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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Gerúndio, e agora?

Gerúndio, e agora?

O que eu estou fazendo?

Pensando
Respirando
Me mantendo ereto
Eu estou sentindo, olhando, cheirando, tocando
Eu estou vivendo perto

O ciclo espiral da vida e da morte

A melancolia:
Em/frente/ao espelho
É/a/própria morte
Não é um pesadelo, exatamente
Se tem força
Simula, antecipa o último medo
Encara com os dentes,
Vive nele

O momento em que a vida
Fecha o seu ciclo,
Cai todo seu peso
É o suicídio
Em uma espiral descendente,
Encontra/com a morte
Um beijo, um precipício
Abre/aquela porta, pra sempre
A luz [nos] devora
Não há volta


Ignorância ciclo
Melancolia espiral


Espinhos, pedras e rosas,
os pés descendo os degraus
O sol da infância, cada vez mais distante
Os pântanos da morte, onde afunda a história
do/pobre/mortal


Nasce um fato
dono de tudo o que é seu
O macaco o levanta
Com/os/seus braços ao sol
Chama o leão de filho
Lhe diz o que prometeu
Mas é apenas um espaço,
uma luz de breu
um peixe de anzol

Então a escada escurece
No mesmo instante que o ritual
Nossos olhos em preces..
vêem de longe
um caminho sem final
Como um ciclo

Passamos diversas vezes perto da morte
Como um apocalipse de asteroide

Quem não nasceu protegido
Sorri pra sorte

É o melancólico
Jovem
E velho rio

A/riqueza
dos seus sonhos
A tristeza
do seu canto
bonito

O falso círculo
Nos ilude com sua repetição
Esquecemos do veneno
E continuamos,se subindo ou descendo
Acreditando/na/ilusão

Cada vela, uma data,
Apagando mais um degrau,
Vendo uma luz no fim do túnel
Se é esperança ou imortal
Se é uma ilusão que inunda.. até o mais soturno animal
A nossa prisão de luas,
manhãs
peles nuas
e aquele sentimento

A morte é o/caminho contrário
Que um dia encontra a vida
E/com uma navalha
Reduz sua batalha
em nada
Sua alegria
em despedida

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