eu ''sou psicopata''** ou que ao menos esteja dentro do jardim secreto dos ''anti-sociais'**
O epicentro semântico ou puramente/essencialmente descritivo da psicopatia se consiste na: incapacidade de ter empatia interpessoal geralmente relacionada com a desinibição moral, narcisismo e capacidade de manipulação ou astúcia/esperteza. Isso significa que muitas pessoas apresentarão ao menos um destes atributos. Alguns terão baixa empatia interpessoal, mas não serão narcisistas, manipuladores nem moralmente desinibidos. Outros serão "apenas" narcisistas. Mas apesar desta diversidade de (micro) epicentros, todo aquele que estiver dentro deste jardim de variedades sociopáticas, tenderá a ser acima da média em relação a esses outros atributos que estão correlacionados, isto é, o narcisista 'puro', por exemplo, ainda tenderá a ser mais manipulativo do que alguém com menor narcisismo.
Bons em manipulação também costumam ser bons para compreender parte da realidade, em seu corpo, esqueleto, isto é, de modo operacional ou sistêmico. Por exemplo, uma pessoa comum pode atribuir a causa dos estados emocionais a eles mesmos enquanto que na verdade são expressões ou finalidades. Quando analisam o efeito como se também fosse a causa. Alguém que consegue analisar a emoção sob um ponto de vista não-emotivo pode vê-la sob um ângulo mais sistêmico e portanto mais próximo de sua origem, de sua primeva intencionalidade. Em outras palavras pode ver o processo e prever como que se expressará enquanto que muitos outros se concentrarão "involuntariamente" aos resultados ou produtos concluindo que ''a causa é o efeito''. O produto é analisado e o processo é desprezado. Mas se o processo for conhecido então se poderá de fato chegar à sua origem/causa e entender plenamente como que se dá o seu comportamento completo, do nascimento à finalidade.
Quem manipula e de maneira mais coesa compreende melhor sobre o processo, além do próprio produto/efeito, pois pode prover modificações sobre o processo e portanto o próprio produto.
É um tipo de técnica muito usada na política por meio da propaganda, mas também em tudo aquilo que se relaciona com a política como a "religião" e a cultura.
O caráter cognitivo da psicopatia parece se consistir em parte essencial para a sabedoria pois também é de fundamental importância entender e mesmo de ter certa familiaridade com o mal, ao menos, a nível ideacional, para que se possa com isso prover o mais completo ou perfeccionista julgamento moral. Eu tenho me visto desta maneira, enquanto um proto ou mesmo um pós psicopata, em termos cognitivos, por ser ou por acreditar que seja muito bom na arte da manipulação. No entanto eu não estou plenamente desprovido de intenção/motivação empática, o cerne fundamental que distingue psicopatas de não-psicopatas. Eu sou narcisista mas não ao ponto da megalomania inconscientemente percebida ou simplesmente não-percebida, ainda megalomaníaco eu tenho consciência crítica em relação a essas minhas tendências. Eu tenho maior desinibição moral em especial em relação à moralidade subjetiva, mas eu sou o completo oposto em relação à moralidade objetiva.
A moralidade subjetiva se consiste no produto sócio-cultural da ignorância e estupidez impostas como norma-padrão para as pessoas comuns ou comumente medíocres. Por exemplo, eu posso olhar com desprezo para a devoção religiosa em relação aos seus símbolos, santos católicos ou Maomé. E isso pode ser interpretado por muitos como "coisa de psicopata". Um manifestante lgbt pode enfiar a estátua da "nossa senhora" no ânus que eu não irei achar esta atitude instantaneamente imoral porque pra mim não há qualquer simbolismo literal que o valha. Eu posso refletir e pensar no desrespeito em relação à crença cristã. No entanto como julgamento final eu posso e tenho concluído que rir deste tipo tão comum de imbecilidade humana, que é a de tomar a fantasia grosseira como verdade absoluta ou factual, mais do que uma possibilidade completamente correta de ser efetuada também se consiste muitas vezes numa necessidade. Rir de todos os ídolos. Aquilo que tem restado aos pensadores honestos e filosoficamente inteligentes.
Eu também posso olhar para o valor que a mentira pode ter. Neste caso eu posso vê-la como um meio que, geralmente errado, pode ser funcional se a finalidade for correta. O problema nesses casos não é a mentira por si mesma mas os efeitos que pode resultar.
