Está o amor pela própria vida, por essa sensação única de existir, aos outros que se ama e que são vão com o sopro da morte, que não aceita que possa ser tão pouco, se a vida, para nós, é tudo o que somos, o que experimentamos. Por isso, mais vale se agarrar a uma explicação que nos garanta que nossas vidas, nossas experiências existenciais, continuarão, infinitamente, do que aceitar a possibilidade muito menos extraordinária e reconfortante, de que tudo se vai para nunca mais voltar, inclusive nós mesmos e então de suportar o peso da consciência, da própria fragilidade e finitude.
Também está o medo de encarar de frente ou de viver com o peso dessa consciência, de viver sabendo que haverá um fim definitivo, de aceitar a possibilidade real e mais lógica de que, tudo o que fazemos nada mais é do que "enxugar gelo", se por mais inteligentes e eruditos conseguirmos nos tornar, tudo se acaba com um simples adeus.
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