Introversão: mais informações emergindo à condição de consciência ou importância, provocando mudanças ou interrupções nos comportamentos, só que a priore, de intensidade não-obsessiva.
Ou também: mais informações não-sociais emergindo como relevantes e afetando o canal de interação social predominante entre o ser e o seu meio.
= Menor fluidez subconsciente/instintiva.
Extroversão: maior capacidade de lidar de modo superficial a neutro com uma multitude//maior densidade de padrões ou informações sociais se sucedendo ao mesmo tempo em determinado ambiente. Menos informações emergindo à condição de relevantes que "abduzem" a atenção central e deslocam ou interrompem o comportamento especialmente o social.
Maior capacidade para lidar com vários padrões OU para centralizar a atenção especialmente nas informações sociais diretas ou essencialmente relevantes, por exemplo, durante o estabelecimento de uma conversa comum com outra pessoa, prestando atenção na mesma...
Maior fluidez subconsciente/instintiva.
Quando dois indivíduos, um mais introvertido e outro mais extrovertido, estão em uma festa, para o primeiro, mais informações (sociais e não-sociais) emergirão como relevantes e serão interpretadas pelo seu consciente. ao invés do subconsciente, podendo até resultar em uma multitarefa não-desejada.
Este fator aumenta a sensibilidade de sua percepção assim como também a sua ânsia para solucionar aquilo que por ventura identificará como um problema/desafio/pendenga.
Concentração introvertida versus multi-atenção de baixa intensidade extrovertida
São os introvertidos mais distraídos??
Não necessariamente.
Até pode ser o oposto, justamente por analisarem muitos elementos em seus ambientes que, ao invés de uma distração, isso pode se consistir em um tipo de capacidade de concentração mais individualizada a cada elemento que emergir como relevante. O modus operandi do introvertido já parece ser a análise individualizada enquanto que o extrovertido tende justamente a analisar em blocos e de maneira mais superficial.
No entanto, talvez, possamos dizer que, ao prestar atenção a vários elementos, sociais e não-sociais, e dentro de um ambiente que ''exigiria'' maior atenção ou exclusividade aos elementos sociais mais importantes, como o exemplo da conversa acima, o introvertido típico acabaria por apresentar, caracteristicamente falando, distração, se existem pré-condições dentro de um ambiente que determinam o que é logicamente relevante e o que não é, a priore, e se ele tenderá justamente a se deixar engolfar também por aquilo que, inicial e decididamente falando, poderá ser considerado como irrelevante.
Maior memória semântica sobre a autobiográfica, ou melhor, sobre a memória ''social'' = menos assuntos**
Inferência intrapessoal versus interpessoal
O introvertido se analisa mais em uma dinâmica social do que o extrovertido que tende a focar mais na própria interação isto é, a partir da perspectiva interpessoal.
Maior consciência ou mais pensamentos conscientemente aprofundados = maior frequência do comportamento manual ao invés do automático...
Multi-atenção de baixa intensidade e não multi-tarefa = o extrovertido, em um ambiente social, será mais propenso a exibir multi-atenção só que de baixa intensidade resultando em uma melhor fluidez enquanto que o introvertido, em média, será mais propenso a terminar produzindo uma ''multi-tarefa'', isto é, pensando e fazendo, e geralmente pensando mais em, várias coisas ao mesmo tempo, fracionando a qualidade da ação, especialmente se ele é mais especializado em ações individualizadas do que mais densas ou diversas no mesmo espaço de tempo...
Também é elementar que quando deslocamos um indivíduo que exibe características comportamentais especializadamente distintas do ambiente em que o colocamos, ele tenderá a apresentar baixo rendimento em suas funções, tal como pegar alguém com fobia por altura e colocá-lo justamente em uma área muito alta. Não é que todo introvertido terá fobia social, mas pode-se dizer que a grande maioria, se não a totalidade deles, apresentará maiores desafios para se ajustar em cenários mais densamente populados e que exigirem deles interações mais diretas, e talvez até poderíamos concluir que o introvertido médio estará mais perto do espectro da fobia social do que o extrovertido, por razões que parecem óbvias...
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quinta-feira, 23 de novembro de 2017
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Independência intelectual para entender conceitos como proxy para insights e a metáfora do passeio em câmera lenta e rapidamente
Vamos caminhar??
Vamos imaginar que nós vamos fazer uma caminhada em alguma trilha de campos verdejantes e ar puro. No entanto ao longo do trajeto nós começamos a apresentar atitudes diferentes porque enquanto que eu me abstraio com a música do meu smartphone e não dou muita importância para a bela paisagem, você faz o exato oposto e aprecia cada detalhe. Eu estou atomizado da realidade e pode ser possível que essa caminhada passe mais rápida pra mim enquanto que você está em profundo contato com o seu redor que também é o meu, no momento, e como resultado, "nada" escapa ao seu olhar vigilante e receptivo.
No final da caminhada nossos amigos nos perguntam como foi. Eu respondo que foi ótima e sem maiores considerações. No entanto você tem quase que uma história pra contar: a beleza do canto dos passarinhos logo pela manhã, o céu misto de nuvens mais nubladas e o sol brilhando entre elas, o cheiro de mato molhado de sereno da noite, e até um gambá simpático que definitivamente passou batido para os meus olhos.
Agora vamos imaginar que, ao invés de uma caminhada, nós estamos na faculdade sendo expostos ao mesmo conjunto de conceitos ou conhecimentos. Aí o mesmo acontece. Eu internalizo rápido ou apreendo as diretrizes mais centrais desses conhecimentos, enquanto que você, vai analisando cada conceito, se deparando com cada detalhe saliente ou explicitado. Pode ser que você tenha maior dificuldade, pode ser que antes de internalizar a superfície de um todo, você prefira ir aos poucos, mesmo aos trancos e barrancos, tentando entender o que está sendo passado. E mesmo de maneira mais aleatória, porém natural, você vai percebendo mais detalhes/possíveis insights, e até, talvez, aprendendo de maneira bem mais profunda do que eu.
Essa parece ser uma das diferenças principais entre os semanticamente inteligentes típicos e os criativamente inteligentes, especialmente quando são expostos ao mesmo conhecimento ou realidade, e quando apresentam motivação ou capacidades semelhantes. O semanticamente inteligente típico pode ser que apreenda rápido demais. Já o criativamente inteligente típico é esperado que triturará o mesmo conhecimento ou realidade de maneira mais aleatória e vagarosa, porém com maiores chances de ter insights e de se aprofundar melhor no mesmo.
Algum tempo atrás eu assisti a apresentação, em formato TED, de Jacob Barnett, o prodígio autista que se dedica ao estudo da teoria da relatividade de Albert Einstein [vídeo que está disponível na internet, e com legendas]. Barnett usou o exemplo de Isaac Newton para explicar o processo da criatividade, em como que, a maneira de pensar deste gênio britânico, pode ter contribuído para a elaboração de suas 'teorias'. Basicamente, Newton ao invés de devorar livros sobre o seu assunto de interesse, decidiu "pensar por conta própria" isto é, raciocinar, digamos assim, de maneira mais fluida e independente. Isso se consiste em uma das facetas da independência intelectual, de, ao invés de seguir certa manada, passar a pensar por conta própria. E pensar por conta própria é sempre mais lento e trabalhoso do que apenas engolir informações trituradas, que, a priore, é sempre mais fácil, especialmente quando já se tem uma certa facilidade.
Tal como aprender a dirigir sozinho do que ter alguém para ensinar.
É na base da teoria e prática, erros e acertos, que de fato, se começa a pensar de maneira potencialmente criativa, pela hiper- perceptividade, e que, inevitavelmente, precisa ser provocada por uma maior independência intelectual.
Por essa análise parece-me que a criatividade se consistiria numa espécie de ''inteligência prático-analítica'', em que ao invés de ''apenas' internalizar as informações que estão sendo passadas, também de analisá-las, isto é, de fazê-lo por conta própria, na prática.
Eu já especulei, claro que, de maneira bem amadora, quanto às [possíveis] diferenças neurológicas entre o cérebro de um típico superdotado [semanticamente inteligente} e o cérebro de um superdotado criativo. O primeiro parece que faz menor esforço para apreender algo, por causa de sua maior facilidade natural, enquanto que o outro parece seguir o caminho oposto. O primeiro é eficiente, isto é, tem um cérebro eficiente que rapidamente apreende, internaliza e aprende sobre certa informação que está sendo passada, enquanto que o segundo é completo, porque usa ou recruta muitas áreas de seu cérebro para raciocinar, diferente do/que o primeiro.
O inteligente /cristalizado apreende rápido. Já o criativo /mais fluido, por ter uma espécie de ímpeto para aprender por conta própria, acaba tendo mais percalços durante esse caminho do que o inteligente/cristalizado, porque ele é mais manual em sua exploração psico-cognitiva. Muito mais manual. Portanto o seu pensamento tende a ser/pode ser não-linear ou mais caótico e lento, porém potencialmente mais profundo.
Interessante que apesar de ser mais manual, isso não significa que não será mais intuitivo, pelo contrário. Eu já fiz esta comparação entre ''piloto automático ou instinto'' e ''piloto manual ou deliberação''.
Nesse sentido de análise comparativa, o criativo seria mais manual em sua abordagem analítica, por usar mais as suas faculdades fluidas, enquanto que o semanticamente inteligente seria mais automática, por usar mais as suas faculdades cristalizantes/cristalizadas, internalizando ou agregando mais informações sobre certo conhecimento, e geralmente dando menor atenção aos seus detalhes. Como eu já especulei, o criativo teria uma menor capacidade de internalização ou de memorização, e por isso utilizaria mais as suas capacidades fluidas, de raciocínio. Com ou sem insights em potencial, a abordagem do pensamento criativo poderia ser descrita de modo semanticamente literal como ''capacidade analítica'' [comparativa/qualitativa] por excelência, porque de fato, ou parece ser que, o mais criativo seja mesmo o mais analítico em sua percepção, especialmente naquilo em que exibe maior facilidade, enquanto que o semanticamente inteligente tende a confiar mais em sua memória do que em seu raciocínio.
É até mais interessante pensar que a quase totalidade do conhecimento produzido pelo ser humano se deva às suas classes criativas e que portanto aquilo que o semanticamente inteligente faz e que o caracteriza, por definitivo, é a de internalizar com maior facilidade a ''velha [e não-tão-velha] criatividade'', que se transformou em ''parte natural'' da paisagem cultural ou do conhecimento humano.
