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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Sobre a "solução final" e "politicamente incorreta" para o problema da violência

Para entender o problema da violência cometida por seres humanos, especialmente a violência irracional, primeiro é necessário entender o comportamento humano: como funciona, quais fatores o influenciam... Entender de fato, no sentido mais científico possível, com base no melhor que o pensamento e a prática científica podem oferecer. Porque adotar narrativas que supostamente o explicam, incluindo a violência, só por coadunarem com crenças ou sentimentos pessoais, parece ser muito mais comum, não apenas entre não-especialistas, mas mesmo entre aqueles que se pensam como tal, só porque se formaram em áreas relacionadas, mas demonstram mais ignorância que conhecimento, justamente por desprezarem as evidências legitimamente científicas sobre os tópicos de suas áreas de especialização; por terem se limitado às pseudociências politicamente corretas que se tornaram predominantes em suas áreas no último meio século. 

Então, primeiramente, falemos um pouco sobre comportamento humano, que podemos observar a olho nu, seus padrões ou correlações interseccionais, que não são apenas paralelismos entre fatores que compartilham um mesmo contexto de influências. Pois é exatamente esse, o primeiro ponto, de que o comportamento humano é relativamente previsível, por podermos traçar perfis comportamentais, de indivíduos, mas também de grupos e subgrupos, em relação aos seus traços de personalidade e inteligência. Por exemplo, sabemos que uma pessoa é mais tímida justamente porque percebemos nela uma constância de comportamentos característicos da timidez. O segundo ponto é o de podermos observar, além dos padrões de comportamento humano que resultam em perfis cognitivos e de personalidade, que eles também são mais estáveis ou difíceis de serem significativamente alterados, ainda que também apresentem uma limitada plasticidade adaptativa. Isto é, exatamente por serem mais estáveis que também são previsíveis. Mesmo quando se percebe uma instabilidade crônica, tal como no caso de transtornos de humor, como o transtorno bipolar e o de personalidade limítrofe, ainda expressam padrões de "instabilidades estáveis" ou de ondulação previsível. O terceiro ponto é o de ser comum encontrarmos uma similaridade aparentemente coincidente de tendências de comportamento entre parentes de sangue mais próximos, especialmente entre pais e filhos, e irmãos; que também podemos notar variavelmente essa similaridade entre indivíduos de mesmos grupos definidos por raça ou etnia, cultura, classe social, QI, tipo de inteligência, sexo, orientação sexual... Que podemos perceber, por exemplo, que filhos adotados não tendem a se parecer com os seus pais adotivos em temperamento e inteligência, e sim com os seus pais biológicos, ainda mais se apresentam procedências sociais distintas, e mesmo quando são criados desde muito cedo pelos seus pais de adoção, longe de suas famílias biológicas. O quarto ponto é o de podermos perceber que o comportamento humano é mais intrínseca do que extrinsecamente orientado, pela própria percepção de ser mais estável e previsível e por se manifestar de maneira mais coerente aos traços de personalidade e inteligência do indivíduo do que apenas de maneira reciprocamente reagente às circunstâncias externas. O quinto ponto é o de podermos concordar que não nascemos como "folhas de papel em branco", sem cérebros pré-formados (ainda não totalmente desenvolvidos) e dotados com constituições específicas, se tendências de comportamentos já começam a aparecer desde os primeiros anos de vida, e que muito provavelmente as herdamos dos nossos progenitores, ainda que, mais como uma recombinação de suas características, bem como de seus parentes mais próximos (irmãos ...), do que como uma herança direta e linear, com base no terceiro ponto de similaridade primariamente coincidente e também pela lógica básica de que não herdamos dos nossos progenitores apenas características físicas. E, por fim, é até possível chegarmos à conclusão de que todos esses pontos corroboram para a hipótese contrária àquela que se tornou predominante, principalmente nas ciências humanas, de sermos produtos praticamente absolutos dos meios em que vivemos, se liderada pela sociologia ou de maneira mais sofisticada pela epigenética (se é para isso que esse ramo emergente parece estar servindo, para ser usado como uma suposta evidência científica de que o meio é mais importante que a biologia na determinação do desenvolvimento e do comportamento humanos e, então, como reforço para narrativas ideologicamente enviesadas e políticas públicas, baseadas nas mesmas, que visam supostamente combater os problemas sociais). 

Pronto. Se podemos concordar com tudo o que foi dito acima sobre o comportamento da nossa espécie, também podemos fazê-lo de maneira mais específica, por exemplo, em relação ao comportamento violento: de ser previsível, de acordo com padrões mais estáveis de comportamentos e correlações com determinados grupos; mais intrínseco e, portanto, mais dependente da vontade e do nível de autocontrole, e outras qualidades, de um indivíduo, do que primária e exclusivamente das circunstâncias em que se encontra; de ser mais hereditário e, consequentemente, mais expressivo/em certos grupos e segmentos familiares do que em outros... Um exemplo significativo quanto ao papel mais proeminente da biologia sobre o comportamento humano e específico à predisposições antissociais é a diferença de frequência de comportamento violento entre homens e mulheres, padrão universal porque se repete em todos os países, independente de suas características socioeconômicas ou culturais, e expressa diferenças hormonais significativas entre os sexos. Mas também é importante termos em mente que existem classes de indivíduos quanto à propensão ao comportamento violento, agressivo ou cruel (assim como em relação a outros tipos de comportamentos): desde aqueles que estão menos propensos, passando por aqueles em que existe uma propensão variável, que pode ser dependente do contexto, até àqueles em que essa tendência está mais aflorada, sem a necessidade de um contexto primariamente lógico que o justifique.

Finalmente, a partir dos pontos levantados, pode-se chegar a uma série de medidas sobre como combater a criminalidade, desde a sua raiz. São elas:

- Pela observação de comportamentos, identificação precoce e acompanhamento primário dos indivíduos que apresentam alta frequência de comportamentos irracionalmente antissociais;

- Se como medida preventiva, após a identificação e o acompanhamento, possível isolamento social, especialmente para os que são corretamente diagnosticados como portadores de transtornos de personalidade antissocial e identificados como um risco à sociedade

-- Se como medida remediativa, a detenção potencialmente permanente de todo indivíduo que comete crimes, especialmente os que são considerados hediondos, que são cometidos sem um contexto complexo que possa abrir brecha para algum tipo de justificativa lógica e/ou racional;

- Posterior esterilização desses indivíduos, partindo dos pontos acima, visando à redução exponencial da frequência fenotípica de indivíduos que apresentam uma constância de comportamentos irracionalmente antissociais e, que por sua vez, reflete suas próprias características mentais mais intrínsecas: cerebrais, hormonais... Também partindo do fato de que não existe tratamento ou cura para essa classe de transtornos mentais;

- Aprimoramento da identificação e do acompanhamento desses indivíduos desde o período da infância, com a possibilidade de começar a retirá-los do convívio social e cercear seus direitos antes que se tornem adultos, mas sem necessariamente tratá-los com crueldade compulsória, compreendendo que apresentam déficits em autocontrole, inteligência emocional e racionalidade. 

Apenas o encarceramento de todos os que cometem crimes ou se envolvem em atividades ilegais, ainda que eficiente quanto à redução da criminalidade, não será suficiente a longo prazo, se existe o risco de haver um aumento da frequência fenotípica de indivíduos com tendências antissociais, caso não forem impossibilitados de gerar descendentes, como acontece com muitos presos, que apresentam taxas de fecundidade mais altas que da população fora das penitenciárias, mantendo o ciclo e a vantagem reprodutiva desse grupo altamente problemático. 

Por fim, os principais fatores que, na minha opinião, dificultam ou problematizam que essas medidas possam ser integralmente tomadas em uma sociedade "democrática':

- O domínio relativo: estrutural e ideológico, das pseudociências "do bem", enviesadas à esquerda, que bloqueiam ou dificultam qualquer tomada de ação no sentido de política pública que, de fato, combata o problema da criminalidade com objetividade e eficiência, mas sem que extrapole para o cometimento indiscriminado de abusos que seria um contrassenso de combater crimes praticando-os;

- O problema da legalização histórica de práticas antissociais por grupos de "elite" ou que se encontram em uma situação de empoderamento sobre outros grupos, tal como a exploração econômica de trabalhadores, com carga horária exaustiva, abuso psicológico e salários baixos... Pois a adoção das medidas recomendadas apenas com criminosos de classe baixa se consiste categoricamente em uma higienização social que favorece e até amplia o poder de certos indivíduos e grupos de "elite" que também prejudicam e muito o tecido social, por exemplo, pelo seu domínio na política, em que tendem a impor medidas que favorecem seus interesses pessoais em detrimento do bem estar da própria sociedade, de maneira geral. 

- O uso dessas medidas como substitutas das que buscam combater outros problemas sociais de grande relevância, particularmente as desigualdades sociais, a precarização do trabalho e a corrupção política... E não duvide se isso acontecer, porque, infelizmente, os únicos que estão mais interessados em aplicá-las são geralmente políticos à direita, se os de esquerda tendem a ser avessos às mesmas, por considerá-las desumanas ou até mesmo ineficientes e pseudocientíficas (que, com certeza, não são). Então, já que os primeiros, em sua maioria, não se interessam em combater desigualdades sociais, precarização do trabalho e corrupção política, lhes seria suficiente mandarem encarcerar criminosos das bases da hierarquia social, isto é, aplicando a higienização social alertada no segundo contraponto....

