À sua infinita crueldade,
À sua loucura, à sua enfermidade,
Ode à humanidade,
Faiscante, borbulhante, cintilante,
Ódio ao seu estado febril, doentio,
À sua quimera entropia,
À sua metástase, que ao solo contamina,
Que pulveriza a beleza, que retorce o aço,
Que alucina,
Que canibaliza a tudo, em busca de lucro,
Mas que cansaço!! Que sina!!
Que envolveu tudo em sua doença,
Em sua feiura, em sua descrença,
Eu sua alegria catártica, e sem freios,
Em sua tristeza antártica, em sua tontura, em seus rodeios,
Em seus pesadelos,
Em seu desespero, em seu mais profundo desespero,
A tudo, consumindo, destruindo, se enganando,
A tudo, parindo, continuando, a sangrar em cada parto,
A sangrar em cada carro,
em cada ideologia assassina,
em cada exploração descabida,
em cada santa chacina,
Em cada cada,
em cada passo,
em cada ciência,
em cada descompasso,
A toda tortura,
Ao estupro de quem lhe deu vida,
Pois mata a mãe Terra,
Oh imbecil, oh demência, oh perdida!!
Na espera, pensou em sabedoria,
E na realidade, sente por ela, fadiga, apatia...
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