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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Pacífico ou covarde?

Vamos diferenciar um do outro ainda que tendam se relacionar. Covardes podem ser beligerantes. Exemplo?? Bem, parasitas?? Este tipo se consistiria em uma mistura de coragem para parasitar e de medo ou covardia para enfrentar diretamente o seu inimigo que foi "escolhido a dedo". Bem, este covarde seria mais parcial é verdade. O covarde mais completo é aquele que geralmente não apenas evita enfrentar os desafios e isso muitas vezes quer dizer conflitos da vida, mas também acaba concordando com eles/se entregando a eles. Ao invés de fugir do predador, se apresenta  antecipadamente como a comida do almoço, será?? 

Muitos covardes espectralmente predominantes são pacíficos também por causa de suas covardias. Ao invés de enfrentarem os agentes de desestabilização que eventualmente provocarão conflitos ou falta de paz, eles os deixam livres, resmungam em um canto escuro (oops) ou mesmo, como no caso do covarde mais patológico, acabam se colocando à disposição dos agentes de desestabilização provavelmente a partir de uma confusão mental quase-permanente em que o ingrediente covardia também estará presente e dominante ao sabor. 

O pacífico a priore é alguém que prima fundamentalmente pela estabilidade e pressupõe-se, não apenas por uma paz/pax, com base na força do mais "forte', e geralmente empaticamente irresponsável/a embotado, mas por um tipo de estabilidade com maior qualidade ao menos em sua elaboração teórica. 

No entanto, é fato que a estabilidade, e em relação à vida, é uma conquista e não uma ação simples, quase espontânea em que supostamente o ambiente se renderia à bondade dos bons samaritanos e poria a organizar-se de modo a promover a estabilidade qualitativa de si mesmo. A vida conquista a sua estabilidade, mais ao estilo pax romana, do que paz, de fato e trato, e a paz tão teoricamente pensada por românticos sonhadores de nossa espécie larápia, só poderá ser plenamente conquistada por meio de um esforço extra, que infelizmente, a maioria dos mesmos que tanto a idealizam, não costumam ter, nem tino cognitivo nem afetivo ou motivacional para principiarem por essa conquista por si mesmos, em partes porque tendem a vivenciarem em suas esferas intrapessoais, ou ''egoísta positivo''. 

Portanto a paz humana, apenas será plenamente possível com doses extras de vigor, luta, de pisar em ovos, especialmente para os mais pacíficos. Mas como é provável que metade deles serão mais para covardes do que para pacíficos [e dos mais característicos] então ao menos por agora continuaremos na maré mansa enquanto que, ondas gigantes de psicoses e vilanias continuarão a nos engolir cabendo a nós, apenas o covarde ato de nos proteger, de nos segurarmos em coqueiros para não sermos levados por essas águas fortes, devastadoras e tão repetitivas.


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