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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Por que transformações radicais de personalidade ou inteligência são menos prováveis de serem verdade?

Vou pegar um exemplo fictício bem conhecido aqui no Brasil e na América Latina: Maria do Bairro. 


Maria do Bairro é uma novela mexicana dos anos 90 do século XX, de grande sucesso, que fala da história, baseada na famosa peça de teatro "Pigmalião" de George Bernard Shaw, de uma moça pobre, humilde e de bom coração que trabalha como catadora (marginal, segundo Soraya Montenegro) e que, depois de ser apadrinhada por um ricaço, aos poucos aprende a se tornar uma mulher refinada e inteligente. Portanto, segundo essa novela, a classe social tem um efeito causal ao nível de educação e inteligência de uma pessoa. Só que, na verdade, não é bem assim porque nada impede que uma pessoa pobre possa ser ou se tornar culta e educada... E sim, elas existem...

Então, para fazer justiça com os dramalhões mexicanos, tem a novela A Usurpadora, em que a personagem Paulina nunca precisou "aprender" a ser educada e "inteligente" mesmo vindo de condição humilde. Pois ela é um exemplo mais realista porque mostra que a classe social, sozinha, não  é capaz de alterar, de maneira radical, a personalidade e/ou a inteligência de uma pessoa, que ela pode muito bem "ter nascido" ou "desenvolvido" por conta própria, independente de sua posição na sociedade, uma maior polidez ou elegância em seu comportar, e também uma maior capacidade intelectual. 

Na verdade, essa é uma visão classista, preconceituosa em relação aos mais pobres/explorados. 

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