O sol que coroa os canais,
Com a sua majestade, de luz viva, vidrais,
O sol que dá forma aos canais de Veneza,
Dourando as suas águas mortas,
Dando vida às suas águas turvas,
Dando alegria, à sua face pálida de tristeza,
O sol e os canais, que vivem na minha imaginação,
Na Veneza, tórrida e vestigial,
Que vegeta no tempo, na minha imaginação,
O sol que transforma tudo em ouro,
Que cega as margens, as planícies, os mouros,
Que cega por sua beleza, por sua potência,
Que deixa à vida, o seu tesouro,
O sol que dá sentido ao dia,
Ansiedade à noite, à deusa Lua, a sua morte,
Aos corais, ele dá sorte,
No fundo do mar, afunda dentro d'alma,
Em suas cores mudas, surdas de paixão,
Dá a vida, e forte,
Acelera mesmo o mais raso coração.
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