Se os casos de crianças ferais são absolutamente legítimos, no sentido de que, realmente se tratam de uma maioria de crianças aparentemente normais, sem qualquer deficiência intelectual congênita, que foram criadas em condições de ausência absoluta de socialização e aculturação com outros humanos resultando em severos déficits comportamentais. Isso prova que, sem esses processos de socialização e aculturação nos primeiros anos de vida, podemos regredir a um nível inferior de desenvolvimento mental. No entanto, a maioria das crianças humanas, quando expostas desde os primeiros dias de vida ao convívio com outros de sua espécie, geralmente parentes mais próximos, isto é, ao serem submetidas a condições normais de criação, apreendem com grande naturalidade e facilidade "o que é ser humano", de tal modo que parece ser um potencial ou capacidade com o qual se nasce. Pois se fosse apenas o meio que determinasse o nível de "humanidade" de um ser humano, então, não seria difícil educar animais de outras espécies a se comportarem como tal desde que fossem criados de acordo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário