No véu solene da tarde,
No sol perene que invade,
Nas cores que condensam,
No baile das sombras, que sucedem,
Com os passos das luzes,
Que meandram,
Melaninas que assopram,
No suor da alma, no sulco das folhas,
Num sonho, em que vive,
Quando se é pleno, se é livre,
Nos espectros, nos padrões,
Vendo as fronteiras como braços,
Veias como galhos,
Emoções como estados,
Protegido por copas, por damas verdes,
E o vento, que eleva as minhas palavras,
Se enraíza e vede,
Que o imita, com seus lábios,
Sede,
Querem viver, querem ser frascos,
Guardadas, ternas, selados,
Mas são palavras,
Jogadas, sofridas,
Na imensidão, em seu pequeno momento,
Uma palavra apenas,
Quer dar mais cor à vida,
Se esquece que será esquecida,
Que será nada com o passar do tempo.
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