Exemplo:
O socialmente conservador tende a defender todos os seus macro-aspectos, isto é, os mais ''relevantes' para si: raça, religião/cultura/nacionalidade, aparência física mais particular, sexualidade... pendendo à auto-identificação entitária do que identitária. Eu disse que somos entidades que por sua vez são constituídas por identidades. Somos um todo que é composto por várias partes.
Em compensação o socialmente liberal tende a defender ou a se concentrar, de maneira mais assimétrica, em alguns dos seus macro-aspectos do que em outros. O exemplo de um homossexual branco que dá prioridade para a sua sexualidade e para a sua ideologia, e para a sua raça. Se essa tendência é um artefato da conjuntura cultural/ideológica atual [[[dividir para conquistar]]] ou se é um atributo fortemente instintivo deste tipo de ser humano, eu realmente não sei. Partindo da ideia que o socialmente conservador tende a basear o seu modo de vida em um predomínio de hábitos, enquanto que o socialmente/sexualmente liberal, ou mais para esse espectro [mesmo sem ser ''não-binário''], tende a determinar [subconscientemente] o seu modo de vida [mais hedonista] em um predomínio de vícios ou de hábitos mais intensamente requisitados, então pode-se pensar se essa assimetria de correspondência comportamental não possa ser bem mais influente/hardware no modo de pensar típico deste segundo grupo e o mesmo para o primeiro, só que relacionado com a sua simetria de correspondência, em que prioriza por 'todos' os seus macro-aspectos.
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sexta-feira, 22 de setembro de 2017
O ''socialmente conservador'' parece ser mais entitário; o ''socialmente liberal'' parece ser mais identitário...
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domingo, 27 de agosto de 2017
Não sei se já falei parte ??: a diferença entre ter e ser uma condição/identidade
Tem autismo ou é autista??
Isso vale pra qualquer condição ou identidade. Então qual é a resposta??
Um provável: depende.
Tal como no caso dos transexuais, que acreditam que nasceram no corpo/sexo errado, ainda que isso necessariamente não signifique sempre que seja verdade, pois pode ser um caso de auto-distorção tal como uma anorexia, também é possível de se dizer, só que de maneira menos auto-equivocada, e portanto mais verdadeira, que algumas pessoas nasceram com a condição errada, seja porque é muito penosa, no caso do nível de severidade das desordens mentais, seja porque mesmo não sendo tão problemática, sentem ou gostariam de ter nascido de outra maneira.
Essa [esta/aquela...] é a diferença entre ter e ser.
Quem diz que tem uma condição, e não que [também] é esta condição, é provável que a considerará como uma intrusa, vitalícia e indesejada, tal como dizer que "o autismo está em mim" e não que ''eu seja autista''.
Quem se sente à vontade ou apropria essa potencial identidade como parte comunicante com o seu todo, com a sua entidade, preferirá que os outros lhe diga que ele ou ela é assim, ''ela é autista'', e não que ''ela tem autismo''.
Isso vale pra qualquer condição ou identidade. Então qual é a resposta??
Um provável: depende.
Tal como no caso dos transexuais, que acreditam que nasceram no corpo/sexo errado, ainda que isso necessariamente não signifique sempre que seja verdade, pois pode ser um caso de auto-distorção tal como uma anorexia, também é possível de se dizer, só que de maneira menos auto-equivocada, e portanto mais verdadeira, que algumas pessoas nasceram com a condição errada, seja porque é muito penosa, no caso do nível de severidade das desordens mentais, seja porque mesmo não sendo tão problemática, sentem ou gostariam de ter nascido de outra maneira.
Essa [esta/aquela...] é a diferença entre ter e ser.
Quem diz que tem uma condição, e não que [também] é esta condição, é provável que a considerará como uma intrusa, vitalícia e indesejada, tal como dizer que "o autismo está em mim" e não que ''eu seja autista''.
Quem se sente à vontade ou apropria essa potencial identidade como parte comunicante com o seu todo, com a sua entidade, preferirá que os outros lhe diga que ele ou ela é assim, ''ela é autista'', e não que ''ela tem autismo''.
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sábado, 17 de junho de 2017
O aumento [idealmente falando] da autoconsciência pode: aumentar o comportamento sexual fluido [com ênfase na bissexualidade] mas pode reduzir o desejo pelo sexo anal
Eu estou escrevendo uma estória [que pretende ser] futurista, de ''fricção científica'', e espero terminá-la quem sabe um dia, nublado se possível, e com um sol tímido combinando-lhe com perfeição. No mais, neste livro eu estou trabalhando com possíveis mudanças no comportamento humano acaso a autoconsciência e desejosamente a racionalidade se tornarem predominantes, isto é, em larga escala social.
Em algumas sociedades o comportamento [ou certos comportamentos], ao menos em suas versões mais orientalmente tradicionais, não tem sido enfatizado em relação à identidade daquele que o pratica. Então ao invés de ''ser'' algo, você ''não o é'', porque o pratica. Enfim, meio confuso e potencialmente equivocado, tanto do lado ''pós-moderno'' que enfatiza as identidades, especialmente as mais qualitativamente polêmicas, quanto deste lado ''meio oriental'', que parece negar a identidade rente à expressão comportamental.
De fato é certo dizer que, quem age de certo jeito, deste jeito [também o] será. Tal como eu tenho esboçado, nós somos entidades que se consistem na soma de todas as nossas facetas ou identidades. E somos formas que se expressam por meio do comportamento, isto é, refletindo ou projetando aquilo que temos ''por dentro'', como intrínseco, para fora, tornando-o[s] extrínseco[s].
O ''jeitinho oriental'' de descrever ''forma/indivíduo e expressão/comportamento'' parece ainda mais equivocado do que o ''jeitinho ocidental'', que reforça a identidade ou a forma, porque se eu ajo de um jeito, então indubitavelmente eu assim o serei, ao menos em relação a essa perspectiva [ou mesmo num dado momento, por exemplo, quando se está alcoolizado]. A ideia ''oriental'' de descontinuidade ou de-subsequência da forma em relação à expressão parece-me errada pelo simples fato de não ser possível, em condições naturais, de não ser aquilo que se faz [se eu entendi bem o que li].
O comportamento sexual é o principal exemplo quanto a essas diferenças de interpretação. Por exemplo, no [moderno] ''ocidente'', o indivíduo que mantém relações íntimas com alguém do mesmo sexo é identificado como ''homossexual'' ou ao menos como ''não-heterossexual''.. No [velho] ''oriente'', o indivíduo que mantém relações íntimas com alguém do mesmo sexo, necessariamente não é identificado como ''homossexual'', mas como alguém que pratica este tipo de comportamento, isto é, é enfatizado a ação e não o sujeito que a pratica.
Voltando à proposta do texto.
O que te impede de ser mais carinhoso com o seu amigo, de preferência do mesmo sexo [sem necessariamente chegar aos ''finalmente'']*
Primeiro, questões hormonais, de maneira que, quanto mais ''masculino'' se está, mais propenso será para rejeitar maiores aproximações físicas com o mesmo sexo [claro que de acordo com a macro-conjuntura humana em termos de distribuição e expressão de certos comportamentos entre os sexos].
Segundo, inculcação cultural/moralidade subjetiva
e Terceiro, medo da reação alheia.
Eu acredito que com um possível advento da hegemonização do perfil racional de pensamento e comportamento entre os seres humanos, obviamente que só poderia se dar com base em duas vias de propagação: germinativa e cultural, a fluidez ou liquidez do comportamento sexual se tornará mais endêmica, mesmo talvez a nível epidêmico dependendo da macro-conjuntura sexual/biológica da população ou grupo. E por que*
Porque os nossos instintos naturais + os nossos instintos [subconscientemente] treinados [os instintos naturais aculturados] nos impedem de pensar de maneira mais racional sobre os nossos próprios pensamentos [metacognição] e ações e também por nos tomar uma visão mais existencial ou profunda/real[realista] sobre a vida, de modo que, evitamos maior contato físico com amigos do mesmo sexo [mesmo sem ter maiores intenções], porque:
- somos predominantemente repelíveis a nível diverso de expressão;
- tememos pela reação alheia [empatia parcial];
- somos inculcados culturalmente a rejeitar qualquer tipo de aproximação mais íntima ou carinhosa com os nossos amigos do mesmo sexo.
Uma mente mais racional ou factualmente analítica e balanceada se questionará o porquê de não ser mais carinhoso com o amigo, mesmo ou talvez a ponto de resultar em um enlace mais ''caliente''. O que nos impede de fazê-lo é, como eu já falei, além de fatores genéticos mais arraigados, também o medo da reação alheia e a inculcação ou instinto culturalizado, de que tal atitude é equivocada. As razões sempre escasseiam ou derivam de bases vagas. Por exemplo o pseudo, proto ou hipo-argumento: ''eu não faço carinho físico no meu colega porque isso não é coisa de homem''.
Em um cenário ou mente preponderantemente racional, este tipo de justificativa não fará mais sentido por uma série de outras razões falarão mais alto e claro, como os exemplos abaixo:
- fazer carinho é bom;
- isso não te faz menos homem, especialmente se tiver predileção pelo sexo oposto, porque também não te fará menos heterossexual;
- a vida, pelo que sabemos, é uma só. Por que evitar tomar uma atitude relativamente segura e positivamente aditiva*;
- você gosta muito do seu amigo;
- você o acha de boa aparência;
...
- você não precisa necessariamente ''chegar aos finalmente...'' com ele.
Portanto sem a moralidade subjetiva nos prevenindo de pensar de maneira mais analítica/profundamente coesa, é especulante se mais pessoas não se sentiriam mais inibidas em aprofundar a sua ''amizade física'' com quem quer seja, e a partir de variados níveis.
A mulher, por ser mais socialmente inteligente, já esboça maior expressão de carinho ou contato físico com as suas amigas do mesmo sexo. Neste cenário proposto é possível que esta tendência se alargaria entre elas. E com um aumento da inteligência emocional masculina também é possível pensar se a fluidez sexual se tornaria predominante ou ao menos bem mais significativa.
Maior fluidez sexual no comportamento = racional
Menor vontade de praticar sexo anal = racional
Da mesma maneira que os horizontes de escolha particularizados em ações, isto é, fazer aquilo que considera metricamente racional para dado momento, e que necessariamente não significa que determinará totalmente a sua identidade, é especulativamente possível que seriam alargados, outras vias de liberdade ou ''liberdade' individual no comportamento, seguindo a mesma lógica-da-racionalidade, é possível que se fechariam, e um dos exemplos mais interessantes é justamente o da procura por ''sexo anal''. Da mesma maneira que a negação por um compartilhamento de agrados físicos [variados em intensidade] entre amigos, do mesmo sexo [e claro, do sexo oposto também, aqui enfatizei mais este outro lado] não faria mais sentido para uma mente racionalmente pensante, ainda que em paralelo é possível que também aumentaria o espectro de escolhas metricamente corretas de comportamento, o mesmo poderia ser aplicado à procura por sexo anal, que seria identificado como ''potencialmente doloroso'', a priore, pra começar. Percebe-se que escolhas extremadas e constantes praticamente desapareceriam enquanto que haveria um inchaço de escolhas comportamentais justamente no meio do espectro.
Como eu falei no último ''parágrafo', para finalizar este texto, ao invés da generalização do comportamento: o exemplo, ''eu sou homem, por isso que eu não tenho intimidade física com outros homens'', haveria um processo de particularização analítica ou especialização do comportamento, em que, dependendo da situação poderia ou não se dar a tomada de certa atitude, tudo sempre sendo balanceado, analisado...
Em algumas sociedades o comportamento [ou certos comportamentos], ao menos em suas versões mais orientalmente tradicionais, não tem sido enfatizado em relação à identidade daquele que o pratica. Então ao invés de ''ser'' algo, você ''não o é'', porque o pratica. Enfim, meio confuso e potencialmente equivocado, tanto do lado ''pós-moderno'' que enfatiza as identidades, especialmente as mais qualitativamente polêmicas, quanto deste lado ''meio oriental'', que parece negar a identidade rente à expressão comportamental.
De fato é certo dizer que, quem age de certo jeito, deste jeito [também o] será. Tal como eu tenho esboçado, nós somos entidades que se consistem na soma de todas as nossas facetas ou identidades. E somos formas que se expressam por meio do comportamento, isto é, refletindo ou projetando aquilo que temos ''por dentro'', como intrínseco, para fora, tornando-o[s] extrínseco[s].
O ''jeitinho oriental'' de descrever ''forma/indivíduo e expressão/comportamento'' parece ainda mais equivocado do que o ''jeitinho ocidental'', que reforça a identidade ou a forma, porque se eu ajo de um jeito, então indubitavelmente eu assim o serei, ao menos em relação a essa perspectiva [ou mesmo num dado momento, por exemplo, quando se está alcoolizado]. A ideia ''oriental'' de descontinuidade ou de-subsequência da forma em relação à expressão parece-me errada pelo simples fato de não ser possível, em condições naturais, de não ser aquilo que se faz [se eu entendi bem o que li].
O comportamento sexual é o principal exemplo quanto a essas diferenças de interpretação. Por exemplo, no [moderno] ''ocidente'', o indivíduo que mantém relações íntimas com alguém do mesmo sexo é identificado como ''homossexual'' ou ao menos como ''não-heterossexual''.. No [velho] ''oriente'', o indivíduo que mantém relações íntimas com alguém do mesmo sexo, necessariamente não é identificado como ''homossexual'', mas como alguém que pratica este tipo de comportamento, isto é, é enfatizado a ação e não o sujeito que a pratica.
Voltando à proposta do texto.
O que te impede de ser mais carinhoso com o seu amigo, de preferência do mesmo sexo [sem necessariamente chegar aos ''finalmente'']*
Primeiro, questões hormonais, de maneira que, quanto mais ''masculino'' se está, mais propenso será para rejeitar maiores aproximações físicas com o mesmo sexo [claro que de acordo com a macro-conjuntura humana em termos de distribuição e expressão de certos comportamentos entre os sexos].
Segundo, inculcação cultural/moralidade subjetiva
e Terceiro, medo da reação alheia.
Eu acredito que com um possível advento da hegemonização do perfil racional de pensamento e comportamento entre os seres humanos, obviamente que só poderia se dar com base em duas vias de propagação: germinativa e cultural, a fluidez ou liquidez do comportamento sexual se tornará mais endêmica, mesmo talvez a nível epidêmico dependendo da macro-conjuntura sexual/biológica da população ou grupo. E por que*
Porque os nossos instintos naturais + os nossos instintos [subconscientemente] treinados [os instintos naturais aculturados] nos impedem de pensar de maneira mais racional sobre os nossos próprios pensamentos [metacognição] e ações e também por nos tomar uma visão mais existencial ou profunda/real[realista] sobre a vida, de modo que, evitamos maior contato físico com amigos do mesmo sexo [mesmo sem ter maiores intenções], porque:
- somos predominantemente repelíveis a nível diverso de expressão;
- tememos pela reação alheia [empatia parcial];
- somos inculcados culturalmente a rejeitar qualquer tipo de aproximação mais íntima ou carinhosa com os nossos amigos do mesmo sexo.
Uma mente mais racional ou factualmente analítica e balanceada se questionará o porquê de não ser mais carinhoso com o amigo, mesmo ou talvez a ponto de resultar em um enlace mais ''caliente''. O que nos impede de fazê-lo é, como eu já falei, além de fatores genéticos mais arraigados, também o medo da reação alheia e a inculcação ou instinto culturalizado, de que tal atitude é equivocada. As razões sempre escasseiam ou derivam de bases vagas. Por exemplo o pseudo, proto ou hipo-argumento: ''eu não faço carinho físico no meu colega porque isso não é coisa de homem''.
Em um cenário ou mente preponderantemente racional, este tipo de justificativa não fará mais sentido por uma série de outras razões falarão mais alto e claro, como os exemplos abaixo:
- fazer carinho é bom;
- isso não te faz menos homem, especialmente se tiver predileção pelo sexo oposto, porque também não te fará menos heterossexual;
- a vida, pelo que sabemos, é uma só. Por que evitar tomar uma atitude relativamente segura e positivamente aditiva*;
- você gosta muito do seu amigo;
- você o acha de boa aparência;
...
- você não precisa necessariamente ''chegar aos finalmente...'' com ele.
Portanto sem a moralidade subjetiva nos prevenindo de pensar de maneira mais analítica/profundamente coesa, é especulante se mais pessoas não se sentiriam mais inibidas em aprofundar a sua ''amizade física'' com quem quer seja, e a partir de variados níveis.
A mulher, por ser mais socialmente inteligente, já esboça maior expressão de carinho ou contato físico com as suas amigas do mesmo sexo. Neste cenário proposto é possível que esta tendência se alargaria entre elas. E com um aumento da inteligência emocional masculina também é possível pensar se a fluidez sexual se tornaria predominante ou ao menos bem mais significativa.
Maior fluidez sexual no comportamento = racional
Menor vontade de praticar sexo anal = racional
Da mesma maneira que os horizontes de escolha particularizados em ações, isto é, fazer aquilo que considera metricamente racional para dado momento, e que necessariamente não significa que determinará totalmente a sua identidade, é especulativamente possível que seriam alargados, outras vias de liberdade ou ''liberdade' individual no comportamento, seguindo a mesma lógica-da-racionalidade, é possível que se fechariam, e um dos exemplos mais interessantes é justamente o da procura por ''sexo anal''. Da mesma maneira que a negação por um compartilhamento de agrados físicos [variados em intensidade] entre amigos, do mesmo sexo [e claro, do sexo oposto também, aqui enfatizei mais este outro lado] não faria mais sentido para uma mente racionalmente pensante, ainda que em paralelo é possível que também aumentaria o espectro de escolhas metricamente corretas de comportamento, o mesmo poderia ser aplicado à procura por sexo anal, que seria identificado como ''potencialmente doloroso'', a priore, pra começar. Percebe-se que escolhas extremadas e constantes praticamente desapareceriam enquanto que haveria um inchaço de escolhas comportamentais justamente no meio do espectro.
Como eu falei no último ''parágrafo', para finalizar este texto, ao invés da generalização do comportamento: o exemplo, ''eu sou homem, por isso que eu não tenho intimidade física com outros homens'', haveria um processo de particularização analítica ou especialização do comportamento, em que, dependendo da situação poderia ou não se dar a tomada de certa atitude, tudo sempre sendo balanceado, analisado...
Portador versus identidade...
Ele é portador de Autismo/ Eu sou portador de Autismo
Ele é autista/ eu sou autista
Existem sim diferenças entre essas duas afirmativas acima. No primeiro, podemos compará-lo ou por analogia com a transexualidade. O autista, ou qualquer outro tipo, que, por causa das condições mais adversas de sua condição prefere se identificar como ''portador do autismo'', a verá como um estorvo remotamente curável, pois não se identifica de maneira intrínseca e predominantemente positiva com essa sua faceta. Até poderíamos usar o fator ''auto-estima'' como um mediador entre aqueles que preferem se identificar como ''portadores'' do que como ''seres especificamente caracterizados'', isto é, ''ser autista'' ou qualquer outra macro-variável biológica. ''Ser portador'' também pode ser entendido como uma condição aceitada de desordem, tal como uma ênfase semântica na fricção entre aquilo que é determinado como normal e aquilo que não é.
Portanto, auto-declarados ''portadores de Autismo'' ou de qualquer outra condição, sentem como se a mesma fosse uma intrusa, que roubou-lhes aquilo que internalizaram como o ideal subjetivo ou como os seus ideais de operacionalidade vitalícia, de vivência, de existência.
Por outra via os auto-declarados ''autistas'', ao contrário, especialmente se o sentimento for verdadeiro, sentem que essa faceta que apresentam fazem parte essencial de suas entidades [soma de todas as entidades], de modo que o autismo não será apenas uma faceta inconveniente. Novamente, os fatores autoestima + o grau de afetabilidade da condição parecem ser fundamentais para diferenciar este grau de simetria/assimetria identitária.
Ele é autista/ eu sou autista
Existem sim diferenças entre essas duas afirmativas acima. No primeiro, podemos compará-lo ou por analogia com a transexualidade. O autista, ou qualquer outro tipo, que, por causa das condições mais adversas de sua condição prefere se identificar como ''portador do autismo'', a verá como um estorvo remotamente curável, pois não se identifica de maneira intrínseca e predominantemente positiva com essa sua faceta. Até poderíamos usar o fator ''auto-estima'' como um mediador entre aqueles que preferem se identificar como ''portadores'' do que como ''seres especificamente caracterizados'', isto é, ''ser autista'' ou qualquer outra macro-variável biológica. ''Ser portador'' também pode ser entendido como uma condição aceitada de desordem, tal como uma ênfase semântica na fricção entre aquilo que é determinado como normal e aquilo que não é.
Portanto, auto-declarados ''portadores de Autismo'' ou de qualquer outra condição, sentem como se a mesma fosse uma intrusa, que roubou-lhes aquilo que internalizaram como o ideal subjetivo ou como os seus ideais de operacionalidade vitalícia, de vivência, de existência.
Por outra via os auto-declarados ''autistas'', ao contrário, especialmente se o sentimento for verdadeiro, sentem que essa faceta que apresentam fazem parte essencial de suas entidades [soma de todas as entidades], de modo que o autismo não será apenas uma faceta inconveniente. Novamente, os fatores autoestima + o grau de afetabilidade da condição parecem ser fundamentais para diferenciar este grau de simetria/assimetria identitária.
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sexta-feira, 16 de junho de 2017
O deslocamento existencial, de intra e inter-pessoalidade, das identidades mais agudas, para a totalidade da entidade
A grande maioria dos pais gostariam que os seus filhos fossem 'perfeitos', mas sabem, que não é bem assim como eles são e ainda existe uma minoria em que desordens explícitas e epicentricamente características ceifam de maneira diversamente intensa o bem estar pessoal dos mesmos.
Eu já expliquei que somos entidades e que elas são a soma de nossas identidades, facetas ou perspectivas. Não somos apenas branco/negro/outra raça ou hétero/bi/homo ou ricos/classe média/pobres ou .... Somos uma soma de todas essas perspectivas. Os nossos verdadeiros e respectivos Eu's são a somatória dessas identidades ou as nossas entidades. Porque estamos fatalmente pendentes à assimetria identitária, isto é, priorizando algumas identidades ou perspectivas de nós mesmos em relação à outras, então tendemos a estabelecer uma hierarquia prioritária de identidades ou auto-identificações de acordo com os seus níveis de intensidade ou agudez/intrinsecabilidade, mas também possivelmente por causa da maneira com que as circunstâncias ambientais se apresentam diante de nós, por exemplo, se sentimos que uma certa identidade encontra-se mais em perigo do que outra então tenderemos a enfatizá-la. Se você é homossexual, vive em um país em que esta sua faceta é condenável, e no entanto não é capaz de conter esses impulsos, então é provável que acabará enfatizando-a, mesmo se for de maneira intrapessoal, consigo mesmo. Em compensação se você vive em um país muito mais livre, ao menos neste sentido, então é provável que, mesmo independente do seu nível ou intensidade de desejo sexual, olhará para esta sua faceta de outra maneira do que se estivesse em um ambiente muito complicado.
Vivemos em uma atual realidade cultural e política das identidades, que se sobrepõem de maneira ainda mais significativa à entidade que cada um é, a sua individualidade. Deste modo, tem-se criado um ambiente de desunião, que enfatiza pelas diferenças ao invés das similaridades, e sabemos que todos nós apresentamos as duas, e em especial as similaridades ou mesmo, igualidades, por exemplo, a condição humana ou a condição vital, esta que pode ser definida como ''pan-igualidade de condição'', por reunir toda forma de vida numa mesma condição. Enquanto entidades, ainda que distintos por causa de nossas individualidades ou idiossincrasias de assimetrias identitárias, estamos todos iguais, e essa perspectiva nada mais é do que a existencial, a primeira e/ou a última camada de consciência.
