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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Preconceito cognitivo ou emotivo

Será que só existem os preconceitos cognitivos?? Vou especular sobre isso. 

Primeiro, o que é preconceito cognitivo?

Como quase sempre faço, e de metido ou presunçoso, o conceituarei sem a ajuda de cartas, universitários ou dicionários online, já que o farei ao meu modo, pretensamente mais preciso. 


Preconceito, como eu tenho comentado, ou não, para dizer a verdade eu nem me lembro direito, seria o pensamento indutivo usado no cotidiano, em que, ao invés de buscarmos compreender uma dada situação, via observação, análise e crítica, possivelmente neutras, "deduzimos' via indução, produzindo linhas de achismo com base no conhecimento que temos [ou mesmo, e o mais provável, com base em nossos próprios instintos, com os conhecimentos que herdamos].

 Até posso pensar nisso por outros dois modos: instinto e simpatia

Os instintos são os comportamentos com os quais nascemos. Por exemplo, se eu sou mais emotivo desde que me conheço por gente, então isso se consistirá em um instinto ou pré-disposição para agir/ser desta maneira. Não é algo que aprendemos, que conseguimos controlar com facilidade, e que dependendo dos traços, definirá parte significativa de nossas personalidades

Simpatia: Talvez, se houver um outro blogue, falarei bastante dela, e de sua nova cara a partir do meu conceito. Esta seria, portanto, de acordo "comigo", em um mecanismo de sensibilidade, à priore, a contrastes, e claro, a partir de nossas perspectivas, que são avaliados subjetivamente. Tal sensibilidade, então, nos ajudaria a diferenciar os elementos que são mais favoráveis para a nossa sobrevivência, daqueles que não são

A simpatia é esse mecanismo. 

Os instintos seriam os comportamentos que, quando em ação conjunta, e sempre estão, usariam a simpatia para dividir ou diferenciar o mundo em "us and them". E talvez também em ''unknown''

E o preconceito?? 

O instinto é o comportamento inato. ok. 

A simpatia é parte (importante) do seu mecanismo [mas também da razão, quando à ela se acopla, e sempre faz]. ok. 

E o preconceito é o resultado dos dois e claro, mais intimamente da simpatia. 

Não a confundamos com empatia, outro tópico que me é de interesse e que também comentarei, bastante, no próximo e tão prometido novo blogue [aliás, algo que já fiz por aqui, de outras, e menos precisas maneiras].  Apesar desta se consistir em uma evolução da simpatia, ainda não são a mesma coisa, claro, pois seria como dizer que, pelo calor ser uma evolução do frio, por serem ambos temperaturas, então seriam os mesmos.

Cognição: faz um tempo que tenho tentado e acho que não tenho conseguido, compreender as diferenças entre a cognição e a emoção, ou o tenho feito de modo disperso e desorganizado. Se pudéssemos nos ver como uma máquina, com um coração, então, parece óbvio que a cognição seria a primeira e a emoção o segundo.


 Mas prefiro me aprofundar razoavelmente de outra maneira, pelas ideias de ação e reação. 

A emoção é sempre uma reação, uma resposta, do que uma deliberação, ainda que também possa se manifestar durante o processo de raciocínio e/ou a partir de uma ação mais elaborada [ainda assim, agindo sempre desta maneira, como julgamento/reação qualificativa aos padrões sentidos e/ou percebidos]. 

A emoção portanto parece ser mais instintiva do que a cognição, especialmente a humana. A cognição por sua vez seria tudo aquilo que se relaciona ao raciocínio: à memória e para diferentes tópicos (informações pessoais, interpessoais e impessoais); aos estilos de pensamento, que inevitavelmente induzem a comportamentos, por exemplo, se é mais lógico ou mais divergente, e aos tipos de pensamento ou melhor, especializações: verbal, espacial, etc... 

É elementar de se constatar que a emoção atuará junto à cognição. A cognição é a percepção, e a emoção é o julgamento daquilo [interações exteriores//fatos] que foi percebido, pelos sentidos, e também aos nossos próprios estados biológicos, aliás, emoção e simpatia, por esta via de observação e análise, estariam excepcionalmente próximas em significados, com dois diferenciais possíveis

- de pertencerem a diferentes espectros, a simpatia ao espectro da consciência (com senciência, empatia e autoconsciência) e a emoção ao espectro do raciocínio (com a cognição); 

- e da emoção vir primeiro que a simpatia, por ser uma reação qualificativa e a simpatia, mais atrelada ao contexto, como um produto da emoção

''Eu tenho simpatia por ti'' é o mesmo que ''eu estou emocionado''??

Eu não sei realmente, acho que a simpatia seria uma ação, propriamente dita, enquanto que a emoção sempre seria uma reação, e/ou, a simpatia como uma emoção direcionada ou deliberada.

A emoção especificamente como julgamento de padrões, e a simpatia, como percepção ou reconhecimento e julgamento de padrões, ambas diretamente relacionadas com a sobrevivência, se são mecanismos absolutos aos nossos comportamentos, se as 'usamos' a todo momento, inclusive nos de inércia relativa.

A emoção, talvez, como a combustão que gera o fogo, e a simpatia como a maneira com quê o fogo reage ao estado atmosférico em que está 'interagindo'. Ou, finalmente eu tenha que admitir que sejam quase a mesma coisa [praticamente o mesmo nível de similaridade que felicidade e alegria], a partir de minhas reinterpretações



(O -_- o)
Pois é....

Portanto agora vamos buscar especular quanto à uma possível existência do preconceito emotivo e diferenças com o cognitivo. 

Pensar versus reagir 

Se eu nasci e/ou demonstro desde cedo uma maior tendência de reatividade ou emotividade, então eu devo ser mais instintivo neste aspecto. Falamos preconceito porque é anterior à presença da linguagem e/ou do processo de conceituação, isto é, o pensamento[raciocínio] que é essencialmente não-verbal [instintivo].

Se eu nasci ou demonstro desde cedo aptidão verbal e déficit na área de matemática, então, este será o meu perfil cognitivo, que também é um preconceito, porque veio antes da linguagem. Isto é, não foi, absolutamente falando, apenas a educação de baixa qualidade ou mesmo a minha desmotivação, que me fez ser desequilibrado em minhas aptidões mas, primeiro de tudo, os meus preconceitos cognitivos [bases inatas de comportamento cognitivo]

Portanto, todos nós temos preconceitos, e sem um contexto, eles farão nem bem e nem mal, porque quase toda palavra abstrata assim o é, ao menos no princípio, de antes de ser aplicada e misturada à circunstâncias, e de adquirir atribuições ou qualidades a partir delas.

Preconceito como sinônimo imperfeito para a ignorância

Por que as pessoas usam tanto essa palavra?? E tendenciosamente, de maneira tão vaga??

Primeiro, porque "as pessoas", em média, assim o fazem com a maioria das palavras de maneira geral e em especial quando são socialmente persuadidas

Segundo, porque o preconceito pode ser aplicado como sinônimo imperfeito de ignorância, acusando outrem de atribuir valores por si mesmos, por seus instintos, e não por "conhecimento'. No entanto... eu já devo ter comentado, e com certeza o farei novamente, que os nossos instintos também são conhecimentos, só que são transmitidos geneticamente, ao invés de apreendidos, e mais crus ou primários, e mesmo no caso dos conhecimentos tradicionalmente adquiridos, já apresentam pré-condições para que essa apreensão possa ocorrer, de novo o exemplo das capacidades verbais. Se eu não nasci com tais capacidades, diga-se, em alto nível, então é muitíssimo pouco provável que conseguirei apreender, durante a minha vida, um vocabulário robusto e ''correto', e/ou que também conseguirei ser um articulista verbal prodigioso, pelo menos quanto à escrita, porque em termos orais ou diretamente sociais, de interação, não é incomum encontrarmos tais tipos oralmente talentosos, e desprovidos dessas capacidades verbais mais abstratas, a esses níveis, e eu especulo que sejam produtos de uma evolução maior da inteligência verbal oral, anterior à escrita ou abstrata.

Faz algum tempo eu "culpei" a simpatia como causa fundamental para o preconceito e não estou errado. Agora percebi por meio desse texto o quão próximo do instinto ele [e ela] se encontram. 

Pois então, parece que existem os dois tipos, isto é, que também existe o preconceito emotivo, até por razões óbvias, por se consistir em um produto da simpatia, que por sua vez, é um dos produtos do instinto ou um tipo de instinto em si mesma, mas dotada de um termo que salienta essas diferenças sutis de "etapas", tal como dar nomes às ruas que são mutuamente subsequentes mas tendo em mente que são construções semânticas possivelmente mais artificiais do que representações reais ou de realidades absolutamente diferenciadas ou atomizadas em si mesmas.

Seria mais interessante buscarmos saber se, apesar dos dois preconceitos se diferenciarem, como parece ser, quase sempre colaborarem entre si para resultar no mesmo produto, isto é, que não seja possível de diferenciar as suas influências...


No entanto, talvez, a melhor maneira de diferenciação [em que um terá maior influência de causa do que o outro] se dará entre os tipos mais emocionalmente frios e em relação aos mais emocionalmente quentes, pois os primeiros, ao invés de sofrerem maior influência de suas emoções/sistemas instintivo-avaliativos, o fariam a partir de suas cognições/sistemas instintivo-perceptivos.

Se conseguiu chegar até aqui depois desta nova confusão, parabéns, você é um vencedor!!

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