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sábado, 7 de setembro de 2024

Fanatismo ideológico, apenas conformismo social ou algo mais??/Ideological fanaticism, just social conformism or something more?

 Uma das características mais marcantes de um indivíduo que está ideologicamente fanatizado é um profundo conformismo a ideias, pensamentos e crenças que prevalecem em seus grupos de identidade ou aderência. Portanto, seria interessante pensar se essa característica não é apenas uma correlação interseccional, mas também uma relação ainda mais direta de causalidade entre os dois fenômenos e sobre qual viria primeiro, se é o fanatismo que tende a resultar nesse profundo conformismo de grupo ou se acontece no sentido oposto em que é uma necessidade mais intrínseca ou impulsiva pela conformidade social que desencadeia esse ciclo vicioso de fixação dogmática??


E/ou se o fanatismo ideológico, bem como o conformismo social, seriam resultados de uma mesma tendência para a sociabilidade intensa, similar ao que acontece com espécies sociais não-humanas, como as abelhas e as formigas?? 

Pois parece mais lógico pensar que a tendência para a sociabilidade intensa apareça primeiro, ainda mais em relação ao fanatismo ideológico, por esse exigir mais tempo de exposição a ideias, pensamentos e crenças para que possa tomar corpo. 


E um plus...

Eu tenho proposto (em outros textos) uma relação entre psicose e fanatismo ideológico, principalmente por causa da ocorrência de crenças falsas ou delirantes, um componente sintomático importante de quadros psicóticos. Pois existe outro transtorno mental que também parece estar presente em um quadro de fanatismo ideológico e até de maneira mais óbvia, que demorei a perceber: o TOC ou transtorno obsessivo-compulsivo, bem característico de mentes muito dogmáticas, com a diferença de que, nesse caso, acontece uma interseção entre cultura, política e psiquiatria, tal como se o transtorno se "materializasse" em forma de crenças político-ideológicas.


 

One of the most striking characteristics of an individual who is ideologically fanaticized is a deep conformity to ideas, thoughts and beliefs that prevail in their identity or adherence groups. Therefore, it would be interesting to think whether this characteristic is not only an intersectional correlation, but also an even more direct causal relation between the two phenomena and which would come first, whether it is fanaticism that tends to result in this deep group conformism or if it happens in the opposite direction, where it is a more intrinsic or impulsive need for social conformity that triggers this vicious cycle of dogmatic fixation?

And/or if ideological fanaticism, as well as social conformism, would be the result of the same tendency towards intense sociability, similar to what happens with non-human social species, such as bees and ants?

It seems more logical to think that the tendency towards intense sociability appears first, especially in relation to ideological fanaticism, since this requires more time of exposure to ideas, thoughts and beliefs in order to take shape.

And a bonus...

I have proposed (in other texts) a relation between psychosis and ideological fanaticism, mainly because of the occurrence of false or delusional beliefs, an important symptomatic component of psychotic conditions. There is another mental disorder that also seems to be present in a condition of ideological fanaticism and even in a more obvious way, which I took a while to realize: OCD or obsessive-compulsive disorder, very characteristic of very dogmatic minds, with the difference that, in this case, there is an intersection between culture, politics and psychiatry, as if the disorder were "materialized" in the form of political-ideological beliefs.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Os três macacos e os três tipos de conformistas



Resultado de imagem para tres macacos

Eu acredito que diferentes tipos de domesticados ou conformistas se conformarão de diferentes maneiras, de acordo com os seus próprios perfis. 'Talvez' diferentes pessoas tenham diferentes modos de entender a realidade com base na distribuição de suas intensidades sensoriais. Talvez pudéssemos pensar em pensadores mais visuais, os mais auditivos e os mais intuitivos/sistema sensorial mais integrado ou menos assimétrico. Os auditivos seriam os mais suscetíveis ao treinamento ou adestramento por serem mais sensíveis na audição. 

