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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

"A igualdade humana e universal é um mito"

 Unicórnios, dragões, espíritos, dinheiro, certos tipos de hierarquia social, sistemas econômicos e deuses, são frutos exclusivos da imaginação humana.

 

Já a individualidade ou singularidade e a igualdade, em essência, também pela finitude e fragilidade de todos os seres humanos e vivos, não são invenções da nossa imaginação, mas perspectivas verdadeiras ou verdades percebidas por nossa inteligência. 


Portanto, a luta por uma maior isonomia de tratamento é baseada em verdades existenciais ou absolutas porque não são criações da mente


sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Sobre o panteísmo secular (mundo das "celebridades") e a parassimpatia

 Aqueles indivíduos alçados à condição de "celebridades" são como "divindades" da mitologia secular?? 


São eles que alcançaram o "Olimpo" da riqueza e/ou da popularidade em um mundo de desigualdades exorbitantes e injustas. Que são tratados como absolutamente superiores aos outros, reles mortais, como os maiores merecedores de admiração e privilégios (mesmo se por razões escusas ou cronicamente insuficientes). E quando morrem "deixam legados" e se tornam "imortais"... arrastando simpatia, homenagens e lamentos de milhões, com os quais nunca conversaram ou conviveram pessoalmente, enquanto continuamente se maltratam ou pouco se importam com os que estão por perto...  pois também por culpa desta narrativa (ou doutrinação) que internalizaram, que valida e naturaliza esse universo obscuro de sujeitos extremamente privilegiados, que enfatiza nossas diferenças mais superficiais e nos aliena quanto ao que temos de mais comum e decisivo, a essência, de sermos uma mesma vida, frágil e momentânea, primariamente merecedores de respeito e cuidado, independente se somos famosos ou anônimos... 

domingo, 19 de abril de 2020

Reexplicando a relação entre autocentrismo perceptivo "animal" e "religião"/mitologia

Reexplicando a relação entre autocentrismo perceptivo "animal" e "religião"/mitologia


Fiz um texto em que tentei explicar minha teoria para a natureza essencial da prática religiosa ou mitológica, pela metáfora do marca-passo. Eu tentei e acho que não fui bem sucedido, mesmo depois de umas melhorias aqui e acolá. Aqui, volto a esse projeto e busco pontua-la rapidamente...

Metáfora do copo

Pense nos seres vivos não-humanos e em suas capacidades de compreensão da realidade como um copo cheio d'água, sem transbordar, em que não existe a percepção de "horizontes" ou "aléns"; não existe a ideia de vazio se já estão preenchidos por seus afazeres de adaptação; sem dinâmica ou perturbações mais intensas em seus ritmos perceptivos, em suas certezas intrínsecas. Essa metáfora representa seus comportamentos estereotípicos, instintivos, autolimitados, sem interrogações, apenas exclamações.
Agora pense na autoconsciência humana como um copo transbordando de água, em que a submissão instintiva ao ciclo adaptativo de vida não lhe é mais suficiente. Assim, cada gota de água que cai para fora do copo equivale ao pensamento que vai além da dimensão primária de adaptação, além da competição, da reprodução e da cooperação, do tempo presente, da própria sobrevivência. Que/também quer saber do que são feito as estrelas, por que pensamos, de onde viemos, para onde vamos. No entanto, ao longo da história evolutiva humana, um mecanismo que visa conter essa expansão, diga-se, natural de nossa  compreensão ou consciência, vai se tornando central na cultura, resultando no aumento proporcional de pessoas que apresentam necessidade intrínseca de contenção de sua curiosidade e percepção,regredindo para o nível mais básico de compreensão e vivência da realidade. Esse mecanismo se chama "religião", ainda que eu sempre prefira chamá-lo de mitologia. Ao invés de uma relativamente constante cascata de pensamentos curiosos sobre a realidade objetiva, ocorre uma construção (resposta auto-imune) de uma "represa" na mente, que contém esse aguaceiro de questionamentos, dúvidas, incertezas, certezas inconvenientes/angústias. Todos os seres vivos não- humanos vivem suas perspectivas de realidade como se fossem representações objetivas ou fidedignas da mesma. Portanto, não existe para eles qualquer necessidade de preenchimento ou de contenção daquilo que já tomam como preenchido ou seguro, suas experiências existenciais. Em contraste, o ser humano é aquele que está mais aberto para a confrontação ou interação com a realidade objetiva, isto é, que está menos sujeito à submissão de seus instintos, de sua subjetividade ou versão pré-constituída da realidade. Uns mais que outros. Mais perceptivamente subjetivo é o ser humano, menos racional ou essencialmente inteligente (que, até certo ponto, independe de seu potencial cognitivo quantitativo).

Como eu sou bom em metáfora, lá vai mais uma. A consciência do ser vivo não-humano como uma porta encostada onde que apenas alguns raios de sol entram. A autoconsciência do ser humano como uma costa bem mais aberta e frouxa, podendo ser mais fechada ou totalmente escancarada para que o sol penetre mais profundo dentro de sua perspectiva de corpo em frente à porta. O filósofo é o que escancara a porta. O mitólogo é o que mais a encosta.

Os seres vivos não humanos são todos autocêntricos, interessados predominante a totalmente em seus modos de vida ou perspectivas de realidade. A mitologia é a representação artística deste mesmo autocentrismo, em que o universo passa a girar em torno do ser humano, e com direito até a um deus-criador como "pai".
Formigas, felinos, elefantes, insetos, enfim... todos, experimentam seus modos de existência como se estivessem no centro da realidade. A religião ou mitologia, ao invés de puxar o ser humano para uma consciência de dimensão mais elevada, essencial e purificada das obrigações adaptativas, parece fazer o oposto, reforçando aquilo que também temos de comum aos outros seres vivos, menos inteligentes, o autocentrismo, que para eles é natural e para nós têm sido esse artifício com grandes implicações morais e evolutivas, em sua grande maioria, negativas, se, ao invés de abraçarmos nosso caminho evolutivo, por ela, estamos retrocedendo ou contendo a maximização de nosso potencial.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Pela sabedoria, ateísmo é religião que é conhecimento

O que é a religião?

É a busca pelo propósito ou finalidade de existir. Quando encaramos sozinhos o nosso tempo de existência. Quando a vida se confronta com o seu derradeiro destino. 

A religião são verdades absolutas ou conhecimentos existenciais e,  portanto, corresponde ao próprio âmago da filosofia, por ser o mais alto nível de realismo, de não apenas existir mas a partir do porquê de existir. É uma necessidade inerente à inteligência humana, já que para os outros seres vivos este porquê está contido em seu próprio modelo particular de existência.

Pela sabedoria, um falso paradoxo, porque o ateísmo é a base para a verdadeira religião, por ser um conhecimento existencial primordial: a inexistência da metafísica (continuidade infinita da vida) e/ou de divindades conscientes.  

 A partir daí, revela-se o real propósito da vida, contido em si mesma: o divino ou extraordinário e[ou] básico ato de viver. Ao invés da crença, a certeza desta realidade, de estar vivo e reconhecer a magnitude absoluta deste ato.

A mitologia distorce o significado da vida, tirando-o de si mesma. A vida perde a sua centralidade e se torna um meio para um fim. O fim é o sobrenatural, o metafísico. Mas, o metafísico é o nada, que categoricamente não existe. 

Ao contrário da tese popular, de que a religião, enquanto mitologia, nos conecta com uma dimensão superior de consciência e compreensão da realidade, na verdade, nos conduz, regressivamente, à condição "animal" ou pré autoconsciente, em que a vida é um meio para um fim, servindo a um propósito particular, pragmático, ao invés de um propósito essencial, em si mesma, sem saber o quão fundamental é o próprio viver, antes, durante e depois de sobreviver. A divindade ou a extraordinariedade do ato de viver é transferida para além daquela que o expressa, com grande ênfase na perpetuidade da espécie. Por causa da perda do instinto reprodutivo, como um dos prováveis efeitos do aumento escalonar da inteligência humana, precisamos de uma razão para procriar, daí também o aparecimento de mitologias, já que sem a superimposição instintiva de tarefas, procriar deixa de ser uma necessidade absoluta e se transforma numa escolha mediada pela persuasão.   

Para a ideologia mitológica é preciso um criador e seu produto ter uma finalidade diretamente servil a quem o criou. Mas, antes de ter um propósito particular, o viver, a vida tem um propósito universal ou igual para todas as outras existências, existir.

Então, o que é o viver, em sua verdade essencial?

A vida, em sua essência, existe como espelho, testemunha e mensageira da realidade. É um espelho, por ser parte da realidade, por "olhar de volta". É testemunha, por vivenciar a realidade, por reconhece-la, independente de seu alcance de percepção ou nível de consciência, e é mensageira porque vive e transmite sua realidade particular ao longo do espaço/tempo. O que é, o que vivencia e o que transmite são verdades ou reflexos da realidade por sua perspectiva.