Vamos imaginar que nós vamos fazer uma caminhada em alguma trilha de campos verdejantes e ar puro. No entanto ao longo do trajeto nós começamos a apresentar atitudes diferentes porque enquanto que eu me abstraio com a música do meu smartphone e não dou muita importância para a bela paisagem, você faz o exato oposto e aprecia cada detalhe. Eu estou atomizado da realidade e pode ser possível que essa caminhada passe mais rápida pra mim enquanto que você está em profundo contato com o seu redor que também é o meu, no momento, e como resultado, "nada" escapa ao seu olhar vigilante e receptivo.
No final da caminhada nossos amigos nos perguntam como foi. Eu respondo que foi ótima e sem maiores considerações. No entanto você tem quase que uma história pra contar: a beleza do canto dos passarinhos logo pela manhã, o céu misto de nuvens mais nubladas e o sol brilhando entre elas, o cheiro de mato molhado de sereno da noite, e até um gambá simpático que definitivamente passou batido para os meus olhos.
Agora vamos imaginar que, ao invés de uma caminhada, nós estamos na faculdade sendo expostos ao mesmo conjunto de conceitos ou conhecimentos. Aí o mesmo acontece. Eu internalizo rápido ou apreendo as diretrizes mais centrais desses conhecimentos, enquanto que você, vai analisando cada conceito, se deparando com cada detalhe saliente ou explicitado. Pode ser que você tenha maior dificuldade, pode ser que antes de internalizar a superfície de um todo, você prefira ir aos poucos, mesmo aos trancos e barrancos, tentando entender o que está sendo passado. E mesmo de maneira mais aleatória, porém natural, você vai percebendo mais detalhes/possíveis insights, e até, talvez, aprendendo de maneira bem mais profunda do que eu.
Essa parece ser uma das diferenças principais entre os semanticamente inteligentes típicos e os criativamente inteligentes, especialmente quando são expostos ao mesmo conhecimento ou realidade, e quando apresentam motivação ou capacidades semelhantes. O semanticamente inteligente típico pode ser que apreenda rápido demais. Já o criativamente inteligente típico é esperado que triturará o mesmo conhecimento ou realidade de maneira mais aleatória e vagarosa, porém com maiores chances de ter insights e de se aprofundar melhor no mesmo.
Algum tempo atrás eu assisti a apresentação, em formato TED, de Jacob Barnett, o prodígio autista que se dedica ao estudo da teoria da relatividade de Albert Einstein [vídeo que está disponível na internet, e com legendas]. Barnett usou o exemplo de Isaac Newton para explicar o processo da criatividade, em como que, a maneira de pensar deste gênio britânico, pode ter contribuído para a elaboração de suas 'teorias'. Basicamente, Newton ao invés de devorar livros sobre o seu assunto de interesse, decidiu "pensar por conta própria" isto é, raciocinar, digamos assim, de maneira mais fluida e independente. Isso se consiste em uma das facetas da independência intelectual, de, ao invés de seguir certa manada, passar a pensar por conta própria. E pensar por conta própria é sempre mais lento e trabalhoso do que apenas engolir informações trituradas, que, a priore, é sempre mais fácil, especialmente quando já se tem uma certa facilidade.
Tal como aprender a dirigir sozinho do que ter alguém para ensinar.
É na base da teoria e prática, erros e acertos, que de fato, se começa a pensar de maneira potencialmente criativa, pela hiper- perceptividade, e que, inevitavelmente, precisa ser provocada por uma maior independência intelectual.
Por essa análise parece-me que a criatividade se consistiria numa espécie de ''inteligência prático-analítica'', em que ao invés de ''apenas' internalizar as informações que estão sendo passadas, também de analisá-las, isto é, de fazê-lo por conta própria, na prática.
Eu já especulei, claro que, de maneira bem amadora, quanto às [possíveis] diferenças neurológicas entre o cérebro de um típico superdotado [semanticamente inteligente} e o cérebro de um superdotado criativo. O primeiro parece que faz menor esforço para apreender algo, por causa de sua maior facilidade natural, enquanto que o outro parece seguir o caminho oposto. O primeiro é eficiente, isto é, tem um cérebro eficiente que rapidamente apreende, internaliza e aprende sobre certa informação que está sendo passada, enquanto que o segundo é completo, porque usa ou recruta muitas áreas de seu cérebro para raciocinar, diferente do/que o primeiro.
O inteligente /cristalizado apreende rápido. Já o criativo /mais fluido, por ter uma espécie de ímpeto para aprender por conta própria, acaba tendo mais percalços durante esse caminho do que o inteligente/cristalizado, porque ele é mais manual em sua exploração psico-cognitiva. Muito mais manual. Portanto o seu pensamento tende a ser/pode ser não-linear ou mais caótico e lento, porém potencialmente mais profundo.
Interessante que apesar de ser mais manual, isso não significa que não será mais intuitivo, pelo contrário. Eu já fiz esta comparação entre ''piloto automático ou instinto'' e ''piloto manual ou deliberação''.
Nesse sentido de análise comparativa, o criativo seria mais manual em sua abordagem analítica, por usar mais as suas faculdades fluidas, enquanto que o semanticamente inteligente seria mais automática, por usar mais as suas faculdades cristalizantes/cristalizadas, internalizando ou agregando mais informações sobre certo conhecimento, e geralmente dando menor atenção aos seus detalhes. Como eu já especulei, o criativo teria uma menor capacidade de internalização ou de memorização, e por isso utilizaria mais as suas capacidades fluidas, de raciocínio. Com ou sem insights em potencial, a abordagem do pensamento criativo poderia ser descrita de modo semanticamente literal como ''capacidade analítica'' [comparativa/qualitativa] por excelência, porque de fato, ou parece ser que, o mais criativo seja mesmo o mais analítico em sua percepção, especialmente naquilo em que exibe maior facilidade, enquanto que o semanticamente inteligente tende a confiar mais em sua memória do que em seu raciocínio.
É até mais interessante pensar que a quase totalidade do conhecimento produzido pelo ser humano se deva às suas classes criativas e que portanto aquilo que o semanticamente inteligente faz e que o caracteriza, por definitivo, é a de internalizar com maior facilidade a ''velha [e não-tão-velha] criatividade'', que se transformou em ''parte natural'' da paisagem cultural ou do conhecimento humano.
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quarta-feira, 5 de abril de 2017
Especulando sobre a minha sensação de que "o meu cérebro trabalha por/pra mim"
O eu-reflexivo (e que também é analítico-crítico) quando está no comando, organiza e direciona o próprio cérebro, o domestica e o treina a produzir ideias podendo resultar na explosão intuitiva.
O deslocamento do Eu do ego subconsciente para o ego consciente
Com a dominância do ego subconsciente, agimos mais do que pensamos e quando pensamos, tendemos a fazê-lo consistentemente em relação à questões sócio-pessoais e raramente em relação à questões introspectivas. Estamos em primeira pessoa. Esta é uma tendência se não for mesmo uma característica marcante, do nível extrovertido, de consciência mais global da realidade, isto é, um nível subconscientemente auto-centrado, com perdão aos extrovertidos, só mais próximo do nível não-humano de consciência.
Não refletimos, não ricocheteamos os nossos pensamentos e como resultado, agimos muito mais sem antes termos pensado em como fazê-lo. Em resumo auto-explicativo, apenas confiamos nos nossos instintos... ''deixamos a vida nos levar'', ou melhor, os nossos instintos nos levarem.
Quando passamos a pensar de maneira mais introspectiva, a atividade cerebral ''aumenta de tal maneira'' que pode nos passar a ideia de que o cérebro esteja agindo por conta própria. Apenas porque passamos a refletir, a olhar mais por dentro, que vamos percebendo ou tendo potencial para perceber que o cérebro tende a agir de maneira mais impulsiva, mais por conta própria, especialmente em um estado pré-introspectivo, e é a partir daí que tanto o autocontrole como a introspecção passam a se tornar possíveis, ainda que muitos daqueles que são melhores para se controlarem tendam a ser menos intensos ou impulsivos de qualquer maneira. É aquelas: é mais fácil controlar um fogo pequeno do que um fogaréu. Isso significa que mesmo com grande autoconsciência continuará sendo mais difícil de controlar se o ''fogo'' já for muito intenso.
Introspecção e criatividade
Como já se sabe a introspecção é o pensar sobre si mesmo, sobre os próprios pensamentos e a criatividade se consiste na capacidade de conectar pontos remotos entre si produzindo insights. A criatividade é significativamente intuitiva, e falo por experiência própria. Parece que, quando focamos sempre no pensamento, o comportamento e especialmente o social, se torna mais manual, enquanto que, o pensamento passa a fluir mais rápido, mais automático (intuitivo e potencialmente criativo). Isto é, parece que, ou focamos totalmente em nosso comportamento social ou focamos em nossa introspecção. Se focamos no social a introspecção se torna manual, neste caso, no sentido de não vir naturalmente, de ser mais trabalhosa de ser efetuada, tal como a diferença entre uma marcha de carro manual e automática. Se focamos na introspecção, então esta que se tornará mais natural, intuitiva, rápida e dominante, enquanto que perderemos esta agilidade no comportamento social, que se tornará mais manual, mais artificial, difícil de ser fluida ou espontaneamente efetuado.
É como se, ao darmos maior atenção a um dos lados, aquele que se torna o alvo passasse a nos monopolizar, tendo efeitos deletérios no lado que não fosse favorecido.
Isso ao menos tem acontecido comigo. Eu, quando estou menos pensativo, fluo com maior naturalidade no departamento das interaçõesinterpessoais. Em compensação, quanto mais pensativo eu estou, menos natural eu me torno em relação ao meu comportamento, ao menos, ou, especialmente em relação às pessoas que são menos familiares.
A introspecção também pode reduzir as nossas auto-ilusões assim como também a autoconfiança porque passamos a nos tornar muito mais auto-críticos ou auto-perfeccionistas em relação aos nossos pensamentos, e por contra partida, nos fazendo vacilar mais em situações sociais, mais lentos, mais titubeantes, mais manuais, sem a folga que instinto e intuição usualmente nos dão assim como também a menor precaução. E como eu já disse, um excesso de introspecção e uma falta de extrospecção, nós fará mais mentalmente narcisistas, paranoicos, etc.
Parece então que, para nos tornarmos mais criativos em relação à questões não-sociais, existe a necessidade de sacrificarmos os sucessos de nossas vidas sociais, especialmente quando for feito sem qualquer fator protetivo, por exemplo, a fama ou a riqueza que inevitavelmente tendem a atrair as pessoas.
Como eu já falei, os nossos cérebros são os nossos empregados mas também os nossos patrões, e dependendo de nossos graus de passividade ou dominância aos nossos instintos, nós seremos mais os seus subalternos ou os seus comandantes.
Os mais socialmente instintivos seriam, de acordo com a proposta deste texto, mais como os seus subalternos, especialmente no que diz respeito ao aspecto interpessoal, enquanto que os mais introspectivos, ao passarem a acionar com grande frequência o ''segundo eu'', se tornariam os seus comandantes, ao menos em relação às suas capacidades intelectuais, especialmente as intelecto-divergentes.
Ou não, mais um texto sem eira nem beira... e possivelmente repetitivo... =((
O deslocamento do Eu do ego subconsciente para o ego consciente
Com a dominância do ego subconsciente, agimos mais do que pensamos e quando pensamos, tendemos a fazê-lo consistentemente em relação à questões sócio-pessoais e raramente em relação à questões introspectivas. Estamos em primeira pessoa. Esta é uma tendência se não for mesmo uma característica marcante, do nível extrovertido, de consciência mais global da realidade, isto é, um nível subconscientemente auto-centrado, com perdão aos extrovertidos, só mais próximo do nível não-humano de consciência.
Não refletimos, não ricocheteamos os nossos pensamentos e como resultado, agimos muito mais sem antes termos pensado em como fazê-lo. Em resumo auto-explicativo, apenas confiamos nos nossos instintos... ''deixamos a vida nos levar'', ou melhor, os nossos instintos nos levarem.
Quando passamos a pensar de maneira mais introspectiva, a atividade cerebral ''aumenta de tal maneira'' que pode nos passar a ideia de que o cérebro esteja agindo por conta própria. Apenas porque passamos a refletir, a olhar mais por dentro, que vamos percebendo ou tendo potencial para perceber que o cérebro tende a agir de maneira mais impulsiva, mais por conta própria, especialmente em um estado pré-introspectivo, e é a partir daí que tanto o autocontrole como a introspecção passam a se tornar possíveis, ainda que muitos daqueles que são melhores para se controlarem tendam a ser menos intensos ou impulsivos de qualquer maneira. É aquelas: é mais fácil controlar um fogo pequeno do que um fogaréu. Isso significa que mesmo com grande autoconsciência continuará sendo mais difícil de controlar se o ''fogo'' já for muito intenso.
Introspecção e criatividade
Como já se sabe a introspecção é o pensar sobre si mesmo, sobre os próprios pensamentos e a criatividade se consiste na capacidade de conectar pontos remotos entre si produzindo insights. A criatividade é significativamente intuitiva, e falo por experiência própria. Parece que, quando focamos sempre no pensamento, o comportamento e especialmente o social, se torna mais manual, enquanto que, o pensamento passa a fluir mais rápido, mais automático (intuitivo e potencialmente criativo). Isto é, parece que, ou focamos totalmente em nosso comportamento social ou focamos em nossa introspecção. Se focamos no social a introspecção se torna manual, neste caso, no sentido de não vir naturalmente, de ser mais trabalhosa de ser efetuada, tal como a diferença entre uma marcha de carro manual e automática. Se focamos na introspecção, então esta que se tornará mais natural, intuitiva, rápida e dominante, enquanto que perderemos esta agilidade no comportamento social, que se tornará mais manual, mais artificial, difícil de ser fluida ou espontaneamente efetuado.
É como se, ao darmos maior atenção a um dos lados, aquele que se torna o alvo passasse a nos monopolizar, tendo efeitos deletérios no lado que não fosse favorecido.
Isso ao menos tem acontecido comigo. Eu, quando estou menos pensativo, fluo com maior naturalidade no departamento das interações
A introspecção também pode reduzir as nossas auto-ilusões assim como também a autoconfiança porque passamos a nos tornar muito mais auto-críticos ou auto-perfeccionistas em relação aos nossos pensamentos, e por contra partida, nos fazendo vacilar mais em situações sociais, mais lentos, mais titubeantes, mais manuais, sem a folga que instinto e intuição usualmente nos dão assim como também a menor precaução. E como eu já disse, um excesso de introspecção e uma falta de extrospecção, nós fará mais mentalmente narcisistas, paranoicos, etc.
Parece então que, para nos tornarmos mais criativos em relação à questões não-sociais, existe a necessidade de sacrificarmos os sucessos de nossas vidas sociais, especialmente quando for feito sem qualquer fator protetivo, por exemplo, a fama ou a riqueza que inevitavelmente tendem a atrair as pessoas.
Como eu já falei, os nossos cérebros são os nossos empregados mas também os nossos patrões, e dependendo de nossos graus de passividade ou dominância aos nossos instintos, nós seremos mais os seus subalternos ou os seus comandantes.
Os mais socialmente instintivos seriam, de acordo com a proposta deste texto, mais como os seus subalternos, especialmente no que diz respeito ao aspecto interpessoal, enquanto que os mais introspectivos, ao passarem a acionar com grande frequência o ''segundo eu'', se tornariam os seus comandantes, ao menos em relação às suas capacidades intelectuais, especialmente as intelecto-divergentes.
Ou não, mais um texto sem eira nem beira... e possivelmente repetitivo... =((
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domingo, 12 de março de 2017
Lógica, racionalidade, sabedoria e o espectro da ação e reação.... Lei da proporcionalidade comportamental: Mais rápida para a lógica e mais lenta porém apurada para a sabedoria...
+ Nível de realismo
Novamente, a ideia de completude perceptiva.
A lógica parte e se finaliza quase pelo instinto, ou de maneira predominante.
Racionalidade e sabedoria principiam pelo instinto mas a partir de então continuam a pensar, e portanto a questioná-lo, se aquilo que concluiu sempre será o certo.
A lógica pouco desafia o instinto pois permanece em níveis muito similares ao dos seres vivos não-humanos, isto é, moralmente simplista ou pragmaticamente utilitário.
Ao contrário do que tem se acreditado, os seres vivos não-humanos estão muito mais atomizados da realidade do que o ser humano, ainda que evidentemente existam tipos [demograficamente predominantes) de nossa espécie que apenas repetirão a regra no reino da vida não-humana.
Atomizados por seus instintos, os seres vivos não-humanos agem com base em suas necessidades existenciais mais agudas, e portanto percebem o mundo de maneira hiper-egoísta ou hiper-centrada. Evidente que a realidade não é apenas ou especialmente aquilo que percebemos dela ou de acordo com que a interpretamos. No entanto esta é a regra quase ou absoluta do reino dos seres vivos não-humanos e também da maioria dos seres humanos.
O instinto nos atomiza de uma compreensão mais profunda e abrangente da realidade (aquilo que se relaciona e que não se relaciona diretamente a nós) porque com ele, centralizamos as nossas percepções em nós mesmos, ao contrário da sabedoria que principia pelo ser, mas que não termina por ele. E na verdade o próprio aprofundamento na introspecção tende a mostrar-se impossível em um cenário de hegemonia instintiva no organismo ou ser vivo.
Portanto a ideia proto-filosófico de que os seres vivos não-humanos são mais realistas que os seres humanos, a meu ver, não se sustenta, porque na verdade eles estão ainda mais atomizados do que nós, dragados por seus instintos. O que nos passa a impressão de serem mais realistas é justamente pelo fato de estarem sempre lutando diretamente por suas vidas, enquanto que a inteligência humana tem conseguido reduzir este embate direto, esta luta apressada e constante pela sobrevivência, maximizando ainda que porcamente as nossas seguranças quanto ao desafio da vida.
É interessante pensar que isso possa ser comparado ao famoso eufemismo pós-moderno e urbano que está presente no Brasil em que, é comum chamar uma mulher trabalhadora, negra ou parda, pobre e com vários problemas tradicionalmente atrelados à sua condição social, de ''guerreira''. No entanto, talvez, se ela fosse menos instintiva, como geralmente acontece nesses casos, ela não teria constituído família tão cedo em sua vida, que com certeza responde por muitos dos seus desafios diários e que por sua vez lhe faz ser chamada de ''guerreira''. Ela de fato ''se vira nos 30'', e isso é admirável. No entanto, não será ''preventivamente'' admirável, mas paliativamente falando. O mesmo acontece com os seres vivos não-humanos [e também com a maioria dos seres humanos) que ''se adaptam'' de maneira paliativa/ curto prazo, por serem mais instintivos e menos deliberados em suas capacidades analíticas.
Muitos poderiam dizer que uma mulher urbana e ''guerreira' como esta será mais realista do que um pensador como eu. No entanto, na verdade estamos falando de níveis de auto e consciência ou conhecimento em relação ao contexto social, econômico e cultural em que se vive. Por saber que o sistema em que vivo é extremamente corrupto e injusto eu titubeio em me adaptar a ele de maneira ''normal''. Em compensação esta ''guerreira'' desde sempre aceitou as regras do sistema, mesmo à revelia, e a sua vontade instintiva, delineando as suas atitudes, a colocou em uma situação que se assemelha à regra no reino natural não-humano, de tentar sobreviver a cada dia.
Quando o nível de atomização à realidade se reduz passamos a agir ou a buscar agir de maneira mais proporcional, ao invés de distorcida, ou que é fortemente influenciada pelo instinto. Nos tornamos mais íntimos da realidade, e se formos mais introspectivos e mentalistas, então passaremos a ter a proporcionalidade comportamental como regra de ouro em nossas interações.
A lógica, apossada pelo instinto não-social, busca emular o suposto realismo da cadeia alimentar não-humana, se esquecendo que eles, os outros seres vivos, estão ainda mais atomizadas da realidade, menos íntimos dela. A ação e reação em um cenário lógico, não obedece à sua lei física, pois o instinto distorce a macro-compreensão factual, centralizando-a em si mesmo, ao invés de partir de si mesmo. A auto-projeção é inevitável, o que não é inevitável é a possibilidade de se bloqueá-la ou de se tentar entendê-la. Maior a racionalidade e sabedoria maior é a simetria de interação entre o ser, humano, e o seu ambiente de vivência, porque será menos atomizado desta relação franca, e menos centrado em si mesmo. É como se, metaforicamente falando, existisse um relógio da realidade, fora dos seres vivos, e relógios, dentro de nós. Em um cenário instintivo, o relógio interno, nossos relógios, marca uma hora que é diferente do relógio externo, da realidade. Em um cenário racional/ a sábio, os relógios interno e externo marcam horas e minutos muito mais parecidos, mais próximos. As formas de vida mais primitivas, dentro desta tentativa de visualização metafórica da relação do ser com o seu ambiente de vivência, apresentariam os relógios internos mais dissociados do relógio externo da realidade, único e universal.
