É o caráter factual do que está sendo transmitido...
Especialmente quando mentiras, meias verdades ou distorções de fatos, tipicamente organizadas como narrativas dogmáticas, predominam ou já estão presentes desde a essência de um sistema de crenças, é seguro classifica-lo como muito passível de se servir como referencial ideológico de doutrinação, e não de educação.
É por isso que, afirmar que Deus é uma improbabilidade lógica muito possível e que a luta de classes é uma realidade empírica, não são exemplos de doutrinação ideológica (o primeiro, de fato, carece de qualquer evidência, e o segundo é visível a todo momento em que se vive dentro de uma sociedade humana típica), ao passo que, negá-los, se tratam de exemplos (à "direita") de doutrinação.
Qualquer negacionismo de um fato, ainda mais de um fato notório que pode ser facilmente observado, ou afirmação de um fenômeno ou evento extraordinário sem qualquer evidência verdadeira que o corrobore, são matéria-prima para a doutrinação.
Outros dois exemplos de doutrinação, e não de educação, mas que estão mais "à esquerda" no espectro político-ideológico são: o negacionismo da existência de diferenças mais intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos (observável e ratificado pela percepção de padrões de estabilidade, previsibilidade e hereditariedade de comportamentos), e a afirmação extraordinária (um complemento típico ao primeiro) de que o meio tem um papel muito mais importante para o comportamento humano do que nossa própria natureza ou biologia, como se fôssemos apenas reagentes totalmente moldáveis pelas circunstâncias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário