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quinta-feira, 7 de março de 2024

Sobre meio, criação e personalidade/caráter//About environment, creation and personality/character

 Eu não acredito que o meio, incluindo a criação dada pelos pais, seja o principal fator no desenvolvimento (ou constituição) da personalidade e, portanto, do caráter, por acreditar que aconteça paralela e independentemente. Mas eu acredito que a criação pode ou costuma ter um efeito mais pronunciado na dinâmica familiar, assim como o meio, de maneira geral, que também influencia na dinâmica social, de modo que, o comportamento de uma pessoa pode ser variavelmente mediado por outras pessoas, leis, estruturas ou circunstâncias de contato. Mas tudo também depende das próprias inclinações intrínsecas da pessoa, reiterando a minha defesa heterodoxa pelo determinismo biológico, de que nenhuma mudança de comportamento acontece sem que exista uma disposição intrínseca que a favoreça.


 About environment, creation and personality/character


  I do not believe that the environment, including parental upbringing, is the main factor in the development (or constitution) of personality and, therefore, character, as I believe that it happens parallel and independently. But I believe that upbringing can or usually has a more pronounced effect on family dynamics, as well as the environment, in general, which also influences social dynamics, so that a person's behavior can be variably mediated by other people. , laws, structures or circumstances of interaction. But everything also depends on the person's own intrinsic inclinations, reiterating my heterodox defense of biological determinism, that no change in behavior happens without there being an intrinsic disposition that favors it.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Por que ter um Q.I alto não é suficiente para promover a verdadeira meritocracia??

 Os processos seletivos, especialmente para o acesso ao ensino superior e para cargos públicos, selecionam os concorrentes que tiram as pontuações mais altas nas provas. Implicitamente, eles estão avaliando, não apenas a dedicação e empenho para estudar, mas também o nível de suas capacidades cognitivas, que podem ser relativamente capturadas por testes de QI (o mesmo na maioria das escolas). Para muitos, estes são métodos meritocráticos porque buscam avaliar a todos, igualmente. No entanto, existem uma série de questões que tornam essa crença bem menos verdadeira do que aparenta. Primeiro, se a inteligência humana tem uma carga genética ou biológica predominante ao seu componente ambiental, então, aqueles com as maiores médias de QI também serão consideravelmente mais propensos a tirar as notas mais altas em vestibular ou concurso público. Pois, ao aceitarmos essa verdade, tais métodos se revelam como "faz-de-conta", em que a maioria acredita que basta apenas o empenho nos estudos para conseguir tirar boas pontuações, desprezando que também é importante ter a sorte de nascer com um maior potencial cognitivo, incluindo de memorização. Segundo, além da variação nos níveis quantitativos, também apresentamos variação de desempenho em nossos níveis qualitativos, nos "tipos" de inteligência, como a criatividade. Só que ambas não são consideradas nessas avaliações porque está enraizado a crença de que nos diferimos apenas na motivação para estudar e aprender. Terceiro, as provas aplicadas são sobre conhecimentos gerais. Porém, o ideal, no sentido de mais objetivo, seria que fossem enfatizados os conhecimentos específicos à área pretendida, se todas as profissões são especializações e, portanto, não é lógico usar provas generalistas. Quarto e, o mais importante, de não haver qualquer seleção por capacidade de discernimento moral, que reprovaria  candidatos irresponsáveis, desonestos ou injustos, provavelmente porque também existe a crença de que somos todos iguais em nossas capacidades de livre arbítrio ou de racionalidade... Como resultado, parece que o setor público, incluindo as universidades federais, têm "produzido" uma grande leva de maus profissionais, incompetentes técnica e/ou moralmente, que não trabalham para cooperar com a sociedade em que vivem, mas visando principalmente por benefícios pessoais (vale ressaltar que o setor privado também parece sofrer do mesmo mal e por razões parecidas). Por isso, o mais certo seria: a aplicação de provas específicas para a disputa por vagas em especializações/profissões e uma análise profunda ou precisa das capacidades emocional e moral dos concorrentes. Só assim para começar a haver uma verdadeira seleção de qualidade de, pelo menos, uma maioria de "bons profissionais", que são tecnicamente competentes e dotados de caráter.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Refutando um argumento sobre inteligência e religiosidade


''Se ateus são mais inteligentes que religiosos, então, por que o (Isaac) Newton era cristão??"


Vamos lá... em média, ateus são mais inteligentes que religiosos. Em média significa que tem mais ateus, proporcionalmente falando, que são dotados de uma maior//melhor inteligência do que de teístas. Essa média pode ser 50%, tipicamente falando, ou pode se distribuir de maneira mais atípica.


Segundo que, gênios não são realmente os mais inteligentes, em um sentido absoluto e sim ou quase sempre em um sentido relativo.


Isaac Newton foi um gênio da matemática. Isso é indiscutível. Mas, não significa que foi super-inteligente em tudo.


Aliás, ele foi reconhecido como um gênio não porque acreditava em deus mas por suas realizações matemáticas. Em outras palavras, ele foi reconhecido como um gênio por ter adotado e sistematizado, com grande maestria, o mesmo raciocínio lógico que usamos para duvidar da existência de deus.


A sua religiosidade não prova a sua genialidade, pelo contrário, prova que ele não era intelectualmente infalível, tanto é que acreditava em fantasias metafísicas sem o mínimo de pensamento [auto]crítico.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

O lado excepcionalmente benigno do "geneticismo" ou ''hereditarianismo'': Políticos corruptos

Pode um político corrupto aprender a lição??

Provavelmente não... 

Desde a tenra idade já começamos a mostrar parte a grande parte de nossas personalidades e temperamentos, dentre elas o caráter. Cedo ou tarde vamos mostrando quem nós somos e o que podemos ser capazes de fazer para o bem ou para o mal. No entanto apesar de (todos nós) percebermos os efeitos ou os nossos comportamentos desde cedo e o quão regulares eles costumam ser, autoridades/elites intelectuais, culturais/políticas e mesmo as científicas, tem negado essa realidade especialmente com a recente hegemonia do (((pós modernismo))) no ocidente. Parece que essa tendência de interpretação behaviorista do comportamento não é um produto unicamente original do pós modernismo porque tem se consistido em uma narrativa corriqueira, justamente por ser logicamente primária, tão fácil de ser identificada. 

"A pobreza causa violência"

"O poder corrompe"


É uma relação direta de causa e efeito.... no entanto nos esquecemos que a reação também depende das características intrínsecas do indivíduo, de maneira que, nem sempre ou mesmo na maioria das vezes a pobreza não irá causar a violência, de imediato. Na maioria das vezes ''o poder'' não irá corromper as pessoas. Eu acho que já falei sobre isso, sobre esse tipo de narrativa ''mágica'', em que as abstrações são colocadas como as causadoras de comportamentos ou situações reais, concretas, basicamente colocar a carroça na frente dos bois ... e tirar as nossas responsabilidades por nossas ações. A última decisão, super-autoconscientes ou não, é sempre nossa. 

Se podemos prever comportamentos, então poderíamos também ou especialmente prever comportamentos ruins, desde ou a partir da primeira infância. O ''hereditarianismo'' ou ''geneticismo'', como tem sido denominado, pode vir a se consistir em um excesso de incumbência direta à genética para explicar a biologia e a sua expressão ou comportamento. Por exemplo, dizer que apenas os genes, de maneira direta, foram os responsáveis pelo aumento epidêmico da obesidade no mundo industrializado, me parece ser equivocado, porque o sedentarismo e a má alimentação também tem tido papel importante, sem falar em possíveis mutações que podem ser indiretamente transferidas de uma ''geração para outra'', acaso o mesmo comportamento for mantido e aumentando a expressão das mesmas [o Lamarckismo parece ser parcialmente possível, mas no sentido negativo ou ''degenerativo'' da coisa]. No entanto, parece fato ao menos pra mim que o papel dos ''genes'' ou da biologia é mais importante que o papel do ambiente, especialmente quando não temos ambientes super-problemáticos, e na verdade, para sermos sinceros, tais cenários não costumam ser a regra, mas a exceção. O papel dos genes não é apenas importante para o comportamento mas em relação a tudo, mesmo quando nós temos influências ambientais mais intensas. Mesmo em ambientes desoladores e a longo prazo, os genes continuarão tendo papel, diga-se, essencial/decisivo, e a seleção natural atuará de maneira a selecionar os mais resilientes pra esse tipo de ambiente. O exemplo da obesidade mostra o quão onipresente está a influência genética porque não é todo mundo que tem engordado por causa de hábitos não-saudáveis. E mesmo quando nós temos ''efeitos ou resultados negativos'' ou ''considerados como tal'', os genes continuarão, evidentemente, tendo papel fundamental, se não na promoção de uma melhoria, então o fará na promoção de uma ''degeneração'. Não existe essa de mesma proporção para os genes e para o ambiente, se são os primeiros que terão a ''palavra final'', que serão decisivos, porque ''eles'' nos representam nessa dinâmica. Se quiséssemos, nós poderíamos trocar o termo ''genética'' por ''nós'', que não faria diferença, e na verdade, até poderia soar mais verdadeiro, mais objetivo, e menos abstrato. Essa dinâmica entre os ambientes e NÓS, está diretamente, intimamente relacionada a nós mesmos, e me parece que também precisamos entrar nessa ''jogada'', como agentes ou elementos fundamentais, centrais nessa relação, e não apenas como ''observadores neutros da interação 'genes' x 'ambiente' ''. 