Esses contrapontos geram um grande impasse para uma aplicação seguramente justa dessas medidas, as únicas que podem realmente combater de frente todas as modalidades de criminalidade e de todos os níveis sociais, dos meliantes de colarinho azul aos de colarinho branco. Ainda assim, o encarceramento em massa dos envolvidos com o crime organizado, como o tráfico de drogas, e outras práticas criminosas explicitamente violentas ou ilícitas, já alivia bastante quanto aos índices de criminalidade, tal como aconteceu em El Salvador, pequeno país centroamericano que conseguiu reduzi-los, dos mais altos para um dos mais baixos do mundo, pelo bom senso de ter começado a prender qualquer um que estava envolvido com o crime organizado (desprezando aqui excessos que possam estar sendo cometidos, especialmente a prisão de inocentes que foram associados injustamente às gangues). Mas, até quando esse encarceramento em massa conseguirá conter a criminalidade, é algo para se pensar, afinal, os detidos eventualmente sairão da prisão e voltarão a circular no meio social... Por isso que é necessário enfrentar esse problema por todos os ângulos possíveis, de fazê-lo com base na verdadeira prática científica, buscando compreender do que se trata (comportamento, violência... origens, tendências, características e possibilidades realistas de enfrentamento), tendo como base a realidade e não apenas um suposto "bom mocismo" acadêmico, divorciado do rigor da imparcialidade científica, mas sem desprezar que também se trata de indivíduos humanos, muitos que demonstram, ao longo de suas vidas, uma incapacidade crônica de autocontrole e autoconsciência, de também levar em conta esse aspecto da deficiência crônica de agência ou vontade racionalmente dirigida que esses indivíduos apresentam. Por fim, também de não se esquecer do aspecto moral quanto à prática da justiça em situações de crimes violentos: de penalizar conforme o grau de violência, de levar em conta o nível de complexidade contextual em que o crime acontece, as características dos indivíduos envolvidos...  De aperfeiçoar a prática da justiça, o máximo possível. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Ainda sobre o(s) problema(s) do ativismo antirracista...

 ...bem como de outros ativismos


Será que a maioria dos ativistas antirracistas realmente sabe como ajudar a resolver os problemas crônicos das comunidades periféricas [ou populações ''negras'] ??


Mulheres negras e pardas são desproporcionalmente atingidas pela violência doméstica, que não é resultado do ''racismo estrutural'' ou do ''privilégio branco'', mas de falta de caráter ou de controle emocional dos seus parceiros, parentes... enfim, de homens, em sua maioria, negros e pardos, que as agridem e/ou matam.


Homens negros e pardos são desproporcionalmente vitimados pela violência e que também não pode ser absolutamente creditado ao "racismo estrutural" ou ao "privilégio branco" porque a maioria dos seus algozes são outros homens, negros e pardos...


Rivalidades acirradas entre gangues, crimes de honra e/ou, de maneira geral, maior incidência de masculinidade tóxica, são os fatores mais importantes que explicam os altos índices de violência observados neste segmento demográfico.  


Portanto, o problema, essencialmente falando, não é a raça, tal como pensam os racistas, ou o fato de serem homens, tal como pensam as feministas radicais, ou o fato de serem pobres, tal como pensam muitos ativistas de esquerda...  


No entanto, tem sido o modus operandi de ativistas antirracistas culpar apenas as circunstâncias socioeconômicas desfavoráveis, causadas pelo capitalismo, mas principalmente o racismo, porque acreditam na narrativa de que "negros estão sofrendo um verdadeiro genocídio orquestrado pela polícia ou pelo Estado"e argumentar diferente disso se transformou numa espécie de "heresia politicamente incorreta" com direito a ser precipitadamente julgado como uma pessoa insensível e cruel.


É lógico que viver na pobreza, relativa ou extrema, aumenta o risco de que mais jovens acabem caindo no mundo do crime. Ainda assim, o que percebemos é que a maioria dos jovens pobres, de todas as raças, busca sobreviver com dignidade a essas condições que têm sido praticamente impostas pelas "elites" econômica e política (especialmente as "conservadoras"). Portanto, outros fatores, além da pobreza ou da desigualdade, devem ser levados em consideração, e o psico-cognitivo parece ser um dos mais importantes justamente por apresentar um padrão constante, que independe das circunstâncias ou da classe social...


Com esse e outros textos que já produzi e que não são condescendentes aos equívocos cometidos e constantemente retroalimentados por frentes progressistas, eu tenho como única intenção tentar ajudá-las em suas autocríticas pois é justamente esta incapacidade que tem sido uma das principais responsáveis pelo avanço da ultradireita no cenário político atual. Porque não adianta culparem apenas algoritmos e fake news pela perda de credibilidade das esquerdas perante ampla parcela da população, em vários países ocidentais, quando, conscientes ou não disso, agem com base no raciocínio de que os fins justificam os meios, se os meios usados distorcem fatos, perpetuam injustiças e aumentam ao invés de diminuírem os problemas existentes...


Mas, então, como (começar a) solucioná-los???


Porque a maioria dos progressistas acredita que a índole não é o fator mais importante para explicar as nossas condutas morais, logo, propõem como medida de longo prazo para solucionar o problema da violência, por uma educação de qualidade, se acreditam que a correlação entre menor escolaridade e propensão ao cometimento de crimes de colarinho azul, é uma causalidade. Também propõem pelo fim das desigualdades sociais porque acreditam ou usam o argumento de que a pobreza causa essa propensão.