Antes, nossas individualidades, e em especial muitas de suas facetas ou identidades, não eram respeitadas, porque éramos tratados como ''modelos de entidade'' de acordo com a cultura em que se vivia [geralmente]. Éramos forçados ao menos a emular superficialmente as regras de comportamento cultural vigente. Hoje o extremo oposto tem acontecido no ocidente, em que ao invés da doutrina da super-enfatização pela entidade [desprezando as idiossincrasias] e moldando-a conforme o tipo cultural desejado, temos a doutrina da super-enfatização pelas identidades ou facetas, desconstruindo o indivíduo, reforçando as suas idiossincrasias ou diferenças e tendo como resultado o enfraquecimento da coesão coletiva. Os dois é claro, estão errados.
Antes, desordens de todos os tipos eram os alvos principais da máquina de homogeneização de matiz conservadora. Hoje existe certa e obscura tentativa de respeito [e claro, sem qualquer diálogo racional entre as partes queixantes ou diametralmente envolvidas] em relação às diferenças individuais e em especial com as identidades que emanam de desordens, por exemplo, das deficiências motoras às deficiências sexuais [homossexualidade, hipo-sexualidade, etc], de personalidades mais incomuns até à desordens como o autismo. A partir de então criou-se uma atmosfera impossível para a eugenia, até mesmo porque com base naqueles que sempre a defenderam não haveria como extremos em sensibilidade confabularem com leveza e versarem com razoabilidade sobre esses assuntos tão eticamente polêmicos.
No entanto, o mundo caminha, a humanidade precisa prosseguir e de preferência seguindo o caminho da sabedoria, que só se dará com base em uma eugenia realmente ética, completa, que reflita a natureza totalitária da sabedoria.
Então, como dizer a uma pessoa que exibe uma 'desordem' explícita [ou mesmo, implícita] que seria bom se, talvez, esta sua perspectiva ou faceta não continuasse a ser geneticamente perpetuada*
É complicado ser sincero, honesto, em termos intelectuais inclusive, sem machucar parte ou certa perspectiva das ou de algumas pessoas, especialmente se lhes forem agudamente prioritária ou enfatizada.
Portanto a minha proposta aqui é a de voltar, a priore, para a ênfase na entidade, no indivíduo como um todo, só que, respeitando as suas identidades se, por sua vez, respeitarem o bom senso do racionalmente aceitável, sem tentar encaixá-lo ou forçá-lo a se encaixar em um pré-molde cultural de comportamento [invariavelmente e largamente subjetivo em qualidade] como até pouquíssimo acontecia, ao menos no Ocidente. De celebrar a ''todos' como indivíduos e em especialmente quanto às suas características positivas ou virtudes, e com isso dissociar a percepção coletiva e que claro regride ao nível individual, de uma ênfase identitária, especialmente em relação à desordens, que no final das contas, todos nós apresentamos, se a própria vida já não poderia ser definida como tal, como uma desordem, como um transtorno da realidade. A partir daí mostrar às pessoas que a humanidade precisa evoluir não apenas por si mesma mas também por causa do planeta que tanto tem agredido e que boa parte dessas agressões advém da condição humana por agora indissolúvel de imperfeição, não apenas por ser imperfeita, mas também por, loucamente, enfatizar-se na própria imperfeição, numa espécie de imperfeição ''tolerável', prontamente querida por controladores parasitários, visto que manter certas fraquezas humanas parece ser altamente rentável. Mostrar que, como não somos apenas ou unicamente um de nossos rincões identitários, que somos entidades, que somos um/uns todo[s], que apresentam[os] traços desejáveis, mesmo e não incomumente, que podem ser admiráveis ou supra-desejáveis, mediante uma variada ótica de qualidade, e que então precisamos aceitar que talvez alguns de nossos traços identitários possam ser reduzidos [se não germinativamente finalizados] ou mesmo quando certa condição encapsula ou influencia significativamente a entidade, como é o caso da síndrome de Down. Especialmente neste exemplo, de separar o EU da desordem, a entidade das identidades, aceitando-as, especificamente as mais virtuosas e também as menos moralmente polêmicas.
Essa mudança na narrativa pode ter excelente efeitos neste paradigma que sempre coloca a sinceridade intelectual contra a empatia [afetiva]. Precisamos superar isso se quisermos de fato conciliar a eugenia humanitária/vitalista com o bem estar nas interações sociais humanas.
Eu já expliquei que somos entidades e que elas são a soma de nossas identidades, facetas ou perspectivas. Não somos apenas branco/negro/outra raça ou hétero/bi/homo ou ricos/classe média/pobres ou .... Somos uma soma de todas essas perspectivas. Os nossos verdadeiros e respectivos Eu's são a somatória dessas identidades ou as nossas entidades. Porque estamos fatalmente pendentes à assimetria identitária, isto é, priorizando algumas identidades ou perspectivas de nós mesmos em relação à outras, então tendemos a estabelecer uma hierarquia prioritária de identidades ou auto-identificações de acordo com os seus níveis de intensidade ou agudez/intrinsecabilidade, mas também possivelmente por causa da maneira com que as circunstâncias ambientais se apresentam diante de nós, por exemplo, se sentimos que uma certa identidade encontra-se mais em perigo do que outra então tenderemos a enfatizá-la. Se você é homossexual, vive em um país em que esta sua faceta é condenável, e no entanto não é capaz de conter esses impulsos, então é provável que acabará enfatizando-a, mesmo se for de maneira intrapessoal, consigo mesmo. Em compensação se você vive em um país muito mais livre, ao menos neste sentido, então é provável que, mesmo independente do seu nível ou intensidade de desejo sexual, olhará para esta sua faceta de outra maneira do que se estivesse em um ambiente muito complicado.
Vivemos em uma atual realidade cultural e política das identidades, que se sobrepõem de maneira ainda mais significativa à entidade que cada um é, a sua individualidade. Deste modo, tem-se criado um ambiente de desunião, que enfatiza pelas diferenças ao invés das similaridades, e sabemos que todos nós apresentamos as duas, e em especial as similaridades ou mesmo, igualidades, por exemplo, a condição humana ou a condição vital, esta que pode ser definida como ''pan-igualidade de condição'', por reunir toda forma de vida numa mesma condição. Enquanto entidades, ainda que distintos por causa de nossas individualidades ou idiossincrasias de assimetrias identitárias, estamos todos iguais, e essa perspectiva nada mais é do que a existencial, a primeira e/ou a última camada de consciência.