Eu posso ver valor em quase tudo. O problema sempre é a estupidez. Quando algo está sendo feito de modo equivocado, conflituoso, o valor ou se perde ou se definha.
O psicopata consegue compreender fraquezas e forças alheias, assim como as de si mesmo, e o seu cérebro ainda é capaz de lhe prover as melhores cartas para jogar de acordo com a sua estratégia mental do momento. Ao entender melhor as pessoas do que elas mesmas poderiam, o psicopata, em especial o de alto funcionamento, se torna capaz de antever aos gostos ou predileções de cada um. Em outras palavras, aquilo que a maioria das pessoas deveriam ser naturalmente atentas ou capazes de prover e pra si mesmas, o autoconhecimento, o psicopata ''faz'' por elas. Uma outra possibilidade complementar de explicação quanto a esta situação pode se dar pelo fato da psicopatia resultar no desligamento constante de atribuições neurológicas que se expressam com base no julgamento moral e que geralmente serão falhas a operacionalmente insuficientes para uma boa parcela dos seres humanos. Esta anormalidade da mente psicopática então parece abrir outras janelas de compreensão ou análise do comportamento que alguns estudos tem sugerido tende a ser feita de modo predominantemente lógico pelo psicopata, e emocional pelo empata, isto é, ao analisar uma situação que envolve emoções, o mesmo tende a fazê-la de modo lógico. Enquanto que, é o que parece, para a maioria dos seres humanos, existe ao mesmo tempo uma fronteira que delimita e separa emoção de razão, se misturam equivocadamente, em especial para o raciocínio que não for totalmente voltado para o autoconhecimento, ''comprovando'' a minha ideia de que o ser humano médio seja ''mentalmente estrábico'', e situação diferente parece acontecer, em especial com psicopatas e sábios. Emoção e razão, para os dois, me parece que estarão usualmente conectadas, a priore ou a nível ideacional, mas que vão se tornando progressivamente separadas a partir do momento em que serão acessadas para a produção do raciocínio, do pensar. No caso do psicopata, existe a quase inexistência de emoções genuínas, estas que o acusariam de ter alta empatia afetiva, restando para si apenas a lógica. O psicopata então, faz tudo aquilo que a maioria dos seres humanos também tendem a fazer só que parcialmente, e cada subgrupo ao seu nível de proximidade proporcional em relação ao comportamento típico do psicopata: extremamente egoísta, impulsivo/calculista e moralmente desafiador. No caso do sábio, por causa da necessidade de se conhecer muito bem a bondade e maldade, parece ser preciso este ''mergulho'' ou ''incursões'' dentro do submundo emocional da psicopatia, como eu já falei, não basta saber apenas sobre o epicentro da bondade (capital), também é importante conhecer os seus limites (fronteiras). Apenas deste modo que de fato conheceremos a bondade, ao conhecermos a maldade, da mesma maneira que, dualisticamente falando, não existe (o conhecimento da) sombra sem (o conhecimento da) luz.
O psicopata parece ser provido de elevada inteligência emocional (empatia cognitiva*), operacional ou puramente cognitiva, justamente por ser pouco emotivo, ele pode, ao invés de ser escravizado por sua emotividade, que é quase inexistente, usar esta potencial fraqueza que é comum aos outros, pra si mesmo, em seu próprio benefício. Observa-se mais uma vez o hiato que costuma existir entre o ser e o fazer. Uma maior inteligência emocional (puramente) cognitiva sem empatia afetiva, tende a ter como resultado se não a psicopatia algum outro tipo de ''desordem' mental de natureza moral. O que no entanto é bem notável é a desconexão entre o potencial e a realização no mundo literal, das ações.
O psicopata neste sentido encontra-se quase que totalmente desprovido de ''consciência estética'', por ser incapaz de compreender o valor da beleza/harmonia/simetria em todos os seus poros. Ele é capaz de percebe-la e mesmo de busca-la em sua superfície mas sem toda completude emocional que é necessária para torná-lo sábio, que ou aquele que, ao contrário do psicopata, encontra-se totalmente embebido pela consciência estética.
