O maior problema dos impostos não é pagar mais. É não haver retorno equivalente ou superior ao que é pago através de serviços públicos de qualidade, geralmente resultado de corrupção generalizada nesse setor. Na verdade, quando há esse retorno, é como se não tivesse pago muitos impostos porque eles voltam como benefícios.
Outro problema com a carga tributária, particularmente em países como o Brasil, além do retorno deficiente em serviços públicos de qualidade que não vale o seu tamanho, também é sua maior tributação em produtos alimentícios, fazendo com que os mais pobres, e muitos da classe média, paguem mais impostos, proporcionalmente, em relação aos das classes mais abastadas.
Desta maneira, não tem como promover a verdadeira liberdade econômica para "todos', que não consiste apenas na possibilidade de empreender, mas também de receber um salário digno, inclusive para ter essa possibilidade, de não ser explorado ou humilhado por "patrões" e, então, de conseguir equilibrar trabalho com lazer, até podendo priorizar o lazer no cotidiano pessoal.
Aliás, o conceito mais usado de liberdade econômica é muito ideologicamente enviesado já que, além de determiná-la de maneira unidimensional, apenas como liberdade para empreender, pressupõe que só é possível com mínima interferência do governo ou estado que, idealmente, em uma sociedade democrática, deveria representar os interesses da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário