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sexta-feira, 26 de abril de 2024

''Já que os brasileiros não sabem votar e a democracia não funciona, a solução para desenvolver o país seria...

 ... somente uma nova ditadura de déspotas esclarecidos que sabem o que é melhor para o povo como aconteceu com Getúlio Vargas e Regime Militar?''


Pergunta do Quora, minha resposta

De onde você tirou que a ditadura desenvolveu o país?? Para qual tipo de desenvolvimento??

Pois se você reclama da criminalidade nas grandes e médias cidades brasileiras (crescimento desordenado, sem qualquer planejamento; nenhum controle quanto aos fluxos migratórios internos e nenhum desenvolvimento equilibrado e sustentável nas regiões do país) ou da falta de uma malha ferroviária que, aliás, foi reduzida ainda mais, eu recomendo culpar em boa parte os tempos dourados de ditadura.

Déspotas, em média, são especialistas em saber o que é melhor para si mesmos.

Olha, eu não louvo a ou, essa democracia, mais uma democracinha, que temos. Mas mesmo se vivêssemos em uma democracia participativa ou completa, não sei se daria certo. Por isso que eu acho que o governo ideal deveria ser composto por uma maioria dos indivíduos mais sábios, verdadeiramente falando, ou de uma sofocracia (eu gosto de chamar de intelectocracia). Nisso, Platão tinha razão. Agora, sobre a sua outra afirmação, de que os brasileiros são sabem votar. Ok, mas ainda assim, o problema não é só isso, mas em quem votar?? Na candidata: mulher, negra e trans que usa chantagem emocional como argumento e promete ajudar apenas os grupos aos quais se identifica, ao picareta neoliberal que só pensa em dinheiro e está defecando para as questões sociais ou para o pastor evangélico que promete aumentar o poder, o seu e o do seu negóci.. igreja na política??

domingo, 14 de abril de 2024

Sobre o cinismo da "esquerda" ao falar sobre desinformação, "fake news" e democracia/About the cynicism of the "left" when talking about disinformation, "fake news" and democracy

 Se existem redes articuladas de contas em plataformas digitais espalhando notícias falsas e desinformação associadas a partidos e figuras de "direita" no Brasil e no exterior, também existe algo parecido e, até mais profundo ou pior, que tem sido protagonizado pela "esquerda", que é o aparelhamento ideológico de instituições e setores, como a cultura, a educação e o governo, usando-os como meios de doutrinação de suas crenças e narrativas (frequentemente desviantes da razão e dos fatos) e de imposição de suas políticas supostamente bem intencionadas, inspiradas pela Escola de Frankfurt, que foi uma organização de intelectuais (em sua maioria, judeus), na Alemanha dos anos 20 do século passado, e que teve como objetivo principal, aparentemente, produzir trabalhos de crítica social aos valores burgueses e ao sistema capitalista. Mas, então, tem sido adotada como meio para subverter a "velha ordem', aplicando o método da hegemonia cultural de Antonio Gramsci, de tomar o poder pela cultura, de maneira progressiva, ao invés de fazê-lo por uma revolução popular. 


Portanto, parece cinismo e hipocrisia, pessoas ditas de "esquerda" acusarem de "fakes news", desinformação e tentativa de golpe, aqueles mais à direita, mesmo que não sejam inverdades, se elas mesmas estão participando ativamente na promoção de um golpe de longo prazo contra a civilização ocidental e cujas consequências desastrosas nós já estamos testemunhando nessa terceira década de século XXI, tal como a crescente substituição demográfica de populações de raça branca de países como os EUA e os da Europa Ocidental, em andamento, resultado da dominação discursiva e política de suas ideologias que se baseiam em um predomínio de falácias morais e pseudociência ("do bem"), e a subversão de valores básicos ao funcionamento de uma sociedade, tal como pelo relativismo da verdade, que tem resultado, por exemplo, no ativismo radical trans...

Justiça social??

Gramsci, em sua teoria sobre a hegemonia cultural, apontou, corretamente, que a "elite burguesa" também usa a cultura como um meio para convencer ou coagir as "massas" a se tornarem submissas ao seu domínio. E que, em um mundo cada vez mais dominado pelo sistema capitalista, essa via seria a mais adequada para tomar o poder, provavelmente buscando reverter essa situação. Mas o resultado da adoção de sua teoria como instrumentalização intelectual e política não tem sido o de promover justiça social, mas de também usá-la como discurso de convencimento ou coerção e que, na prática, busca ampliar seus poderes dentro do sistema que dizem combater.E lembrando sempre que a justiça não é possível, idealmente, sem a busca da verdade objetiva e imparcial.