Se uma pessoa age de uma certa maneira comigo, eu, racionalmente, retribuirei. Se eu fosse mais instintivo então eu provavelmente reagiria de acordo com as minhas possibilidades reativas, tendo a regra de ouro apenas como uma dessas possibilidades. Os mais lógicos tendem a acessar os seus instintos não-sociais e a reagirem também com base naquilo que eles emanam ou lhes determinam. Os mais sociais acessarão os seus instintos sociais. Novamente, as chances que aconteça uma proporcionalidade comportamental serão maiores para o primeiro caso, especialmente se os dois elementos em interação forem da mesma natureza.
Tal como acontece na natureza, por causa de uma grande intimidade com a realidade, sábios e [verdadeiramente) mais racionais apenas reagirão ou ao menos pensarão primordialmente em agir de maneira proporcional, enquanto que com uma carga instintiva muito pesada, esta simples proporção será pouco provável de ser plenamente requisitada e efetuada, porque dependerá das atribuições feitas pelo instinto. Percebam que o instinto funciona como uma barreira, um pedágio entre o ser e o seu campo de vivência, de interação e de compreensão factual. Este filtro, em um cenário hipoteticamente ideal, não existirá ou será de excelente qualidade, no caso dos mais racionais e sábios.
Um exemplo. Você foge de uma zona de guerra ou de um país em frangalhos para viver em um país de primeiríssimo mundo, com tudo ao seu dispor, casa doada pelo governo, um monte de pessoas querendo te ajudar a se adaptar e ainda por cima algumas delas querendo se casar com você, especialmente se lhes forem de bom grado. Estão te oferecendo mel e ouro e no entanto, porque você não é racional, simplesmente renega tudo isso, não por ser abnegado, mas porque os seus impulsos instintivos interpretam por eles mesmos que toda esta bondade na verdade se consiste em uma oportunidade para parasitar, para fazer o que quiser, por exemplo, estuprar mulheres, cometer atos ilícitos, etc... Você também pode ser dragado pelo besteirol religioso e re-interpretar aquilo que parece instantaneamente fácil de se perceber, de uma maneira bastante distorcida e ainda por cima contraproducente pra si mesmo.
O instinto excessivo com o seu piloto automático não nos faz pensar na realidade para buscar entendê-la e tirar o melhor proveito dela, porque a única verdade que existe neste cenário é aquela que está sendo determinada por ele.
O racional e o sábio apresentam grande potencial de adaptação exatamente por emularem a lei física da ação e reação ainda que ''um passarinho não faz verão'' e portanto em um ambiente coletivo, os indivíduos sozinhos não fazem nada, não são capazes de fazerem nada, sem antes terem movido as massas.
Portanto é isso. O único realismo que realmente existe só pode ser acessado por agora pelo ser humano porque todos os outros seres vivos encontrar-se-ão sobrepujados por seus instintos, distorcendo esta relação franca e mais aprofundada entre o ser e o ambiente de vivência.
Novamente, a ideia de completude perceptiva.
A lógica parte e se finaliza quase pelo instinto, ou de maneira predominante.
Racionalidade e sabedoria principiam pelo instinto mas a partir de então continuam a pensar, e portanto a questioná-lo, se aquilo que concluiu sempre será o certo.
A lógica pouco desafia o instinto pois permanece em níveis muito similares ao dos seres vivos não-humanos, isto é, moralmente simplista ou pragmaticamente utilitário.
Ao contrário do que tem se acreditado, os seres vivos não-humanos estão muito mais atomizados da realidade do que o ser humano, ainda que evidentemente existam tipos [demograficamente predominantes) de nossa espécie que apenas repetirão a regra no reino da vida não-humana.
Atomizados por seus instintos, os seres vivos não-humanos agem com base em suas necessidades existenciais mais agudas, e portanto percebem o mundo de maneira hiper-egoísta ou hiper-centrada. Evidente que a realidade não é apenas ou especialmente aquilo que percebemos dela ou de acordo com que a interpretamos. No entanto esta é a regra quase ou absoluta do reino dos seres vivos não-humanos e também da maioria dos seres humanos.
O instinto nos atomiza de uma compreensão mais profunda e abrangente da realidade (aquilo que se relaciona e que não se relaciona diretamente a nós) porque com ele, centralizamos as nossas percepções em nós mesmos, ao contrário da sabedoria que principia pelo ser, mas que não termina por ele. E na verdade o próprio aprofundamento na introspecção tende a mostrar-se impossível em um cenário de hegemonia instintiva no organismo ou ser vivo.
Portanto a ideia proto-filosófico de que os seres vivos não-humanos são mais realistas que os seres humanos, a meu ver, não se sustenta, porque na verdade eles estão ainda mais atomizados do que nós, dragados por seus instintos. O que nos passa a impressão de serem mais realistas é justamente pelo fato de estarem sempre lutando diretamente por suas vidas, enquanto que a inteligência humana tem conseguido reduzir este embate direto, esta luta apressada e constante pela sobrevivência, maximizando ainda que porcamente as nossas seguranças quanto ao desafio da vida.
É interessante pensar que isso possa ser comparado ao famoso eufemismo pós-moderno e urbano que está presente no Brasil em que, é comum chamar uma mulher trabalhadora, negra ou parda, pobre e com vários problemas tradicionalmente atrelados à sua condição social, de ''guerreira''. No entanto, talvez, se ela fosse menos instintiva, como geralmente acontece nesses casos, ela não teria constituído família tão cedo em sua vida, que com certeza responde por muitos dos seus desafios diários e que por sua vez lhe faz ser chamada de ''guerreira''. Ela de fato ''se vira nos 30'', e isso é admirável. No entanto, não será ''preventivamente'' admirável, mas paliativamente falando. O mesmo acontece com os seres vivos não-humanos [e também com a maioria dos seres humanos) que ''se adaptam'' de maneira paliativa/ curto prazo, por serem mais instintivos e menos deliberados em suas capacidades analíticas.
Muitos poderiam dizer que uma mulher urbana e ''guerreira' como esta será mais realista do que um pensador como eu. No entanto, na verdade estamos falando de níveis de auto e consciência ou conhecimento em relação ao contexto social, econômico e cultural em que se vive. Por saber que o sistema em que vivo é extremamente corrupto e injusto eu titubeio em me adaptar a ele de maneira ''normal''. Em compensação esta ''guerreira'' desde sempre aceitou as regras do sistema, mesmo à revelia, e a sua vontade instintiva, delineando as suas atitudes, a colocou em uma situação que se assemelha à regra no reino natural não-humano, de tentar sobreviver a cada dia.
Quando o nível de atomização à realidade se reduz passamos a agir ou a buscar agir de maneira mais proporcional, ao invés de distorcida, ou que é fortemente influenciada pelo instinto. Nos tornamos mais íntimos da realidade, e se formos mais introspectivos e mentalistas, então passaremos a ter a proporcionalidade comportamental como regra de ouro em nossas interações.
A lógica, apossada pelo instinto não-social, busca emular o suposto realismo da cadeia alimentar não-humana, se esquecendo que eles, os outros seres vivos, estão ainda mais atomizadas da realidade, menos íntimos dela. A ação e reação em um cenário lógico, não obedece à sua lei física, pois o instinto distorce a macro-compreensão factual, centralizando-a em si mesmo, ao invés de partir de si mesmo. A auto-projeção é inevitável, o que não é inevitável é a possibilidade de se bloqueá-la ou de se tentar entendê-la. Maior a racionalidade e sabedoria maior é a simetria de interação entre o ser, humano, e o seu ambiente de vivência, porque será menos atomizado desta relação franca, e menos centrado em si mesmo. É como se, metaforicamente falando, existisse um relógio da realidade, fora dos seres vivos, e relógios, dentro de nós. Em um cenário instintivo, o relógio interno, nossos relógios, marca uma hora que é diferente do relógio externo, da realidade. Em um cenário racional/ a sábio, os relógios interno e externo marcam horas e minutos muito mais parecidos, mais próximos. As formas de vida mais primitivas, dentro desta tentativa de visualização metafórica da relação do ser com o seu ambiente de vivência, apresentariam os relógios internos mais dissociados do relógio externo da realidade, único e universal.
Se uma pessoa age de uma certa maneira comigo, eu, racionalmente, retribuirei. Se eu fosse mais instintivo então eu provavelmente reagiria de acordo com as minhas possibilidades reativas, tendo a regra de ouro apenas como uma dessas possibilidades. Os mais lógicos tendem a acessar os seus instintos não-sociais e a reagirem também com base naquilo que eles emanam ou lhes determinam. Os mais sociais acessarão os seus instintos sociais. Novamente, as chances que aconteça uma proporcionalidade comportamental serão maiores para o primeiro caso, especialmente se os dois elementos em interação forem da mesma natureza.
Tal como acontece na natureza, por causa de uma grande intimidade com a realidade, sábios e [verdadeiramente) mais racionais apenas reagirão ou ao menos pensarão primordialmente em agir de maneira proporcional, enquanto que com uma carga instintiva muito pesada, esta simples proporção será pouco provável de ser plenamente requisitada e efetuada, porque dependerá das atribuições feitas pelo instinto. Percebam que o instinto funciona como uma barreira, um pedágio entre o ser e o seu campo de vivência, de interação e de compreensão factual. Este filtro, em um cenário hipoteticamente ideal, não existirá ou será de excelente qualidade, no caso dos mais racionais e sábios.
