Nenhuma outra espécie se pergunta o que tem além das estrelas, o que é a chuva ou o sol... o que são as coisas do mundo. Nenhuma outra espécie, a não ser a humana, sabe ou percebe sobre a própria finitude muito antes de morrer. Porque apenas a humanidade que, graças à sua trajetória evolutiva singular, superou, pelo menos parcialmente, sua perspectiva adaptativa, expandindo sua atenção para além das prioridades mais primárias, de geração de descendentes e de sobrevivência ou adaptação, para uma perspectiva mais existencialista.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
O que falta à psicologia evolutiva: o existencialismo
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
O problema de uma explicação "puramente evolutiva" (um adendo para o texto sobre psicologia evolutiva)
Ou não...
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
O dilema e o problema ideológico da psicologia evolutiva
O que aparenta ser mais "adaptativo" é sempre intrinsecamente melhor??
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Psicologia evolutiva versus evolução humana ideal
Segundo a psicologia evolutiva, se um traço ou comportamento encontra-se majoritário nas populações humanas, então, pode ser considerado como evolutivamente vantajoso ou adaptativo.
Exemplo: a crença religiosa, mesmo que esta tenha causado e continue a causar muitos problemas e que se trate de uma crença irracional, muito improvável de ser verdadeira, mediante a ausência de qualquer rastro de evidência que corrobore para a sua possibilidade. Uma crença que reflete uma profunda imaturidade emocional e intelectual de indivíduos que preferem acreditar em mentiras reconfortantes do que lidar com a verdade, seja qual for.
Pois pode ser que, histórica e atualmente, aqueles que são mais religiosos tenham mais filhos que os não-religiosos e até que exista uma relação com ser mais saudável e longevo, mas isso acontece porque esse tipo tem se firmado como maioria desde os primórdios de nossa espécie, basicamente um produto de sua auto domesticação, um mero correlato causado pela seleção positiva dessa disposição.
Considerar este cenário de maioria religiosa como algo evolutivamente positivo é o mesmo que considerar a baixa capacidade cognitiva como adaptativa, só por estar demograficamente prevalente.
Se para as outras espécies é possível concordar que, qualquer traço pode ser vantajoso, desde que contribua para sua adaptação, o mesmo não pode ser plenamente concluído para a nossa, porque enquanto não podemos ou não devemos interferir na evolução dessas espécies, é inevitável que o façamos com a humanidade e considerar uma crença que infantiliza as pessoas, como um traço evolutivamente vantajoso, só porque encontra-se presente na maioria, não é o mais adequado, se também precisamos julgá-la justamente pelo seu valor intrínseco.
sexta-feira, 29 de abril de 2022
Psicologia evolutiva (de fato): a errática evolução humana que tem favorecido a irracionalidade
Imagine que existe uma espécie de felinos cuja principal arma adaptativa é sua agilidade. Só que, ao longo de muitas gerações, "a seleção natural" passou a favorecer os indivíduos menos ágeis, porque passaram a procriar mais do que os mais ágeis por alguma razão que, aqui, não é importante desenvolver, resultando em mais descendentes e, portanto, em herdeiros de sua pouca agilidade, que ameaçam a própria sobrevivência da espécie.
Agora, pense que, ao invés de felinos, na realidade, nós temos seres humanos. Que, ao invés da agilidade física, nós temos a capacidade racional. E que, os menos racionais, bem como os que não são suficientemente racionais, têm deixado mais e mais descendentes na linha evolutiva de nossa espécie.
Bem, isso não parece verossímil com o que temos visto hoje em dia?? Que, aliás, tem sido testemunhado ao longo de toda história humana??
Uma grande maioria que não é capaz de lidar com fatos ou verdades que não correspondem com as suas expectativas emocionai?? Uma grande desproporção deles entre as classes dominantes?? Destruição do meio ambiente, sistemas de parasitismo social e de opressão existencial e domínio de organizações que pregam pensamentos mágicos ou delirantes como verdades absolutas??
segunda-feira, 20 de abril de 2020
O que é a psicologia evolutiva, ideologicamente?