"Defesa pela democracia"?? 

"A esquerda" adora encher a boca para falar que "defende a democracia".

Mas que democracia é essa que diz defender?? 

Será que defende pela democracia em Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, China ou Rússia??? 

Pois se a resposta for positiva, então, deveria se colocar CONTRA e não a favor dos respectivos governos desses países ...

Já, em sociedades ocidentais, que tipo de "democracia" a "esquerda" defende?? 

Por uma democracia com pouca ou nula participação popular e em que apenas as políticas ou decisões do seu agrado que são consideradas "democráticas"?? 

Tal como impor um modelo "multicultural" ("americanizado") de sociedade, com muita imigração sem controle, sem consultar a população e sem se basear em evidências concretas para ratificá-la como a melhor medida?? (Se as evidências existentes, históricas, de experiências multiculturais, ratificam o oposto)

Ou impor, sem qualquer consulta popular, medidas tão frouxas de combate ao crime que deixam a entender que está "do lado do bandido" e não do trabalhador e/ou do cidadão cumpridor das leis???

Também poderia ser pela imposição de uma legislação que busca limitar de maneira significativa a liberdade de expressão de acordo com o que considera "ofensivo" ou "verdadeiro"??

É essa democracia de partido e ideologia únicos, em boa parte, autoritária e irracional, que essa "esquerda" defende?? 


About the cynicism of the "left" when talking about disinformation, "fake news" and democracy

If there are articulated networks of accounts on digital platforms spreading fake news and disinformation associated with "right-wing" parties and figures in Brazil and abroad, there is also something similar and, even deeper or worse, that has been carried out by the "left", which is the ideological rigging of institutions and sectors, such as culture, education and government, using them as means of indoctrinating their beliefs and narratives (often deviating from reason and facts) and imposing their supposedly well-intentioned policies , inspired by the Frankfurt School, which was an organization of intellectuals (mostly Jews) in Germany in the 20s of the last century, and whose main objective, apparently, was to produce works of social criticism of bourgeois values and the capitalist system. But then it has been adopted as a means of subverting the 'old order', applying Antonio Gramsci's method of cultural hegemony, of taking power through culture, in a progressive manner, rather than by a popular revolution.

Therefore, it seems cynicism and hypocrisy, for people called "leftists" to accuse those more on the right of "fake news", disinformation and attempted coups, even if they are not untrue, if they themselves are actively participating in the promotion of a long-term coup against Western civilization and whose disastrous consequences we are already witnessing in this third decade of the 21st century, like as the growing demographic replacement of white populations in countries such as the USA and Western Europe, in progress, as a result of hegemony of its ideologies that are based on a predominance of moral fallacies and pseudoscience ("of good"), and the subversion of basic values to the functioning of a society, such as through the relativism of truth, which has resulted, for example, in radical trans activism...

Social justice??

Gramsci, in his theory on cultural hegemony, correctly pointed out that the "bourgeois elite" also uses culture as a means to convince or coerce the "masses" into becoming submissive to their rule. And that, in a world increasingly dominated by the capitalist system, this route would be the most appropriate way to take power, probably seeking to reverse this situation. But the result of adopting their theory as an intellectual and political instrumentation has not been to promote social justice, but to also use it as a discourse of persuasion or coercion and which, in practice, seeks to expand their powers within the system they claim to combat.And always remembering that justice is not possible, ideally, without the search for objective and impartial truth.


"Defense for democracy"??

"The left" loves to talk about "defending democracy".

But what kind of democracy do you claim to defend?

Do you defend democracy in Cuba, Venezuela, North Korea, China or Russia???

Because if the answer is positive, then you should be AGAINST and not in favor of the respective governments of these countries...

Now, in Western societies, what kind of "democracy" does the "left" defend?

For a democracy with little or no popular participation and in which only policies or decisions to their liking are considered "democratic"??

Such as imposing a "multicultural" ("Americanized") model of society, with a lot of uncontrolled immigration, without consulting the population and without being based on concrete evidence to ratify it as the best measure? (If existing historical evidence of multicultural experiences confirms the opposite)

Or impose, without any popular consultation, such lax measures to combat crime that they imply that it is "on the side of the criminal" and not on the side of the worker and/or the law-abiding citizen???

Could it also be through the imposition of legislation that seeks to significantly limit freedom of expression according to what is considered "offensive" or "true"?

Is this democracy of a single party and ideology, largely authoritarian and irrational, that this "left" defends?


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O que o Brasil realmente precisa??

 Federalização ampliada


Estados ou regiões devem ter direito a uma maior autonomia sobre o governo federal, se suas populações assim desejarem. O Brasil é muito diverso e, sinceramente, não é justo que a maioria das decisões mais importantes sejam sempre tomadas na capital por um grupo, diga-se, limitado e escuso, de pessoas...

