Minha lista de blogs

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

''QI'' e a necessidade constante de demonstração/realização em todas as escalas de observação



''Qi maior do que Einstein''


Eu já comentei diversas vezes no meu antigo blogue sobre os muitos possíveis problemas que os testes cognitivos apresentam em sua tarefa original de mensurar/capturar o intelecto humano, em todas as suas nuances. 

Ontem eu tive mais uma de minhas epifanias intuitivas, enquanto estava simulando uma auto-entrevista em minha cabeça demasiadamente criativa. Esta se consiste em um exemplo básico e que me pareceu bastante didático sobre a necessidade de se ''ir além dos resultados em testes cognitivos'', ainda que não esteja negando o seu potencial enquanto um mensurador parcial de nossos intelectos. 

Portanto, sem mais demoras, lá vai o exemplo

''Vamos imaginar que eu tivesse chegado à uma psicóloga e tivesse dito a ela que eu sou muito criativo. Bem, todos nós sabemos que não basta a palavra da pessoa para chegarmos a qualquer conclusão. Também é muito importante que ela demonstre que o que está afirmando, está correto, é factual. A minha palavra quanto à minha criatividade não é um fato, é apenas uma afirmação e na melhor das perspectivas, será apenas uma hipótese. Então é importante prová-la e nada mais coerente do que por meio do método científico: preciso, lógico, objetivo... claro, em condições ideais. Então, a psicóloga, mancomunada com este pensamento óbvio, decide aplicar um teste de pensamento divergente pra mim. Eu faço o teste e o resultado é muito bom, pronto, instantaneamente, o que era dúvida se transformou em ''certeza'', ....eu sou um gênio criativo.... Saio da clínica feliz da vida e passo o resto da mesma como uma pessoa não-criativa, mas que tem certeza absoluta de sua genialidade, validada por testes cognitivos''

Voltando a este breve texto. Qual que seria a diferença entre este exemplo em relação aos testes de qi ou ''inteligência''**** (é uma interrogação, rsrs) 

Pois é, não há. Eu poderia tranquilamente substituir o teste de ''pensamento divergente'' por um teste cognitivo clássico e manter o mesmo cenário que me parece muito comum. Isto é, nós temos uma proporção importante de pessoas que passam a se considerar como muito inteligentes ou mesmo, ''globalmente'' inteligentes, especialmente por causa dos resultados que obtiveram em baterias de testes psicométricos. 

A inteligência PRECISA de comprovação, de demonstração constante quanto à sua expressão qualitativa. 

Talvez, a maioria dos ''altos qis'' mostrem suas capacidades na aquisição de um grande escopo de conhecimentos. Mas aí cabe novamente a dúvida, e o uso deste conhecimento** E a precisão e qualidade deste conhecimento**


Nenhum comentário:

Postar um comentário