Eu já fui um estudante de universidade federal brasileira. E mais, estudei em uma faculdade das ciências humanas, entre 2008 e 2014. Escolhi e passei para cursar a disciplina que foi a minha paixão, especialmente na minha segunda infância: geografia. Entrei no curso acreditando que seria mais de acordo com que aprendi a amar a geografia: memorizando nomes de capitais, tendo curiosidade em conhecer sobre outros países... Mas, desde o primeiro mês de aula até o dia em que apresentei o TCC (trabalho de conclusão de curso), eu fui exposto a um material acadêmico absolutamente enviesado à "esquerda" no espectro político-ideológico. Eu poderia facilmente estimar em torno de 90% de viés, excluindo conhecimentos técnicos e básicos. Pois o maior problema ainda não é se o viés é mais para um lado ou outro, ou mesmo o "quanto". Mas no que isso implica. E no caso de um viés à "esquerda", tipicamente, tem implicado em uma imposição de uma maioria de narrativas altamente distorcidas da realidade, que também são narrativas dogmáticas, fechadas para críticas intelectualmente honestas, que não estão integralmente baseadas em evidências, fatos e/ou ponderação racional... Portanto, mesmo que não seja, a priori, um problema, se torna, a posteriori, pelo que tem significado. Nem sou contra a aplicação do pensamento crítico, diferente de muitos à "direita". Aliás, é inevitável que uma ciência humana sempre atualizada dê a mesma atenção à crítica social tal como dá aos seus conhecimentos mais básicos. O mais importante é o quão embasada essa crítica está... Eis aí o grande problema do viés à "esquerda" (tanto quanto para a "direita")...
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quinta-feira, 24 de julho de 2025
Por que a "esquerda" mente tanto ou mais que a "direita"??
Então, essa foi a minha experiência dentro de uma universidade, e não sei se ainda terei a oportunidade de estar lá novamente. Mas não sou o único que percebeu essa situação, porque todo aquele que a frequenta ou que já frequentou, sabe, assim como eu, o que está acontecendo lá dentro. Sabe que, especialmente as faculdades das ciências humanas e adjacências se transformaram desde há um bom tempo em um antro de profunda doutrinação ideológica. Mas não são todos que são sinceros sobre isso. Na verdade, tem muitos que mentem, até descaradamente, chegando a negar que existe um esquema montado em que aqueles que demonstram afinidades ideológicas compatíveis são promovidos dentro da hierarquia acadêmica e aqueles que não são, são perseguidos ou mesmo eliminados da concorrência interna. Isto é, sem que os critérios de compatibilidade sejam exclusivamente a competência técnica e a plena adesão aos valores filosófico-científicos. É claro que são "de esquerda" os que mais mentem sobre isso, já que são os mais interessados que se permaneça esse estado de coisas, se para se favorecerem pessoalmente ou que, pelo menos a academia continue reiterando suas crenças ideológicas sem o mínimo de autocrítica. Pois a frequência e a profundidade desse hábito muito problemático parece ser maior entre eles do que entre àqueles, do outro lado das trincheiras da polarização. Deve ser porque é necessário uma maior elaboração nas mentiras de "esquerda" do que nas de "direita", por apresentarem uma natureza mais comparativamente abstrata, se isso também exige um maior esforço psicológico de crença. Mas também porque, por mais que a "direita" conservadora tenha uma longo histórico de abraço ao obscurantismo e ao negacionismo, pelo menos em relação a alguns fatos muito básicos sobre a natureza humana, nunca os negou tão profundamente como a "esquerda" tem feito. Nunca negou diferenças entre sexo, raça ou outros grupos humanos, mesmo se também não chegou a desenvolver esses fatos ou se limitou a exagerá-los pela via da generalização. Então, essa diferença, que parece pouca, se vista por um olhar mais superficial, é bem mais significativa quando olhamos mais de perto, justamente por se tratar de fatos muito básicos que são até primariamente percebidos de maneira instintiva e que são desproporcionalmente influentes em nossas vidas, tanto é que, com a hegemonia cultural e política da "esquerda" identitário-burguesa, nações inteiras sob o seu julgo começaram a apresentar problemas sociais crônicos que ameaçam suas próprias existências, não apenas como culturas ou etnias distintas, como também em termos de civilidade. Mas também existem outros fatores prováveis para que a "esquerda" minta e mais profundamente que a "direita". Um outro fator é uma grande atração que as suas ideias exercem sobre indivíduos que apresentam desvios ou transtornos da norma mais condizente com o ciclo natural de existência de um organismo: procriação, sobrevivência... Transtornos ou desvios morais, psiquiátricos, sexuais... Se especialmente a "esquerda" identitária que tem abraçado esses desajustados congênitos, ao invés de fazer como a direita tradicional sempre fez desde há muito tempo, de condená-los pelo que são. No entanto, esse "abraço" tem acontecido de maneira, digamos, excessivamente positivo e, claro, com segundas, terceiras intenções... Na verdade, a "esquerda", seria mais literalmente representada por essa mesma massa de "mutantes", como o reflexo de sua própria natureza inconformista à ordem "mais natural". Ainda que não se possa dizer que tudo o que defenda seja equivocado ou inverídico, se busca transcender essa ordem, que é uma espécie de réplica de cadeia alimentar inserida dentro de contextos humanos, combatendo os problemas sociais e morais que ela provoca, sem naturalizá-los tanto quanto tem feito a "direita", ela mesma, sua maior promotora. Mas, ao tratá-la como intrinsecamente falaciosa, o que não é, se reflete aspectos inatos e mais gerais do comportamento e das relações dos seres vivos, acaba causando mais problemas do que resolvendo os existentes. Por exemplo, quando afirma que a única razão para as diferenças sociais entre homens e mulheres é a opressão histórica e estrutural do patriarcado sobre o segundo grupo, desprezando completamente suas diferenças biológicas, incluindo as diferenças mentais entre os sexos. Portanto, além do próprio esforço que uma maior elaboração teórica exige, ainda precisa estar sempre reforçando crenças irracionais ou não-factuais sobre esses fatos muito básicos, forçando-a a se aprofundar mais no hábito de mentir do que a "direita". Pois se a "esquerda" os aceitasse pelo que são e passasse a construir sua defesa pela justiça social com base neles, uma parte significativa de seu conteúdo negacionista da legítima ciência seria eliminado e, aí sim, seria até melhor que as universidades tivessem um viés significativo ao seu lado. Mas a nossa realidade é praticamente a oposta desse ideal...
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