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sábado, 31 de outubro de 2015
Desdobramentos sobre criatividade, inteligência e sabedoria
- Cognição ou inteligência mecânica e subconsciente = cognição convergente ou "inteligência técnica" e cognição divergente ou criatividade ( inteligência intuito-divergente) = sabedoria ou uso inteligente/criativo de ambas.
A inteligência humana pode ser dividida em
-cognição convergente, mecânica e subconsciente
e
- cognição divergente, intuitiva e emocional
A criatividade parece precisar da personalidade para que possa funcionar plenamente, enquanto que a cognição convergente, aquilo que é popularmente conhecido e denominado como ''inteligência'', e na verdade se consiste mais precisamente na ''inteligência técnica'', necessita da neutralização dos efeitos mais perniciosos de nossas ''motivações pessoais'' (personalidade) para que possa ser plenamente acessada. No meu velho blogue eu expliquei ou tentei explicar o que se consistiria a capacidade de concentração, por intermédio de um novo e prático conceito para este termo, isto é, a capacidade para neutralizar a influência da personalidade em relação à cognição. Também elaborei um complemento/adendo sobre esta hipótese ao usar como exemplo os nordeste asiáticos, que são em média, melhores nesta capacidade do que em em relação às outras populações humanas e isto resplandecer em suas notas escolares e em testes de qi.
Sabedoria
A cognição convergente ou técnica (subconsciente) e a cognição divergente ou intuitiva (subconsciente, porém que será qualitativamente diferente do subconsciente técnico), se complementam para o produto final ou ''inteligência técnica'' (sendo que a cognição divergente já necessita da personalidade para que possa funcionar) e que por sua vez desembocará, juntamente com a personalidade, de acordo com o meu novo conceito, para aquilo que chamamos simplesmente de ''inteligência''. Em outras palavras, o perfil cognitivo (tipo de personalidade e de inteligência ou capacidade, forças cognitivas) pode ser visto como um quase-sinônimo para a inteligência.
A sabedoria, que eu determinei que encapsula a inteligência, se consiste no seu verdadeiro fator g (reconhecimento correto de padrões ou princípio puramente cognitivo da sabedoria) e não apenas ou fundamentalmente o fator g genérico ou psicométrico.
A sabedoria é o equivalente a uma segunda opinião em relação às conclusões que são resultados da atuação em conjunto da inteligência e da personalidade e que busca pelas melhores e mais harmônicas das respostas/soluções. A sabedoria não se expressa apenas pela reflexão do pensamento per si, mas também pela reflexão ou julgamento correto. É o pensar sobre o pensar, como eu disse no outro blogue, duvidar do próprio cérebro, extrapolar as conclusões que ele tirou e repensar.
No dia a dia, não usamos apenas a cognição técnica ou convergente, justamente aquilo que os testes cognitivos, a meu ver, são melhores para mensurar, mas também nossas personalidades, além destes complementos cognitivos ''extras'' (de acordo com a metáfora do megazord e das peças que perfazem seu poderio de combate, ;) , o que maiores níveis de criatividade e sabedoria, estão para a inteligência). A medição da sabedoria apareceria como o teste perfeito em relação à inteligência, dando-lhe um caráter mais objetivo, coeso e homogêneo, porque a mesma é por deveras muito diversificada e subjetiva. A inteligência se espalha enquanto conceito e prática, a sabedoria reorganiza este caos. A inteligência se subdivide em muitos caminhos a serem percorridos/construídos, enquanto que a sabedoria, o reduz a uma quantidade muito menor de possibilidades, justamente por causa de seu caráter puro.
Criar culturas/religiões/ideologias é uma demonstração de inteligência, especialmente a verbal e a criativa. Em compensação, a sabedoria se constitui na tentativa de purificar o pensamento e a transcendência humana via cultura/rotina para apenas algumas poucas possibilidades que serão muito melhores que qualquer cultura oficial, que tende a ser de natureza unilateral, tendenciosa ou imperfeita, que pega um naco da realidade e a interpreta como se representasse toda a verdade.
Ideias e pensamentos
Ter ideias é diferente do que ter pensamentos. Estamos sempre pensando mas não estaremos a todo momento tendo ideias. A ideia se relaciona com a criatividade e a sabedoria ou criatividade convergente, isto é, a reorganização de pensamentos e percepções que já foram memorizados na busca por novas soluções que no entanto terão uma natureza convergente ou que são o produto de uma panaceia anterior de pensamentos convergentes. A criatividade se constituiria na quebra do padrão recorrente ou convergente em busca de maneiras completamente novas de se pensar. A sabedoria é ponderada enquanto que a criatividade é radical. A sabedoria tenta mitigar problemas, enquanto que a criatividade tende a buscar por novas soluções em relação aos problemas já existentes, a criatividade é desleixada em relação à imagem maior e tende a ser excessiva quanto aos detalhes.
Diferenças entre pensamento divergente (radical) e lateral (ponderadamente criativo)
O pensamento lateral se baseia na busca por novas soluções dentro de ideias já estabelecidas, é lateral, porque ao invés de seguir a linha divergente e crescente ou habitualmente ''preferida'', irá buscar por novas dimensões ou perspectivas do conhecimento que está sob estudo/observação, ''comer pelas beiradas em busca de novos detalhes''. O pensamento lateral é uma espécie de ''pequena criatividade'', por ser mais ponderada e menos impressionante em sua capacidade de modificar os paradigmas existentes... não deseja modificá-los mas melhorá-los com base no pensamento criativo.
O pensamento divergente, conceitualmente falando, se baseia na produção intuitiva de novas ideias ou paradigmas que são completamente novos e se baseiam na descoberta de novas dimensões de um determinado conhecimento, isto é, novas associações construtivas ou na negação/crítica de pensamentos existentes na busca por sua substituição por novos paradigmas, que será igualmente radical em sua natureza. O pensamento divergente por sua vez poderia ser considerado como uma ''grande criatividade'' ou BIG C, por ser transformador, radical.
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