Minha lista de blogs
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Bom senso e senso comum, as diferenças entre o transcendental e o contextual
Parece que se tornou a moda nos dias de hoje confundir bom senso com senso comum. Bem, parece claro constatar que um não queira indicar o outro, se ''bom'' e ''comum'' não são sinônimos. Mas para uma parte nada desprezível da população, aqui, neste gigante abobalhado do sul, ou em qualquer outra costa, tudo aquilo que for popular dentro do seu meio social, será a priore ''por'' bom senso.
O bom senso pode ser identificado como todo o tipo de prática, isto é, que pode ser efetuada em qualquer meio, que se baseia no uso da ponderação e do julgamento diplomático ou holístico, racional e empático.
O senso comum se consiste nas práticas culturais ou contextuais que estão sendo praticadas por uma maioria e por isso que recebe o adjetivo ''comum''.
O bom senso se relaciona com a evolução benigna ou sabedoria evolutiva, porque é acumulativo e está sempre em busca da melhoria de sua técnica de interação com o meio.
O senso comum se relaciona com a adaptação ou inteligência, se a mesma já não possa ser conceituada a partir de um contexto evolutivo, como a capacidade de se adaptar.
A inteligência é para a adaptação assim como a sabedoria é para a evolução.
O bom senso é o uso potencialmente perfeccionista de nossa inteligência, isto é, a sabedoria, transcendendo as diretrizes de comportamento (adaptação) que são impostas, seja pelo ambiente natural ou pelo ambiente antropomorfizado. Ele é transcendental e isso quer indicar universal, que independe do espaço e do tempo. É um passo a frente em termos morais, existenciais da humanidade.
Todas as nações que aplicaram partes da regra de ouro da sabedoria, tem melhorado significativamente em qualidade de vida.
A inteligência parece ter mais a ver com a necessidade direta ou imediata de sobrevivência, ainda que a criatividade também possa ser acessada de maneira brilhante e precisa nessas situações que exigem respostas rápidas e astutas.
Em compensação, a sabedoria se relaciona com a mitigação de problemas, ou seja, de prevê-los antes que possam acontecer e ter como resultado a redução grave do fitness vital dos indivíduos envolvidos.
O bom senso se relaciona com a moralidade objetiva enquanto que o senso comum nada mais é do que a prática da moralidade subjetiva, que eu já sublinhei em meu blogue antigo e por agora inacessível pra mim, rs.
A moralidade objetiva, ao primar pelo objetivismo, se baseará pela clareza de julgamento moral, separando aquilo que será potencialmente (e diretamente) negativo ou desvantajoso, daquilo que não será diretamente ruim. Ou seja, ao invés de usar o pensamento binário (ou dualista, que é sempre conflituoso) para organizar a sociedade, ocorrerá a divisão precisa de todos os tipos de comportamentos, dando importância e relevância para as suas respectivas vantagens e desvantagens, isto é, ao invés de se fazer generalizações sobre um comportamento que é expressado por uma sub-população, passaremos a olhá-lo mais de perto, para tornar todas essas pessoas em ''seres reais'', e evitar avaliações que poderão ser prejudiciais aos tipos virtuosos de cada grupo. Evitar a injustiça.
A moralidade subjetiva é a expressão de todo o tipo de moral que tem como base o julgamento unilateral ou imparcial de comportamentos, que também pode ser qualificado como ''dualista'', binário ou generalizador.
''Tudo aquilo que está irremediavelmente certo, neutro ou errado'' - moralidade objetiva
''Tudo aquilo que está certo ou errado a partir de um contexto social específico no espaço, tempo e biologia'' - moralidade subjetiva
A vida é muito importante pra ser desgastada e mal tratada como tem sido feito desde sempre e especialmente quando estamos falando de seres humanos, aqueles que podem dar fim, ao menos pra si próprios (e em extensão racional aos outros animais que não oferecem risco imediato às suas vidas), a esta guerra biológica que tem se consistido o espetáculo da panaceia de existências terrestres multiformes.
A moralidade existe mesmo sem ter seres humanos ou mesmo seres vivos para que possa ser vivenciada. Tudo aquilo que tem como princípio a destruição generalizada, pode ser denominada como anti-empática. A moralidade objetiva é basicamente a aplicação da racionalidade e da empatia, ou seja, da sabedoria, no julgamento comportamental e na organização social.
Tudo aquilo que sustenta a vida no meio natural, por meio dos fenômenos atmosféricos e geológicos, pode ser definido como moralmente correto.
A confusão do bom senso com o senso comum é apenas a ponta de um iceberg de ignorância que a maioria das pessoas estão engolfadas, se não parece de ''bom tom'' constatar que bom não é o mesmo que comum.
Marcadores:
adaptação,
bom senso,
criatividade,
empatia,
evolução,
inteligência,
moralidade objetiva,
moralidade subjetiva,
sabedoria,
senso comum
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Agradável e recomendável surpresa o blog “Sabedoria e outros Conchavos” de que tomo humilde liberdade de congratular pela sua genialidade, sem radicalismos, nem mesmo loucuras que saudavelmente todos temos um pouco…
ResponderExcluirSegundo consta, o próprio Albert Einstein afirmou:
“Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.”
Logo as suas geniais ideias, como a teoria da relatividade teriam em princípio de parecer absurdas; pois com “bom senso” ele mesmo desejaria que sempre houvesse esperança para o seu próprio génio.
Segundo Einstein também:
“Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.”
Aqui se identifica o esperado absurdo do próprio Einstein; Ele que não poderia ter a esperança consistente de descobrir a “Teoria de tudo” a que entregou os seus últimos anos e que com avisado “senso comum” teria obrigação de reconhecer que há multiplas formas de viver a vida, pois segundo a moralidade subjectiva, os milagres existem e nem “tudo” é milagre…
Em Próspero 2017, vivamos genialmente a Vida, facilitando a existência de todos; mesmo até o milagre colectivo do cumprimento dos desígnios e vontades de todos os fundamentalistas radicais, a caminho de sete vezes mais virgens eternamente prometidas.
Obrigado pelo comentário e pelos elogios!! =)
ExcluirEntão, a ideia de ''absurdo'' parece, infelizmente, depender do olhar alheio e menos do julgamento neutro. Muito daquilo que parece absurdo pra grande maioria das pessoas, ou ao menos, uma vez em suas vidas, não o será.
''nem mesmo loucuras que saudavelmente todos temos um pouco…''
Então vc começou a ler o blogue recentemente...
Espere e verá... ;)
''Logo as suas geniais ideias, como a teoria da relatividade teriam em princípio de parecer absurdas; pois com “bom senso” ele mesmo desejaria que sempre houvesse esperança para o seu próprio génio. ''
Não entendi.
“Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.”
belo aforismo, foi ele mesmo que escreveu esta frase*
''Aqui se identifica o esperado absurdo do próprio Einstein; Ele que não poderia ter a esperança consistente de descobrir a “Teoria de tudo” a que entregou os seus últimos anos e que com avisado “senso comum” teria obrigação de reconhecer que há multiplas formas de viver a vida, pois segundo a moralidade subjectiva, os milagres existem e nem “tudo” é milagre…''
Não entendi, 2.
''Em Próspero 2017, vivamos genialmente a Vida, facilitando a existência de todos; mesmo até o milagre colectivo do cumprimento dos desígnios e vontades de todos os fundamentalistas radicais, a caminho de sete vezes mais virgens eternamente prometidas. ''
Estes em especial!1!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirReforçando os meus parabéns pelo seu Blog carregado de “Sabedoria”.
ExcluirAdmito os meus desconchavados exemplos.
Também não é seguro que a primeira frase exemplo seja de Einstein:
“Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”
(1) Concordo que muito daquilo que parece absurdo pra grande maioria das pessoas, ou ao menos, uma vez em suas vidas, não o será, pelo que é de admitir excesso de ousadia apontar falta de Senso “bom” ou “comum” a alegadas frases de um génio como Einstein.
(2) Entendamos o que o milagre para a maioria das pessoas é palavra ligada à uma concepção natural que só pode ser suspensa por intervenção divina.
O milagre assim, como evento sobrenatural, não é padrão estatístico normal, apenas tem de ser reconhecido.
Respeitosamente me penitencio por não simpatizar com o aforismo, com tão tosca justificação. É pena, porque também admito que a mulher de Einstein tinha um físico fabuloso.
Não resisti em publicar a sua desconcertante imagem de comprimidos de bom senso, entre os meus amigos do Facebook.
Grato, continuarei atento.
Muito obrigado nova mente!!!
ExcluirEspero que a minha ''Sabedoria'' o agrade de maneira progressiva e tresloucada!! =)
“Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”
Pois é, não sabia que o Eistein também foi gênio no fabrico de aforismos suspeitos!!
''(1) Concordo que muito daquilo que parece absurdo pra grande maioria das pessoas, ou ao menos, uma vez em suas vidas, não o será, pelo que é de admitir excesso de ousadia apontar falta de Senso “bom” ou “comum” a alegadas frases de um génio como Einstein.''
Sim e uma delas é separar comum de bom, ainda que tenha alguma verdade aí.
''(2) Entendamos o que o milagre para a maioria das pessoas é palavra ligada à uma concepção natural que só pode ser suspensa por intervenção divina.
O milagre assim, como evento sobrenatural, não é padrão estatístico normal, apenas tem de ser reconhecido.''
Eu já acho que se tudo advém de padrões então tudo pode ser regredido a um padrão estatístico, o milagre seria apenas um único, literal e solitário padrão estatístico, ;)
''Respeitosamente me penitencio por não simpatizar com o aforismo, com tão tosca justificação. É pena, porque também admito que a mulher de Einstein tinha um físico fabuloso.''
Só a cara que não agradava, até achei que Eisteinzinho tivesse casado com a própria avó, brincadeiras a parte...
''Não resisti em publicar a sua desconcertante imagem de comprimidos de bom senso, entre os meus amigos do Facebook. ''
Pois sim, que bom, pena os farmacólogos ainda não terem inventado este remédio e que sorte a nossa, afinal, eles não parrecem muito respeitáveis não acha*
Ok, e eu continuarei nos adendos para manter-lhe atento.