Se tem muito então pode ajudar mais....
A desigualdade é algo natural. A diferença já se consiste em uma forma de desigualdade. Se não somos clones uns dos outros, então estamos todos desiguais. Todo mundo tem algo que é mais evidente e/ou mais interessante, vantajoso ou não do que em relação aos demais. Se estamos todos singulares então mediante esta perspectiva, é pouco provável que poderemos ser todos ''iguais''. O mundo da diversidade é basicamente o mundo das diferenças, do contrário, não haveriam variações que pudessem ser denominadas desta maneira.
A desigualdade/diferença social e econômica parece ser uma tendência difícil de ser revertida a curto prazo, e também a longo prazo, porque tende a se relacionar com o mérito, ainda que se faça de maneira torta em muitos casos. Eu poderia sugerir que menos da metade daqueles que pertencem às elites, por exemplo, em um país filosoficamente demente como o Brasil, conquistaram suas posições proeminentes por puro mérito. Ainda assim, o fato de termos sistemas sociais estúpidos, não invalida a ideia de que sua finalidade original seja mesmo a de premiar aqueles que produzem trabalhos qualitativamente superiores aos demais.
Ao contrário da ideia praticamente impossível de igualdade para todos, seja lá o que este termo deseja realmente/literalmente indicar, eu acredito que, ao aplicarmos a sabedoria, nós poderemos determinar que a desigualdade também possa ser importante porque do contrário, a maioria das pessoas não teriam motivações para competir e vencer.
O problema não é a desigualdade per si, mas tudo aquilo que tem
sido usado como justificativa para a sua inevitabilidade funcional e universal. O problema também reside na ideia de competição, que também não está totalmente errada (aliás, quase nada está), mas em como que é aceita, entendida e praticada.
Apenas um vencedor...
Eu nunca entendi porque sempre tem de ter apenas um vencedor
em praticamente todas as competições humanas. Não faz sentido
que depois de termos um grupo de seres humanos dando o seu
melhor individual, apenas um poder ser agraciado com os louros
da fama e do ''reconhecimento''. E quanto mais complexo e subje-
tivo for o esporte ou a competição, mais injusto será.
Em um mundo baseado em uma dinâmica de sincronicidade com-
portamental, a nível individual e coletivo, que for coesa, justa e
perfeccionista, isto é, detalhista e holística, todos os tipos de injus-
tiça serão combatidos de maneira objetiva e a lei da proporcionali-
dade sócio-existencial será um dos possíveis meios para se
alcançar aquilo que muitos determinam como ''utópico''.
A lei da proporcionalidade sócio-existencial, isto é, que vincula o
social com o existencial, se baseia na aplicação mais do que óbvia
e lógica da proporção equitativa ou ao menos mitigadora, que visa
produzir ou restabelecer um certo equilíbrio, e como exemplifiquei
acima por meio da primeira imagem do texto, também com base
nas diferenças econômicas entre as pessoas.
É verdade que muitas pessoas ricas fazem doações, usam o seu
dinheiro para tentar atenuar as condições sociais de outras pessoas
que são mais pobres, mas ainda é pouco, porque ao invés de termos
uma lei institucionalizada que obrigue a todos os ricos a praticarem
o mínimo de empatia para com aqueles que estão em situação pior,
nós podemos contar apenas (infelizmente, ''apenas'') com o bom
senso das ''elites'' e como resultado nós temos uma grande propor-
ção de abonados continuando com o seu padrão de vida despropor-
cional e sem qualquer peso na consciência em relação à paisagem
muitas vezes desoladora que envolve suas ''humildes'' residências.
Portanto para começo de conversê em relação a esta minha
proposta, há de se buscar, até mesmo se for por meios jurídicos,
pelo bom senso e isso quer indicar em muitas de suas perspectivas,
uma proporcionalidade que tenha como finalidade o equilíbrio e
não necessariamente a igualdade, abstrata, vaga e potencialmente
impossível que tantos almejam.
Portanto para começo de conversê em relação a esta minha
proposta, há de se buscar, até mesmo se for por meios jurídicos,
pelo bom senso e isso quer indicar em muitas de suas perspectivas,
uma proporcionalidade que tenha como finalidade o equilíbrio e
não necessariamente a igualdade, abstrata, vaga e potencialmente
impossível que tantos almejam.
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