Minha lista de blogs

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O gênio é o desbravador intelectual por excelência

E a diferença entre a realização via expressão orgânica quantitativa-mente rara e a realização via expressão orgânica qualitativamente rara...




Cubo mágico,
Testes de qi,
Valor do pi,
Recitar lindos versos só de cabeça,
Tocar uma sonata famosa

Versus 

Inventar novas e úteis realidades com todas estas de cima

Marilyn vos savant foi e ainda é considerada um gênio especialmente por causa de suas pontuações muito altas em testes de qi. Mas o que é o gênio mesmo?


O critério para o gênio não é o qi que se tira a partir de testes cognitivos mas o grau de originalidade e utilidade de suas potencialidades cognitivas reverberadas em realizações, direcionadas ao mundo real literal. Ninguém pode fazer muita coisa com o qi 200 de Vos Savant. Pode-se concluir algo parecido em relação ao garoto que é prodígio e veloz para manipular coesamente o cubo mágico ou ao famoso autista britânico Daniel Tammet sobre a sua incrível capacidade de memorizar uma enorme quantidade de números que se sucedem a partir do famoso pi, o 3,14.

Todas essas realizações são oriundas das expressões orgânicas operacionalmente organizadas para a execução de determinada tarefa, hiper-específica como a de memorizar e regurgitar uma enorme quantidade de números da mais famosa dízima periódica até aos testes cognitivos, que são mais encorpados por uma maior diversidade de tarefas cognitivamente exigentes. Mas a criatividade nem se resume a isso, sequer se aproxima destes exemplos, ao menos se fosse adequadamente acessada enquanto um complemento potencial.

Pode-se mensurar as 3 realizações e portanto pode-se adequa-las a valores quantitativos . Mas em relação ao valor qualitativo apenas a façanha de Tammet que continuará no páreo. Ainda assim, ele não mostrou até agora uma utilidade original para se usar com o seu feito. Os savants destacam-se muitas vezes por isso. Eles tem grandes habilidades inatas, operacionalmente direcionadas as suas respectivas funcionalidades de maior ou único potencial, mas não podem extrapola-las, dando-lhes valores qualitativos, que regride a básica ideia de "utilidade original''.

As 3 realizações são para mera apreciação

Criatividade de alto nível e que está fora do mais óbvio campo de apreciação que se consiste a arte contemplativa,  é fundamentalmente utilitária. 

Qualidade é difícil de ser mensurada especialmente quando é nova ou original até porque escassearão critérios comparativos existentes para esta tarefa. 

O critério para o gênio é o mesmo que para o desbravador, que adentra florestas nunca antes exploradas, rios nunca antes navegados, realidades associativas que encontravam-se esquecidas na escuridão da ignorância e que foram despertadas tornando-se as novas raparigas do bordel chamado humanidade, cheirando a virgindade e inocência, prontas pra serem devoradas pelas massas testosteronicas cheias de mãos suadas e pegajosas. 

Que Vos Savant me perdoe mas ser original e útil é fundamental pra ser um gênio. 

Qi dentre outras realizações retidas de expressões orgânicas quantitavemente raras porém essencialmente contemplativas, em interação para com as suas melhores armas, são o resumo gentil que melhor se relaciona com o "esporte", estéril em utilidade, na maior parte das vezes, as artes do corpo e da vaidade extrapoladas até À ciências que nasceram de parto complicado e ainda estão teimando com a extrema necessidade da realidade, como a psicologia.

O arqueiro sem o seu arco, se tornará mais um no perigo de ser a próxima vítima indefesa.

O qi é o arco daquele que o usa como comprovação precipitada de sua genialidade. 

Qi é como o brilhante violinista, que tira lindas e corretas notas de seu instrumento, mas que não tem qualquer música de própria autoria que se aproxime daquelas que querem sempre vê-lo tocar. 

O gênio não precisa necessariamente comprovar a sua inteligência ou criatividade porque ambas dormem dentro de seu próprio ser. A arma do gênio está dentro de si mesmo, é a sua mente. Mas como ambas parecem ser altamente instintivas para ele, então inevitavelmente se expressarão, mediante a naturalmente urgente necessidade de, a priore, experienciar intensamente o mundo com este turbilhão natural de capacidade cognitiva qualitativa. 

O seu cérebro pode ser prodigioso para dar-lhe um possível potencial de utilidade mas se permanecer apenas neste potencial resumido a três dígitos então não sairá desta promessa, diga-se, relativamente precipitada.

Quem usa o seu cérebro com maestria, é que deveria ser mais estudado pela psicologia cognitiva.

Parafraseando uma certa pimentinha mexicana

"não basta ter um cérebro grande. Também é preciso saber usa-lo"

Saber usa-lo importa mais do que "potenciais estatisticamente quantitativos" que não se expressam de maneira predominantemente adequada ou qualitativamente coesa para com a realidade da necessidade ou a necessidade da realidade. 

Ser um gênio em testes cognitivos e nunca ser mais do que isso, não é muito diferente do que ser um gênio na destreza manipulativa do cubo mágico ou na ginástica artística ou no futebol, para mera apreciação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário