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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Especulação sobre a distribuição geográfica, étnica/racial, sexual... dos tipos humanos definidos pelo autor de "As leis fundamentais da estupidez humana"

 Carlo Cipolla, economista italiano que escreveu esse livro e que eu já comentei e critiquei em alguns dos meus textos. Nesse texto, irei especular sobre como se distribuem esses tipos ou fenótipos/arquétipos... 


Primeiro, vamos a eles:

O inteligente: cujas ações beneficiam a si mesmo e aos outros 

O bandido: cujas ações beneficiam a si mesmo às custas dos outros 

O ingênuo: cujas ações beneficiam os outros às suas custas 

E o estúpido: cujas ações prejudicam a si mesmo e aos outros

Eu já fiz um texto criticando essas leis e o que ele escreveu sobre elas. Por exemplo, eu critiquei a definição restrita do tipo estúpido, como se o ingênuo e o bandido também não pudessem ser considerados como categorias de estúpidos. Apesar de considerar a minha crítica válida, aqui não é mais importante enfatizar esse apontamento já que será a partir das definições propostas pelo Cipolla que eu irei trabalhar a minha especulação sobre a distribuição das mesmas entre os grupos humanos. 

Cipolla também escreveu sobre o que acontece (de óbvio) em uma sociedade quando há um predomínio crescente de estúpidos, em sua quinta lei fundamental da estupidez humana. Eu coloco nesse texto um trecho relevante para ilustrar seus pensamentos específicos a esse tema, embaixo:

Quinta lei 

5. A pessoa estúpida é a pessoa mais perigosa que existe.

''E seu corolário:

Uma pessoa estúpida é mais perigosa que um bandido.

Não podemos fazer nada sobre os estúpidos. A diferença entre as sociedades que desmoronam sob o peso de seus cidadãos estúpidos e aquelas que os transcendem é a composição dos não estúpidos. Aqueles que progridem apesar de seus estúpidos possuem uma alta proporção de pessoas agindo de forma inteligente, aqueles que contrabalançam as perdas dos estúpidos trazendo ganhos para si e para seus semelhantes.

As sociedades decadentes têm a mesma porcentagem de pessoas estúpidas que as bem-sucedidas. Mas eles também têm altas porcentagens de pessoas indefesas e, escreve Cipolla, “uma proliferação alarmante de bandidos com conotações de estupidez”.

“Essa mudança na composição da população não-estúpida inevitavelmente fortalece o poder destrutivo da fração [estúpida] e torna o declínio uma certeza”, conclui Cipolla. “E o país vai para o inferno". 

(Eu também critiquei o que ele pontuou nesse trecho, nesse texto: "Analisando criticamente as 5 leis da estupidez humana").



Proposta especulativa sobre a distribuição dos tipos ou categorias de pessoas definidos por Carlos Cipolla 


Inteligente, ingênuo, bandido (ou esperto) e estúpido

* Esses tipos parece que são definições resumidas de composições de traços de personalidade e inteligência em que uma das características tende a se sobressair mais, por exemplo, a ingenuidade.

* Entre o inteligente e o estúpido, o ingênuo e o bandido também podem ser considerados tipos mistos que combinam traços desses fenótipos que seriam mais regulares, justamente os primeiros citados. 

Em ordem crescente, dos tipos mais comuns aos mais incomuns, com base no contexto atual, ano de 2024, e considerando as perspectivas individual e social.

Valendo ressaltar que não irei me arriscar mais, especulando porcentagens de como esses tipos se distribuiriam e que, portanto, mesmo o tipo menos comum para determinada população, de acordo com a minha especulação, não está explícito de que seja muito menos comum do que os outros. 