Aquele que não quer escutar

Como meio de bloquear aquilo que os outros dizem de discrepante em relação aos valores internalizados, os conformistas auditivos "tampam os ouvidos" e por que?? Porque o adestramento subconsciente tende a se consistir em uma espécie de auto-mentira, de mentir pra si mesmo, e portanto é fácil desmentir e em especial aquilo que é muito óbvio de se perceber. O auditivo tende a ser muito suscetível para considerar os outros pontos de vista, em um estado psicológico normal, por ser aquele que é um bom ouvinte, mas em um estado de adestramento, acaba buscando se "proteger" de qualquer tentativa que ameace a sua condição, bloqueando qualquer ruído auditivo que é justamente considerado como ameaçador. Paradoxalmente o auditivo que parece ser o mais suscetível ao adestramento, dependendo de sua combinação psico-cognitiva, também pode ser o mais rápido a sair do adestramento.

Aquele que não quer ver


O conformista visual ao contrário do auditivo não parece ser do tipo "bom ouvinte" e portanto é esperado que exiba diferentes características e suscetibilidades. Com certeza que o seu sentido, mais apurado e/ou mais suscetível a impactos ou mini-traumas (em sua maioria intencionais, preditivos do auto adestramento OU auto atualização, quando tenta melhorar por si mesmo) é o da visão. Logo ele precisa ver para crer. E quando é pressionado a repensar sobre os seus valores internalizados e não deseja fazê-lo, especialmente quando não é muito autoconsciente, então tentará se defender bloqueando qualquer impacto visual que possam estremece-los. Pensadores visuais auto-domesticados ou adestrados e em especial com base em versões alternativas de certa realidade, tendem a conter a visão quando expostos à situações reais que contradizem àquilo que estão a defender, manipulando a si mesmo, reinterpretando aquilo que estão vendo, especialmente quando não podem evitar o olhar.

Aquele que não quer falar ou que se censura

Quem se cala é porque provavelmente sabe mais sobre a realidade e em especial em um cenário cultural tipicamente humano, drenado de mentiras e meias verdades, do que quem tampa os ouvidos ou os olhos. Neste sentido os auditivos parecem ser os mais iludidos. A intuição quando é generalizada tende a resultar em um estado mais instintivo se a mesma se consiste ou parece que se consiste no estilo de pensamento instintivo, onde que a consciência do próprio pensar ou meta-cognição encontrar-se-á fraca a muito fraca. 

Mais generalizadamente intuitivos portanto podem saber de maneira obviamente intuitiva sobre certa verdade mas em um estado de auto-adestramento se porão a calarem as suas bocas, tal como se as segurassem, uma ânsia de vômito, uma vontade abortada porém sentida de dizer a verdade. Mais natural é o mecanismo de auto-censura, mais espontâneo se torna. 

E os macacos "inconformistas" ou conformistas inversos (ao contexto)*

Engana-se quem pensa que o inconformista é aquele que não se conforma. Geralmente o inconformista é aquele que não se conforma à ordem vigente do contexto local/ ou geral em temos de globalização/globalitarismo, mas... estamos sempre buscando pela ordem ou...pela [por nossa] conformidade.

Geralmente o mais aparentemente inconformista (que eu denominei de inconformista universal)  na verdade é aquele que tem ou que desenvolve um sistema de conformidade tão personalizado e único que apenas uma pequena minoria que apresentaria tais similaridades a ponto de poder segui-lo. Portanto ele ainda não é inconformista de uma maneira super-literal porque apenas o caos que poderia ser, por não seguir por qualquer padrão ou ordem. Se todos buscam pela ordem então o inconformismo, que nem precisa ser "total" mas apenas semanticamente preciso ao seu conceito, na verdade se consiste em uma espécie de conformismo inverso ao corrente ou vigente.

Por fim eu sou um inconformista contextual significativo que tem como sentido mais apurado a audição e quando quero me privar de ouvir narrativas que destoem significativamente de meus valores eu "tampo os ouvidos" ou ao menos o som, e sim, eu também sou um ótimo ouvinte. Falarei em um próximo texto um pouco mais sobre esse assunto.

domingo, 22 de maio de 2016

Relato pessoal, o papel da educação em minha vida





O impacto da ''educação'' em minha vida.

Se tornou praxe por parte de alguns ativistas pró-autismo de acusarem os ''auto-diagnósticos'' como equívocos individuais nascidos pelo calor do momento de uma súbita auto-identificação. É verdade que muitos destes auto-diagnósticos estejam ligeiramente equivocados, mas isso não significa que não tenha algum naco de verdade aí. E especificamente no meu caso, de fato existe. Como já relatei em outros textos, eu me vejo como alguém com muitas características cognitivas que são típicas do espectro, especialmente a ênfase em ''interesses específicos ou obsessivos''. 

E esta constância comportamental não é o produto de um melhor ambiente ou escola, apenas a maneira como que interajo com a vida, com a auto-contemplação existencial

As minhas fixações cognitivas começaram cedo, por volta dos 5,6 anos de vida, pelos dinossauros. Pedia para o meu pai comprar revistinhas como as de cima, tudo para ficar sabendo das ''últimas notícias'' do triássico. Eu não me lembro o porquê de ter ficado tão interessado em dinossauros. Mas sei que não foi por causa da escola, nem pelo ambiente familiar. Como eu sempre falo. Não existem desculpas para a criatividade e melhor, para as pessoas criativas. Não é necessário ter uma panaceia de estímulos ambientais para nos tornar fixados em uma determinada área. Estímulos ambientais mínimos já são mais do que suficientes para atiçar o fogo da curiosidade e da brincadeira de se investigar e aprender para uma menta ativa e criativa.

Ao longo de minha infância e adolescência, eu sempre fui muito independente em minhas escolhas. E uma parte importante de minha vida desde então tem sido modulada com base em meus interesses específicos, minhas fixações empático-cognitivas ou motivação intrínseca de caráter intelectual. Eu sou movido por minha essência, mais do que a maioria. O fato de ter acumulado certo conhecimento em algumas áreas e sem qualquer influência, mesmo a mais remota, tanto em relação ao ambiente escolar quanto ao ambiente familiar, e a de ter consciência disso, me fez concluir que a essência da inteligência humana tem pouco haver com a ''educação'', especialmente quando existem interesses intelectuais divergentes, isto é, a escola e sua programação doutrinária em atrito com a  minha independência intrínseca para experimentar intelectualmente em relação aos meus interesses mais quistos.

Eu só comecei a ler livros mesmo a partir dos meus 20 e poucos anos. Tudo aquilo que fiz até hoje, com exceção às obrigações da escola, que eu ''empurrava com a barriga'', foi com base na minha própria felicidade e especialmente a felicidade cognitiva, isto é, mantendo-me dentro de minha zona de conforto, verbal, imaginativa e criativa. 

Não guardo rancor em relação à maioria dos meus professores e não os culpo totalmente, porque acredito que eles pensam que estão dando os seus melhores nesta profissão que é tão propagandeada pela ''grande mídia'' e que na verdade teria uma função realmente útil que é tão distinta daquela que tem sido determinada.

Os atuais professores mais se parecem com os velhos tutores, aprendizes de sábios que dão conselhos de como se portar e o que deve aprender, só que transformados em uma linha fordista de ''produção''.




Educação é ''uma ilusão de ótica'' e parece real especialmente para os menos autoconscientes



O ''milagre'' da educação parece verossímil especialmente para o tipo que apresentar a seguinte combinação (construção): conformismo, auto-consciência fraca, perfil cognitivo simétrico

Em outras palavras, os tipos mais cognitivamente e simetricamente inteligentes, serão em média os mais iludidos pelos supostos super poderes da ''educação'' no ''aumento da ''inteligência''/''conhecimento'' ''. Mas no geral, a maioria das pessoas parecem estar bastante iludidas com os tais/supostos efeitos mágicos da ''educação'' na inteligência humana. 

A disposição para o conformismo social tende a se traduzir em menor curiosidade intelectual, se aquele que se limita para se encaixar aos moldes sociais totalitários vigentes tende a não ter qualquer objeção a este tipo de atitude ''covarde''. Se sente que não está perdendo nada (por exemplo, a liberdade), então não será um sacrifício fazê-lo.

A auto-consciência fraca tende a borrar a percepção da fronteira entre as influências internas e externas do ser, de torná-la menos evidente, fazendo com que muitas pessoas confundam a ordem destes fatores.

O perfil cognitivo simétrico tende a provocar a ilusão do potencial para poli-aprendizagem, de que todas as pessoas possam aprender desde que expostas a estímulos ambientais contundentes ou se forem incentivadas, mas na verdade esta percepção falsa não passa de uma extrapolação pessoal equivocada, isto é, dedução via autoconhecimento incompleto, só que sem levar em conta a diversidade cognitiva. Muito semelhante à esta atitude,  muitos professores também concluem precipitada e erroneamente que não existem diferenças cognitivas marcantes entre os seus alunos, forçando-os a tentarem cumprir metas surreais que o sistema escolar impõe.

O meu perfil cognitivo é muito assimétrico e isso contribuiu de sobremaneira na auto-identificação de minhas fraquezas e forças,  na estipulação ponderada do papel das influências internas e externas em relação à minha pessoa ao longo do tempo e no papel intrínseco da vontade rente à crença pós-moderna da nulidade essencial no comportamento (teoria do papel em branco).

 Os behavioristas dizem que tudo aquilo que é cheira conservador é lavagem cerebral, enquanto que a praticam (supostamente) em cima de você. Na verdade, o que eles tem feito é a indução/criação na ignorância dos fatos, da realidade, isto é, dentro de uma nova ceita ''religiosa'', com toda a cultologia necessária para torná-la irrespirável aos mais sábios.

Eu tenho plena consciência de que tudo aquilo que persegui em termos intelectuais, foi independente da escola ou do ambiente familiar, tal como muitos preconizam. Meus pais não me incentivaram a ponto de me tornar aficionado naquilo que passei a ficar, desde a minha primeira fixação até as que tenho hoje em dia. 

E como já falei em outros textos, todas elas vieram espontaneamente e sem qualquer esforço que me poria em minha zona de confronto e mesmo, de desconforto. Em outras palavras, todas as as minhas fixações ou interesses específicos se deram e se dão de maneira lúdica, divertida, exatamente como uma brincadeira, um hobby. Preencho o meu tempo, trabalhando ou não, nessas fixações, que me fazem felizes, pois são saudáveis, e lhes sou bastante reciprocamente empático.

Ninguém me ensinou a gostar de ler livros de geografia. Nem a gostar de ler psicologia, atualmente. Nem a gostar de ginástica artística. 

Tudo me veio muito naturalmente, espontaneamente.... 

Muitos acreditam que interesses intelectuais e não-intelectuais sejam categorias completamente separadas mas isso não é verdade.

Gostar de jogar bola é da mesma natureza que gostar de ler livros.

Eu não me vejo como um ser separado dos demais, então, o que acontece comigo também acontece com praticamente todo mundo, só que eu tenho maior consciência desta realidade específica e também estou mais intenso justamente nesta particularidade, que obviamente funciona muito bem para o primeiro aspecto.

Novamente, eu não desprezo os professores (ainda que isso não signifique que não mereçam ser criticados quanto às suas falhas) e não desprezo aqueles que passaram por minha vida escolar, apenas alguns, ;), certos tipos. E também não estou querendo dizer que a educação não teve qualquer influência, afinal de contas eu estou escrevendo este texto não é**

Só que da maneira com que a maioria das pessoas se habituaram tolamente a acreditar, isto é, que a educação é imprescindível e/ou fundamental, está bastante equivocada e causa muito mais problemas, especialmente a longo prazo, do que soluções, como eu e muitos outros tem alertado com frequência.

Há de se

dar o peso certo às ''coisas''

e de se

criar um mapa de inter-relações e influências entre os fenômenos,

mapas fenomenológicos deveriam já terem sido providenciados e uma ótima fonte para esta tarefa será uma mente afiada com a realidade, isto é, sábia. 

O ser tem as suas próprias motivações, predileções e elas interferem de sobremaneira em suas vidas, e em especial quando a personalidade for mais intensa, vívida, enérgica ou mesmo dominante sobre a cognição. Aqueles com mentes menos complexas porém cognitivamente eficientes estão mais propensos a conquistarem padrões de vida altos e a serem mundanamente bem sucedidas. A priore, não há de errado nisso. O problema é que a realidade que o ser humano cria pra si mesmo não é perfeccionista, pelo contrário, pois se enamora com grande frequência com erros crassos que se arrastam por tempos indefinidos, condenando a todos para sofrerem nestes purgatórios irracionalmente mantidos.