Interpretar analiticamente a realidade social humana é meio passo para se agir de modo calculado e muitas vezes buscando pela própria vantagem gritantemente egoísta. A moralidade sentida funciona como um freio para as nossas ações e sem esses limites agiremos sem refletir ou mesmo refletindo, como eu acredito que muitos psicopatas fazem, sem chegar a uma conclusão moral ardentemente contundente e influente, que resultaria no repelimento de ações histrionicamente egoístas.
Mesmo a minha estratégia filosófica que parece impossível por agora não esta e nunca esteve totalmente rendida pelas paixões que a emoção nos avassala. Mesmo a minha purificação moral tem um quê narcisista, uma maneira de mostrar-me, primeiramente pra mim mesmo de modo superior aos outros. Mesmo a razão e a busca incessante por seu aperfeiçoamento, característica comum a pensadores profundos, também tem doses pouco homeopáticas de narcisismo.
Minha desinibição moral se consiste em um convite para a adaptação que no entanto encontra forte resistência por parte do meu próprio narcisismo. Mesmo tudo aquilo que tenho escrito sobre sabedoria tem um quê de autobiográfico. E mesmo a minha humildade invariavelmente revelada também é produto de uma reinterpretação do meu narcisismo. Uma mistura útil e agradável. Me agrada fazer o bem e ainda é útil para acalentar o meu narcisismo. No entanto novamente esta tendência pode ser universal e eu sou apenas honesto demais para admiti-la.
Eu sou melancólico e que, a modo apropriado, em específico pra este texto, pode ser transladado para quase-depressivo. Eu combino um olhar profundamente realista extraído de minha melancolia juntamente com um olhar de matiz psico-cognitiva "psicopática", isto é, moralmente desinibida, a Priore, e manipulativa.
Defino-me como um pós psicopata, que reconhece as vantagens desta desordem, que tem consciência de si mesma, branda porém característica. Eu vejo o psicopata como um dos tipos mais realistas de seres humanos, ao contrário de muitas ideias dentro da psicologia que visam atenuar ou mesmo desmerecer esta verdade, dolorosa mas genuína.
Talvez em mim a jovem razão que para a maioria permanece presa em seu calabouço frontal assistindo as artimanhas de sua madrasta mais velha, encontra-se a ponto de libertar-se por seu caminho dourado em direção ao solo de pedra e medievalidades.
Eu vejo-me como um pós-parasita que evoluiu para o mutualismo e que vê nesta estratégia de vida o valor da sabedoria, em especial dentro de organizações sociais ou pluri-individuais. Enquanto que a maioria dos psicopatas de alto funcionamento são como típicos parasitas e os mais primários são como predadores. Pequeno, frágil, porém perspicaz e conselheiro. Eis o sábio.
Bons em manipulação também costumam ser bons para compreender parte da realidade, em seu corpo, esqueleto, isto é, de modo operacional ou sistêmico. Por exemplo, uma pessoa comum pode atribuir a causa dos estados emocionais a eles mesmos enquanto que na verdade são expressões ou finalidades. Quando analisam o efeito como se também fosse a causa. Alguém que consegue analisar a emoção sob um ponto de vista não-emotivo pode vê-la sob um ângulo mais sistêmico e portanto mais próximo de sua origem, de sua primeva intencionalidade. Em outras palavras pode ver o processo e prever como que se expressará enquanto que muitos outros se concentrarão "involuntariamente" aos resultados ou produtos concluindo que ''a causa é o efeito''. O produto é analisado e o processo é desprezado. Mas se o processo for conhecido então se poderá de fato chegar à sua origem/causa e entender plenamente como que se dá o seu comportamento completo, do nascimento à finalidade.
Quem manipula e de maneira mais coesa compreende melhor sobre o processo, além do próprio produto/efeito, pois pode prover modificações sobre o processo e portanto o próprio produto.
É um tipo de técnica muito usada na política por meio da propaganda, mas também em tudo aquilo que se relaciona com a política como a "religião" e a cultura.
O caráter cognitivo da psicopatia parece se consistir em parte essencial para a sabedoria pois também é de fundamental importância entender e mesmo de ter certa familiaridade com o mal, ao menos, a nível ideacional, para que se possa com isso prover o mais completo ou perfeccionista julgamento moral. Eu tenho me visto desta maneira, enquanto um proto ou mesmo um pós psicopata, em termos cognitivos, por ser ou por acreditar que seja muito bom na arte da manipulação. No entanto eu não estou plenamente desprovido de intenção/motivação empática, o cerne fundamental que distingue psicopatas de não-psicopatas. Eu sou narcisista mas não ao ponto da megalomania inconscientemente percebida ou simplesmente não-percebida, ainda megalomaníaco eu tenho consciência crítica em relação a essas minhas tendências. Eu tenho maior desinibição moral em especial em relação à moralidade subjetiva, mas eu sou o completo oposto em relação à moralidade objetiva.
A moralidade subjetiva se consiste no produto sócio-cultural da ignorância e estupidez impostas como norma-padrão para as pessoas comuns ou comumente medíocres. Por exemplo, eu posso olhar com desprezo para a devoção religiosa em relação aos seus símbolos, santos católicos ou Maomé. E isso pode ser interpretado por muitos como "coisa de psicopata". Um manifestante lgbt pode enfiar a estátua da "nossa senhora" no ânus que eu não irei achar esta atitude instantaneamente imoral porque pra mim não há qualquer simbolismo literal que o valha. Eu posso refletir e pensar no desrespeito em relação à crença cristã. No entanto como julgamento final eu posso e tenho concluído que rir deste tipo tão comum de imbecilidade humana, que é a de tomar a fantasia grosseira como verdade absoluta ou factual, mais do que uma possibilidade completamente correta de ser efetuada também se consiste muitas vezes numa necessidade. Rir de todos os ídolos. Aquilo que tem restado aos pensadores honestos e filosoficamente inteligentes.
Eu também posso olhar para o valor que a mentira pode ter. Neste caso eu posso vê-la como um meio que, geralmente errado, pode ser funcional se a finalidade for correta. O problema nesses casos não é a mentira por si mesma mas os efeitos que pode resultar.
Eu posso ver valor em quase tudo. O problema sempre é a estupidez. Quando algo está sendo feito de modo equivocado, conflituoso, o valor ou se perde ou se definha.
O psicopata consegue compreender fraquezas e forças alheias, assim como as de si mesmo, e o seu cérebro ainda é capaz de lhe prover as melhores cartas para jogar de acordo com a sua estratégia mental do momento. Ao entender melhor as pessoas do que elas mesmas poderiam, o psicopata, em especial o de alto funcionamento, se torna capaz de antever aos gostos ou predileções de cada um. Em outras palavras, aquilo que a maioria das pessoas deveriam ser naturalmente atentas ou capazes de prover e pra si mesmas, o autoconhecimento, o psicopata ''faz'' por elas. Uma outra possibilidade complementar de explicação quanto a esta situação pode se dar pelo fato da psicopatia resultar no desligamento constante de atribuições neurológicas que se expressam com base no julgamento moral e que geralmente serão falhas a operacionalmente insuficientes para uma boa parcela dos seres humanos. Esta anormalidade da mente psicopática então parece abrir outras janelas de compreensão ou análise do comportamento que alguns estudos tem sugerido tende a ser feita de modo predominantemente lógico pelo psicopata, e emocional pelo empata, isto é, ao analisar uma situação que envolve emoções, o mesmo tende a fazê-la de modo lógico. Enquanto que, é o que parece, para a maioria dos seres humanos, existe ao mesmo tempo uma fronteira que delimita e separa emoção de razão, se misturam equivocadamente, em especial para o raciocínio que não for totalmente voltado para o autoconhecimento, ''comprovando'' a minha ideia de que o ser humano médio seja ''mentalmente estrábico'', e situação diferente parece acontecer, em especial com psicopatas e sábios. Emoção e razão, para os dois, me parece que estarão usualmente conectadas, a priore ou a nível ideacional, mas que vão se tornando progressivamente separadas a partir do momento em que serão acessadas para a produção do raciocínio, do pensar. No caso do psicopata, existe a quase inexistência de emoções genuínas, estas que o acusariam de ter alta empatia afetiva, restando para si apenas a lógica. O psicopata então, faz tudo aquilo que a maioria dos seres humanos também tendem a fazer só que parcialmente, e cada subgrupo ao seu nível de proximidade proporcional em relação ao comportamento típico do psicopata: extremamente egoísta, impulsivo/calculista e moralmente desafiador. No caso do sábio, por causa da necessidade de se conhecer muito bem a bondade e maldade, parece ser preciso este ''mergulho'' ou ''incursões'' dentro do submundo emocional da psicopatia, como eu já falei, não basta saber apenas sobre o epicentro da bondade (capital), também é importante conhecer os seus limites (fronteiras). Apenas deste modo que de fato conheceremos a bondade, ao conhecermos a maldade, da mesma maneira que, dualisticamente falando, não existe (o conhecimento da) sombra sem (o conhecimento da) luz.
O psicopata parece ser provido de elevada inteligência emocional (empatia cognitiva*), operacional ou puramente cognitiva, justamente por ser pouco emotivo, ele pode, ao invés de ser escravizado por sua emotividade, que é quase inexistente, usar esta potencial fraqueza que é comum aos outros, pra si mesmo, em seu próprio benefício. Observa-se mais uma vez o hiato que costuma existir entre o ser e o fazer. Uma maior inteligência emocional (puramente) cognitiva sem empatia afetiva, tende a ter como resultado se não a psicopatia algum outro tipo de ''desordem' mental de natureza moral. O que no entanto é bem notável é a desconexão entre o potencial e a realização no mundo literal, das ações.
O psicopata neste sentido encontra-se quase que totalmente desprovido de ''consciência estética'', por ser incapaz de compreender o valor da beleza/harmonia/simetria em todos os seus poros. Ele é capaz de percebe-la e mesmo de busca-la em sua superfície mas sem toda completude emocional que é necessária para torná-lo sábio, que ou aquele que, ao contrário do psicopata, encontra-se totalmente embebido pela consciência estética.
Interpretar analiticamente a realidade social humana é meio passo para se agir de modo calculado e muitas vezes buscando pela própria vantagem gritantemente egoísta. A moralidade sentida funciona como um freio para as nossas ações e sem esses limites agiremos sem refletir ou mesmo refletindo, como eu acredito que muitos psicopatas fazem, sem chegar a uma conclusão moral ardentemente contundente e influente, que resultaria no repelimento de ações histrionicamente egoístas.
Mesmo a minha estratégia filosófica que parece impossível por agora não esta e nunca esteve totalmente rendida pelas paixões que a emoção nos avassala. Mesmo a minha purificação moral tem um quê narcisista, uma maneira de mostrar-me, primeiramente pra mim mesmo de modo superior aos outros. Mesmo a razão e a busca incessante por seu aperfeiçoamento, característica comum a pensadores profundos, também tem doses pouco homeopáticas de narcisismo.
Minha desinibição moral se consiste em um convite para a adaptação que no entanto encontra forte resistência por parte do meu próprio narcisismo. Mesmo tudo aquilo que tenho escrito sobre sabedoria tem um quê de autobiográfico. E mesmo a minha humildade invariavelmente revelada também é produto de uma reinterpretação do meu narcisismo. Uma mistura útil e agradável. Me agrada fazer o bem e ainda é útil para acalentar o meu narcisismo. No entanto novamente esta tendência pode ser universal e eu sou apenas honesto demais para admiti-la.
Eu sou melancólico e que, a modo apropriado, em específico pra este texto, pode ser transladado para quase-depressivo. Eu combino um olhar profundamente realista extraído de minha melancolia juntamente com um olhar de matiz psico-cognitiva "psicopática", isto é, moralmente desinibida, a Priore, e manipulativa.
Defino-me como um pós psicopata, que reconhece as vantagens desta desordem, que tem consciência de si mesma, branda porém característica. Eu vejo o psicopata como um dos tipos mais realistas de seres humanos, ao contrário de muitas ideias dentro da psicologia que visam atenuar ou mesmo desmerecer esta verdade, dolorosa mas genuína.
Talvez em mim a jovem razão que para a maioria permanece presa em seu calabouço frontal assistindo as artimanhas de sua madrasta mais velha, encontra-se a ponto de libertar-se por seu caminho dourado em direção ao solo de pedra e medievalidades.
Eu vejo-me como um pós-parasita que evoluiu para o mutualismo e que vê nesta estratégia de vida o valor da sabedoria, em especial dentro de organizações sociais ou pluri-individuais. Enquanto que a maioria dos psicopatas de alto funcionamento são como típicos parasitas e os mais primários são como predadores. Pequeno, frágil, porém perspicaz e conselheiro. Eis o sábio.
