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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Sobre o panteísmo secular (mundo das "celebridades") e a parassimpatia

 Aqueles indivíduos alçados à condição de "celebridades" são como "divindades" da mitologia secular?? 


São eles que alcançaram o "Olimpo" da riqueza e/ou da popularidade em um mundo de desigualdades exorbitantes e injustas. Que são tratados como absolutamente superiores aos outros, reles mortais, como os maiores merecedores de admiração e privilégios (mesmo se por razões escusas ou cronicamente insuficientes). E quando morrem "deixam legados" e se tornam "imortais"... arrastando simpatia, homenagens e lamentos de milhões, com os quais nunca conversaram ou conviveram pessoalmente, enquanto continuamente se maltratam ou pouco se importam com os que estão por perto...  pois também por culpa desta narrativa (ou doutrinação) que internalizaram, que valida e naturaliza esse universo obscuro de sujeitos extremamente privilegiados, que enfatiza nossas diferenças mais superficiais e nos aliena quanto ao que temos de mais comum e decisivo, a essência, de sermos uma mesma vida, frágil e momentânea, primariamente merecedores de respeito e cuidado, independente se somos famosos ou anônimos... 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

O problema do secularismo capitalista

 O Estado não deve apenas manter seus interesses separados dos interesses da Igreja, mas também do Mercado, porque não é apenas a religião que tem tido grande e perniciosa influência nas sociedades humanas. Apenas perceba o nível de promiscuidade do Mercado em relação ao Estado, influenciando diretamente nas decisões políticas, primariamente atribuídas ao segundo, de maneira que, coloca interesses pessoais à frente dos do coletivo, com a desculpa de se ser para o bem da "economia" ou para o "desenvolvimento" do país...


Portanto, não basta desvincular o Estado da Igreja, mas mantê-lo subordinado ao Mercado, substituindo uma elite eclesiástica por uma elite burguesa, de indivíduos que só pensam em seus lucros, que baseiam seus métodos econômicos na exploração predatória do ser humano e da natureza, o mesmo que a Santa igreja fazia, nomeadamente na Europa medieval, durante os seus tempos áureos de supremacia política (e que continua a fazer em outros lugares do mundo, inclusive e, evidentemente, com o protagonismo de outras "religiões").


Como conclusão, o Estado, em condições ideais, precisa funcionar como um Núcleo da sociedade (análogo ao de uma estrutur celular), que governa, junto com o povo, visando o bem comum de todos os grupos e indivíduos (não apenas os da espécie humana) que estão sob a sua jurisdição e que merecerem por mérito verdadeiro ou correspondente e/ou compaixão universal, pelo reconhecimento do valor intrínseco e de igualdade essencial da vida; como uma teia básica que sustenta e interliga a todos pela harmonia e não mais como uma rede de privilégios injustos, inconsequências e tiranias.


Isso partindo do pressuposto irrealista e ingênuo de que as sociedades, particularmente as ocidentais, já estão plenamente secularizadas.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Sobre o fundamentalismo secular



Geralmente, quando falamos de fundamentalismo (ou autoritarismo extremista), nos referimos ao "religioso". Mas, qualquer tipo de imposição ideológica, autoritária e injusta, pode ser considerada fundamentalista. Por isso que é possível dizer que esse conjunto de valores, ideias e ideais (ideologia), que tem emergido à cena política a partir da secularização parcial da sociedade, primária e principalmente no mundo ocidental, pode ser considerado como uma espécie de ''fundamentalismo secular'', porque têm sido impostos como "verdades absolutas" e, claro, sem maior preocupação com o seu nível de veracidade, honestidade, coerência e, portanto, de justiça.