Mar imenso,
Que a minha infância viu,
No primeiro olhar, quando aos olhos sorriu,
Fim por dentro,
Que a minha vida vil,
Implosão, em incensos,
E a sua fumaça, e o seu perfume forte,
E os seus soluços, e as suas devassas sortes,
Que o tempo selou,
Em mim, a maldição de ser Vida,
E de querê-la, mais que tudo, mesmo assim tão ardida,
De se-la, selado em seu amor, em seu vício de ser, em sua força e em seu rigor,
No branco do seu mar, em seu fim,
Em seu abraço, me abraça em marfim,
Em seu começo, em sua falta, por revelar-se, enfim,
Nos confins do regresso, nas ondas mais distantes,
De um espaço/tempo compresso,
Como uma desordem que transmuta a rota, que o dominava antes,
Na ordem de caminhar adiante, sentir os passos que empurram,
Sem o desembaraço,
Nem a culpa,
Ao subir na mais nobre perspectiva,
Vê nas origens e em seus fins,
Donde a verdade em suma cristaliza.
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