Viver, mais do que ''viver'', é ser, sentir e transmitir verdades (ou conhecimentos) de modo que, contribuam para maximizar sua qualidade de existir. 

[O verbo ''viver'' é uma daquelas designações semânticas que não expressam objetividade em seu conceito. O verbo ''matar'' é mais objetivo ou auto-entendível que o verbo ''viver'', por exemplo.] 

O ser humano, ao transbordar sua própria subjetividade ou limite sensorial adaptativo, passou a saber mais do que poderia saber ou suportar o que, se por um lado, atiça a sua curiosidade, por outro também sua necessidade de fantasia ou de fuga, para viver ou suportar essa perspectiva que vai muito além de si mesmo, que revela sua pequenez [finitude, fragilidade]. Todas as outras vidas têm em seu viver "tudo o que precisam" saber ou compreender. O ser humano sabe aquilo que não sabe e do que não gostaria de saber. Para os outros seres vivos, seus limites perceptivos são máximos. Para nós, são como fronteiras ou limites relativos, onde é inevitável a percepção de horizontes além delas, e não apenas uma perspectiva verticalizada ou autocêntrica de existência, mesmo que acabemos nos comportando de modo tão ou mais egoísta, até mesmo pelo artifício da mitologia, que a reconstitui. Pela descoberta da filosofia, extrapolamos a zona de conforto ou de alienação natural, em que apenas se sabe aquilo "que se deve saber", para a sobrevivência. Se a religião é, em sua verdade, uma perspectiva essencial [centro universal] de conhecimentos ou verdades além-subjetivas, a mitologia, novamente, visa reconstituir o domínio absoluto da subjetividade, por exemplo, pela criação de deuses ou fenômenos antropomórficos, identificáveis, que iludem o ser humano de ser absolutamente importante para o grande esquema das coisas, da existência. Todos os seres vivos são alienadamente autocêntricos [alguns bem mais que outros] pois tratam seus limites de compreensão do mundo como a totalidade do mundo. As narrativas mitológicas sempre se baseiam neste mesmo autocentrismo, nessa tentativa de ter todas as respostas e respostas 'gratificantes" ou suficientes para nos manter em nossas zonas de conforto, em que o mundo é explicado com base em nossas perspectivas, nós, supostamente, em seu centro, e não por si mesmo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Je[w]sus = Hércules...

Filhos de mães humanas, 
pai metafísico [ambos criadores do universo];
Super-poderes...


quinta-feira, 8 de março de 2018

Deus: quando o ser humano ''se tornou'' autoconsciente...

... as questões extremamente complexas sobre a origem da vida e da existência inevitavelmente apareceram. Como o ser humano não tinha maiores capacidades cognitivas OU recursos culturais/tecnológicos para buscar por explicações lógicas, acabou apelando pelas mais fantásticas, em acordo com a dimensão das mesmas. Tal como se aparecesse um dilema muito complexo e extremamente urgente para uma tribo cognitivamente mais simplória e ela tivesse que resolve-lo. Desta diferença brutal entre a pergunta e a capacidade de respondê-la, Deus [antropomórfico] surgiu...

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Continuando sobre religião e mitologia..

Religioso = auto consciente e existencialista ou hiper existencial

Mitologista = seguidor de mitos

Neste sentido a maioria dos artistas seriam mais religiosos do que os auto declarados religiosos

Lembrando que divino não é mitológico//fantasioso

A religião é essencial para a sociedade mas não as proto a pseudo-religiões que existem, a grande maioria delas...

Tal como eu já comentei, toda sociedade precisa ter uma base e/ou uma estrutura e não necessariamente uma religião. No entanto eu mudei a minha maneira de pensar e agora acredito que sim a religião é muito importante já que se consiste em uma parte extremamente essencial da cultura. Só que eu estou falando do conceito e possível prática ideal da religião e não das que já existem, até mesmo porque quase todas elas são adaptações locais e não universais, além de distorções quase naturais do universal, enviesado ou encolhido para os contextos locais.

A religião não é mitologia [lembrando]..


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Mitologia versus religião

A verdadeira religião não é mitológica e é essencialmente agnóstica. 

O divino não tem que ser mitológico porque não são a mesma coisa, obviamente.