No mais, se é possível prever tendências de comportamentos a longo prazo ou mesmo invariavelmente vitalícios/recobráveis, então é possível prever se um indivíduo nasceu com uma disposição arraigada para ser honesto, se o será com grande frequência e em especial quando o fizer de modo autoconsciente, tendo plena consciência dos atos. E é possível bloquear a entrada desse indivíduo na política, acaso for confirmado o contrário, que apresenta um caráter fraco, antes que sequer pense em uma carreira neste ramo. Se a psicologia e de maneira sábia fosse aplicada desde sempre, simplesmente não teríamos mais políticos corruptos

Para começo de conversa. 

O behaviorista acha que se todos fossem bem cuidados desde os primeiros anos de vida, e em todos os aspectos, não haveria criminalidade e nem corrupção na política. No entanto, por ser bonzinho com ''todos'', ele acaba deixando lobos e raposas passarem por esse crivo, e no final estes sempre acabarão sendo responsáveis por tragédias individuais, familiares ou mesmo coletivas, quando temos por exemplo um doente como aquele ditador norte-coreano mandando, desmandando e matando adoidado. 

Muitos desses behavioristas [muitos que são até espontaneamente behavioristas] são de ''presas' naturais, por acreditarem que ''todo ser humano, quiçá todo ser vivo, só precisa de compreensão e amor para poderem se tornar racionais e benignos''. São ou muitas vezes, se acham tão bonzinhos [altruísmo patológico a narcisista] que são incapazes de discriminar as pessoas [e mesmo os seres] com o rigor que elas merecem [mas... me parece que muitos adoram exorcizar as ''bruxas da atualidade'', por exemplo, ''o homem branco'']. O resultado deste ''pulso [extremamente] fraco'' não poderia ser outro, se não o oportunismo e subsequente parasitismo ou predação de ''raposas'' e ''lobos'' não apenas contra esses mártires naturais, mas também contra quem não tem nada a ver com essa história, você e eu. 

Se a psicologia [evolutiva] fosse sabiamente aplicada, não teríamos ''Temer'', ''Dilma'', ''Lula'', ''Aécio'', ''Obama'', ''Trudeau'' ou ''Trump'' no poder. Em outras palavras, se passássemos a reconhecer o papel fundamental dos ''genes'' [nossos instintos, nossas intrinsecabilidades] no comportamento, seríamos capazes de reduzir dramaticamente a frequência de conflitos e tragédias desnecessárias. 

Um ponto interessante que vou falar rapidamente é sobre os tipos ''irracionalmente imprevisíveis'' de indivíduos, muitos que são provavelmente os mais difíceis de serem identificados, ou de prever os seus comportamentos e tendências responsivas. Não é tão incomum termos casos de perfeitos pais de família que enlouquecem sem ter qualquer razão racional aparente, matam a sua família e depois tiram a própria vida. Eu não duvido que muitos criminosos, já foram crianças adoráveis, e que a maneira como que interpretaram escaladas de acontecimentos problemáticos em suas vidas OU mesmo sem ter qualquer razão remota, acabaram adentrando no mundo do crime. 

Mais do que os ''previsivelmente malignos, por estupidez ou por malignidade'', os ''imprevisivelmente malignos'' parece que são os [obviamente] mais difíceis de serem identificados em termos de tendências comportamentais. Mesmo em relação a eles, eu não duvido que uma sociedade impregnada por esses métodos propostos, de introduzir a psicologia e de maneira sábia para organizá-la, ainda seria capaz de identificar esses indivíduos e de, em um futuro próximo, conseguir extinguir essas tendências de selvageria imprevisível, pelo que parece, super-localizadas em termos de frequência ... esses rompimentos de monstruosidade irracional. 

Do ''darwinismo social'', que também é possível de ser usado, diga-se, de maneira não-sábia, até ao completo oposto, a superação quase-absoluta de muitos se não da maioria dos problemas humanos, especialmente os mais desnecessários. 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Personalidade: caráter + temperamento + autoestima

Caráter = em relação aos outros pares de convivência (reação às variáveis extrínsecas)

Temperamento = estado de humor e/ou ânimo (atmosfera intrínseca)

Autoestima = em relação a si mesmo (ação ou intro-reações, isto é, às variáveis intrínsecas)



Cognição = capacidade de raciocínio/reconhecimento e possível manipulação útil (criatividade, sabedoria, etc) de padrões