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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Sobre opiniões e opiniões no mundo das artes. Exemplo: Legião Urbana/Renato Russo

 Quando é apenas uma opinião...


Faz um tempo atrás que me deparei com um texto-resposta no Quora escrito por um usuário do site, estereotipicamente nerd: branco e de óculos, não apenas criticando, mas também tentando destruir a reputação artística da banda Legião Urbana e, consequentemente, de seu vocalista e líder, Renato Russo, afirmando, como se fosse um fato, que as composições do Legião são (todas??) chatas, "depressivas", com letras ruins e que a banda tem sido superestimada pela mídia. Pois esse é um caso em que é possível afirmar que se trata apenas de uma opinião, porque se consiste em uma análise tendenciosa: distorcida ou exagerada de um tópico e não de uma análise imparcial ou justa que visa se aproximar da verdade.

Segundo que, não gostar das músicas do Legião Urbana é sempre uma questão de diferença de gosto, porque, por uma análise imparcial sobre sua qualidade, é praticamente impossível concluir que seja uma banda ruim, tal como eu li na resposta do Quora que, diga-se, recebeu vários "likes". Ainda é possível concluir que apresenta uma variedade qualitativa de músicas, algumas bem razoáveis. Mas, as mais conhecidas são, sem dúvidas, excepcionais tanto na composição quanto na melodia. Pois aquele que julga "Faroeste Caboclo" ou "Eduardo e Mônica", por exemplo, como composições de baixa qualidade só pode estar delirando. Mas parece que foi exatamente isso que quis dizer o nerd caolho em sua resposta. 

Portanto, nem mesmo no mundo das artes, o relativismo de opinião consegue, de maneira objetiva, se firmar como a melhor abordagem. Afinal, uma banda com um legado de músicas belíssimas e/ou inteligentes é impossível de ser criticada sem que se aceite que não passa de uma opinião baseada em gosto pessoal.

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