O realista comum tende a ser arredio e neuroticamente hiper-reativo. Ele busca por uma perspectiva mais realista mas a mesma acaba aumentando a sua instabilidade emocional resultando em neuroticismo elevado. Ele fica frequentemente deprimido e enraivecido.
Ao se expor ao realismo ele reage de maneira mais super- auto-protetiva ou ansiosa.
Pra ele a realidade é sempre ruim ou, ele acaba misturando o seu estado de bem ou mau estar primordial/autoestima e autoconhecimento, com a realidade lá fora. Poderíamos denomina-los de pessimistas ou negativistas. No entanto é fato que o contexto também conta, e o mundo atual sendo dissolvido pelo (((veneno esquerdista))) era de se esperar que eles, especialmente, se tornassem mais negativos.
Um dos irrealistas mais comuns são os hiper-positivos que estão sempre buscando interpretar (e subsequentemente internalizar) o mundo em que estão, pelo melhor ângulo possível. Ainda que não estejam totalmente errados especialmente quando estão certos, é fato que o excesso de positividade não é a resposta final ou recorrente para todas as situações e perspectivas da realidade. O problema da positividade é que ela tende a nos cegar. Por outro lado, sem o frescor de pensamentos positivos, a negatividade tenderá a nos paralisar ou a fomentar doses cada vez maiores de desespero.
O sábio como habitual de sua parte mescla os pontos positivos dos dois extremos, a busca pela verdade dos pessimistas e a busca pela felicidade dos otimistas.
Os pessimistas estão mais próximos da depressão enquanto que os mais sábios inevitavelmente acabarão se tornando melancólicos. É a tendência por parte dos pessimistas passarem a odiar a vida enquanto que é habito tanto dos otimistas quanto dos sábios de passarem a amá-la.
O grande diferencial talvez seja porque o sábio característico busque unir o útil (conhecimento fundamental) ao agradável (felicidade). Os mais otimistas e os mais pessimistas tem em comum as suas incapacidades de se engajarem em mais de uma dimensão da realidade intrapessoal e extra-pessoal, porque enquanto o primeiro prefere se atomizar da realidade [de toda a realidade] em busca da felicidade, o segundo prefere se atolar na mesma em busca da verdade, em ambos resultando em incompletudes perceptivas.
O sábio, radicalmente ou nem tanto, alia o conhecimento/busca pela verdade ao bem estar pessoal/busca pela felicidade.
Isto é, enquanto que os mais pessimistas veem o conhecimento especialmente o que mais importa (espinha dorsal da macro realidade) como um mal necessário, os mais otimistas temem por ela ou, sequer lhe tomarão plena ciência.
O sábio vê o conhecimento como um bem necessário. Os mais otimistas idealizam erroneamente um mundo simplório onde os problemas se resolverão desde que a positividade tome posse dele.
Já os mais pessimistas não creem que ''o mundo'' se consertará tão cedo ou mesmo que possa ter conserto. O otimista avança sem segurança. O pessimista se paralisa. O sábio pode avançar ou como infelizmente é comum da trupe, observar mais do que agir, ainda que quando o faz ao menos terá a segurança ou o conhecimento fundamental ao seu lado.
Tal como a um hippie objetivamente culto.
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