Há de se ressaltar que o essencialismo não coloca qualquer obstáculo a análise, julgamento ou acúmulo de detalhes não-essenciais de uma realidade percebida, contanto que a essência seja priorizada. Novamente, o exemplo do comportamento em que estruturas posteriores ou resultantes de predisposições, tal como certas instituições sociais, também podem ser consideradas como fatores de influência ao mesmo.
Mas, talvez, também seja necessário dividir o essencialismo entre o científico ou factual-materialista e o filosófico ou factual-abstrato/existencialista, do comportamento humano e suas origens biológicas: genes, bactérias, vírus; neurônios, organização cerebral; hormônios... ou suas origens comportamentais: predisposições, tendências, limitações...
Já o reducionismo pode ser não-essencialista e, nesse caso, geralmente acontece, não apenas um menor acúmulo de detalhes, mas também a centralização de uma relação de causa e efeito, por exemplo, aos detalhes da periferia de uma realidade como se fossem (de) sua essência ou núcleo. Tal como no caso de se considerar o condicionamento cultural como a causa principal do comportamento humano, desprezando sua raiz psicológica, cognitiva ou (pré)disposição, como se a cultura tivesse surgido de si mesma.
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