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sábado, 26 de julho de 2025

Mais pimentinhas aleatórias

 "Tolerância zero com bandido"


Fala típica de um conservador 

Concordo!!

Mas... E quanto aos bandidos de terno e gravata e cheios de dinheiro?? 

Pode ser lamentável a morte precoce de uma "celebridade", mas também é lamentável que existam pessoas tão social e economicamente privilegiadas, ainda mais se são pessoas que tiveram a audácia de falar publicamente sobre supostos privilégios daqueles muito menos privilegiados que elas e do quão supostamente sofredoras elas foram enquanto vivas...

Mesmo que o preconceito por identidade ou natureza possa ser muito doloroso, não ter o que comer ou viver na insegurança financeira, é um sofrimento ainda mais visceral que dificulta a plenitude de viver. Além disso, uma pessoa rica que sofre discriminação negativa ainda pode compensar com os seus privilégios...

Sobre a problemática de se lamentar a morte de uma pessoa famosa é a de que, para a maioria se consiste em se lamentar pela perda de uma pessoa que não conheceu, que muitas vezes não legou contribuições sociais objetivamente boas e que também está associado a prestar condolências por uma questão de privilégio, deixando claro que certas vidas seriam supostamente mais dignas de comoção coletiva do que outras...

O politicamente correto da "esquerda" confunde compaixão com pena

O "esquerdista" adora justificar sua grande intolerância com opiniões diferentes com a regra de "não ser tolerante com o intolerante..." mas a intolerância é muito mais justificável se for com um tolo, justamente o que ele tende a ser...

Um traço inequívoco de estupidez é a incapacidade crônica de não generalizar grupos. Justamente o que identitários de "esquerda" (também os de "direita") mais fazem...

Imigração regulada e restrita está para beber com moderação e imigração em massa está para alcoolismo...

Muitos daqueles que mais acreditam e desejam pela aplicação da eugenia, geralmente de conservadores, se realmente compreendessem no que isso implicaria, especialmente se a eugenia tivesse como objetivo principal elevar a racionalidade humana, lutariam para manter a humanidade a mais estúpida possível...

Além dos "altruístas patológicos" e dos ignorantes sobre o tópico, entre os que se colocam como totalmente contrários à qualquer prática de eugenia, também existem os que têm um interesse pessoal nisso, tal como aqueles sujeitos que apresentam transtornos de personalidade antissocial... se costumam preferir por sociedades disfuncionais em que se disfarçam melhor e consideram como um ambiente perfeito para se adaptarem, também no sentido de serem bem sucedidos...

Estar em uma situação problemática, necessariamente não faz um indivíduo problemático. Se existem indivíduos problemáticos que estão em situações estáveis e tranquilas de vida...

Existe aquele que muitos consideram um "peso morto" primariamente por ser sustentado ou "carregado" pelos outros, ou que apresenta uma relação mais aparente de dependência unilateral. Mas também existe o "peso vivo", aquele que, mesmo que contribua financeiramente ou que não seja mais dependente em uma relação de convívio, também contribui negativamente, por outras vias e/ou não o suficiente...

"É importante respeitar o presidente, porque ele é uma autoridade"

Ou 

"é importante respeitar uma autoridade por ser uma autoridade"

Argumentos redundantes como esse nunca são suficientes para uma análise verdadeiramente filosófica...

É possível odiar grupos sem necessariamente generalizar todos os indivíduos que se associam aos mesmos

Apenas três vias para se desenvolver simpatia por grupos mais objetivamente problemáticos (com uma desproporção de indivíduos problemáticos): 

Auto identificação 
Distância 
Ou um idealismo fantasioso 

Algumas vezes, a melhor maneira de compreender as crenças das pessoas é
buscando saber quem elas são

Por que os gênios tendem à solidão?

Por dois fatores principais 

1. Porque, ao se tornarem obcecados pelos seus tópicos de maior interesse, tendem a se tornar pouco interessantes como figuras sociais

2. Porque essa obsessão intelectual tende a moldar suas maneiras de enxergarem e se relacionarem com o mundo, construindo uma perspectiva existencial única e de difícil acesso ou compreensão aos outros, enquanto que o ideal para a socialização é que a perspectiva existencial de um indivíduo seja a mais genérica possível, muito fácil de se relacionar e se alinhar

Todo ser vivo tem as suas próprias crenças, não apenas o humano. Crença, em seu sentido mais primitivo, como um eco de confirmação com base no que se sente, percebe e vive

Se criatividade é inteligência e racionalidade também é inteligência, a inteligência é o quê??

Tal como se, tudo é Deus, Deus é o quê?

Se "tudo" é mais uma apanhado abstrato do que um fato absoluto 

O problema não é necessariamente ler pouco, mas pensar e entender pouco. E, nesse sentido, são muitos aqueles que são leitores ávidos, mas também apresentam uma capacidade deficitária de compreensão filosófico-científica... Tal como aqueles indivíduos excessivamente enviesados a um lado no espectro político-ideológico que são mais ignorantes que conhecedores sobre uma série de tópicos, mesmo ou especialmente aqueles que aparentam ter se especializado 

O problema, a priori, não é as ciências humanas estarem 99% enviesadas ideologicamente à esquerda ou à direita, mas o fato de que as verdades correspondentes às mesmas não estarem...

O mesmo em relação às artes. Não importa se estão enviesadas à esquerda, ao centro ou à direita, mas o que isso significa (mal gosto, politização excessiva...)

As maiores diferenças entre indivíduos de alto (120 ou mais) e baixo QI (90 ou menos): capacidades de memorização e de racionalizar crenças pessoais, inclusive as mais irracionais 

A maior diferença entre os indivíduos mais racionais e os menos racionais: capacidade de compreender a realidade, que é o mais crítico à inteligência 

"Eu sou totalmente contra a discriminação e a segregação"

Dizem aqueles alecrins dourados que estão sempre discriminando e se segregando em espaços ideologicamente homogêneos de convívio mais íntimo... 

O fanatismo ideológico pode ser tão grave quanto um quadro não-tratado de esquizofrenia, porque o indivíduo submetido a essa condição, passa a vivenciar e a interpretar a realidade de maneira integralmente distorcida, sempre enviesada às suas crenças delirantes...

O autoconhecimento legítimo é um autoconhecimento científico, que também é filosófico, que significa conhecer sobre os próprios potenciais e, portanto, sobre os próprios limites 

Já um exemplo clássico de autoconhecimento ideológico, no pior sentido do termo, significa desconhecer sobre os próprios limites, acreditando que apresenta potenciais infinitos 

A maneira mais segura de se autoconhecer é começando a fazê-lo pelos próprios limites, para então conhecer os próprios potenciais, se estes são determinados pelos primeiros 

"Mudamos a todo momento"

O autoconhecimento requer a disciplina de um auto-olhar treinado para que não faça o tipo de dedução vaga ou imprecisa, como a de cima. 

Não, não mudamos a todo momento, literalmente. A maioria não muda de maneira significativa a longo prazo. E a minoria que apresenta mudanças mais notórias de comportamento, é muito provável que já apresentavam fatores subjacentes, de suas próprias naturezas, pois se existe uma primeira regra do comportamento, bem que poderia ser essa, de que, nenhuma tendência emerge ou se expressa sem que já exista uma predisposição, tal como não existe um meio sem ter existido um começo. E o começo dos nossos comportamentos está em nós mesmos, no que temos de traços mentais mais inatos, e não no "meio" externo, diga-se, um apanhado de múltiplos fatores que recebe essa denominação abstrata, muito similar à ideia de um todo, nada mais do que uma soma de fatores circunscritos a um espaço arbitrariamente determinado. 

*Desconsiderando casos excepcionais de lesão cerebral ou outros fatores primariamente externos que causam alterações de personalidade/mentais

Tentativas de extrapolação universal das próprias experiências ou trajetórias de vida, como se fossem exemplos possíveis em qualquer outro contexto pessoal, parece que costumam se basear em exemplos aparentemente menos complexos, especialmente em relação aos contextos mais desafiadores. Um exemplo de uma espécie de falácia de pensamento muito comum de ser praticada...

O direito à livre associação ou à autossegregação também é especialmente o direito de não ser forçado a conviver com quem não sabe conviver...

Se declarar "antirracista" hoje em dia (década de 2020) se tornou progressivamente uma identificação que expressa uma deficiência de compreensão científica e até moral (filosófica) sobre os tópicos relacionados: raça, comportamento, sociedade... do que apenas uma inclinação político-ideológica e muito menos uma inclinação moralmente superior, se o julgamento mais justo nunca é possível com base em mentiras

Tal como, especialmente uma mulher, que se identifica como feminista, deixou de significar apenas um posicionamento político, e muito menos um posicionamento moralmente superior, até por se comportar como um machismo invertido, de desumanização generalizada do gênero masculino por muitas dos núcleos de ativismo...

Ainda incluindo dentro do termo falacioso do "antirracismo", também o "antissemitismo", todo aquele que está muito enviesado a considerá-lo da maneira com que os mais interessados querem, como um crime de pensamento, estão tão fanatizados quanto os que se declaram de maneira apaixonada e acrítica como "antirracistas"

Uma pessoa aparentemente dotada de altas capacidades cognitivas que adota narrativas "antirracistas", bem como de outras vertentes "identitárias", ou é suspeita de fazê-lo, por, talvez, estar se beneficiando por esse posicionamento, ou o que é suspeito é o seu nível racional, diga-se, seu nível epistêmico de racionalidade. Mas por ser um comportamento tacitamente irracional, de defender ou se apoiar em distorções de fatos, não é suspeito o que já se ratifica como um baixo nível de racionalidade instrumental...

Tão ou mais digno de pena que aqueles indivíduos fanatizados que, claramente, defendem e ou se apoiam em adulterações da realidade, são aqueles que performam como aparentes opositores ao fanatismo e à influência do primeiro grupo. Em ambos os casos, o mesmo questionamento: são mais para loucos ou cínicos?? 

Em termos absolutos, nenhum grupo racial ou étnico é superior ao outro, porque nenhum grupo é dotado de uma uniformidade absoluta de indivíduos, especialmente em termos de comportamento intelectual e moral. 

Mas em termos relativos e históricos, é perfeitamente sensato concluir que, sim, existe essa hierarquia...

O paradoxo do rótulo e do comportamento moral 

Quanto mais você se distancia ou condena um rótulo, mais livre você se sente para agir de acordo com esse mesmo rótulo, mas por vias não-tradicionais ou não-explícitas 

Os mesmos autoritários insuportáveis que se dizem contra qualquer tipo de segregação, são justamente os que mais querem impor sua presença desagradável em todo lugar...

Toda abstração é arbitrária. Uma cidade, um conceito ou uma palavra. É o mesmo que dar forma ou limite ao que não tem, porque não existe. É o mesmo que dar forma e estrutura à imaginação 

A formação humanista do professor não significa que ele tenha que incorporar funções que não são de sua primária competência, mas que ele, ao menos, domine o mínimo de saberes legítimos sobre as ciências com as quais ele lida em seu cotidiano profissional. Então, o ideal não é que lhe seja atribuído outras funções, como a de psicólogo/psiquiatra, mas que saiba julgar psicológica e cognitivamente os seus alunos, até para que possa direcionar suas estratégias de ensino. Ou pelo menos que tenha uma equipe multidisciplinar em seu auxílio.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A partir da verdadeira "justiça social", segregação e discriminação podem ser moralmente justificadas/From the perspective of true "social justice", segregation and discrimination can be morally justified

 A partir da verdadeira "justiça social", segregação e discriminação podem ser moralmente justificadas


Também no sentido de necessárias, afinal, ao menos em relação à segregação, ninguém deveria ser obrigado a conviver, ainda mais se for com pessoas cronicamente "problemáticas'... Nesse texto, apresentarei rapidamente uma maneira de solucionar esse problema de convívio forçado e injusto, sem cair na tentação do "racismo', mas com uma ressalva que problematiza ainda mais as narrativas dominantes sobre o tema...

Bairros exclusivos para os "mais educados"??

Mais educados não apenas ou unicamente no sentido acadêmico, mas especialmente em termos de polidez, empatia, inteligência emocional, enfim, de capacidade real de convívio respeitoso... Então, seriam construídos ou estabelecidos "condomínios fechados" que excluiriam aqueles que não conseguem conviver socialmente de maneira educada ou, moradores de qualquer bairro poderiam escolher apenas aqueles que comprovadamente conseguem fazê-lo com consistência... Portanto, nada mais justo do que segregar quando existem razões lógicas que justifiquem tal ato. E que, nesse caso, ainda se consistiria em uma auto segregação, menos passível de recriminação moral coerente.

Mas mesmo quando, aparentemente, não existe uma razão lógica para a segregação, tal como no caso de fazê-lo com base em aspectos físicos ou raciais, todo indivíduo, em uma sociedade que respeita seus direitos mais básicos, está no direito de se segregar, se quiser, ou de se associar com quem ele desejar, e isso inclui até mesmo o critério da etnia ou raça, invalidando a associação absoluta da ideia de racismo com a de segregação racial que tem sido estabelecida como um dogma moral desde a segunda metade do século XX. Mesmo no caso mais famoso, que aconteceu durante o regime do Apartheid, na África do Sul, se as questões mais objetivamente discutíveis ali foram: a imposição da segregação racial a nível nacional, sem deixar para a livre escolha de indivíduos e grupos, e a administração rudimentar do governo sul africano em relação aos territórios destinados à população negra, além da repartição muito desigual de terras. 

Se a "verdadeira justiça social" não sacrifica injustamente certos grupos, pela criação de bodes expiatórios, para supostamente corrigir equívocos históricos cometidos contra indivíduos de grupos marginalizados, até porque processos sociais de marginalização não costumam acontecer de maneira unilateral, como se fossem sempre ou absolutamente injustos, o que quase nunca é o caso. 

E quanto à discriminação??

Idealmente falando, toda sociedade humana deveria se constituir por filtros justos ou racionais de seleção e, portanto, de discriminação, que incluem ou excluem com base em critérios moral e intelectualmente justificáveis, tal como o estabelecimento de quotas para deficientes (mas não para outros critérios, como o de raça ou sexo) e a seleção dos indivíduos mais objetivamente capazes para determinada função. Pois é conclusivo quanto à inevitabilidade dos filtros de discriminação, se toda seleção é uma discriminação, no sentido de exclusão implícita, e se sempre se baseia em critérios específicos, também a especificação como sinônimo de discriminação...

Pois é quase certo de se concluir que a maioria daqueles que advogam pelo fim de qualquer medida de discriminação e de segregação: não compreende com profundidade do que se tratam esses conceitos, e os praticam em suas esferas pessoais, como bons hipócritas, se todo ser humano tem os seus próprios critérios ou gostos pessoais.



From the perspective of true "social justice", segregation and discrimination can be morally justified

Also in the sense of being necessary, after all, at least in relation to segregation, no one should be forced to live together, especially if it is with chronically "problematic" people... In this text, I will quickly present a way to solve this problem of forced and unfair coexistence, without falling into the temptation of "racism", but with a caveat that further problematizes the dominant narratives on the subject...

Exclusive neighborhoods for the "more educated"??

More educated not only or solely in the academic sense, but especially in terms of politeness, empathy, emotional intelligence, in short, a real capacity for respectful coexistence... Then, "gated communities" would be built or established that would exclude those who are unable to socialize in a polite manner, or residents of any neighborhood could choose only those who have proven to be able to do so consistently... Therefore, nothing is fairer than segregating when there are logical reasons to justify such an act. And in this case, it would still be self-segregation, less subject to coherent moral recrimination.

But even when there is apparently no logical reason for segregation, such as when segregation is based on physical or racial characteristics, every individual in a society that respects their most basic rights has the right to segregate themselves if they wish, or to associate with whomever they wish, and this even includes the criteria of ethnicity or race, invalidating the absolute association of the idea of racism with that of racial segregation that has been established as a moral dogma since the second half of the 20th century. Even in the most famous case, which occurred during the Apartheid regime in South Africa, the most objectively debatable issues there were: the imposition of racial segregation at the national level, without leaving it up to the free choice of individuals and groups, and the rudimentary administration of the South African government in relation to the territories destined for the black population, in addition to the very unequal distribution of land. If "true social justice" does not unfairly sacrifice certain groups by creating scapegoats to supposedly correct historical mistakes made against individuals from marginalized groups, then social processes of marginalization do not usually occur unilaterally, as if they were always or absolutely unfair, which is almost never the case.

What about discrimination?

Ideally speaking, every human society should be constituted by fair or rational filters of selection and, therefore, of discrimination, which include or exclude based on morally and intellectually justifiable criteria, such as the establishment of quotas for the disabled (but not for other criteria, such as race or sex) and the selection of the most objectively capable individuals for a given function. For it is conclusive as to the inevitability of discriminatory filters, if all selection is discrimination, in the sense of implicit exclusion, and if it is always based on specific criteria, then specification is also synonymous with discrimination...

For it is almost certain to conclude that the majority of those who advocate for the end of any measure of discrimination and segregation: do not understand in depth what these concepts are about, and practice them in their personal spheres, like good hypocrites, if every human being has their own criteria or personal tastes.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Limites do conceito de racismo, com um exemplo: o direito à livre associação/Limits of the concept of racism, with an example: the right to free association

 É racismo não querer conviver ou limitar o convívio com indivíduos da raça y ou da etnia x??


Muitos diriam que sim, que é um exemplo clássico e indiscutível de racismo. Mas o direito à livre associação (que também pode ser chamado de "auto segregação") não é racismo. Como acontece com frequência, preconceitos, tal como o racismo*, e preferência pessoal, também entram em conflito por aqui, porque parece difícil determinar onde que um começa e o outro termina... 

Então, como resolver esse impasse?? 

Aplicando a minha proposta de conceito para o racismo, buscando pelo conceito mais objetivo e imparcial possível, ainda mais se tratando de uma palavra ou termo abstrato e que, ainda por cima, é mais específico a contextos sociais, com implicações morais... Finalmente, ao invés de usar o conceito mais adotado, de comportamento discriminatório com base na raça ou etnia, enfatizar em sua própria raiz, que é o estabelecimento de uma relação equivocada de causalidade ou generalização (e não de correlação interseccional) entre fenótipo racial e comportamentos, até como maneira de separar, por definitivo, preferência pessoal de racismo, bem como de qualquer outro tipo de preconceito. Também ajuda a não super-enfatizar racismo ou preconceitos às ideias de discriminação e segregação, se, como eu já comentei em outro texto**, não são unilateralmente imorais, por estarem dependentes de contexto para que se possa determinar o quão injustas, insensatas, cruéis, ou o oposto, podem ser. 

* O racismo pode ser por preconceito (racismo negativo ou generalização pejorativa de um ou mais grupos raciais) ou por fanatismo (racismo positivo ou supremacia racial de um ou mais grupos raciais). Eu falei sobre esses tipos de racismo que propus nesse texto: Racismo "negativo" e "positivo".

** "Sobre mais dois casos de manipulação semântica para fins políticos supostamente benignos: discriminação e segregação"

Esse texto busca justificar e defender o direito à livre associação, de que, a priori, nenhum indivíduo deve ser obrigado a conviver com ninguém que não queira, mesmo se por motivação racial ou por outra razão parecida (por orientação sexual, religião...). 

Is it racist not to want to socialize or limit socializing with individuals of race y or ethnicity x?

Many would say yes, that it is a classic and indisputable example of racism. But the right to free association (which can also be called "self-segregation") is not racism. As often happens, prejudices, such as racism*, and personal preference also come into conflict here, because it seems difficult to determine where one begins and the other ends...

So, how to resolve this impasse??

Applying my proposed concept for racism, searching for the most objective and impartial concept possible, especially when it is an abstract word or term and which, on top of that, is more specific to social contexts, with moral implications... Finally , instead of using the most adopted concept, of discriminatory behavior based on race or ethnicity, emphasize its own root, which is the establishment of a mistaken relationship of causality or generalization (and not of intersectional correlation) between racial phenotype and behaviors , even as a way to definitively separate personal preference from racism, as well as any other type of prejudice. It also helps not to overemphasize racism or prejudice against the ideas of discrimination and segregation, if, as I have already commented in another text**, they are not unilaterally immoral, as they are context dependent so that one can determine how unfair, unwise, cruel, or the opposite, can be.

* Racism can be due to prejudice (negative racism or pejorative generalization of one or more racial groups) or fanaticism (positive racism or racial supremacy of one or more racial groups). I talked about these types of racism that I proposed in this text: "Negative" and "Positive" racism.

** "About two more cases of semantic manipulation for supposedly benign political purposes: discrimination and segregation"

This text seeks to justify and defend the right to free association, that, a priori, no individual should be forced to live with anyone they do not want to, even if for racial motivation or for any other similar reason (sexual orientation, religion... ).

sábado, 27 de abril de 2024

Sobre mais dois casos de manipulação semântica para fins políticos supostamente benignos: discriminação e segregação/About two more cases of semantic manipulation for supposedly benign political purposes: discrimination and segregation

 (Eu já falei sobre o caso da xenofobia nesse texto: "Novo exemplo de desonestidade 'de esquerda': xenofobia")

Sempre imorais??

Discriminar é o ato de tratar de maneira diferente, de diferenciar.

Segregar é o ato de separar, dividir ou isolar.

São duas palavras abstratas e, como costuma acontecer com esse tipo de palavra, estão desprovidas de uma determinação moral que só é imposta a partir de uma contextualização. Isso significa que, discriminar pode ser moralmente bom ou ruim, assim como segregar. No entanto, graças ao aparelhamento ideológico progressivo das instituições tradicionais, especialmente no mundo ocidental, essas duas palavras têm sido unilateralmente determinadas como imorais, também no sentido de injustas ou irracionais, como se segregar ou discriminar fosse sempre errado (exagerado, desnecessário, cruel...).

Ainda dentro de suas respectivas possibilidades, existem atos correspondentes de auto discriminação e de auto segregação, quando são mais direcionados para si mesmo. Um bom exemplo de auto segregação é a existência de grupos religiosos, vezes determinados por linhagens raciais, tal como os judeus ortodoxos e os amish. Já em relação à auto discriminação, pode e costuma se dar em vários contextos pessoais, mesmo sem ser percebida pelo indivíduo.



Exemplos em que segregação e discriminação não são imorais:


Segregar indivíduos ou grupos de indivíduos objetivamente considerados perigosos para a segurança pública ou mesmo de se auto segregar em relação aos mesmos...

Discriminar pelos artistas mais objetivamente talentosos para uma finalidade específica que busca pelo primor artístico.

A própria meritocracia é um tipo de discriminação positiva.

Separar vagas de estacionamento para deficientes físicos; tratar deficientes mentais de maneira positivamente diferenciada ou positivamente discriminatória.


Exemplos históricos de práticas de segregação e discriminação que têm sido retratados como absolutamente abjetos pelos mesmos indivíduos que inventaram e/ou adotam manipulações semânticas desses termos:


Segregação racial na África do Sul e no sul dos EUA


Pois apesar de serem exemplos de segregação por critério de raça e portanto, passíveis de crítica*, se é mais racional segregar por critérios mais objetivos, tal como por comportamento, não foram baseados unicamente no desejo ou intuito de separar indivíduos por raça, mas também e, justamente, com base em estatísticas de comportamento por grupo racial. Portanto, mesmo se o critério usado fosse o comportamento, ainda ocorreriam níveis variados de segregação racial, por causa das diferenças médias de tendências comportamentais entre as populações humanas.


* Pelo critério de auto segregação, há pouco com o que discutir.


Por fim, é importante destacar que discriminar e segregar são atos constantes, praticamente inevitáveis em nossas vidas e também nos ambientes sociais em que navegamos. Então, lutar contra algo que nós é tão lógico, básico e natural não parece contraproducente. Como conclusão, o ideal seria de buscarmos pelas medidas mais racionais ou justas de discriminação e segregação e não de nos iludirmos tratando-as como desejavelmente descartáveis.


 (I already talked about the case of xenophobia in this text: "New example of 'left-wing' dishonesty: xenophobia")


Always immoral??


Discriminating is the act of treating differently, of differentiating.

Segregation is the act of separating, dividing or isolating.


They are two abstract words and, as is often the case with this type of word, they are devoid of a moral determination that is only imposed through contextualization. This means that discriminating can be morally good or bad, just like segregating. However, thanks to the progressive ideological rigging of traditional institutions, especially in the Western world, these two words have been unilaterally determined to be immoral, also in the sense of unfair or irrational, as if segregating or discriminating were always wrong (exaggerated, unnecessary, cruel. ..).


Still within their respective possibilities, there are corresponding acts of self-discrimination and self-segregation, when they are more directed towards oneself. A good example of self-segregation is the existence of religious groups, sometimes determined by racial lineages, such as Orthodox Jews and the Amish. Regarding self-discrimination, it can and usually occurs in various personal contexts, even without being noticed by the individual.


Examples where segregation and discrimination are not immoral:


Segregating individuals or groups of individuals objectively considered dangerous to public safety or even self-segregating in relation to them...

Discriminate among the most objectively talented artists for a specific purpose that seeks artistic excellence.

Meritocracy itself is a type of positive discrimination.

Separate parking spaces for disabled people; treat mentally disabled people in a positively differentiated or positively discriminatory way.


Historical examples of segregation and discrimination practices that have been portrayed as absolutely abject by the same individuals who invented and/or adopted semantic manipulations of these terms:


Racial segregation in South Africa and the southern US


Because despite being examples of segregation based on race criteria and therefore subject to criticism*, although it is more rational to segregate based on more objective criteria, such as behavior, they were not based solely on the desire or intention to separate individuals by race, but also and, precisely, based on behavioral statistics by racial group. Therefore, even if the criterion used was behavior, varying levels of racial segregation would still occur, because of the differences in average behavioral tendencies among human populations.


* According to the self-segregation criterion, there is little to argue with.


Finally, it is important to highlight that discriminating and segregating are constant acts, practically inevitable in our lives and also in the social environments in which we navigate. So, fighting against something that is so logical, basic and natural to us does not seem counterproductive. In conclusion, the ideal would be to look for the most rational or fair measures of discrimination and segregation and not to deceive ourselves by treating them as desirably disposable.