Antes, nossas individualidades, e em especial muitas de suas facetas ou identidades, não eram respeitadas, porque éramos tratados como ''modelos de entidade'' de acordo com a cultura em que se vivia [geralmente]. Éramos forçados ao menos a emular superficialmente as regras de comportamento cultural vigente. Hoje o extremo oposto tem acontecido no ocidente, em que ao invés da doutrina da super-enfatização pela entidade [desprezando as idiossincrasias] e moldando-a conforme o tipo cultural desejado, temos a doutrina da super-enfatização pelas identidades ou facetas, desconstruindo o indivíduo, reforçando as suas idiossincrasias ou diferenças e tendo como resultado o enfraquecimento da coesão coletiva. Os dois é claro, estão errados.
Antes, desordens de todos os tipos eram os alvos principais da máquina de homogeneização de matiz conservadora. Hoje existe certa e obscura tentativa de respeito [e claro, sem qualquer diálogo racional entre as partes queixantes ou diametralmente envolvidas] em relação às diferenças individuais e em especial com as identidades que emanam de desordens, por exemplo, das deficiências motoras às deficiências sexuais [homossexualidade, hipo-sexualidade, etc], de personalidades mais incomuns até à desordens como o autismo. A partir de então criou-se uma atmosfera impossível para a eugenia, até mesmo porque com base naqueles que sempre a defenderam não haveria como extremos em sensibilidade confabularem com leveza e versarem com razoabilidade sobre esses assuntos tão eticamente polêmicos.
No entanto, o mundo caminha, a humanidade precisa prosseguir e de preferência seguindo o caminho da sabedoria, que só se dará com base em uma eugenia realmente ética, completa, que reflita a natureza totalitária da sabedoria.
Então, como dizer a uma pessoa que exibe uma 'desordem' explícita [ou mesmo, implícita] que seria bom se, talvez, esta sua perspectiva ou faceta não continuasse a ser geneticamente perpetuada*
É complicado ser sincero, honesto, em termos intelectuais inclusive, sem machucar parte ou certa perspectiva das ou de algumas pessoas, especialmente se lhes forem agudamente prioritária ou enfatizada.
Portanto a minha proposta aqui é a de voltar, a priore, para a ênfase na entidade, no indivíduo como um todo, só que, respeitando as suas identidades se, por sua vez, respeitarem o bom senso do racionalmente aceitável, sem tentar encaixá-lo ou forçá-lo a se encaixar em um pré-molde cultural de comportamento [invariavelmente e largamente subjetivo em qualidade] como até pouquíssimo acontecia, ao menos no Ocidente. De celebrar a ''todos' como indivíduos e em especialmente quanto às suas características positivas ou virtudes, e com isso dissociar a percepção coletiva e que claro regride ao nível individual, de uma ênfase identitária, especialmente em relação à desordens, que no final das contas, todos nós apresentamos, se a própria vida já não poderia ser definida como tal, como uma desordem, como um transtorno da realidade. A partir daí mostrar às pessoas que a humanidade precisa evoluir não apenas por si mesma mas também por causa do planeta que tanto tem agredido e que boa parte dessas agressões advém da condição humana por agora indissolúvel de imperfeição, não apenas por ser imperfeita, mas também por, loucamente, enfatizar-se na própria imperfeição, numa espécie de imperfeição ''tolerável', prontamente querida por controladores parasitários, visto que manter certas fraquezas humanas parece ser altamente rentável. Mostrar que, como não somos apenas ou unicamente um de nossos rincões identitários, que somos entidades, que somos um/uns todo[s], que apresentam[os] traços desejáveis, mesmo e não incomumente, que podem ser admiráveis ou supra-desejáveis, mediante uma variada ótica de qualidade, e que então precisamos aceitar que talvez alguns de nossos traços identitários possam ser reduzidos [se não germinativamente finalizados] ou mesmo quando certa condição encapsula ou influencia significativamente a entidade, como é o caso da síndrome de Down. Especialmente neste exemplo, de separar o EU da desordem, a entidade das identidades, aceitando-as, especificamente as mais virtuosas e também as menos moralmente polêmicas.
Essa mudança na narrativa pode ter excelente efeitos neste paradigma que sempre coloca a sinceridade intelectual contra a empatia [afetiva]. Precisamos superar isso se quisermos de fato conciliar a eugenia humanitária/vitalista com o bem estar nas interações sociais humanas.
terça-feira, 18 de abril de 2017
Identidade versus entidade
A política das identidades atomiza e divide porque ao invés de se centralizar na pluralidade identitária dos indivíduos, que somada, resulta na entidade, foca naquilo que lhes fazem diferentes, em seus contrastes e criando antagonismos que foram, é claro, maquiavelicamente premeditados.
A entidade se difere da identidade porque se consiste no todo do indivíduo, em suas idiossincrasias, identidades discrepantes, convergentes e transcendentes, desconstruindo esta noção de comunidades mutuamente atomizadas, que inevitavelmente acabarão entrando em constante atrito com os outros grupos.
Eu prefiro portanto pela ''política'' das entidades ou indivíduos, com todas as suas exuberâncias particulares, e em específico as benignas e as neutras devidamente somatizadas e nítidas, para que de fato haja um potencial de coesão coletiva na diversidade individual, e não pela atomização coercitiva na enfatização desequilibrada nas identidades/ partes de uma entidade que, ao invés de produzirem pontes de possíveis entendimentos, as destrói, insulando os indivíduos progressivamente para dentro de suas comunidades mono-identitárias com as quais sentem maior senso de pertencimento.
A entidade se difere da identidade porque se consiste no todo do indivíduo, em suas idiossincrasias, identidades discrepantes, convergentes e transcendentes, desconstruindo esta noção de comunidades mutuamente atomizadas, que inevitavelmente acabarão entrando em constante atrito com os outros grupos.
Eu prefiro portanto pela ''política'' das entidades ou indivíduos, com todas as suas exuberâncias particulares, e em específico as benignas e as neutras devidamente somatizadas e nítidas, para que de fato haja um potencial de coesão coletiva na diversidade individual, e não pela atomização coercitiva na enfatização desequilibrada nas identidades/ partes de uma entidade que, ao invés de produzirem pontes de possíveis entendimentos, as destrói, insulando os indivíduos progressivamente para dentro de suas comunidades mono-identitárias com as quais sentem maior senso de pertencimento.
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quinta-feira, 16 de março de 2017
A inteligência é um conceito mais sistêmico do que substancial. A sabedoria é um conceito mais substancial do que sistêmico
A inteligência é mais como uma agência do que como uma entidade
A sabedoria é mais como uma entidade do que como uma agência.
Em um mundo ideal, não-humano, inteligência, racionalidade ou sabedoria seriam a mesma coisa, especialmente por causa da natureza macrospectiva e microspectiva, enfim, analiticamente ou perceptivamente completa da segunda.
Mas por sermos, em sua maioria, produtos de seleção artificial nessas fazendas humanas gigantes, então este descasamento ou super-especialização humana tem acontecido e distanciado a inteligência, tal como a compreendemos, forçadamente falando, e a sabedoria. Em outras palavras, a ''auto''-domesticação humana tem distorcido o conceito e extrapolações quanto à evolução da inteligência enfatizando-a em relação aos sociotipos dos trabalhadores, especialmente, ou ''QI''/inteligência acadêmica/científica, e também aos manipuladores ou ''IE'' = inteligência emocional.
Tal como no caso do lobo que foi domesticado e transformado em uma miríade de raças caninas. A evolução natural daquele animal não-humano que um dia foi um lobo, foi interrompida, e ele foi então artificialmente selecionado para a sua forma domesticada.
Algo muito parecido tem acontecido com os seres humanos. Eu não sei se o ser humano, em um estado mais natural, e menos técnico OU civilizado, teria evoluído diretamente para a sabedoria, mas partindo da ideia de que a civilização produz especialização cognitiva e anulação ou amalgamento parcial porém marcante das psico-qualidades humanas, se tende a ser baseada na seleção dos tipos mais dóceis, conformados e ávidos para o trabalho, então podemos pensar, não que a sabedoria seria o caminho evolutivo natural em um cenário não-artificial, mas que de qualquer maneira o caminho que a humanidade tem tomado não tem sido aquele que leva à evolução completa da inteligência humana em termos de sabedoria que também pode ser entendida ou caracteristicamente útil na maximização da sobrevivência da espécie.
No entanto a partir do momento em que eu internalizei que ''a inteligência é equivalente ao fator g'', então eu passei a entendê-la mais como um sistema ou agência do que como uma entidade. E talvez também possamos ver a sabedoria como a ''força motriz'', a alma da inteligência, só que estará muito intensa apenas nos muito sábios, em outras palavras, como uma de suas partes mais importantes, em termos de composição, mas ainda em um estado hipo-desenvolvido para a maior parte, como prisioneira do instinto, como eu já comentei outras vezes, usando metáforas a la ''contos de fada'', por exemplo, a princesa [razão) que é mantida presa no calabouço por sua madrasta má ( instinto ).
O que é uma agência e o que é uma entidade de acordo com essa minha proposta??
Agência de modelos versus modelos
Empresa versus funcionários
A agência é um "ecossistema" que reúne diferentes entidades, individualmente falando, mas que geralmente apresentarão macro similaridades por serem originárias de uma mesma fonte primitiva, de um mesmo princípio.
A inteligência é uma agência e uma de suas identidades é a sabedoria.
A entidade é a forma e a expressão de um fenômeno que geralmente encontra-se sob o domínio de uma agência completando-a como se fosse uma de suas camadas.
Entidades são mais conceitualmente concisas ou unas. Em compensação dentro de uma agência podem existir diferentes tipos de entidades. O sistema ou agência é a reunião ou soma de uma diversidade de mecanismos ou entidades que tem algo em comum ou que se complementam de alguma maneira. Todos os sistemas orgânicos que complementam o organismo humano, por exemplo.
O que uma metrópole faz, é aquilo que as suas agências fazem, seja de modo mais particular, isto é, uma delas, ou de modo generalizado, que resultará em médias de comportamento da metrópole.
O que a inteligência faz, é aquilo que as suas agências fazem, novamente, de modo mais particular, ''o quão criativo fulano está'', ou mais generalizado, ''qual é a média de inteligência de fulano de tal'', ou mesmo, sub-generalizado, ''qual é a média de capacidades emocionais de fulano de tal''.
Conceito sistêmico ou simplesmente sistema/organismo: Conceito que descreve um sistema, organismo ou estrutura. Por exemplo, sociedade, chuva e organismo biológico.
Conceito sustancial ou simplesmente entidade/ parte de um sistema ou organismo: Conceito que descreve uma existência mais substancial, que contém substância, mais sólida, restrita ou que se manifesta de maneira mais característica, única ou singular, que não é um sistema mas parte dele. Exemplo: Desemprego [em relação à sociedade], chuva torrencial [em relação à chuva] e pulmões [em relação ao organismo biológico].
O ser humano é um conceito substancial mas o seu organismo é um conceito sistêmico e portanto não-substancial justamente por se consistir na soma final de todas as entidades e sub-sistemas que o compõe. No entanto, é claro, também se pode aceitar que, a maioria dos conceitos substanciais ou entidades também sejam sistêmicos, e que a maioria dos conceitos sistêmicos também possam ser substanciais ou neste caso, pluri-substanciais.
Tal como uma nação ou um organismo, a inteligência, especialmente a humana, usualmente apresenta áreas de excelência, de equiparidade ou trivialidade (geralmente contextual), isto é, de estar na média em comparação aos pares de ''convivência'' e de mediocridade, e que pode ser intrinsecamente comparativa [ em relação a si mesmo] ou extrinsecamente comparativa [ em relação ao outro}.
Desta maneira nós podemos começar a ver a inteligência de maneira integrada, tendo sempre a imagem maior, isto é, a sua natureza sistêmica, e também vendo as suas idiossincrasias individuais e interpessoalmente comparativas, ao invés do ab[uso dos testes cognitivos ou de se enfatizar unilateralmente por uma das facetas deste construto. Todos nós temos médias de racionalidade/ à sabedoria, criatividade, cognição e psicologia/capacidades emocionais, e não apenas a cognição ou QI. Ao vermos nossas inteligências como sistemas, novamente ficará mais fácil de nos vermos em nossos todos, e também em relação às nossas características pessoais.