Aliás, essa é uma lógica que pode ser generalizada para qualquer país de grandes dimensões territoriais, mas também para aqueles com grande diversidade cultural (ou nem tanto, porque também depende do quão racionais ou ponderados cada grupo em questão está para ter mais autonomia em suas decisões). 

Fim dos benefícios abundantes e/ou injustos à classe política (o começo do fim da corrupção??)

Mas qual político realmente honesto e corajoso, de preferência um presidente, que levantaria essa proposta e lutaria por ela?? (Hein, Lula???) 

Democracia direta??

A participação popular deveria ser muito maior do que apenas em alguns raros plebiscitos e processos eleitorais que ocorrem de quatro em quatro anos ...

Eu já propus um modelo de democracia direta com risco minimizado de se tornar um democracismo, uma distopia democrática, nesse texto: "Exemplo de como evitar que uma democracia participativa se transforme em um democracismo".

Política de planejamento familiar

Famílias e indivíduos, especialmente os de classe trabalhadora, deveriam ser fortemente incentivados a planejar o número de filhos que pretendem ter. E como existe uma correlação estatística entre essa classe social e baixa capacidade cognitiva, pegaria dois coelhos em uma arapuca só. E se inteligência e personalidade são predominantemente hereditárias (por combinação dos materiais genéticos dos progenitores)...

Uma política de até dois filhos (ao invés da famosa política do filho único, que foi imposta durante várias décadas na China, e que eu propus em um texto anterior, só de pensamentos), com direito a incentivo financeiro vitalício como compensação à esterilização depois do primeiro ou segundo filho. 

Também seria interessante incentivar as taxas de fecundidade dos mais inteligentes, casais heterossexuais de cientistas, por exemplo...

E tenho sempre que ressaltar a necessidade de sistematizar a detecção precoce de sociopatas e psicopatas e, dependendo do quão perigosos ou problemáticos possam ser, internação permanente em instituições especialmente construídas e designadas para recebê-los, potencial esterilização e até castração química dos mais incontroláveis...

Reforma no sistema educacional 

Como eu já comentei em vários dos meus textos, o sistema de ensino no Brasil deveria passar por uma série de reformas, começando com a substituição do modelo vigente, por ser arcaico e pseudocientífico, já que despreza a realidade da diversidade psicológica e cognitiva humana, e também por ser ineficaz ao não se vincular ao mercado de trabalho e à educação superior, que serviria como uma via direta de avaliação e seleção (pelo uso de boletins {com avaliação completa, durante todo o tempo de escola} como currículo primário). Claro que a valorização da profissão e o aumento do número de escolas e professores também estariam na lista de pendências dessa reforma....

Reforma no sistema de justiça 

Um sistema viciado que não pune exatamente com base no crime cometido, mas também de acordo com a condição social do sujeito, facilitando a impunidade aos que cometem crimes e têm curso superior ou conta bancária recheada, e que ainda por cima é demasiado brando na punição, especialmente por crime hediondo, não poderia ser mais injusto e, portanto, precisa passar por reformas. A construção de mais presídios, com melhorias estruturais, mas sem promover mordomias a quem cometeu crimes, especialmente os mais graves, até para diminuir a superlotação, também seria importante. E, além dessas melhorias, a separação dos presos por categoria de crime e nível de periculosidade dos mesmos, por exemplo, isolando os "alfas" de qualquer possibilidade de conseguirem criar ou manter esquemas hierárquicos dentro dos presídios, mais a seleção criteriosa dos profissionais que trabalham nesses ambientes (com o expurgo de corruptíveis e/ou corruptos). 

Reforma no sistema de saúde 

No Brasil, de maneira geral, existe um problema básico em que a demanda é quase sempre maior que a oferta e isso é bastante verdadeiro para o sistema de saúde. Por isso, para começar a resolver esse problema, seria necessário aumentar o número de médicos, especialmente de clínicos gerais; de hospitais e postos, tornando o atendimento mais geograficamente especializado, bem distribuído e agilizado, também aumentando a cobertura de exames e tratamentos oferecidos gratuitamente pelo SUS. 

Maior distribuição de renda, mas sem injustiças disfarçadas de "correção histórica"

Sem sistemas de cotas que discriminam brancos pobres, enfim, que discriminam qualquer grupo de maneira injusta, de derrubar esse sistema de seleção e avaliação que tem sido imposto, importado dos EUA, e que tem o coitadismo ao invés do mérito como principal e único critério. 

Já quanto a essa melhor distribuição, se daria, primariamente, pela introdução de um modelo proporcional de impostos em que os mais ricos pagam mais que os mais pobres e a classe média. 

Uma possível redução da carga tributária, mas que só seria plenamente possível com o combate direto à corrupção política, se o melhor uso do dinheiro público depende disso. E mesmo sem redução da carga, que, pelo menos, os gastos do dinheiro público sejam priorizados ao público...

Se livrar da rede globo e do resto da mídia ideologicamente viciada 

Se livrar de uma emissora de televisão, isto é, de uma empresa privada, que tem acumulado uma influência muito grande e, pior de tudo, perniciosa, sobre o país, manipulando o povo brasileiro ao seu bel prazer, antes, priorizando o neoliberalismo, isto é, a depredação dos direitos dos trabalhadores em sua doutrinação. Agora, também com lavagem cerebral "woke", supostamente "anti racista", "democrática", "racional" e "empática", além de outro desserviço igualmente descomunal, a popularização absoluta de uma cultura de quinta categoria produzida por gente de inteligência limitada e gosto artístico duvidoso.

Justiça seja feita, se todas as emissoras de televisão do "nosso" país tem feito o mesmo ou parecido. O problema tem sido a enorme influência e o tipo de influência da emissora mais importante sobre a cultura e a sociedade brasileiras desde os seus primeiros anos de atuação, já como braço direito da ditadura militar, e agora como principal célula do veneno globalista em território nacional.

Pois seria muito melhor tomar nota de tudo isso e buscar por uma emissora, de preferência, estatal, que a substitua, que seja realmente engajada em proporcionar o melhor entretenimento, realmente educativo e de alta qualidade, que não pense apenas em poder, lacração e lucro. Também, para atingir esse objetivo, haveria de mobilizar a maioria "de direita" e centro para boicotá-la, porque em termos de potencial de mobilização social visando objetivos sensatos e ainda mais em relação a essas questões culturais, eu não espero nada vindo do outro lado, até por ser justamente esse que mais tem depredado a cultura do nosso e de outros países, via inculcação de relativismo ideológico da qualidade artística, mancomunado com a ganância capitalista, que prioriza o popular sobre o erudito visando lucros.  

Mas não apenas a rede globo, pois uma boa parte da mídia brasileira também está dominada por essas mesmas ideologias irracionais e seus agentes, que negam a razão em prol de suas convicções variavelmente desviantes dos fatos e do bom senso, geralmente baseadas em "pseudociências do bem", de inclinação mais para a "esquerda" no espectro político. Domínio esse que também se estende a outros setores de igual relevância, tal como a educação, a justiça e o próprio governo, e com efeitos destrutivos a médio e longo prazo.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Exemplo de como evitar que uma democracia participativa se transforme em um democracismo

 Vivemos em democracias representativas em que políticos supostamente representam os interesses da população. O ideal, no entanto, seria que a democracia fosse mais participativa, isto é, que tivesse maior participação, mais direta, dos cidadãos, que aconteceria principalmente por plebiscitos, ainda mais se a classe política, em regimes democráticos representativos, tende a representar e defender seus próprios interesses e não de priorizar os interesses, ou melhor, o bem estar da população. Mas, tem outro porém, pois uma democracia participativa pode facilmente descambar para um democracismo, uma distopia da própria democracia em que a opinião da maioria passa a ser tratada como lei, independente se está mais certa ou não, em termos morais e intelectuais. 


Então, pensando em uma maneira de evitar que a busca por um aperfeiçoamento da democracia acabe tendo o efeito contrário, proponho aqui um modelo de plebiscito dentro de um cenário de plena democracia ou participativa. Nesse modelo, a participação popular não será sozinha, porque juntas de especialistas (de fato) e de grupo específicos mais interessados ,também terão poder de voto, até para manter um maior equilíbrio. E, para estabelecer essa paridade, o poder de voto de ambos deve ser relativamente equiparável ao voto popular. Desta maneira, a opinião de uma maioria terá que ser confrontada com a opinião da minoria mais interessada no tópico e também com a opinião de especialistas, dos que, geralmente, sabem mais sobre o mesmo. 

Exemplo: um plebiscito para saber se deve ser permitido que crianças que apresentam disforia de gênero possa fazer a "transição" para o sexo desejado.  

Voto popular: representa 50% com 100% de concordância
Voto especialista: representa 30% com 100% de concordância 
Voto do grupo de interesse: representa 20% com 100% de concordância

Então, se 70% da população for contra, 60% de especialistas e 40% da população de interesse, ficaria mais ou menos assim, se os votos especialista e do grupo de interesse representam 50% dos votos totais, no primeiro será 60 de 30% e o segundo 40 de 20%, obtendo como resultados, respectivamente, 18% e 8% e, somados, perfazendo 26% do total de votos contrários. Esses, por último serão somados ao voto popular: 70 de 50% = 35%. 35 + 26 = 61% de votos contrários à medida proposta. Nesse exemplo, o voto popular pesou mais. Mas pode acontecer dos votos de especialistas e do grupo de interesse fazerem a diferença...

Isso em um cenário em que a maioria das propostas poderão ser colocadas sob votação. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Sobre "moneycracias"

 O Brasil, assim como as outras democracias ocidentais modernas, na verdade, é uma moneycracia, isto é, uma democracia superficial, no sentido de: subserviente ao sistema capitalista e, portanto, ao invés de funcionar como o "governo do povo" funciona como um governo da e para a elite burguesa, dos que acumulam mais capital ou dinheiro...


Mercadocracia é outro termo que já usei para chamar esse tipo insuficiente de regime democrático. 

Em uma verdadeira democracia moderna, o bem estar da população seria prioridade máxima e não os lucros individuais, especialmente os da burguesia. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A ilógica da "democracia de maioria" ...

 ...ou democracismo. 


Uma questão que é fundamental à fragilidade do sistema democrático. 


"E se 53% querem e 47% não querem??"

Eu já comentei sobre o problema da definição de povo dentro do conceito de democracia e que esse equívoco, que é o de considerá-lo como sinônimo de maioria, praticamente transforma o ideal democrático em uma distopia que chamei de democracismo, em que opiniões majoritárias passam a ser consideradas como as mais certas, independente da qualidade objetiva, isto é, do nível de verdade e ponderação das mesmas. Pois se é irracional qualificar uma opinião por sua popularidade e não por sua qualidade intrínseca, mesmo se pensarmos por esta lógica de que a opinião da maioria é soberana, a própria definição de maioria já é arbitrária ou, pelo menos, mais complexa de como tem sido adotada, especialmente em "democracias' ocidentais, afinal, existe uma grande diferença entre 53% da população ser a favor ou votar em X e se for 83%, porque no primeiro cenário, mesmo que, matematicamente falando, possa ser considerado maioria, em termos mais realistas se traduziria em um quase empate técnico. Então, além da crença de que a opinião da maioria deva prevalecer, a democracia moderna, tal como tem sido pensada, também parece que se baseia na crença de que a matemática pode servir para julgar situações humanas por supostamente não apresentar grandes irregularidades ou ser absolutamente exata. Mas sua aplicação em nossos contextos políticos mais se assemelha a tentar sair de um labirinto traçando uma trajetória em linha reta, desprezando nuances e acima de tudo, as verdades do que está em jogo. 

O povo governado pelos seus melhores representantes

Além da democracia moderna se basear na falácia do democracismo, de "sabedoria das massas", ainda tem constituído sua classe governante, ou elite político-econômica, de políticos oportunistas ou demagogos e de empresários gananciosos, em outras palavras, os piores representantes do povo, de uma maioria de sujeitos que só pensam em poder ou dinheiro, que estão muito aquém do ofício de governar com justiça e inteligência. É por isso que podemos classificar as sociedades humanas  desde os primórdios da civilização, como idiocracias, porque ao invés dos mais sábios, têm sido governadas principalmente por idiotas morais, isto é, por sujeitos irracionais. 

Então, se a maioria não tem sempre razão, o ideal seria de buscarmos por aqueles que mais têm, isto é, pelos que mais desenvolveram suas capacidades racionais para que nos governem e sem ter a necessidade de excluir outras vozes, a partir de uma governança horizontal em que "todos' possam participar da democracia, mas sempre priorizando pela qualidade de ideias, propostas... do que por sua popularidade.

Então, novamente, a democracia ideal não deve ser fundamentalmente o governo DO povo, mas PARA o povo, isto é, a priori para todos os indivíduos e grupos que coabitam ou compartilham um mesmo espaço politicamente delimitado, principiando pelo conceito mais correto de povo, que não é o mesmo que maioria. Porém, para que "todos" possam ser atendidos e sem que suas demandas se sobreponham às dos outros, é preciso que o governo seja composto pelos membros do povo que são mais sensatos ou ponderados para que consigam tomar as decisões mais sábias ou justas. E afirmo que tais indivíduos não são comuns, se a maioria dos seres humanos apresenta níveis muito moderados de capacidade racional. Por isso, a priori, não importa se "50 a 80% da população aprova x ou y" e sim qual posicionamento que está mais certo, que se baseia na verdade ou conhecimento e, portanto, na justiça.  