Sim, eu concordo totalmente com o fim das desigualdades, especialmente das extremas, por serem injustas, mas, como fazê-lo??


Pois mesmo se houvesse uma repentina e planejada melhoria na qualidade de vida dos moradores de comunidades carentes, por exemplo, substituindo suas moradias, geralmente precárias, por casas seguras e bonitas, asfaltando as ruas, promovendo o saneamento básico e equipando suas escolas com o que tem de melhor, que são medidas louváveis, desejáveis e necessárias, ainda é muito provável que não eliminariam essa tendência para o comportamento agressivo ou para a masculinidade tóxica de muitos homens "pretos e periféricos" porque o "elefante branco nesta sala" continuaria a ser a índole.


As abordagens possivelmente mais eficientes para diminuir, podendo até reduzir de maneira significativa, a criminalidade nessas comunidades e elevar a qualidade de vida de suas populações, associadas à essa promoção de melhorias estruturais citadas, seriam condenadas como práticas de "eugenia", vagamente falando, pela maioria dos progressistas porque, a priori, como medida branda, seconsistiriam no massivo incentivo ao planejamento familiar, especialmente das famílias mais pobres e, como medida muito mais contundente, no rastreamento de linhagens polimórficas de onde nascem a maioria desses indivíduos, não apenas de homens negros de classe social "baixa" (basal), que desde cedo ou que, ao longo da vida, vai demonstrando fraqueza de caráter: incapacidade de empatia e racionalidade, de se colocar no lugar do outro, de aprender a conter impulsos e a pensar nas consequências das próprias ações... e posteriores isolamento social ou internação em instituições especificamente designadas (idealmente pensadas e constituídas), esterilização... e no caso dos tipos mais complicados, como não existe nenhum remédio que, definitivamente, controle impulsos predatórios, até mesmo a castração química poderia ser viável. Tudo para evitar que cometam atos cruéis livremente mas também que não sejamos forçados a "praticá-los" com eles como último recurso de defesa ou contenção. No entanto, a adoção dessas medidas sem também propor mudanças mais profundas nas estruturas socioeconômicas responsáveis pelas desigualdades extremas, mais se parecerá como uma higienização das classes trabalhadoras pelas "elites" e lembrando que todas as classes sociais deveriam passar pelos mesmos processos, especialmente no caso de medida mais contundente de combate à criminalidade... de todos os tipos (??). 


O incentivo massificado ao planejamento familiar claro que, associado à melhoria das condições sociais, seria, a priori, a medida mais adequada, já que combateria de frente o problema malthusiano das famílias mais pobres, em que o número de bocas para alimentar de um núcleo familiar típico excede ao seu poder de compra, por exemplo, em relação à cesta básica. Desprezando que famílias muito pobres já apresentam, em média, características [predominantemente intrínsecas] que as desfavorecem perante a competição imposta ou típica de sociedades capitalistas, como uma menor capacidade cognitiva.


Só que, para a grande maioria dos progressistas, as minhas palavras soarão como às de mais um fascistinha de merda que odeia pobre e preto, de um racista//nazista que, na verdade, só quer diminuir essa população, de um eugenista esnobe e "punitivista". Talvez esnobe eu também seja se somos um pouco de tudo, inclusive de adjetivos não muito virtuosos. Mas, se quisermos realmente pensar na resolução de boa parte dos problemas que afligem essa e, em menor ou maior grau, todas as populações humanas, temos que pensar seriamente e isso inclui propor medidas bem menos brandas ou abstratas que eles tendem a preferir. Ah, sobre redução populacional, mediante o estrago da nossa pegada no meio ambiente, eu sou totalmente favorável pela diminuição da população humana, de maneira geral, bem como de todas as nossas ações que alimentam esse ciclo de destruição e desequilíbrio...


Tem uma hipótese evolutiva que eu acho muito lógica para explicar o problema da correlação positiva entre comportamentos explicitamente violentos, ser homem e pertencer à classe social "baixa", não apenas um problema comum às populações negras... que é a de que ambientes sociais precários podem aumentar a pressão seletiva por homens com tipos de personalidade mais combativas e, portanto, potencialmente agressivas ou tóxicas, ao invés de selecionar pelos mais pacíficos, principalmente se não tiver nenhum mecanismo de contenção da fertilidade desses mais agressivos. Uma maior proporção de homens jovens, competitivos, individualistas, territorialistas e tóxicos ocupando o mesmo território = mais violência.  É verdade que, por causa da complexa natureza humana, tendemos ao polimorfismo e, portanto, nem todo filho de peixe, peixinho será. Ainda assim isso não significa que os nossos padrões de hereditariedade e transmissão biológica inter-geracional serão completamente aleatórios se podemos reparar tendências lógicas, por exemplo, de que filhos de pais "mais inteligentes'' tendem a puxá-los neste aspecto, que não se limita ao mesmo e que não é reflexo absoluto da criação dada por eles. Eu já comentei em outro texto, distante, que as esquerdas têm demonizado o termo eugenia como se só pudesse ter serventia para o mau uso ou de ser sinônimo de nazismo. No entanto, da mesma maneira que conseguimos ter algum controle sobre o meio natural também precisamos ter sobre o antrópico. O grande desafio seria de construir meios de controle eficientes, justos e humanitários, que não têm sido a regra. Uma demonstração de que não temos controle adequado ou ideal sobre a qualidade do meio antrópico é justamente pelo predomínio de tipos sociopáticos no topo da pirâmide social resultando na normalização de injustiças, corrupção e alienação.  Se é verdade que traços psicológicos e cognitivos não são apenas produtos do meio, que não nascemos como "folhas em branco", que podemos prever ou perceber padrões de comportamento anti social desde a tenra infância assim como também um espectro de diversidade de tendências, então, pode ser possível nos anteciparmos para que corruptos não mais abundem na política e desvirtuem a sociedade de um caminho constante de melhorias estruturais  ou que tipos violentos prosperem em domínio territorial, fertilidade diferencial, currículo de crimes contra inocentes e desarmonia social em áreas urbanas.


Mas, volto a dizer com a absoluta certeza de que a maioria dos progressistas condenaria o conteúdo deste texto e o seu autor, o que me faz concluir que um dos maiores entraves para o sucesso político e cultural das esquerdas no mundo ocidental está nelas mesmas pois têm demonstrado uma incapacidade praticamente natural de aceitarem que cometem equívocos graves, que não são apenas erros estratégicos, por exemplo, de conseguirem admitir que "aqueles fascistas" e também as ditas "massas" não estão errados sobre absolutamente tudo, tal como pensam, inclusive ou especialmente sobre alguns dos pontos que polemizam mais..


Para não cometer nenhuma injustiça, destaco aqui, no final do texto, os pontos defendidos por ativistas antirracistas que estão ou que considero como os mais certos e algumas ressalvas. Rapidamente... de que o racismo realmente precisa ser combatido, de que as pessoas devem ser julgadas por suas características intrínsecas e não superficiais.  Mas que também precisa ser plenamente compreendido pois não basta dizer que qualquer ofensa verbal é racismo, no mesmo nível de gravidade de ações que excluem ou vitimam injustamente indivíduos por causa de suas raças. Ou que não existe racismo contra brancos bem como diferenças legítimas entre preferência e preconceito, que precisamos desenvolver esses tópicos com mais profundidade e justiça pois é assim que começaremos a, de fato, dialogar, conciliar e conceder não apenas com outros progressistas mas também com o máximo de pessoas que conseguirmos alcançar, enfim, com a pluralidade ideológica que geralmente caracterizam as populações humanas.


De que as autoridades precisam começar a resolver o problema da superlotação e/ou falta de organização de penitenciárias, com muitos casos não-julgados incluindo de inocentes e de tipos que cometeram crimes "menores', e que só estão mantidos em cárcere por serem pobres, especialmente.


Truculência policial generalizada no lido com moradores de comunidades carentes; proliferação de milícias corruptas...


Como conclusão e dica para quem lê  os meus textos sobre política e concorda com os meus apontamentos, de que precisamos ser muito mais diretos com as massas progressistas (e o mesmo para as conservadoras) questionando-as sobre o que de fato querem,  se querem derrotar as direitas, especialmente a ultradireita, que tem avançado muito ou perigosamente nas últimas décadas, não só "por derrotar" mas tendo total consciência do que significa sua perpetuação no poder,  ou se estão mais preocupadas em alimentar os seus egos famintos e gulosos... e com a elevada chance de ainda não conseguirmos extrair da maioria deles repostas satisfatoriamente honestas..

sábado, 1 de junho de 2019

Armamento ou planejamento familiar* A solução derradeira para o problema da violência no Brasil

O armamento da população não irá diminuir a violência nem a curto nem a longo prazo. Esse é um problema grave do Brasil varonil. Nem sei precisar quando foi que os índices de criminalidade estouraram por aqui,  acho que desde as capitanias hereditárias... No mais, na história recente do país, o fim da ditadura militar e o início da democracia foi o período em que, os dados sobre violência urbana se tornaram mais robustos, assim como também a percepção popular de insegurança, especialmente nas médias e grandes cidades. Coincidência?? Já falei num texto que foram as medidas desenvolvimentistas adotadas pelos militares que contribuíram para impulsionar a escalada da criminalidade, porque foram eles que apressaram o êxodo rural ou a urbanização, sem o estabelecimento de um planejamento que recebesse esse fluxo de gente vindo dos campos feudais empobrecidos, enfim, trazer milhões de pessoas para inchar as periferias das médias e grandes cidades, como mão de obra barata, vivendo em condições características de pobreza, e ao lado de uma classe média alta e elite cada vez mais ricas. Não bastasse tudo isso, não se preocuparam sequer com o estabelecimento  de planejamento familiar como uma das medidas para a redução da pobreza possivelmente porque, segundo a lógica do capitalismo selvagem, se os pobres dão mais lucro, se trabalham mais e ganham menos, então, ter mais deles é  uma boa pedida. Agora, a mesma velha e podre elite brasileira, supostamente acredita, tal como o seu gado de direita, que o aumento da circulação de armas no país irá reduzir a criminalidade enquanto que a maioria dos homicídios tem armas de fogo como elemento de violência preferido. As explicações dos mínions, das pessoas de baixo qi que votaram no palhaço, deixam a entender que o país, famoso por seu jeitinho e desleixo para com as leis, apenas eles, os cidadões DE bens, que poderão portar armas e apenas em domicílio. Ah, e cuidado quando for debater com um deles, pois pode sobrar xingamentos e muita raiva por parte desses idiotas úteis de direita. 

Quem acompanha meu blog, desde o outro, o santoculto, sabe que além das circunstâncias às quais estamos submetidos, a genética também tem um papel muito importante para as nossas tendências de comportamento. Não adianta sair prendendo ou matando enquanto a fonte de criminosos urbanos, desprezando os de colarinho Branco, não for interrompida. Em uma sociedade cujas taxas de mortalidade caíram muito, desde às primeiras fases da transição demográfica, a tendência é que os mais pobres, de onde saem a maioria dos criminosos urbanos, continuem a procriar, aumentando a sua % na população. É sabido que a pobreza se consiste basicamente na deficiência de recursos de um indivíduo ou um grupo deles, geralmente a família, para se sustentar, isto é, mais gente com menos recursos financeiros à sua disposição. Uma das maneiras mais eficientes para reduzir a pobreza, em conjunto às políticas públicas, é o planejamento familiar, e não sejamos hipócritas pois o praticamos quase que intuitivamente, por causa dos custos de vida alto nas cidades. As classes mais educadas e também as mais ricas do país geralmente têm taxas de natalidade mais baixas do que em relação às outras classes, especialmente as mais pobres. A fórmula de maximização dos nossos recursos se dá pela redução da natalidade, do tamanho da família que desejamos ter. Infelizmente, por razões, mesmo de carácter biológico [psicológico], muitos dos mais pobres não apresentam essa mesma capacidade de raciocínio especialmente no início da vida adulta, quando constituem suas famílias. Se já compreendemos a natureza da pobreza, ou parte de suas origens, ao menos nos âmbitos individual e familiar, então temos a obrigação de ensinar àqueles que não são capazes o caminho que trilhamos ou que nossos pais trilharam para garantir o mínimo de estabilidade financeira. Seria excelente se fosse possível promover a esterilização de indivíduos com histórico de crimes, no entanto, ainda não temos dados suficientes para obter o máximo de precisão nessa medida. Infelizmente, aqueles que supostamente defendem os mais pobres, sequer concordarão com o planejamento familiar,  quiçá com essa segunda possibilidade... Parece que estão mais preocupados em se passarem de altruístas aos olhos da sociedade e especialmente aos seus pares ideológicos do que de fato buscar solucionar problemas que causam tanto sofrimento. Nem os culpo tanto assim já que a maioria tem sentimentos genuínos mas assim como muitos tipos altruístas, não são capazes de ir fundo nas questões do mundo, e isso também significa, pensar de modo frio, analítico, algo que até denominei de ''falsa transcendência'' em que não há verdadeira superação de um estágio ou nível inferior de compreensão descritiva e prática da realidade, especificamente no sentido moral, que é tão importante quanto o intelectual. 

Enfim, é isso. Não adianta armar a população, que aliás, é o mesmo que transferir responsabilidades, do estado para a mesma [e pensando pra onde que os impostos específicos à segurança pública irão parar]. Não adianta conter uma enchente com mais água ou apagar o fogo com mais fogo. Os riscos abundam e, no mais, sabemos que existe uma ''indústria nascente'' de olho no mercado brasileiro. Mais uma vez, você, como um trouxa, enriquecendo filhos da puta, enquanto supostamente ''se protege'' com uma arma, ao invés de poder viver num lugar onde a raiz do problema da criminalidade é extraída e pode caminhar tranquilamente na sua rua... 

Basta reduzir a fecundidade dos mais pobres, ajudando-os a ter o mínimo, reduzir a desigualdade social que, talvez a médio prazo, os efeitos comecem a aparecer.  

Agora, no caso de marginais das outras classes sociais, onde as razões supostas para o cometimento de crimes são reduzidas, só mesmo, de maneira direta, a esterilização, a castração e/ou o ostracismo social. 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O maior problema é ''você'...

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http://pt-br.horadeaventura.wikia.com/wiki/Arquivo:Bomba.gif

Nos EUA metade dos crimes são cometidos por negros. No entanto, a grande maioria desses crimes são cometidos por: homens, negros, jovens. E contra eles mesmos. No entanto quando o assunto é a razão de crimes entre os gêneros, ''o homem'' consegue ser anos-luz pior, porque praticamente 2/3 dos crimes são cometidos por ''eles''. Novamente, não são todos os homens que cometem crimes, é claro, mas que, a maioria dos crimes são cometidos por homens, e por certos grupos de homens.