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Hierarquia epicêntrica (forma e expressão) e intrinsicabilidade do comportamento... quando pessoas inteligentes complicam o que poderia ser mais fácil...
Em outras palavras, eles precisam se certificar quanto à existência de algo, mesmo que pareça ser bem óbvio de ser entendido já de maneira lógico-instintiva, apenas ou fundamentalmente com base em ''empiricismo científico--matemático'', por exemplo, as diferenças raciais em inteligência e de temperamento. Algumas pessoas se tornam tão viciadas no ''método científico'', mesmo quando este encontra-se longe de ser perfeitamente empírico, que só se convencem de algo se ''a ciência provar'' que este algo de fato existe. Eu nunca precisei da ciência pra saber aquilo que os meus sentidos tem captado desde sempre, como o exemplo usado, isto é, as diferenças em inteligência e temperamento entre os grupos humanos, porque é algo muito óbvio, saliente para que não possa ser internalizado e compreendido de maneira natural e em especial por uma mente sempre acesa como a minha. Eu tenho estado CIENTE desta realidade e francamente não tenho qualquer culpa que as pessoas em média não sejam muito perceptivamente ágeis e precisas.
Os testes cognitivos são outro exemplo sobre este exagero em relação ao ''método científico'' se podemos perceber a inteligência sem a restrita necessidade da ''precisão matemática' nos auxiliando.
Existe a imprescindível necessidade de se mensurar o intelecto alheio para conhecer o nível de suas capacidades**
Não necessariamente.
O exemplo principal deste texto é justamente sobre a 'hereditariedade' ou seria melhor intrinsicabilidade do comportamento.
O comportamento precisa ter sido herdado para que possa ser considerado como natural ou intrínseco ao ser**
Não necessariamente...
Se somos seres recombinantes de nossos progenitores, alguns mais e outros menos, então é complicado, ou está ficando complicado ao menos pra mim, para continuar usando o termo ''hereditário'' de maneira indiscriminada, se no final, não herdamos apenas ou fundamentalmente, porque somos produtos invariavelmente recombinantes de nossos ancestrais. E esta realidade se torna ainda mais saliente quando estivermos falando sobre caracteres complexos como o comportamento. Portanto, eu acabei pensando na ideia da ''intrinsicabilidade'', sobre o quão intrínseco um traço, comportamental ou biológico, encontrar-se-á ao seu portador, e baseando-se em pré-critérios lógicos e objetivos. Uma espécie de auto-causalidade.
Herdabilidade (previsão), hereditariedade (resultado) e intrinsicabilidade
Os comportamentos apresentam uma origem que tende a se originar sempre a partir da forma, isto é, de seu epicentro. Os comportamentos são herdáveis, são 'herdados'' e também podemos saber sobre as suas intrinsicabilidades, sobre o quão intrínsecos ou intensos eles estão em relação a nós mesmos.
Eu já usei em um texto anterior o exemplo da homossexualidade em que, se o seu critério se consiste na reversão dos caracteres sexuais, então, quanto mais revertidos forem os mesmos, mais intrínseco será tal tendência. Um homossexual muito afeminado, de estatura baixa, fraqueza muscular, feições faciais bem femininas, voz idem, trejeitos, dificilmente conseguirá se desvencilhar de seu destino enquanto um ''desviante'' ou ''revertido sexual'', que exibe ao mesmo tempo uma maior miscigenação de traços fisio-comportamentais/biológicos dos dois sexos e uma maior reversão homogênea em direção à biologia do sexo ''oposto'.
Se a personalidade primária é basicamente a clausura bio-existencial, isto é, o auto-reconhecimento instintivo/direto das próprias características e uso subsequente e subconsciente...
Em compensação muitos outros homossexuais (desejo sexual predominante pelo mesmo sexo) apresentarão maior predomínio da normatividade sexual, isto é, com características fisio-comportamentais menos mistas e mais voltadas para o seu próprio sexo biológico. É aí onde o gênero talvez possa ser considerado parcialmente/também como uma construção social em que, dependendo do grau de autoconsciência/independência existencial-comportamental em relação ao ambiente, o comportamento sexual poderá ser intermediado ou influenciado pelas circunstâncias ao redor.
O grau de intrinsicabilidade para a homossexualidade será mais forte para o tipo de homossexual (masculino ou feminino) que for mais sexualmente misto/revertido e menos intenso entre os homossexuais que apresentarem menor reversão fisio-comportamental. Também podemos estabelecer o critério de/para a normatividade sexual em que o oposto em intensidade será notado e constatado.
Pessoas muito inteligentes em matemática por exemplo, ou com maiores capacidades cognitivas quantitativas, em média, exibirão maior intrinsicabilidade, do que aquelas com menor capacidade.
E o critério pode ser invertido ocasionando mudanças na intensidade de tal atributo ou da falta dele.
Portanto o grau de intrinsicabilidade será relativo porque dependerá do critério que for estabelecido. No entanto a ideia intrínseca permanece a mesma, universal, subjacente ou absolutamente determinante.
Quanto mais intenso for um comportamento, mais intrínseco será em relação ao ser que o expressa.
Autoconhecimento para entender o próprio comportamento
Precisamos de contas matemáticas para nos entender*
A discussão ''genes x ambiente'' parece se relacionar mais com a intrinsicabilidade do que com hereditariedade ou herdabilidade, ainda que todas sejam importantes. Para entender sobre intrinsicabilidade o autoconhecimento e/ou uso do reconhecimento de padrões (lógica) parecem ser mais importantes do que ''contas matemáticas difíceis que supostamente ''exatifiquem'' o comportamento''. Precisamos primeiro de alguns princípios universais do comportamento para que possamos começar a compreendê-lo sem a necessidade do esbanjamento desnecessário ou mesmo excessivo de habilidades matemáticas, que no fim das contas, apenas irá complicar o entendimento do assunto do que torná-lo ao mesmo tempo acessível à maioria e factualmente correto.
Quão intrínseco está uma certa tendência comportamental que apresento ou quão ambientalmente negociável ela está*
Parece que
- honestidade
- sinceridade
- neutralidade
- boa memória autobiográfica de longo prazo
- boa capacidade lógica
(resumindo: as muitas facetas da sabedoria), são fundamentais para que uma investigação sobre o comportamento (pessoal e humano) possa se dar de maneira potencialmente correta.
Hierarquia epicêntrica
Um dos princípios que (''eu'') estabeleci para o comportamento sem precisar de matemática ou adjacentes para entendê-lo foi a teoria filosófica, forma & expressão, em que o comportamento encontrar-se-á logicamente atrelado à sua forma, tal como acontece com qualquer outro comportamento mesmo ou especialmente de elementos inanimados, como quando uma gota d'água cai em cima da superfície de uma lagoa e se espalha, do seu epicentro de impacto até às suas bordas circundantes.
A hierarquia epicêntrica reforça a imprescindibilidade da sabedoria/racionalidade enquanto um comportamento idealmente perfeito, porque principia-se pelo auto-conhecimento e vai gradualmente se espalhando, do seu epicentro/ conhecimento sobre si mesmo, até em relação ao ambiente/realidade em que vive, passando pela compreensão factual interpessoal. É lógico acreditar que todo comportamento, simples a complexo, principia-se de seu centro, de si mesmo, de seu epicentro, e espalha-se, expressa-se em direção à sua área de vivência e que esta expressão/este comportamento dependerá de suas características intrínsecas, de uma pedra, de um vírus, de um primata ou de um ser humano.
E tal como no caso da intrinsicabilidade, quanto maior for a intensidade de certo comportamento, mais provável, de que será mais intrínseco ao ser que o expressou, que o expressa.
E a intrinsicabilidade ainda funcionará como um elemento intermediador em relação à herdabilidade e à hereditariedade, enquanto uma medida de intensidade expressiva, novamente, ''explicando'' ''a minha ideia'' sobre os diferentes graus ou tipos de transmissão intergeracional de caracteres, em que teremos a transmissão de certo traço de modo mais intenso , menos intenso, comum/literalmente hereditário, inexistente, incomum/mutante, etc...