Por distribuição geográfica:

Américas:

América do norte 

EUA: ingênuo, inteligente/bandido/ estúpido

Canadá: ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

México e América Central: ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Brasil e América do Sul (excluindo Argentina e Uruguai): ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Argentina e Uruguai: ingênuo, bandido/ estúpido/inteligente

Haiti(?): bandido/estúpido, ingênuo, inteligente

Comentário: uma constante em muitos países é o possível predomínio do tipo "ingênuo", cujas ações beneficiam os outros às suas custas, principalmente pelo contexto social, já que não há nenhum país que não esteja socialmente estruturado de uma maneira que produza uma pirâmide hierárquica de parasitismo das classes mais altas, no topo, em relação às outras classes, se diferindo apenas no quão desigual e explícito se expressa esse parasitismo, menos significativo, porém, existente, em "democracias sociais" de primeiro mundo, como os países escandinavos, e mais significativo em países subdesenvolvidos. 

No caso das Américas, eu percebo uma grande diferença nessa distribuição de tipos humanos propostos por Cipolla, em que os dois únicos países americanos de primeiro mundo, e que não são paraísos fiscais do Caribe, Canadá e EUA, apresentariam uma distribuição menos problemática, ainda com diferenças entre eles mesmos: o primeiro mais parecido com um país europeu, e os EUA em uma situação distributiva mais singular, mediante sua própria diversidade interna e idiossincrática, resultante de suas dimensões superlativas de território e demografia, bem como de sua história ímpar. A minha especulação também ressalta algo que, para muitos, especialmente latino americanos, é considerado uma verdade inconveniente, de que são os seus/nossos próprios povos que, em média, contribuem para manter seus/nossos países em um estado de subdesenvolvimento, não apenas a culpa histórica do colonizador europeu ou de suas "elites" político econômicas, se estas também tendem a expressar uma falta de caráter  comum nas populações desses países, de serem representativas das mesmas. Daí a maior proporção do tipo "bandido".  

Eu destaquei o Haiti, por ser o país mais pobre das Américas: a metade da ilha Hispaniola, marcada por uma história de guerras civis, ditaduras sangrentas e pobreza predominante. Pois um país tão caótico e precário, como esse, por acaso é produto apenas de sua história conturbada ou também de sua própria população?? (Excetuando sua fração "inteligente" que, definitivamente, não parece se consistir em uma maioria). Além disso, seu status de estado-pária social e político, que se arrasta por muitas décadas, também pode estar contribuindo para empoderar os tipos mais egoístas de sua população, muito abundantes em seus espaços de poder e típico de ditaduras ou estados autoritários. De qualquer maneira, também é possível especular se esse tipo é mais comum nesse país do que em outros (algo mais intrínseco) e se esse fator seria parte importante de explicação para a sua situação muito problemática. 


Europa: 

Europa Oriental: ingênuo, bandido, inteligente, estúpido 

(Países como Eslovênia e Estônia se sairiam melhor, pelo menos de acordo com os seus indicadores socioeconômicos) 

Europa Ocidental: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido 

Europa Setentrional (Escandinávia): ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

Europa Meridional: ingênuo/bandido, inteligente, estúpido

Comentário: Estereótipos se confirmando?? 

Europeus meridionais e orientais, em média, mais corruptíveis e, portanto, com mais bandidos, proporcionalmente?

Norte europeus, em média, mais ingênuos?

Talvez, reflexivo das próprias distribuições dos tipos de personalidade, em que os introvertidos seriam mais comuns entre os tipos ingênuo e inteligente (mais comuns no norte do velho continente), e os extrovertidos entre os tipos bandido e estúpido (mais comuns no sul da Europa). 

Mas, tipos introvertidos também parecem ser mais comuns na Europa Oriental. Pois uma possível diferença em relação à Europa Setentrional, que também explicaria suas diferenças culturais e políticas, seria a variação dos traços de personalidade, por exemplo: tipos melancólicos, mais ingênuos, mais comuns na Escandinávia e coléricos, mais propensos a serem de espertos ou bandidos, mais comuns na Europa Oriental (com base na tipologia de personalidade dos quatro temperamentos, que eu já sugeri ratificar como válido, excluindo apenas a hipótese relacionada à saúde que também foi desenvolvida na Grécia clássica e pela qual os quatro temperamentos derivam); além de diferenças histórico-contextuais, ainda que diferenças étnicas* entre nórdicos//germânicos e eslavos pareçam ser mais profundas do que resultados exclusivos de suas respectivas histórias.

* Correlativas com variações de traços mentais, de personalidade (intensidade, tipos) e inteligência (níveis, tipos...) 

É até interessante pensar como esses tipos propostos podem ser mais abrangentes como definições de inteligência do que outras maneiras de abordá-la e compará-la, tal como por teste de QI, se a mesma não se expressa apenas por meio de capacidades cognitivas tipicamente consideradas, de natureza técnica, como as capacidades linguísticas e matemáticas, mas também por meio da criatividade, da racionalidade e da inteligência emocional, isto é, de natureza contextual, se manifestando em todos os contextos, em que a participação e a influência dos traços de personalidade, considerados "não-cognitivos", é tão importante quanto os 'cognitivos". 

Também seria importante pensar sobre o quão intrínsecos são esses tipos: o quanto são reflexos reativos aos meios em que vivemos, de contextos mais específicos, e o quanto refletem nós mesmos, ou nossas disposições mais profundas...

Se, por exemplo, indivíduo X é mais ingênuo por razões estruturais ou também genéticas/biológicas//hereditárias?? 

Eu apostaria que é uma combinação dessas influências e mais, em que fatores intrínsecos, do próprio indivíduo, seriam mais influentes ou determinantes, ainda que os fatores extrínsecos, do meio, também têm um papel de influência, mas mais no sentido de contribuírem para canalizar tendências pré existentes e nunca de forjá-las sem um contexto anterior de predisposição, de modo que, se fulano é mais ingênuo, não é exclusivamente por causa do seu meio, mas também por já apresentar essa tendência ou predisposição e que foi exacerbada por suas interações nos ambientes em que se encontra. Portanto, esse pensamento sugere um constante atravessamento ou interseção entre as perspectivas individual e contextual, novamente, o exemplo do possível predomínio de ingênuos na maioria dos países, não apenas por disposição intrínseca, mas também como reflexo de como as sociedades estão organizadas (de modo variavelmente parasitário em que involuntariamente coloca na posição de subalterno enganado ou explorado a maioria da população).


África: 

África do Norte: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

África Subsaariana: bandido, estúpido/ingênuo, inteligente 

Comentário: me perdoem todos aqueles bons samaritanos que cultivam apenas pensamentos fofinhos sobre a nossa espécie, especialmente sobre determinados grupos que apresentam um histórico e um presente de pobreza e atraso civilizacional (ainda que exista uma certa relatividade em determinar o que é avanço ou atraso civilizacional, que facilmente pode ser problematizado, tal como de se destacar o caráter tipicamente parasitário de sociedades complexas, excessivamente verticalizadas, em termos sociais). Eu sei que não é o hábito do puritanismo moral "de esquerda", mas há de se priorizar os fatos até mesmo para que se possa buscar por abordagens realmente eficazes no combate aos problemas sociais, econômicos e/ou morais de nossa espécie e não será com o abraço à narrativas bonitas, porém, falaciosas... Pois se é um meio social de guerras, violência e pobreza que incita o nosso lado mais egoísta, ainda é pouco provável que todos nós reagiremos de maneira igual se ou quando submetidos a circunstâncias parecidas. As evidências corroboram com a minha afirmação... Também pode ser e é muito provável que seja, que um meio social muito problemático primariamente reflita ações das próprias populações, tal como de se apontar para as pessoas que vivem em um bairro a sujeira de suas ruas do que de buscar por outros culpados. Então, os problemas sociais dos países outrora colônias de metrópoles europeias, principalmente os africanos e os latino americanos, não são resultados exclusivos do colonialismo europeu, mas principalmente de suas próprias ações, de suas "elites" e de suas próprias populações, claro, não de todos, mas de uma parte potencialmente não-desprezível, infelizmente. Um exemplo disso é a criminalidade urbana em cidades como Lagos, na Nigéria, e São Paulo, aqui, no Brasil; de maneira geral, na carência endêmica de solidariedade e respeito entre os habitantes de muitos países subdesenvolvidos, diga-se, até mais do que nos "desenvolvidos', que contribui para complicar suas situações socioeconômicas. Sempre ressaltando, novamente, que não se trata de toda população, se da África, Nigéria ou São Paulo, mas que também não se trata de uma minoria minúscula, e até em certos casos se pode pensar que se trata de uma maioria. E nem que seja uma situação impossível de ser corrigida ou melhorada, mas não da maneira politicamente correta, simples e bonitinha que muitos acreditam. 