 Recentemente fui surpreendido com estatísticas mostrando altos níveis de criminalidade em relação a 3 grupos: homens bissexuais, mulheres lésbicas, homens heterossexuais. Quão participativo, em números absolutos, cada grupo deve ser** É fato que, homens declaradamente bissexuais, são uma minoria na população. O mesmo em relação às mulheres lésbicas. Mesmo que estejam super-representados em valores relativos, pela lógica, serão muito menos comuns em termos absolutos, que neste caso parece que tem a mesma importância. Sobraram os homens heterossexuais, ou declaradamente heterossexuais, que representam a grande maioria dos homens nos EUA, e em qualquer outro país. Mulheres heterossexuais e homens gays foram os menos violentos neste estudo. 

Portanto, a maioria dos crimes continua sendo cometida por homens heterossexuais. Em qualquer raça, etnia ou nacionalidade, os padrões são inequívocos. E a violência masculina ainda tem a pachorra de apresentar requintes de variação, da agressão direta até a sistemas sociais desumanizantes. Elementar que boa parte das ''religiões'', especialmente as monoteístas, são obras do intelecto masculino. Elementar que a maioria, se não a totalidade das ideologias, foram inventadas por homens. E a maioria das duas não costumam ser muito boas. Culpar o socialismo por aquilo que é a Coreia do Norte, ou o capitalismo, por toda a sorte de problemas sistemáticos, graves, que tem cometido de maneira contínua, ainda que não esteja totalmente errado, estará longe de, de fato, capturar a raiz dos macro-problemas que sempre nos envolveram. A maioria dos líderes mundiais são homens, na verdade, homens são a quase totalidade dos políticos mais importantes, de qualquer nação. Se o intelecto masculino, em média, fosse assim tão maravilhoso assim, acho que, em pelo menos metade de ''nosso'' planeta, os problemas sociais, por exemplo, já teriam sido bastante reduzidos, e desde a um bom tempo. Mas não... Socialismo, capitalismo, cristianismo, islamismo [ou monarquismo]... todas essas ideologias, culturas ou religiões [dependendo de qual ponto de vista que estivermos falando], não podem ser inteiramente culpadas, porque na verdade, elas não existem, ''nós' que as mantemos, ''nós'' quem as criamos, e para quê** 

Baseado em toda a história humana, o nosso presente e possíveis desdobramentos, diga-se, potencialmente repetitivos, no futuro, tenho concluído que, a raiz ou boa parte da raiz de nossos macro-problemas, se encontra na mente masculina, que preza pela competição e é tendenciosamente fria ou hiper-lógica e ainda pior, socialmente dominante. A mente masculina é a que mais esboça, com vigor e mesmo com sofisticação, a cadeia alimentar, da qual somos herdeiros diretos. E como eu já comentei, o próximo passo, a caminho da real sabedoria, seria o de começar a renegar esses desígnios que inevitavelmente descambam para a competição entre os mais ''fortes', de superarmos por definitivo esta luta, porque ao contrário de boa parte da fauna humana, podemos vislumbrar a saída deste labirinto, graças às nossas invariáveis autoconsciências, podemos perceber que não precisamos mais nos trucidar para sobreviver, que podemos reduzir de maneira maximizada o sofrimento desnecessário primeiramente entre nós mesmos e estendê-la para as espécies que estão sob a nossa tutela.

No entanto para que isso se torne possível precisaremos apontar para as raízes dos nossos macro-problemas e me perdoem aqueles que louvam pela masculinidade, mas é exatamente a mesma que tem ceifado a nossa evolução. Quando eu falo em masculinidade eu não estou me referindo necessariamente à heterossexualidade, que é parte, integral, muito importante, mas ainda assim parte, e que não está absolutamente sobreposta à ela.  Podemos estar à beira de... mais um conflito mundial, e os principais responsáveis por isso são homens, aqueles que irão nessas guerras ou que invadirão o terreno alheios, serão esmagadoramente de homens... Este é o ônus, diga-se, colossal, de se nascer homem, tanto a grandeza quanto à semente da destruição serão mais propensas a serem ''herdadas'. 

O problema masculino começa dentro das próprias famílias, e até tenho mostrado um pouco sobre isso, por meio de meus relatos pessoais. Quando os problemas de empatia interpessoal masculina alcançam o poder, como sempre tem acontecido, o mais esperado será a multiplicação de problemas oriundos justamente deste déficit tão generalizado entre os do sexo ''forte'. 

Tal como eu percebi no caso dos negros, o problema principal de uma tendência de criminalidade nesta população, assim como também em qualquer outra, não é ''a cor da pele'', ou a ''raça'', ou qualquer outro atributo, a não ser a sua hiper-masculinidade. 

Também seria interessante pensar o mesmo para outros grupos mais problemáticos, neste sentido, como os ciganos, os judeus... e claro, sem esquecer dos europeus caucasianos, e dos leste asiáticos...

Filosoficamente falando, o homem é o herdeiro mais 'importante' da evolução da vida na Terra, e portanto, também da cadeia alimentar, e antes que comecem os auto-cumprimentos por essa afirmação forte, repensem, porque de acordo com o avançar da humanidade, esta desproporção tem resultado em mais problemas do que em realizações realmente dignas de admiração e orgulho. 

A lição mais significativa da filosofia em sua faceta hiper-realista ou existencialista é a de que, talvez, todo este escarcéu que teimamos em cometer, não faça qualquer sentido, especialmente quando não é mais subconscientemente imprescindível, tal como acontece com praticamente todas as demais espécies de seres vivos deste planeta. 

sábado, 12 de agosto de 2017

Os quatro temperamentos explicam em partes a criminalidade, a corrupção e também a janela evolutivamente benigna para a evolução humana

O alfa colérico e o sanguíneo, do tipo mais irresponsável, nos governam.

Melancólicos (e geralmente do tipo misto) lamentam ou são dragados por ideologias fajutamente sábias. Fleumáticos trabalham, ainda que muitos reclamem desse estado sempre lamentável de coisas.

Onde existem mais coléricos especialmente entre os homens geralmente acontecem mais conflitos e crimes porque tendem a disputar entre si os territórios ou áreas de controlo. O fleumático, que eu defini como o temperamento da civilização, enquanto que contribui ostensivamente para sustentar e manter certo nível de paz urbana, também acaba se tornando vítima de suas próprias virtudes por causa de sua extrema passividade/estabilidade emocional. 


O melancólico seria o temperamento em que deveríamos apostar mais as nossas fichas e no entanto a maioria daqueles que são demasiadamente melancólicos também acabam nos decepcionando ao serem dragados por suas virtudes como o idealismo aflorado, e como resultado se tornando paralisados porque não vivem em seus mundos perfeitos imaginados, ou desoladamente enganados por ideologias que prometem, e geralmente só prometem supostas perfeições, tendenciosamente pouco elaboradas. No entanto alguns deles seriam os melhores para o cargo de governante e se vivêssemos em sociedades realmente inteligentes, 
eles seriam selecionados para a liderança. Só que em sociedades dominadas pela popularidade ou pela força, e em tempos "civilizados": respeitabilidade, sanguíneos, coléricos e tipos mistos são os mais selecionados para a política, além de já se sentirem atraídos, já que o sistema funciona pra eles. 


O resultado não poderia ser mais patético e desolador.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Violência reativa versus violência ativa

Bem, parece óbvio né, mas vamos lá, rapidamente se possível.

Se você reagir violentamente a uma situação que, de maneira invariavelmente racional, o force a/faça agir deste jeito, e for autuado ou mesmo preso por isso, então entrará nas estatísticas gerais de comportamento anti-social. No entanto percebe-se que você reagiu a um ato de violência que lhe foi dirigido. Você foi um agente reativo/ reagente e não o causador da reação/agente provocador. Independente deste pormenor importante é muito provável que você será enquadrado no mesmo grupo daquele que agiu ''espontaneamente' de maneira violenta ou que provocou a ação violenta e de maneira irracional. 

A violência ou conduta anti-social reativa, clara e obviamente, que se difere da violência ativa, porque a primeira é uma reação secundária e a primeira é uma ação primária, ou mesmo porque a primeira consiste-se em uma reação advinda de um estado anterior de passividade enquanto que a segunda advém de um estado anterior de provocação. 

Eu tive essa ideia, meio óbvia e tola, porém que pode ser importante, quando obtive a informação das estatísticas de criminalidade envolvendo pessoas autistas. Mas claro que essa proposta metodológica não deve ser limitada ou direcionada apenas para os autistas que se envolverem em atos violentos, mas a todos, de modo a detalhar melhor tais eventos e claro com o nobre intuito de prover o melhor julgamento possível. Evidente que ter em mãos o número máximo de detalhes pertinentes quanto à cena do crime me parece ser ou deveria ser o modus operandi de qualquer delegacia. No entanto eu acho que esta diferenciação entre agente causador ou provocador e reagente, se já não estiver sendo feito desde ''sempre', é de grande valia com o intuito de definir de maneira mais acurada os níveis e as naturezas das ações conflitivas. Esta nova proposta de enfatização pode ter um impacto na maneira como que organizamos as informações quanto à ficha criminal tanto a nível individual quanto a nível coletivo, de maneira que, ao invés de termos apenas os dados apresentados, de maneira geral, também poderemos diferenciar quem, por razões invariavelmente racionais, agiu em legítima defesa, que também se dará de modo diverso, e de quem foi o agente provocador. 

Enfim, mais uma breve verborragia de algo que parece ser praticado ou ao menos pensado em qualquer delegacia minimamente decente em qualidade de serviço.