A sabedoria é mais como uma entidade do que como uma agência.
Em um mundo ideal, não-humano, inteligência, racionalidade ou sabedoria seriam a mesma coisa, especialmente por causa da natureza macrospectiva e microspectiva, enfim, analiticamente ou perceptivamente completa da segunda.
Mas por sermos, em sua maioria, produtos de seleção artificial nessas fazendas humanas gigantes, então este descasamento ou super-especialização humana tem acontecido e distanciado a inteligência, tal como a compreendemos, forçadamente falando, e a sabedoria. Em outras palavras, a ''auto''-domesticação humana tem distorcido o conceito e extrapolações quanto à evolução da inteligência enfatizando-a em relação aos sociotipos dos trabalhadores, especialmente, ou ''QI''/inteligência acadêmica/científica, e também aos manipuladores ou ''IE'' = inteligência emocional.
Tal como no caso do lobo que foi domesticado e transformado em uma miríade de raças caninas. A evolução natural daquele animal não-humano que um dia foi um lobo, foi interrompida, e ele foi então artificialmente selecionado para a sua forma domesticada.
Algo muito parecido tem acontecido com os seres humanos. Eu não sei se o ser humano, em um estado mais natural, e menos técnico OU civilizado, teria evoluído diretamente para a sabedoria, mas partindo da ideia de que a civilização produz especialização cognitiva e anulação ou amalgamento parcial porém marcante das psico-qualidades humanas, se tende a ser baseada na seleção dos tipos mais dóceis, conformados e ávidos para o trabalho, então podemos pensar, não que a sabedoria seria o caminho evolutivo natural em um cenário não-artificial, mas que de qualquer maneira o caminho que a humanidade tem tomado não tem sido aquele que leva à evolução completa da inteligência humana em termos de sabedoria que também pode ser entendida ou caracteristicamente útil na maximização da sobrevivência da espécie.
No entanto a partir do momento em que eu internalizei que ''a inteligência é equivalente ao fator g'', então eu passei a entendê-la mais como um sistema ou agência do que como uma entidade. E talvez também possamos ver a sabedoria como a ''força motriz'', a alma da inteligência, só que estará muito intensa apenas nos muito sábios, em outras palavras, como uma de suas partes mais importantes, em termos de composição, mas ainda em um estado hipo-desenvolvido para a maior parte, como prisioneira do instinto, como eu já comentei outras vezes, usando metáforas a la ''contos de fada'', por exemplo, a princesa [razão) que é mantida presa no calabouço por sua madrasta má ( instinto ).
O que é uma agência e o que é uma entidade de acordo com essa minha proposta??
Agência de modelos versus modelos
Empresa versus funcionários
A agência é um "ecossistema" que reúne diferentes entidades, individualmente falando, mas que geralmente apresentarão macro similaridades por serem originárias de uma mesma fonte primitiva, de um mesmo princípio.
A inteligência é uma agência e uma de suas identidades é a sabedoria.
A entidade é a forma e a expressão de um fenômeno que geralmente encontra-se sob o domínio de uma agência completando-a como se fosse uma de suas camadas.
Entidades são mais conceitualmente concisas ou unas. Em compensação dentro de uma agência podem existir diferentes tipos de entidades. O sistema ou agência é a reunião ou soma de uma diversidade de mecanismos ou entidades que tem algo em comum ou que se complementam de alguma maneira. Todos os sistemas orgânicos que complementam o organismo humano, por exemplo.
O que uma metrópole faz, é aquilo que as suas agências fazem, seja de modo mais particular, isto é, uma delas, ou de modo generalizado, que resultará em médias de comportamento da metrópole.
O que a inteligência faz, é aquilo que as suas agências fazem, novamente, de modo mais particular, ''o quão criativo fulano está'', ou mais generalizado, ''qual é a média de inteligência de fulano de tal'', ou mesmo, sub-generalizado, ''qual é a média de capacidades emocionais de fulano de tal''.
Conceito sistêmico ou simplesmente sistema/organismo: Conceito que descreve um sistema, organismo ou estrutura. Por exemplo, sociedade, chuva e organismo biológico.
Conceito sustancial ou simplesmente entidade/ parte de um sistema ou organismo: Conceito que descreve uma existência mais substancial, que contém substância, mais sólida, restrita ou que se manifesta de maneira mais característica, única ou singular, que não é um sistema mas parte dele. Exemplo: Desemprego [em relação à sociedade], chuva torrencial [em relação à chuva] e pulmões [em relação ao organismo biológico].
O ser humano é um conceito substancial mas o seu organismo é um conceito sistêmico e portanto não-substancial justamente por se consistir na soma final de todas as entidades e sub-sistemas que o compõe. No entanto, é claro, também se pode aceitar que, a maioria dos conceitos substanciais ou entidades também sejam sistêmicos, e que a maioria dos conceitos sistêmicos também possam ser substanciais ou neste caso, pluri-substanciais.
Tal como uma nação ou um organismo, a inteligência, especialmente a humana, usualmente apresenta áreas de excelência, de equiparidade ou trivialidade (geralmente contextual), isto é, de estar na média em comparação aos pares de ''convivência'' e de mediocridade, e que pode ser intrinsecamente comparativa [ em relação a si mesmo] ou extrinsecamente comparativa [ em relação ao outro}.
Desta maneira nós podemos começar a ver a inteligência de maneira integrada, tendo sempre a imagem maior, isto é, a sua natureza sistêmica, e também vendo as suas idiossincrasias individuais e interpessoalmente comparativas, ao invés do ab[uso dos testes cognitivos ou de se enfatizar unilateralmente por uma das facetas deste construto. Todos nós temos médias de racionalidade/ à sabedoria, criatividade, cognição e psicologia/capacidades emocionais, e não apenas a cognição ou QI. Ao vermos nossas inteligências como sistemas, novamente ficará mais fácil de nos vermos em nossos todos, e também em relação às nossas características pessoais.
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