Consequentemente, se não há generalização (associação absoluta) de causalidade entre grupo racial ou étnico e comportamento, então, não há "racismo" genuíno ou objetivamente determinado nessas afirmações.

No caso da África, especialmente da Subsaariana, é até possível pensar em uma explicação menos dura, ainda assim, inevitavelmente não-vitimista. De que, as populações humanas que vivem nessa parte do continente africano seriam, em sua maioria, de descendentes de caçadores/coletores (e não de agricultores ou camponeses), o que explicaria o descompasso cultural e cognitivo entre as suas capacidades médias de administração e organização social e o nível de civilização que os colonizadores impuseram e deixaram, depois que passaram suas colônias de volta para as mãos dos seus "donos" originais. Nesse sentido, pode-se, inclusive, dizer que é perfeitamente compreensível essa incapacidade percebida de gerência de sociedades complexas pela maioria dessas populações, mais compreensível do que em relação às populações que evoluíram historicamente, durante séculos, em ambientes civilizados, e também não apresentam uma verdadeira excelência civilizacional, que estão longe disso, o que inclui mesmo muitos países ditos de primeiro mundo (se como resultado de uma perda gradual, ou pontual, desta capacidade, ou mesmo de uma incapacidade crônica de desenvolvê-la). 

Outro ponto relevante que deve ser sempre ressaltado é de que, além da proporção desses tipos, a maneira como estão distribuídos hierarquicamente também pode contribuir para desenvolver ou atrasar sociedades, tal como, por exemplo, nos casos de países em que suas "elites" político econômicas definitivamente não são compostas por uma ampla maioria de indivíduos inteligentes, e sim de bandidos, mesmo se suas populações tiverem muitos inteligentes, isto é, se estiver acontecendo um sub aproveitamento deles. Então, não basta apenas saber se tem mais desse ou daquele tipo, mas se o pior tipo tem predominado em espaços de poder, como tem sido o caso de praticamente todas as sociedades humanas e especialmente das mais caóticas, como as africanas. 


Ásia:

Nordeste Asiático: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido (excluindo China: bandido/inteligente/ingênuo, estúpido).
 
Sudeste Asiático: ingênuo/bandido, inteligente/estúpido 

Subcontinente Indiano: ingênuo, estúpido/bandido, inteligente 

Oriente Médio: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

Comentário: também com base no que tenho percebido, tipos que contribuem de maneira mais negativa do que positiva, socialmente, parecem predominar nas regiões asiáticas menos desenvolvidas, e, claro, também mantendo a alta prevalência de ingênuos, com base na lógica comentada acima, especialmente a partir de um contexto social, de domínio estrutural de parasitismo das classes superiores (especialmente de certos setores) sobre as inferiores, em que uma maioria se submete à exploração econômica de uma minoria, literalmente trabalhando para enriquecê-la, ao invés de haver uma distribuição mais igualitária das riquezas produzidas.