Um exemplo. Você foge de uma zona de guerra ou de um país em frangalhos para viver em um país de primeiríssimo mundo, com tudo ao seu dispor, casa doada pelo governo, um monte de pessoas querendo te ajudar a se adaptar e ainda por cima algumas delas querendo se casar com você, especialmente se lhes forem de bom grado. Estão te oferecendo mel e ouro e no entanto, porque você não é racional, simplesmente renega tudo isso, não por ser abnegado, mas porque os seus impulsos instintivos interpretam por eles mesmos que toda esta bondade na verdade se consiste em uma oportunidade para parasitar, para fazer o que quiser, por exemplo, estuprar mulheres, cometer atos ilícitos, etc... Você também pode ser dragado pelo besteirol religioso e re-interpretar aquilo que parece instantaneamente fácil de se perceber, de uma maneira bastante distorcida e ainda por cima contraproducente pra si mesmo.
O instinto excessivo com o seu piloto automático não nos faz pensar na realidade para buscar entendê-la e tirar o melhor proveito dela, porque a única verdade que existe neste cenário é aquela que está sendo determinada por ele.
O racional e o sábio apresentam grande potencial de adaptação exatamente por emularem a lei física da ação e reação ainda que ''um passarinho não faz verão'' e portanto em um ambiente coletivo, os indivíduos sozinhos não fazem nada, não são capazes de fazerem nada, sem antes terem movido as massas.
Portanto é isso. O único realismo que realmente existe só pode ser acessado por agora pelo ser humano porque todos os outros seres vivos encontrar-se-ão sobrepujados por seus instintos, distorcendo esta relação franca e mais aprofundada entre o ser e o ambiente de vivência.
sábado, 11 de março de 2017
Eu vivo entre a paranoia E a normalidade do piloto automático / instinto comportamental
Na última quinta eu ''me desliguei'' um pouco, ou liguei o meu piloto automático e me deixei levar pelo dia, por seu tempo sempre sem tempo para descansar. O resultado foi interessante. Por exemplo, eu fui à rua e não senti qualquer paranoia, qualquer sensação de estar sendo vigiado, de falarem de mim pelas costas [sendo ou não verdade). Nada disso. Eu vivi mais o mundo exterior, sem imaginação, sem pensamentos de perseguição fluindo em minha mente sem pedir licença, ouvi mais, vi mais, e fui mais, eu não sei se, a mim mesmo, mas com certeza mais conectado ao mundo exterior. Não tinham dois de mim, apenas a mim, físico, sentindo e reagindo ao mundo. Por uma tarde eu desliguei, sei lá, a minha segunda mente, a minha imaginação, e as coisas simplesmente fluíram e eu junto com elas. Como um avião no piloto automático, eu fui levado por minhas ações, apesar de vigiá-las de longe, tal como o pai que olha o filho entrar na escola, dobrando a esquina, Este é estado da normalidade, o de profunda e inquestionável ligação com o mundo exterior, estado este que não vem natural em mim ou que disputa espaço com o meu estado mais autoconsciente, e sim, que também é mais paranoico.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Eu percebo em mim que quando eu estou pensando muito eu me torno mais introvertido do que quando eu não estou [ e portanto, agindo mais do que pensando]

fonte: cineclick
Eu, eu mesmo...
Em minha primeira infância eu fui muito mais extrovertido, mais impulsivamente ativo do que no resto de minha nada mole vida até agora. Eu já comentei que mudanças na situação financeira, de status da minha família e de cidade, me afetaram de maneira significativa. No entanto eu não acredito que isso tenha me moldado tão profundamente assim, como se eu já não tivesse nascido com esta disposição de reação, porque afinal de contas, o meu irmão do meio parece que passou muito bem por esta fase de transição e de novos desafios. No entanto, o comportamento não é apenas o comportar mas também o reagir e se as coisas não se mostrarem fáceis pra você então tenderá a desenvolver meios de defesa, de proteção contra um ambiente mais complicado. Todos nós temos esta paleta de ''cores comportamentais'' à disposição, e todos nós temos as ''cores comportamentais preferidas'', que mais usamos. Em condições de ''descanso comportamental'', pelo que parece, partimos de um ''zero quase absoluto'', de relaxamento ou mesmo de inércia, e a partir daí que nossas intensidades ou ''velocidades'' bem como também as qualidades dessas reações passarão a se desdobrar como respostas reativas protetivas ou receptivas. Temos ''as duas'' praticamente. O meu exemplo pessoal mostra que duas pessoas, da mesma família, que passam por situações parecidas, reagem de maneiras distintas às mesmas, até mesmo porque além de já se diferenciarem, de maneira mais intrínseca, elas também podem passar por diferentes desafios, como aconteceu no meu caso e do meu irmão do meio [e também que pessoas diferentes também tendem a atrair diferentes situações, mesmo for em um ambiente comum, até mesmo porque se você for um outsider então terá muito menos pessoas para fazer amizades além da percepção de ''impopularidade'' por parte dos demais, enfim, praticamente uma tendência de ''efeito avalanche'' ou ímã de situações que requerem maior protecionismo ou cautela do que recepção positiva).
Pensar demais pode te fazer artificial no comportamento [ e eu já comentei também sobre outro efeito colateral do ''excesso' de pensamento = gagueira ] mas também mais perceptivo e racional.
Extrovertidos tendem a ser superficiais no pensamento e autênticos/automáticos no comportamento...
Introvertidos tendem a ser profundos/autênticos no pensamento e artificiais/manuais no comportamento...
Pensar de menos te faz mais autêntico, sem truques pré- decorados ou neuroses sobre como se comportar, sendo você mesmo, mesmo em relação aos seus possíveis defeitos naturalmente disponíveis de conduta comportamental.
Em minha possível condição como um omnivertido eu tenho percebido que quando não estou pensando muito eu me torno muito mais emocionalmente relaxado e até mesmo menos introvertido do que quando eu estou pensando muito [especialmente se for de maneira mais auto-neurótica], ainda que nesta fase, que tem sido constante pra mim, eu também me sinta mais intelectualmente realizado e feliz do que quando eu não estou pensando muito e consequentemente agindo mais, pois nesta outra fase, eu me encontro bem menos autoconsciente ou auto-ciente, menos conscientemente auto-centrado, também em relação aos meus próprios pensamentos, ideias, impressões... No mais eu vejo que eu até consigo atingir a um nível normal de extroversão, mas que não vem de maneira natural.
Com pessoas muito queridas, que são raras, eu me torno até bastante extrovertido [eu já comentei sobre isso, quanto à ''extroversão particularista'' do introvertido]. Em compensação com pessoas estranhas, em termos de familiaridade, e/ou de similaridade/empatia o exato oposto é o mais provável de ser.
Imaginemos analogamente os diferentes gostos ou sensações que os alimentos podem nos causar, desde o doce, passando pelo cítrico, até chegar ao azedo e por fim à sensação mais desagradável que os nossos sentidos podem nos proporcionar. Algo parecido, contínuo às sensações simples e portanto mais complexo, acontece conosco em relação às pessoas [, situações, assuntos, etc], em que algumas mais se parecerão com doces, enquanto que outras serão mais azedas, até aquelas que praticamente serão intragáveis pra nós.
É aquela velha máxima: piloto automático/instintivo (mais extrovertido) versus piloto manual/reflexivo/questionador (mais introvertido)
E quando temos mais consciência/conhecimento sobre nós mesmos, sobre os nossos comportamentos, também podemos fazê-lo em relação aos nossos pensamentos. É como se de fato começássemos a aprender como que funcionam as coisas, ''do/see it yourself'', ao invés de confiar cegamente apenas em nossas habilidades instintivas mais convergentes. É basicamente como se, apesar de sabermos como andar de bicicleta (hipoteticamente é claro), voltássemos a ver cada etapa, cada mecanismo desta atividade, para entendermos como que sabemos fazer isso; ver o funcionamento do próprio mecanismo ou o mecanismo do próprio funcionamento [o mecanismo do mecanismo]
A omniversão também pode ser compreendida como o despertar mais profundo da auto-consciência ao invés de ''apenas' vivenciar níveis mais altos da mesma, sem qualidade e/ou direcionamento, como geralmente acontece com o introvertido médio. A omniversão/oniversão seria a completude do homem em sua capacidade perceptiva.
A partir disso novamente podemos concluir que, introversão, ambiversão//omniversão e extroversão se consistem em estados ou níveis [em ordem decrescente] de intensidade sensorialmente perceptiva, tal como se todos pertencessem, metaforicamente falando, à mesma cor [ ''azul'' ] e se diferenciassem apenas na tonalidade da mesma. E que pode ser possível de se concluir que a introversão se consista em uma reação protetiva à uma atividade mental mais intensa e que a extroversão por sua vez pode ser definida como uma reação receptiva à uma atividade mental menos intensa.
Eu posso estar errado* Absolutamente, mas esta tem sido a minha impressão, especialmente em relação ao meu comportamento, quando estou mais comportamentalmente intuitivo, instintivo, e portanto re-pensando menos as minhas ações, a minha gagueira residual é mais provável de cessar, e eu sou mais provável de fluir, mesmo ao ponto de um estado mais caracteristicamente extrovertido.
Um desafio:
Um introvertido pode se tornar mais extrovertido se "deixar a vida o levar"?? Evitando o hábito de pensar muito sobre tudo??
E um típico extrovertido pode se tornar mais pensante e menos comportamentalmente impulsivo se começar a forçar o seu cérebro um pouco mais??
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terça-feira, 18 de outubro de 2016
Como explicar (novamente) os tipos humanos muito culturalmente abstratos e pouco naturalistas** Simples, a domesticação reduz o instinto, logo ''é necessário'' --ler o manual-- para ''saber'' como se deve agir...

Fonte: cacareco's
Sem o instinto automático OU com o instinto amalgamado/direcionado para a socialização, os tipos humanos menos capazes de compreender a ''ordem natural'', especialmente quando a mesma não é a sua ordem mais natural, serão mais propensos a se tornarem dependentes/vulneráveis às culturas/manuais, ao invés de confiarem no próprio instinto, a priore, e no caso contrastante dos mais sábios, de expandirem suas áreas de auto-escrutínio por meio da razão, buscando consertar o começo para que não se degringole errado da raiz do(s) pensamento(s) até às muitas reverberações ou ecos do(s) mesmo(s).
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sábado, 20 de agosto de 2016
Combos de sabedorias
1- O sábio encontra-se além do 'espaço/tempo' em que está, vivenciando a realidade a partir de uma perspectiva existencial cronológica culturalmente atemporal...
Por causa de sua grande introspecção o sábio tende a construir uma memória ambiental muito rica que não se priva apenas a um espaço e tempo, como é o hábito. A memória ambiental do sábio é mais humilde, límpida e especialmente, mais profunda.
2- Empatizar - sistematizar ... o sábio exibe uma mente perfeitamente intermediária
Novamente a natureza essencialmente intermediária do sábio, que sabe empatizar e sistematizar.
Bom para reconhecer padrões mentalistas e mecanicistas, mas direcionando para uma ênfase mentalista, isto é, o entender do ser e do seu comportamento, ao invés de projetar-se decisivamente ao conhecimento de técnicas puramente cognitivas, direcionadas para a elaboração de produtos: ''coisas''.
O sábio pensa como um psicopata, a priore, isto é, de modo mecanicista e direcionado para o mentalismo. Mas enquanto que o psicopata
3- A mente sábia é a mais operacionalmente/ equilibradamente correta
Porque principia-se pelo princípio, por si mesma, de modo absolutamente correto
Do núcleo às bordas
Do epicentro do ser ao seu comportamento
Do intra-conhecimento ao extra-conhecimento, pessoal, extra-pessoal, naturalista, matemático, etc...
4- Instinto/cérebro"completo" domesticação/cérebro "incompleto" e apto para "aprender" mais...
Os mais instintivos já nasceriam com cérebros predominantemente pré-programados tanto no seu desenvolvimento quanto no seu uso. Isso explicaria o porquê dos tipos mais instintivos pontuarem mais baixo em testes de qi????
Em compensação a redução do instinto tende a aumentar a "capacidade de aprendizado que não é diretamente pré- programada/instintiva". Então pode-se dizer que o cérebro domesticado teria uma maior capacidade ou espaço para armazenamento de novos "aprendizados" /ordens?? ... podendo resultar/refletir em maiores pontuações em testes cognitivos.
A redução do ''instinto cognitivo'' poderia explicar em partes a ''inteligência'' que é mensurada por testes de qi. E com isso eu poderia propor dois tipos de instinto, cognitivo e afetivo.
O instinto afetivo explicaria as ''desordens' explícitas ou psiquiatricamente identificáveis enquanto que o instinto cognitivo poderia explicar a menor inteligência cognitiva...
5- O sábio não precisa e não é o mais inteligente. Só precisa ser inteligente. E SER, com letras garrafais, completamente inteligente, já se consiste numa raridade.
6- Dois tipos de "inteligentes": O autoconsciente e o subconsciente
O autoconsciente ou proxy para sabedoria
Ele sabe o que esta fazendo,
sabe quem é,
sabe onde está,
sabe quem são os outros
O subconsciente ou estágios menos avançados de cognição: Inteligência e criatividade
Ele nasceu invariável e instintivamente inteligente mas
Sabe superficialmente sobre si,
sobre o lugar em que esta,
sobre os outros...
7- O sábio dentre outros tipos de autoconscientes são menos dependentes do fator sorte OU responsabilidade.
8- Pode o ser humano ser menos uni-identitário??
E diferenças em relação aos sábios
O raciocínio moral correto é pluri-identitário e equivocadamente tendencioso. A identidade mais forte tende a monopolizar todo o julgamento moral.
9- A filosofia tem sido um prêmio de consolação para verborrágicos equivocadamente convencidos.
10- A metáfora da Matrix para explicar criatividade, sabedoria e perspectivas existenciais.
A maioria dos seres humanos tendem a adormecer em ''suas'' Matrix.
Por causa de sua grande introspecção o sábio tende a construir uma memória ambiental muito rica que não se priva apenas a um espaço e tempo, como é o hábito. A memória ambiental do sábio é mais humilde, límpida e especialmente, mais profunda.
2- Empatizar - sistematizar ... o sábio exibe uma mente perfeitamente intermediária
Novamente a natureza essencialmente intermediária do sábio, que sabe empatizar e sistematizar.
Bom para reconhecer padrões mentalistas e mecanicistas, mas direcionando para uma ênfase mentalista, isto é, o entender do ser e do seu comportamento, ao invés de projetar-se decisivamente ao conhecimento de técnicas puramente cognitivas, direcionadas para a elaboração de produtos: ''coisas''.
O sábio pensa como um psicopata, a priore, isto é, de modo mecanicista e direcionado para o mentalismo. Mas enquanto que o psicopata
3- A mente sábia é a mais operacionalmente/
Porque principia-se pelo princípio, por si mesma, de modo absolutamente correto
Do núcleo às bordas
Do epicentro do ser ao seu comportamento
Do intra-conhecimento ao extra-conhecimento, pessoal, extra-pessoal, naturalista, matemático, etc...
4- Instinto/cérebro"completo" domesticação/cérebro "incompleto" e apto para "aprender" mais...
Os mais instintivos já nasceriam com cérebros predominantemente pré-programados tanto no seu desenvolvimento quanto no seu uso. Isso explicaria o porquê dos tipos mais instintivos pontuarem mais baixo em testes de qi????
Em compensação a redução do instinto tende a aumentar a "capacidade de aprendizado que não é diretamente pré- programada/instintiva". Então pode-se dizer que o cérebro domesticado teria uma maior capacidade ou espaço para armazenamento de novos "aprendizados" /ordens?? ... podendo resultar/refletir em maiores pontuações em testes cognitivos.
A redução do ''instinto cognitivo'' poderia explicar em partes a ''inteligência'' que é mensurada por testes de qi. E com isso eu poderia propor dois tipos de instinto, cognitivo e afetivo.
O instinto afetivo explicaria as ''desordens' explícitas ou psiquiatricamente identificáveis enquanto que o instinto cognitivo poderia explicar a menor inteligência cognitiva...
5- O sábio não precisa e não é o mais inteligente. Só precisa ser inteligente. E SER, com letras garrafais, completamente inteligente, já se consiste numa raridade.
6- Dois tipos de "inteligentes": O autoconsciente e o subconsciente
O autoconsciente ou proxy para sabedoria
Ele sabe o que esta fazendo,
sabe quem é,
sabe onde está,
sabe quem são os outros
O subconsciente ou estágios menos avançados de cognição: Inteligência e criatividade
Ele nasceu invariável e instintivamente inteligente mas
Sabe superficialmente sobre si,
sobre o lugar em que esta,
sobre os outros...
7- O sábio dentre outros tipos de autoconscientes são menos dependentes do fator sorte OU responsabilidade.
8- Pode o ser humano ser menos uni-identitário??
E diferenças em relação aos sábios
O raciocínio moral correto é pluri-identitário e equivocadamente tendencioso. A identidade mais forte tende a monopolizar todo o julgamento moral.
9- A filosofia tem sido um prêmio de consolação para verborrágicos equivocadamente convencidos.
10- A metáfora da Matrix para explicar criatividade, sabedoria e perspectivas existenciais.
A maioria dos seres humanos tendem a adormecer em ''suas'' Matrix.
Criativos podem acessar parte da hiper-realidade dependendo da intensidade qualitativa de sua inquietação/profundidade filosófica.
Os sábios são os que se encontram definitivamente fora da Matrix, em uma perspectiva existencial hiper-realista
A intuição criativa é o olhar adiante da verdade...
Sem uma mente populada por factoides, muitos criativos, dos mais inteligentes, são capazes de ver aquilo que os outros não podem ver por serem em média incapazes de separar adequadamente o que é distração e o que é realidade ou compreensão factual.
A perspectiva existencial do criativo é realista e mundana, enquanto que a perspectiva do sábio é predominantemente realista.
11- Ceticismo ou piloto manual? O não saber
Instinto é o saber "sem saber" ou sem refletir.
Sabe-se,
logo age.
O ceticismo é um reflexo da mente humana híbrida de instinto e de potencial reflexivo. É quando podemos tirar do piloto automático ou instinto e usar por conta própria ou refletir, repensar, que é metaforicamente complementar via piloto manual.
Tal como dirigir um avião ou um carro. "Podemos", só hipoteticamente falando, é claro, deixar no piloto automático e portanto deixar nosso ser-instinto ou consciência primária agir "por conta própria". O fazemos quando não pensamos em nossas ações. Em outras palavras, "nosso' hibridismo de instinto e reflexão potencialmente racional não é idealmente dividido, isto é, em duas partes iguais, até porque haverá um grande predomínio do instinto em nosso comportamento se a razão está apenas nos seus primeiros passos, tal como uma criança de 4 anos enquanto que o instinto, já velho, mais parece com o seu pai dominador. O instinto tolhe a razão para a grande maioria dos seres humanos resultando em toda sorte de bizarrices que o bípede louco é brilhantemente travesso de cometer.
Todos os seres vivos nascem sabendo (de alguma maneira, em relação a alguma coisa) de acordo com as suas respectivas consciências primárias ou alcances perceptivos porque eles são fortemente instintivos e mesmo os mais amaciados com docilidade por causa de suas menores capacidades cognitivas permanecem presos a um mundo de predominante"incompreensão", claro, quando comparados aos seres humanos. Por exemplo. Os animais podem ver as estrelas mas não podem se questionar o que elas são, nem mesmo de modo especulativamente simples ou poeticamente convidativo, ainda que não signifique que suas vidas não sejam ricas de beleza e significância.
O não saber, isto é, o reconhecimento da própria ignorância, se consiste num dos passos mais característicos e firmes em direção à razão. O instinto nos "cega' quanto ao verdadeiro saber, que se dá via múltiplas perspectivas, em que, inevitavelmente, aparecerão perspectivas que não se relacionarão com nós mesmos. A razão nos possibilita à auto-crítica, a reflexão. Este ceticismo é uma manifestação do progressivo desligar do piloto automático ou instinto e como eu já alertei, pode vir com grandes desvantagens porque é importante ter os dois, o saber instintivo porém factualmente correto, e o não-saber que nos atice a buscar por suas respostas. E o sábio seria aquele com a melhor posição ou perspectiva existencial por localizar-se neste meio caminho entre o instinto/saber automático e o não-saber manual.
12- Instinto e empatia cognitiva
Capacidade de se colocar no lugar do "outro": ser, fenômeno (dinâmica entre ser e coisa) ou objeto inanimado.
A empatia cognitiva a partir deste prisma se consistiria em um sinônimo de lógica -- racionalidade, isto é, de se colocar no lugar das outras coisas, passando-se ''por elas, entendendo-as de maneira minimamente correta.
E o instinto neste sentido pode ser entendido como uma espécie de auto-empatia cognitiva ou aquilo que tenho falado com certa frequência: clausura essencial ou (auto)consciência primária, isto é, o simples ato de viver que se consiste no auto reconhecimento, dos próprios padrões, geralmente de modo instintivo e o seu uso subsequente. O instinto se consiste na resposta, na reação à ação: auto-reconhecimento de padrões.
13- A evolução humana tem se dado com base em um aumento na empatia afetiva mas a evolução tecnológica...
A maximização da empatia afetiva é um dos efeitos do aumento da autoconsciência/ alcance perceptivo.
... mas a evolução tem mais do que privilegiado o aspecto mecanicista em especial quando a 'civilização' apareceu.
Em relação às múltiplas inteligências, a intrapessoal parece ser a menos desenvolvida entre ''os seres humanos'' (a maioria), seguida pela interpessoal, por incrível que isso possa parecer, porque apesar da imprescindibilidade ou quase, do convívio social, o ser humano médio definitivamente não parece muito inteligente para entender factualmente as pessoas ou seres que interage ao longo de sua vida e finalmente inferir as melhores respostas/julgamentos morais.
A civilização deu uma guinada na assimetria entre os atributos mentalistas e mecanicistas resultando em seu aspecto usualmente enganoso de melhoria, em especial nas relações humanas. O ser humano melhorou/sofisticou a sua habilidade de construir ''coisas'', construiu cidades, monumentos, mas em termos de relações sociais, continua muito primário e portanto pouco desenvolvido. E a incapacidade dos seres humanos médios para um pleno autoconhecimento, conhecimento inter-pessoal, compreensão factual minimamente correta da realidade e posteriores considerações reativas, de longo prazo, via comportamento, podem ser observados por meio das relações sociais humanas, desde o ambiente familiar até aos macro-ambientes sociais.
O ser humano tem sido selecionado quanto à sua capacidade de apreender técnicas culturais, de conviver superficialmente com os outros e de se conformar à macro-ordem social vigente.
As qualidades mais intrínsecas do ser humano tem sido sumariamente condenadas e desprezadas. O resultado é um processo gradual de coisificação seletiva do ser humano pelo próprio, transformando-se em um perfeito escravo... para...
14- Características de um sábio
Internalizador ativo (manipulativo/potencialmente criativo) = = proto-pensador
Mentalista
Lógico basal (estilo intrinsecamente essencial de pensamento)
e
um pensador convergente-divergente, ao invés de apenas um tipo, isto é, que também pode convergir para o pensamento comum/senso comum, porque para o sábio tudo é passível de ser escrutinado e mesmo acatado como factualmente correto/útil.
características do típico humano ou normal
homem:
internalizador passivo,
mecanicista,
lógico naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente lógico
mulher:
internalizadora passiva,
mentalista,
ilógica naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente ''ilógico''
15- Todo mundo é bizarro, de modo explícito ou não. Apenas o sábio que tenta ser o menos bizarro/brega/pedante/irracional possível
16- Familiaridade é conhecimento
De fato estar plenamente familiarizado com certa situação tende a contar pontos para conhece-la melhor. No entanto há de se ter o fator sabedoria bem desenvolvido para que possa dar os melhores julgamentos. E estar basal ou inicialmente familiarizado tende a se relacionar com o instinto ou com o encaixe inicialmente perfeito entre o ser e suas características cognitivas/biológicas e a ideia ou percepção que estiver sendo exposta/enfatizada.
11- Ceticismo ou piloto manual? O não saber
Instinto é o saber "sem saber" ou sem refletir.
Sabe-se,
logo age.
O ceticismo é um reflexo da mente humana híbrida de instinto e de potencial reflexivo. É quando podemos tirar do piloto automático ou instinto e usar por conta própria ou refletir, repensar, que é metaforicamente complementar via piloto manual.
Tal como dirigir um avião ou um carro. "Podemos", só hipoteticamente falando, é claro, deixar no piloto automático e portanto deixar nosso ser-instinto ou consciência primária agir "por conta própria". O fazemos quando não pensamos em nossas ações. Em outras palavras, "nosso' hibridismo de instinto e reflexão potencialmente racional não é idealmente dividido, isto é, em duas partes iguais, até porque haverá um grande predomínio do instinto em nosso comportamento se a razão está apenas nos seus primeiros passos, tal como uma criança de 4 anos enquanto que o instinto, já velho, mais parece com o seu pai dominador. O instinto tolhe a razão para a grande maioria dos seres humanos resultando em toda sorte de bizarrices que o bípede louco é brilhantemente travesso de cometer.
Todos os seres vivos nascem sabendo (de alguma maneira, em relação a alguma coisa) de acordo com as suas respectivas consciências primárias ou alcances perceptivos porque eles são fortemente instintivos e mesmo os mais amaciados com docilidade por causa de suas menores capacidades cognitivas permanecem presos a um mundo de predominante"incompreensão", claro, quando comparados aos seres humanos. Por exemplo. Os animais podem ver as estrelas mas não podem se questionar o que elas são, nem mesmo de modo especulativamente simples ou poeticamente convidativo, ainda que não signifique que suas vidas não sejam ricas de beleza e significância.
O não saber, isto é, o reconhecimento da própria ignorância, se consiste num dos passos mais característicos e firmes em direção à razão. O instinto nos "cega' quanto ao verdadeiro saber, que se dá via múltiplas perspectivas, em que, inevitavelmente, aparecerão perspectivas que não se relacionarão com nós mesmos. A razão nos possibilita à auto-crítica, a reflexão. Este ceticismo é uma manifestação do progressivo desligar do piloto automático ou instinto e como eu já alertei, pode vir com grandes desvantagens porque é importante ter os dois, o saber instintivo porém factualmente correto, e o não-saber que nos atice a buscar por suas respostas. E o sábio seria aquele com a melhor posição ou perspectiva existencial por localizar-se neste meio caminho entre o instinto/saber automático e o não-saber manual.
12- Instinto e empatia cognitiva
Capacidade de se colocar no lugar do "outro": ser, fenômeno (dinâmica entre ser e coisa) ou objeto inanimado.
A empatia cognitiva a partir deste prisma se consistiria em um sinônimo de lógica -- racionalidade, isto é, de se colocar no lugar das outras coisas, passando-se ''por elas, entendendo-as de maneira minimamente correta.
E o instinto neste sentido pode ser entendido como uma espécie de auto-empatia cognitiva ou aquilo que tenho falado com certa frequência: clausura essencial ou (auto)consciência primária, isto é, o simples ato de viver que se consiste no auto reconhecimento, dos próprios padrões, geralmente de modo instintivo e o seu uso subsequente. O instinto se consiste na resposta, na reação à ação: auto-reconhecimento de padrões.
13- A evolução humana tem se dado com base em um aumento na empatia afetiva mas a evolução tecnológica...
A maximização da empatia afetiva é um dos efeitos do aumento da autoconsciência/ alcance perceptivo.
... mas a evolução tem mais do que privilegiado o aspecto mecanicista em especial quando a 'civilização' apareceu.
Em relação às múltiplas inteligências, a intrapessoal parece ser a menos desenvolvida entre ''os seres humanos'' (a maioria), seguida pela interpessoal, por incrível que isso possa parecer, porque apesar da imprescindibilidade ou quase, do convívio social, o ser humano médio definitivamente não parece muito inteligente para entender factualmente as pessoas ou seres que interage ao longo de sua vida e finalmente inferir as melhores respostas/julgamentos morais.
A civilização deu uma guinada na assimetria entre os atributos mentalistas e mecanicistas resultando em seu aspecto usualmente enganoso de melhoria, em especial nas relações humanas. O ser humano melhorou/sofisticou a sua habilidade de construir ''coisas'', construiu cidades, monumentos, mas em termos de relações sociais, continua muito primário e portanto pouco desenvolvido. E a incapacidade dos seres humanos médios para um pleno autoconhecimento, conhecimento inter-pessoal, compreensão factual minimamente correta da realidade e posteriores considerações reativas, de longo prazo, via comportamento, podem ser observados por meio das relações sociais humanas, desde o ambiente familiar até aos macro-ambientes sociais.
O ser humano tem sido selecionado quanto à sua capacidade de apreender técnicas culturais, de conviver superficialmente com os outros e de se conformar à macro-ordem social vigente.
As qualidades mais intrínsecas do ser humano tem sido sumariamente condenadas e desprezadas. O resultado é um processo gradual de coisificação seletiva do ser humano pelo próprio, transformando-se em um perfeito escravo... para...
14- Características de um sábio
Internalizador ativo (manipulativo/potencialmente criativo) = = proto-pensador
Mentalista
Lógico basal (estilo intrinsecamente essencial de pensamento)
e
um pensador convergente-divergente, ao invés de apenas um tipo, isto é, que também pode convergir para o pensamento comum/senso comum, porque para o sábio tudo é passível de ser escrutinado e mesmo acatado como factualmente correto/útil.
características do típico humano ou normal
homem:
internalizador passivo,
mecanicista,
lógico naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente lógico
mulher:
internalizadora passiva,
mentalista,
ilógica naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente ''ilógico''
15- Todo mundo é bizarro, de modo explícito ou não. Apenas o sábio que tenta ser o menos bizarro/brega/pedante/irracional possível
16- Familiaridade é conhecimento
De fato estar plenamente familiarizado com certa situação tende a contar pontos para conhece-la melhor. No entanto há de se ter o fator sabedoria bem desenvolvido para que possa dar os melhores julgamentos. E estar basal ou inicialmente familiarizado tende a se relacionar com o instinto ou com o encaixe inicialmente perfeito entre o ser e suas características cognitivas/biológicas e a ideia ou percepção que estiver sendo exposta/enfatizada.
17- Gênio o ímpeto do predador direcionado para a cognição
A fome direcionada para a abstração
18- Racismo/tribalismo e instinto
Instinto ou piloto automático natural
Algumas pessoas já nascem (mais) prontas. Outras podem ser mais influenciadas por "ruídos ambientais" ... dentre elas os mais sábios. As que nascem 'prontas' tendem a ser mais instintivas tal como acontece com os seres vivos não-humanos.
O instinto manifesta-se pelo comportamento social não-verbal mais eficiente/pragmático, direcionado para a reprodução, isto é, se consiste na manifestação mais comportamentalmente basal, primária ou que está mais próximo do comportamento animal e/ou ''não-humano''.
Portanto em termos de comportamento sexual/reprodutivo o ser humano mais tipicamente instintivo muda pouco porque tende a ser menos influenciado por ruídos ambientais.
Autoconsciência primária ou basal
A autoconsciência instintiva humana ou também primária/basal, se consiste na evolução da intensidade perceptiva em comparação aos ancestrais não-humanos mais próximos de nossa espécie.
E uma de suas características mais relevantes é a "consciência do eu ou do ego". Aquilo que os animais não-humanos fazem instintiva e portanto 'inconscientemente", os seres humanos, em especial, os mais instintivos, tendem a fazê-lo de modo subconsciente, isto é, tendo o mínimo de consciência, de conhecimento em relação às suas próprias ações, o saber sobre o saber, ou reflexão.
Algumas pessoas já nascem (mais) prontas. Outras podem ser mais influenciadas por "ruídos ambientais" ... dentre elas os mais sábios. As que nascem 'prontas' tendem a ser mais instintivas tal como acontece com os seres vivos não-humanos.
O instinto manifesta-se pelo comportamento social não-verbal mais eficiente/pragmático, direcionado para a reprodução, isto é, se consiste na manifestação mais comportamentalmente basal, primária ou que está mais próximo do comportamento animal e/ou ''não-humano''.
Portanto em termos de comportamento sexual/reprodutivo o ser humano mais tipicamente instintivo muda pouco porque tende a ser menos influenciado por ruídos ambientais.
Autoconsciência primária ou basal
A autoconsciência instintiva humana ou também primária/basal, se consiste na evolução da intensidade perceptiva em comparação aos ancestrais não-humanos mais próximos de nossa espécie.
E uma de suas características mais relevantes é a "consciência do eu ou do ego". Aquilo que os animais não-humanos fazem instintiva e portanto 'inconscientemente", os seres humanos, em especial, os mais instintivos, tendem a fazê-lo de modo subconsciente, isto é, tendo o mínimo de consciência, de conhecimento em relação às suas próprias ações, o saber sobre o saber, ou reflexão.
Os mais instintivos por serem mais egocêntricos de uma maneira pragmaticamente evolutiva são mais propensos a buscarem por grupos invariavelmente similares a si para acasalar passando os seus genes, de modo indiscriminado.
A cultura funciona como uma espécie de recuperação deste mundo instintivo perdido onde que aquilo que era automaticamente/ intrinsecamente motivado passou a ser feito de modo (mais) manual.
Quanto mais adaptado se estiver para os ambientes culturais humanos existentes, menos instintivo ou automático para o ciclo comportamental natural ou reprodutivo se estará.
Os mais instintivos são mais autossuficientes em termos reprodutivos, isto é, com ou sem regras, ou vantagens, os seus relógios biológicos lhes alertará no momento mais propício para a reprodução.
A cultura funciona como uma espécie de recuperação deste mundo instintivo perdido onde que aquilo que era automaticamente/
Quanto mais adaptado se estiver para os ambientes culturais humanos existentes, menos instintivo ou automático para o ciclo comportamental natural ou reprodutivo se estará.
Os mais instintivos são mais autossuficientes em termos reprodutivos, isto é, com ou sem regras, ou vantagens, os seus relógios biológicos lhes alertará no momento mais propício para a reprodução.
Instinto e 'racismo''/tribalismo tendem a ser fortemente relacionados e por algumas das razões sugeridas acima...
19- Ideações suicidas: melancolia e sabedoria
A superação ou a adaptação da depressão existencial pode ter (geralmente) como resultado a sabedoria.
Se a vida humana é, geralmente, uma luta subconsciente contra as distrações, criadas pelas culturas, e reforçadas por ''nossas' próprias vulnerabilidades e o ''prêmio'' começa a se revelar a partir da velhice, com a melancolia biológica ou 'sabedoria' fenotípica, o sábio e o melancólico (muitas vezes conurbados, isto se não tão realidade não for causal ao invés de ser intensamente correlativa) apenas se porá do lado da única certeza da vida, a morte e muitas vezes ouvirá ''cantos da sereia'' para terminar logo com este martírio e saber o que de fato se consiste ''tudo isso'', a sua própria existência.
O ócio existencial manifestado pela rejeição das regras incrivelmente tolas dos sistemas sociais humanos, faz com que sábios e melancólicos sejam mais assediados por ideações suicidas, se a melancolia não seria como uma espécie de depressão bipolarmente estabilizada, isto é, manifestando-se em baixa flutuação, porém constante e intensa frequência, em que os extremos da bipolaridade da expressão/comportamento se encontrarão com grande/quase-absoluta constância;
20- Por que apesar do seu caráter abstrato neutro..
a palavra normal continua tendo um significado tão moralmente carregado??
Na natureza por causa da seleção natural a norma é sinônimo de saúde (contextualmente adaptativa), isto é, se consiste na difusão genética das qualidades apropriadas para certo ambiente de uma espécie e portanto neste sentido
Na natureza por causa da seleção natural a norma é sinônimo de saúde (contextualmente adaptativa), isto é, se consiste na difusão genética das qualidades apropriadas para certo ambiente de uma espécie e portanto neste sentido
qualidade SERÁ quantidade
apenas o ser humano que é capaz, de modo consciente, privilegiar a qualidade sobre a quantidade.
21- Por que a realidade não é apenas científica?
Porque existem outras perspectivas de conhecimento e uma das mais importantes se dá com base no sentir e não no saber cognitivo.
A ciência não tem o monopólio natural da realidade...
A ciência não tem o monopólio natural da realidade...
22- A metáfora da corrida subconsciente... como explicar a reflexão** novamente...
Vamos imaginar metafórico e hipoteticamente que estamos correndo, apenas isso, correndo... não sabemos o porquê de estarmos correndo mas o fazemos...
Então de repente na próxima geração começam a nascer tipos de nossa espécie que se diferem em uma particularidade... eles começam a pensar mais profundamente sobre si mesmos, passam a se perguntar sobre o que estão fazendo, passam a fazer perguntas sobre si mesmos, sobre as suas vidas....
esta é a reflexão, o tipo de pensamento revolucionário que conurbado com criatividade e frieza emocional, transformou o ser humano na espécie dominante... infelizmente.
23- Por que a melancolia**
(Também) Porque o organismo dá sinais constantes e invariavelmente sutis que o seu sistema não é ''idealmente' configurado. Isso pode contribuir para um maior realismo inevitavelmente fatalista, desconstruindo a usual hegemonia do ego-natural, universal entre os animais não-humanos, e portanto ignorância.
Outro efeito possível é o de aumentar a intensidade/prioridade de internalização de ''fatalidades filosóficas'' (existenciais) em contraste ao predomínio de internalização de ''banalidades artificiais'', normais e estúpidos tendem a ser submersos sob os ''véus das distrações'' (cultura, ideologia, etc)...
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Instintivo automático lógico, instintivo automático ilógico e automático/manual sábio
Instintivo, naturalisticamente lógico, automático, o "conservador"
Características invariavelmente universais:
- Friamente emocional,
- pragmático,
- naturalisticamente lógico,
- pensador rigidamente objetivo.
Instintivo ilógico, automático, o "socialmente liberal"
Características invariavelmente universais:
- Histericamente emocional,
- simpático,
- naturalisticamente 'ilógico'',
- pensador rigidamente ambíguo.
... e como eu já comentei = perfil intermediário entre o internalizador/''pensador' comum/ passivo e o pensador/verdadeiro intelectual/sábio/ativo
''piloto automático''
Sábio
O pensador crítico-analítico, que ao longo de sua vida vai construindo um sistema moral pessoal exponencialmente completo.
O pensador objetivamente moral, rigidamente perfeccionista, anti-culto/cultural.
O revisor da realidade
Como eu já comentei o sábio ao contrário da ideia popular de se consistir em um ser ''puro'' de 'razão' na verdade se caracterizaria justamente pela completude comportamental, do instinto à razão. Seres ''puramente'' racionais, se existirem, e se forem realmente racionais, tendem ou podem ser demasiadamente cépticos ou ''manuais'' em suas maneiras de pensar e de construir as suas realidades, resultando em um efeito similar ao predomínio do instinto.
Saber e não-saber é a verdadeira razão. Como eu também já falei, nem todos os nossos preconceitos cognitivos que serão equivocados. É papel e talento do sábio saber construir o melhor mapa da realidade moral/essencial e não apenas ''humana''...
O instinto é o começo, precisamos começar de algum começo, e enquanto que o pseudo-racional, hiper-céptico, tenderá a se confundir durante este processo construtivo, em especial a partir do momento em que considerar-se livre de qualquer pensamento equivocadamente tendencioso, o verdadeiro racional, o sábio, o fará, com base em erros e acertos. Em suma, a sabedoria é a bússola moral mais precisa...
Características invariavelmente universais:
- Friamente emocional,
- pragmático,
- naturalisticamente lógico,
- pensador rigidamente objetivo.
Instintivo ilógico, automático, o "socialmente liberal"
Características invariavelmente universais:
- Histericamente emocional,
- simpático,
- naturalisticamente 'ilógico'',
- pensador rigidamente ambíguo.
... e como eu já comentei = perfil intermediário entre o internalizador/''pensador' comum/ passivo e o pensador/verdadeiro intelectual/sábio/ativo
''piloto automático''
Sábio
O pensador crítico-analítico, que ao longo de sua vida vai construindo um sistema moral pessoal exponencialmente completo.
O pensador objetivamente moral, rigidamente perfeccionista, anti-culto/cultural.
O revisor da realidade
Como eu já comentei o sábio ao contrário da ideia popular de se consistir em um ser ''puro'' de 'razão' na verdade se caracterizaria justamente pela completude comportamental, do instinto à razão. Seres ''puramente'' racionais, se existirem, e se forem realmente racionais, tendem ou podem ser demasiadamente cépticos ou ''manuais'' em suas maneiras de pensar e de construir as suas realidades, resultando em um efeito similar ao predomínio do instinto.
Saber e não-saber é a verdadeira razão. Como eu também já falei, nem todos os nossos preconceitos cognitivos que serão equivocados. É papel e talento do sábio saber construir o melhor mapa da realidade moral/essencial e não apenas ''humana''...
O instinto é o começo, precisamos começar de algum começo, e enquanto que o pseudo-racional, hiper-céptico, tenderá a se confundir durante este processo construtivo, em especial a partir do momento em que considerar-se livre de qualquer pensamento equivocadamente tendencioso, o verdadeiro racional, o sábio, o fará, com base em erros e acertos. Em suma, a sabedoria é a bússola moral mais precisa...
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