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quarta-feira, 20 de julho de 2016
A inteligência cognitiva não é racionalidade... A ideia de epicentro semântico
As palavras abstratas, para que possam ser plenamente compreendidas precisam ser entendidas de maneira objetiva, emulando as palavras concretas, isto é por meio da intrinsicalidade ou epicentro semântico.
A racionalidade é um termo centrado naquilo que defini como "princípio da sabedoria". A racionalidade é um degrau a menos de perfeição perceptiva. Isso significa que nem todo racional será sábio, mas todo sábio verdadeiro será racional.
O epicentro semântico da palavra inteligência é muito amplo e diversificado. Podemos dizer também que nem todo inteligente será sábio, mas que todo sábio será inteligente. O conceito mais central ( ainda que não seja único) da inteligência é a capacidade de adaptação pois se relaciona umbilicalmente com a conservação da vida ou sobrevivência e claro que em nossos ambientes sociais muito complexos (ou confusos) adquire muitas facetas, ainda que o seu significado continue onisciente, a auto-conservação da vida.
A inteligência é fundamentalmente lógica pois parte de uma compreensão factual pragmática ou friamente utilitária. A adaptação utilitária /lógica ou "apenas aquilo que funciona" é a finalidade da inteligência enquanto que a finalidade da sabedoria é a harmonia. A inteligência pode ou não ser harmônica pois atitudes inteligentes podem ou não serem egoístas. Portanto não é incomum que pessoas epicentricamente inteligentes possam ter momentos de sabedoria. Esta é uma impossibilidade para a sabedoria por causa de seu caráter extremamente holístico e objetivo. A inteligência analisa fria, correta ou logicamente. A sabedoria é uma expansão perceptiva porque pensa em todos os pormenores possíveis ou que forem capturados.
A inteligência em sua manifestação mais expressiva via criatividade, por exemplo, produziu as cidades humanas que foram pensadas específica e sistematicamente, chegando a um resultado perceptivamente deficiente ao não levar em conta a natureza circundante ou mesmo ao tratá-la como ''inimiga do progresso''. A sabedoria por sua vez pensa em todos os envolvidos antes de chegar a qualquer conclusão. A inteligência pode ser imoral, isto é, com o intuito proposital de provocar problemas, ou amoral, tal como se fosse um crime culposo, sem a intenção de prejudicar, quando estamos ingênua ou tolamente culpados.
A sabedoria nunca será imoral ou amoral.
O epicentro semântico se consiste na técnica da perfeição semântica ao interpretar termos abstratos de modo semanticamente correto, novamente, emulando a maneira com que associamos as palavras com elementos concretos, com ''coisas''. Parte-se da ideia que sem uma comunicação clara e eficiente a humanidade se perderá seja por meio da inércia ou por meio da entropia destrutiva.
A inteligência humana é super estimada e mal compreendida, isto é, a idealizamos confundindo-a com a sabedoria. Os dois conceitos são muito distintos ainda que expressem a mesma ideia central.
Da mesma maneira que eu separei o termo lógico e racional, eu o faço novamente e analogamente à inteligência e sabedoria.
Sábios são raros. Inteligentes [ cognitivamente inteligentes ] são comuns mesmo em países como o Brasil.
O ser humano mais do que os outros animais é capaz de se micro-adaptar individualmente às circunstâncias. Por exemplo, a invenção da roupa mais o domínio do fogo foram de grande valia para que a humanidade pudesse se adaptar à regiões de clima frio. Na natureza os animais não humanos são mais propensos a perecerem quando as circunstâncias mudam rapidamente porque eles já tendem a seguir um cronograma limitado de estratégias para sobreviver.
Basicamente, as formas de vida não -humanas são inconscientemente teimosas, tentando quase sempre as mesmas estratégias mesmo quando as condições ambientais mudam e portanto exigem ''atualizações de abordagem''. Por isso que muitas entram em extinção ou são substituídas por suas versões mais micro-adaptadas.
A capacidade adaptativa a nível sofisticado ou basicamente o auto- arbítrio, a capacidade ou mesmo a simples possibilidade de se pensar na escolha, o simples fato de ter em mãos uma paleta limitada de escolhas já faz do ser humano uma espécie única.
A limitação é a si mesmo visto que por agora não podemos transcender a nós mesmos, para isso deveríamos ser como ''metamorfoses ambulantes''. Geralmente as escolhas humanas são feitas a nível subconsciente, esbarrando em ideias intuitivas de grande valia. Talvez os seres humanos mais evoluídos possam ser bem mais reflexivos e conscientes de suas ações.
