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sábado, 23 de janeiro de 2016
Metáfora da distorção da realidade
Quem só vê depressão
Quem só vê montanhas
E quem pode aceitar as duas perspectivas que na verdade são complementos de uma mesma realidade.
E metáfora das fronteiras entre a fantasia e a realidade.
De quem pode aceitar as duas porém demarcando-as muito bem entre si...
... de quem não pode ou não tem a capacidade de fazê-lo.
O que é fantasia e o que é realidade? O que são fatos e o que são crenças ou factoides??
Pergunte a um esquizofrênico ou a um professor universitário!!
Ambos compartilharão em comum realidades pessoais salpicadas de fatos e crenças, também tomadas como factuais, ou factoides. O que diferencia o esquizofrênico do professor universitário, que em sua maioria não será composta por gênios e'/" ou sábios, não é que apenas o primeiro que será fortemente propenso a misturar a fantasia com a realidade, porque o segundo também o fará. A maior diferença a partir desta perspectiva comparativa será o grau de sofisticação das fantasias, que serão orgânica e potencialmente porosas em credibilidade, especificamente para quem que não estiver na pele DO PORTADOR deste transtorno, e que serão fenotípica, relativa a predominantemente sofisticadas para o segundo grupo.
A grande maioria dos professores universitários não padecem da esquizofrenia, mas este fato, e nem a relativa superioridade cognitiva do grupo, lhes servirão como protetores contra o pensamento mágico.
A capacidade de se separar precisamente fantasias e fatos parece estar escassa entre os seres humanos. Do contrário não veríamos tantas macro cadeias de ignorâncias sendo constantemente propagadas por eles.
Se fosse possível mensurar com grande fiabilidade a capacidade das pessoas de construírem ou demarcarem fronteiras entre aquilo que determinam como fantasias ou factóides e como fatos ou realidades, então nós teríamos como potencial resultado uma grande e grave incidência de mescla entre os dois grupos, essenciais para a sabedoria, não apenas entre as pessoas de menor capacidade cognitiva mas também em relação a uma provável maioria de "mais" inteligentes.
Algumas pessoas estão suscetíveis de rebaixarem qualquer diferença ou discrepância, especialmente se esta tendência for alimentada por aquilo que se compartilha e que se define como "senso comum".
Não podem ver/suportar/aceitar a realidade das diferenças e passam a operar com base na busca pelas semelhanças ou mesmo essências universais e quanto mais generalizadas e vagas, melhor serão.
Do outro lado temos aqueles que só podem ver diferenças, são isolacionistas natos que não podem lidar com a complexidade ou não querem lidar e principiam por algum canal enfático de viés ou pré concepção relativa a predominantemente lógica, desprezando tudo aquilo que o outro lado busca.
O excesso da essência que nos une a todos ou o excesso da aparência ou expressão que inevitavelmente nos separará.
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