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Termos substitutos para o fascismo

Nos últimos anos, o fascismo tem sido usado de maneira excessiva, especialmente por progressistas (inclusive por mim mesmo), para se referir a qualquer regime autoritário e/ou tirano. No entanto, este é um termo específico de um lugar e período históricos: a Itália do entre-guerras da primeira metade do século XX e, portanto, não deve ser generalizado como se fosse sinônimo primário de autoritarismo. O ideal é o de buscarmos por termos mais abrangentes, sem endereço fixo na história. Por isso que, neste breve texto, irei introduzir minha proposta para solucionar esse equívoco que se tornou prática comum no cenário político. Os dois termos substitutos para o fascismo são:

Ultraconservadorismo e autoritarismo extremista

O autoritarismo extremista é todo regime político, cultural e/ou econômico em que, diálogo, conciliação ou concessão (em busca da justiça ou verdade) não são regras fundamentais em sua dinâmica social e que não tem como objeto principal a maximização do bem estar de todos os indivíduos e grupos que constituem uma sociedade.

Os únicos sistemas ou ideologias conhecidos que são, EM TEORIA, os menos autoritário-extremistas, são: a democracia (moderna) e o comunismo.

O que difere o fascismo do capitalismo é que o primeiro enfatiza seu autoritarismo no aspecto cultural e o segundo no econômico.

Fundamentalismo religioso, absolutismo monárquico e pseudo-comunismo também são autoritarismos extremistas.

Além do fascismo, o nazismo, o absolutismo monárquico e o fundamentalismo religioso também são ultraconservadores.

O ultraconservadorismo é a exacerbação de características comuns ao conservadorismo:

- Obediência ou submissão absoluta às autoridades com base em pouco ou nenhum diálogo entre as partes envolvidas;

- Supressão da individualidade, supostamente em prol do coletivo (na verdade, é em prol das "elites" dominantes). Uma falsa dicotomia;

- Divisão radical dos grupos sociais em: elites "naturais", "asseclas" (classes que sustentam e defendem as "elites"), "marginalizados" e "inimigos da nação" (opositores), visando justificar exploração e opressão, especialmente em relação aos dois últimos (alienação existencial);

- Especismo: tratamento predatório ou conveniente em relação ao meio ambiente, flora e fauna: seres vivos não-humanos, domesticados e silvestres;

- Anti intelectualismo: o conhecimento apenas como um meio para manter o poder ou domínio social das elites, sem se preocupar, de fato, com a melhoria constante da sociedade e de sua compreensão sobre o mundo. Verdades "inconvenientes" sempre descartadas. A arte é reduzida à mera figuração estética e a moralidade relativizada. A filosofia, portanto, é substituída por uma mitologia, em seu papel de guiar nações.

Uma intelectocracia também seria autoritária e extremista??

O ideal não é perguntar se seria ou não autoritária e extremista, mas o quão, para quem e por quais motivos ou intenções. Afinal, é inevitável que ocorram imposições e medidas duras. O que diferencia uma tirania, como o fascismo, e uma sociedade moralmente correta, é a gravidade das consequências das decisões que são tomadas pelas autoridades, mesmo sem participação efetiva do "povo". A intelectocracia, conceitualmente, se assemelharia ao comunismo e à democracia moderna, por também ser favorável pelo bem estar de todos (que o merecerem por suas ações).

Impor medidas ou ordens que causarão sofrimento desnecessário e por razões torpes = tirania

Impor medidas ou ordens mesmo depois de ter havido diálogo e tentativa de conciliação mas que é para o bem de todos os envolvidos = democracia moderna, comunismo e intelectocracia (em teoria e por prática absolutamente alinhada à teoria).

terça-feira, 31 de março de 2020

Democracismo

É a crença exagerada na funcionalidade plena e natural de uma democracia absoluta. É parecido com a crença no livre mercado porque também se baseia na ideia de autonomia total só que do povo em relação às elites, enquanto que no liberalismo econômico é a do mercado em relação ao Estado. Se o Estado não está funcionando corretamente, liberais da economia prescrevem ''elimina-lo'' ou reduzi-lo ao nível mínimo de intervenção sobre o empresariado e suas travessuras. No democracismo, são as elites as eliminadas, pois se pensa que o povo [ou que qualquer nível de povo] é plenamente capaz de autogoverno. Para o liberalismo econômico, acredita-se que um organismo vertebrado, como a sociedade complexa, pode se tornar invertebrado, sem ir se desmontando no processo. O estado aqui tendo como equivalente metafórico o esqueleto. Para o democracismo, crê-se, sem ter essa dimensão explícita e didática, que o organismo ou corpo social complexo possa existir sem sua cabeça ou elites. Ainda que receite por uma democracia mais participativa [plebiscitos], sem uma classe política que representa apenas os seus interesses, também [sempre] prescrevo moderação e que, neste caso, se consiste na preservação e no melhoramento significativo das elites, de oportunistas parasitários para verdadeiros governantes, que amam ''o povo'' como a si mesmos. Pelo democracismo, tomam-se opiniões ou posicionamentos da maioria como sacramentados e, consequentemente, despreza-se que, dentro de uma diversidade de perspectivas, algumas estão mais certas que outras, independente se a maioria concorda ou não, porque são mais factuais, baseadas na capacidade de atender com honestidade ou precisão a critérios estabelecidos [ex.: qual é a melhor maneira de combater as desigualdades sociais severas? uma das vias mais seguras para conseguir atender a esse critério é a distribuição igualitária de renda]. Outro problema é de se pensar que, com uma democracia participativa, todas as pautas poderão ser colocadas em plebiscito. Por exemplo, a união homo-afetiva. Não faz sentido que algo tão íntimo e tão racionalmente desejável [que adultos possam se unir oficialmente, independente de suas orientações e identidades sexuais] tenha que passar pela aceitação pública. Pois é, não tem! O democracismo padece do mesmo mal que acomete à boa parte das ideologias, se não sua característica principal/e/involuntária, o extremismo, já que, por sua crença, automaticamente todas as questões se tornam conclusiva e igualmente julgáveis pela opinião pública. Na verdade, é possível concluir que qualquer uma dessas questões pode muito bem ser corretamente julgada sem a necessidade que seja em conjunto ou por uma maioria, desde que o indivíduo ou um grupo menor de indivíduos estejam seguramente embebidos de racionalidade.

Mas, então, por que a democracia participativa é desejável?

Um ''pouco café com leite'', mas nem tanto...

Lembra de quando você brincava com seus irmãos e primos e tinha o mais novinho, ainda na primeira infância, que os adultos forçavam a participar das brincadeiras?? Eu aposto que você também se referia a ele como ''café com leite'', porque ele brincava mas não necessariamente de maneira efetiva. Pois é mais ou menos isso que uma democracia participativa e, pasmem, também aristocrática, por seu conceito mais ponderadamente tomado, se consistiria. Organismos complexos não existem sem um órgão hierarquicamente centralizado e especializado em seu controle, organização e decisão. O governo ideal, pela sabedoria, quebra os extremismos puristas das ideologias, isto é, suas imperfeições por distorção, ao harmonizar dois modelos primariamente antagônicos, o democrático e o aristocrático. A democracia representativa parte de premissa similar mas é evidente que o seu método de atração e constituição da classe política, de representantes do povo, é excepcionalmente falho, porque além de atrair os mais egoístas, que visam benefícios volumosos do cargo político, ainda dá poder total de decisão à população em momentos decisivos como nas eleições [diga-se, uma população em sua maioria mal informada, teimosa e chucra], isto é, um democracismo misturado à farsa desta representatividade.

[Ah, um governo ideal não coexiste com sociopatas, ok??... Algo que devo falar mais em outros textos.]

Portanto, a participação popular é muito importante para o funcionamento saudável do organismo social, por fazer justiça ao igualar o potencial de poder entre grupos e indivíduos, acabando com a falácia da dependência desigual, em que as elites se colocam como indispensáveis ao povo e, consequentemente, desprezando a indispensabilidade do mesmo. 

Mas, acreditar que o povo, em boa média, não é manipulável, plural em seus posicionamentos ou que a opinião da maioria deva prevalecer independente de sua qualidade, essa fé exagerada na ''sabedoria das massas'', é democracismo. 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A evolução da verdadeira democracia: a eugenia

E se as massas fossem mais sábias??

A maioria das modernas democracias não são idealmente democráticas, especialmente porque existe uma grande assimetria de poder e de entendimento factual entre as muitas classes sociais que compõem essas sociedades, em que falsos ''representantes do povo'' são eleitos,só que geralmente não o representam. Um exemplo muito evidente: se a democracia fosse real nessas nações neste exato momento não estariam acontecendo imigrações/invasões ou ocupações em massa nas ditas ''sociedades ocidentais democráticas'', porque a maioria das pessoas são contrárias à mesma, especialmente as classes trabalhadoras, por razões mais do que evidentes e jamais foram consultadas sobre essas transformações impostas. Democracia sem diálogo com o povo não é democracia. Também é interessante pensar o papel da ideologia ''igualitária'' que tem sido desenvolvida... para justificar esta ''fase'' da globalização, eufemismo para ''mais um capítulo da estória podre da dita humanidade''.  

Para que um povo se torne capaz de gerir-se sem a necessidade de classes dominantes ou muito assimétricas em relação a si próprio, há de se ter melhores capacidades racionais, isto é, de discernimento, e o que vemos é o predomínio de uma esquálida racionalidade entre as massas, que ''ainda'' estão dominadas e mesmo reproduzem a ''psicologia da força'', mesmo dentro de suas próprias famílias, como eu já falei. Se já se sabe ao menos entre os mais particularmente interessados e espertos, que as características psicológicas são intrínsecas aos seres vivos/humanos, ainda que o ambiente também tenha o seu papel nesta conjugação ou dinâmica de ação e reação, e que portanto também são geneticamente transmitidas, então podemos com isso pular para a conclusão '' é possível selecioná-las em maior predomínio e constância'' ao invés de remediar possíveis ''imprevistos' ou ''erros' de percurso. 

Sim, parece inevitável pensar que, apenas uma população mais racional que de fato conseguirá gerir a si mesma = verdadeira democracia.

domingo, 2 de abril de 2017

Sistemas políticos e espectro de estratégias evolutivas

Barbarismo = predação 

Níveis perturbadoramente altos de predação, tanto entre ''presas'' e ''predadores'', quanto entre os predadores. Estado primitivo de anarquia social.


Capitalismo & socialismo/ monarquia, etc = parasitismo interno/nacional via domesticação massificada e, dependendo da magnitude da ganância e/ou da falência moral, predação [parcial a total] externa/dirigida a inimigos de ameaça direta

Apresentam classes desigualmente privilegiadas. As que estão no topo da hierarquia geralmente se engajam em trabalhos que exigem pouco esforço e recebem remunerações exageradamente altas, especialmente no sistema capitalista. As que estão nas bases, geralmente ''se engajam'' em trabalhos que exigem muito esforço físico ou que consomem importantes frações do tempo individual, e recebem remunerações exageradamente baixas. As que estão no meio dessa pirâmide tendem a sofrer nas mãos, tanto das classes parasitárias/exploradoras mais ricas, quanto das classes exploradas mais pobres.

Democracia = fase ou sistema intermediário entre o parasitismo e o mutualismo

Princípio da política filosófica que, em suas cores mais verdadeiras, sempre busca pela sabedoria e de preferência, por sua introdução na política, como fonte final das diretrizes que produzem o tecido social. O parasitismo geralmente explora, com base na ilusão do mutualismo, de que existe igualdade ou de que existe plena e pulsante meritocracia.

Sociedade ideal = mutualismo

Parece que, tal como a um corpo, toda sociedade precisa ter um cérebro ou uma classe dirigente, e um corpo, ou uma diversidade hierarquicamente despojada de classes que, nesta metáfora fácil, representam o corpo. Os membros superiores seriam tal como a classe média profissional, enquanto que os membros inferiores seriam tal como a classe trabalhadora. Classes diferentes tendem a expressar diferentes aspectos fisiológicos e psico-cognitivos. Quem é melhor para gerir a sociedade, geralmente, ou em média, não será melhor para trabalhar em profissões basais, que abastecem as necessidades essenciais, como por exemplo, a agricultura que abastece as cidades com comida. E o inverso também é o mais provável de ser. Portanto, partindo desta lógica metaforizada, de que o sistema social se assemelha ao corpo humano, por causa de sua natureza hierárquica, impossível, ao menos por agora, de se ser totalmente eliminada, se é parte fundamental de sua essência ou estrutura, então as elites serão sempre necessárias, porque sempre haverá a necessidade de se ter alguém que comande e organize a sociedade assim como também de se ter aqueles que façam os ''membros superiores e inferiores do corpo'' funcionarem. Um dos maiores problemas de uma sociedade, é a qualidade de suas elites, e quanto menos sábia forem, mais problemática a mesma será. Se é o cérebro que comanda o corpo, então se o cérebro está doente ou é simplesmente inefetivo, o corpo não funcionará de maneira ideal. 

É ululante de se afirmar que, os melhores governantes, serão os mais sábios, por causa de suas completudes perceptivas, por serem capazes de pensar lógica e emocionalmente ou moralmente, sendo capazes de aplicarem as duas ênfases para solucionar os problemas e maximizar as conquistas. E a sabedoria nada mais é do que a manifestação da estratégia evolutiva mutualista, entre os humanos, que eu defini como a melhor, a estratégia mais inteligente que os seres vivos são capazes de se engajar. É quase como a ''democratização'' do parasitismo, isto é, aquilo que o parasita faz pensando apenas em si mesmo, o mutualista faz, só que também pensando nos outros.