O pensamento lógico é uma mistura de intuição com lógica, uma espécie de intuição lógica pre-conceitual, a partir do primeiro eu, nós enquanto animais instintivos que apenas expressam as nossas tendências (forma&expressão) pelo comportamento, sem grande esforço reflexivo, isto é, julgando as próprias ações, e o segundo eu, o nosso senso potencialmente/inicialmente racional, que analisa as nossas ações. O julgamento não chega a ser racional ou inteiramente racional porque tende a ocorrer a dominância de nosso primeiro eu ou simplesmente ego, se a racionalidade poderia ser entendida como ''recessiva''. Por isso que a lógica funciona mas não é holisticamente perceptiva porque a sua finalidade é a utilidade funcional e nada mais.
Em compensação na racionalidade é o segundo eu que domina o primeiro eu, ao providenciar julgamentos bem mais holísticos e progressivamente afastados do ego que resultaria na lógica ou racionalização egoísta.
Na sabedoria a diferença é ainda maior por não se consistir caracteristicamente na mitigação ou resolução de problemas mas em suas prevenções. A priore ou em mundo perfeito, a sabedoria funciona como o primeiro (e último julgamento) que analisa o ambiente antes que ''criatividade'' e ''inteligência'' possam agir. Tal como um grupo de caçadores coletores se deslocando para um novo ambiente, o sábio é o primeiro que analisa o ambiente de maneira crítica, antes que criatividade e inteligência possam se assentar.
A sabedoria por ser uma balança crítico-analítica funciona como o olhar holístico, de fora do ambiente, analisando certa ação, afastada do seu criador criativo e do seu sustentador inteligente.
Geralmente tem funcionado assim, o criativo cria, o inteligente sustenta e o sábio analisa como uma terceira ou quarta pessoa, a partir de uma perspectiva neutra, em relação ao ego. O criativo é o tipo psico-cognitivo mais egocêntrico. O sábio é o menos.
Através dessas separações semanticamente corretas poderemos finalmente separar o conceito muito vago e complexo da inteligência do conceito que tenho tentado dar precisão, a sabedoria. E lembrando que a racionalidade ainda não será sabedoria.
A racionalidade é um termo centrado naquilo que defini como "princípio da sabedoria". A racionalidade é um degrau a menos de perfeição perceptiva. Isso significa que nem todo racional será sábio, mas todo sábio verdadeiro será racional.
O epicentro semântico da palavra inteligência é muito amplo e diversificado. Podemos dizer também que nem todo inteligente será sábio, mas que todo sábio será inteligente. O conceito mais central ( ainda que não seja único) da inteligência é a capacidade de adaptação pois se relaciona umbilicalmente com a conservação da vida ou sobrevivência e claro que em nossos ambientes sociais muito complexos (ou confusos) adquire muitas facetas, ainda que o seu significado continue onisciente, a auto-conservação da vida.
A inteligência é fundamentalmente lógica pois parte de uma compreensão factual pragmática ou friamente utilitária. A adaptação utilitária /lógica ou "apenas aquilo que funciona" é a finalidade da inteligência enquanto que a finalidade da sabedoria é a harmonia. A inteligência pode ou não ser harmônica pois atitudes inteligentes podem ou não serem egoístas. Portanto não é incomum que pessoas epicentricamente inteligentes possam ter momentos de sabedoria. Esta é uma impossibilidade para a sabedoria por causa de seu caráter extremamente holístico e objetivo. A inteligência analisa fria, correta ou logicamente. A sabedoria é uma expansão perceptiva porque pensa em todos os pormenores possíveis ou que forem capturados.
A inteligência em sua manifestação mais expressiva via criatividade, por exemplo, produziu as cidades humanas que foram pensadas específica e sistematicamente, chegando a um resultado perceptivamente deficiente ao não levar em conta a natureza circundante ou mesmo ao tratá-la como ''inimiga do progresso''. A sabedoria por sua vez pensa em todos os envolvidos antes de chegar a qualquer conclusão. A inteligência pode ser imoral, isto é, com o intuito proposital de provocar problemas, ou amoral, tal como se fosse um crime culposo, sem a intenção de prejudicar, quando estamos ingênua ou tolamente culpados.
A sabedoria nunca será imoral ou amoral.
O epicentro semântico se consiste na técnica da perfeição semântica ao interpretar termos abstratos de modo semanticamente correto, novamente, emulando a maneira com que associamos as palavras com elementos concretos, com ''coisas''. Parte-se da ideia que sem uma comunicação clara e eficiente a humanidade se perderá seja por meio da inércia ou por meio da entropia destrutiva.
A inteligência humana é super estimada e mal compreendida, isto é, a idealizamos confundindo-a com a sabedoria. Os dois conceitos são muito distintos ainda que expressem a mesma ideia central.
Da mesma maneira que eu separei o termo lógico e racional, eu o faço novamente e analogamente à inteligência e sabedoria.
Sábios são raros. Inteligentes [ cognitivamente inteligentes ] são comuns mesmo em países como o Brasil.
O ser humano mais do que os outros animais é capaz de se micro-adaptar individualmente às circunstâncias. Por exemplo, a invenção da roupa mais o domínio do fogo foram de grande valia para que a humanidade pudesse se adaptar à regiões de clima frio. Na natureza os animais não humanos são mais propensos a perecerem quando as circunstâncias mudam rapidamente porque eles já tendem a seguir um cronograma limitado de estratégias para sobreviver.
Basicamente, as formas de vida não -humanas são inconscientemente teimosas, tentando quase sempre as mesmas estratégias mesmo quando as condições ambientais mudam e portanto exigem ''atualizações de abordagem''. Por isso que muitas entram em extinção ou são substituídas por suas versões mais micro-adaptadas.
A capacidade adaptativa a nível sofisticado ou basicamente o auto- arbítrio, a capacidade ou mesmo a simples possibilidade de se pensar na escolha, o simples fato de ter em mãos uma paleta limitada de escolhas já faz do ser humano uma espécie única.
A limitação é a si mesmo visto que por agora não podemos transcender a nós mesmos, para isso deveríamos ser como ''metamorfoses ambulantes''. Geralmente as escolhas humanas são feitas a nível subconsciente, esbarrando em ideias intuitivas de grande valia. Talvez os seres humanos mais evoluídos possam ser bem mais reflexivos e conscientes de suas ações.
O pensamento lógico é uma mistura de intuição com lógica, uma espécie de intuição lógica pre-conceitual, a partir do primeiro eu, nós enquanto animais instintivos que apenas expressam as nossas tendências (forma&expressão) pelo comportamento, sem grande esforço reflexivo, isto é, julgando as próprias ações, e o segundo eu, o nosso senso potencialmente/inicialmente racional, que analisa as nossas ações. O julgamento não chega a ser racional ou inteiramente racional porque tende a ocorrer a dominância de nosso primeiro eu ou simplesmente ego, se a racionalidade poderia ser entendida como ''recessiva''. Por isso que a lógica funciona mas não é holisticamente perceptiva porque a sua finalidade é a utilidade funcional e nada mais.
Em compensação na racionalidade é o segundo eu que domina o primeiro eu, ao providenciar julgamentos bem mais holísticos e progressivamente afastados do ego que resultaria na lógica ou racionalização egoísta.
Na sabedoria a diferença é ainda maior por não se consistir caracteristicamente na mitigação ou resolução de problemas mas em suas prevenções. A priore ou em mundo perfeito, a sabedoria funciona como o primeiro (e último julgamento) que analisa o ambiente antes que ''criatividade'' e ''inteligência'' possam agir. Tal como um grupo de caçadores coletores se deslocando para um novo ambiente, o sábio é o primeiro que analisa o ambiente de maneira crítica, antes que criatividade e inteligência possam se assentar.
A sabedoria por ser uma balança crítico-analítica funciona como o olhar holístico, de fora do ambiente, analisando certa ação, afastada do seu criador criativo e do seu sustentador inteligente.
Geralmente tem funcionado assim, o criativo cria, o inteligente sustenta e o sábio analisa como uma terceira ou quarta pessoa, a partir de uma perspectiva neutra, em relação ao ego. O criativo é o tipo psico-cognitivo mais egocêntrico. O sábio é o menos.
Através dessas separações semanticamente corretas poderemos finalmente separar o conceito muito vago e complexo da inteligência do conceito que tenho tentado dar precisão, a sabedoria. E lembrando que a racionalidade ainda não será sabedoria.
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