Minhas observações:

O Japão se destacaria mais positivamente em todo continente asiático, mais parecido com os países desenvolvidos do Ocidente;

A China e o resto da Ásia Oriental apresentaria um padrão mais parecido com o continente asiático;

De novo, o subdesenvolvimento da maioria das regiões asiáticas (mas não apenas da Ásia) não reflete apenas a conjuntura histórico-social das mesmas, mas também a composição psicológica e cognitiva dos tipos humanos em suas populações, tais como os propostos pelo Carlo Cipolla, desde o topo até às bases de suas hierarquias. Na verdade, essa composição dos tipos humanos seria um fator mais causal ao nível de desenvolvimento social e econômico, enquanto a situação histórica e social mais como um reflexo dinâmico desse fator ao longo do tempo. 

Classe social 

Rico: bandido, inteligente/ingênuo, estúpido 

Classe média: ingênuo/inteligente, bandido, estúpido 

Pobre: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente (?)

Comentário: sem querer "puxar sardinha" para a classe social em que eu, teórica e vagamente, me encaixo, mas parece que, se com base na possível percepção de que, aqueles de classe média tendem a apresentar um temperamento relativamente mais equilibrado, menos ganancioso ou impulsivo, e também uma média de inteligência suficiente para conseguirem trabalhar em profissões que pagam salários razoáveis, isto é, de que tendem a expressar características mentais menos extremas e que acabariam refletindo em suas posições na hierarquia social, o mesmo pode ser dito sobre as outras classes, porém, com tendências distintas: do "rico" ser mais propenso à ganância e, portanto, inescrupuloso, aliás, sua riqueza material como um resultado disso, e quanto ao "pobre", uma maior disposição para comportamentos impulsivos e que estão ambos respectivamente relacionados com tendências para altas e baixas capacidades cognitivas, explicando, em boa parte, mas não toda, suas situações sociais (a pobreza também é uma imposição histórica e arbitrária das "elites").


Religiosidade 

Ateu: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Religioso: ingênuo, inteligente/bandido/estúpido 

Comentário: com base no que tenho percebido sobre os auto declarados ateus, e desprezando aqueles indivíduos que declaram ter alguma crença religiosa, mas aparenta ser mais uma questão pragmática e/ou de conformidade social do que de uma disposição genuína, me parece razoável essa minha distribuição dos tipos humanos propostos por Cipolla para esse grupo, com mais ingênuos e inteligentes e menos bandidos, mas com uma proporção nada modesta de estúpidos, especialmente pela correlação com fanatismos ideológicos. Já no caso dos auto declarados religiosos, me parece que essa distribuição é mais equilibrada, até por ser uma população muito maior do que a de ateus, logicamente deduzindo que contém mais diversidade de tipos. Mas também pela própria natureza psicológica e cognitiva, especialmente dos ateus, um grupo mais homogêneo, cultural, ideológica e intelectualmente. De qualquer modo, talvez fosse mais adequado compará-los com fundamentalistas religiosos. Pois, por esse grupo, eu aposto em uma grande paridade entre os tipos ingênuos, bandidos e estúpidos, o que não mudaria muito em relação aos religiosos, de maneira geral. 

Vale destacar que essa definição de inteligência por Cipolla parece focar mais nas ações individuais do que na qualidade das intenções que levam a essas ações e por isso incluí o contexto social, já que não tem como separá-los totalmente, ainda mais a partir desse conceito que foi trabalhado por ele. 



Raça:

Brancos: ingênuo/inteligente, bandido/estúpido 

Orientais: ingênuo/inteligente/bandido, estúpido 

Judeus (etnia): bandido/inteligente, ingênuo, estúpido 

Negros de origem africana: bandido, estúpido, ingênuo/inteligente

Comentário: possivelmente, a comparação mais polêmica de todas, mas necessária, e que já foi feita acima, indiretamente, pelas nacionalidades. Mas como eu não me submeto a filtros ideológicos para sinalizar "fidelidade canina" a narrativas e discursos enviesados, inclusive pensando que a única maneira de, de fato, entender uma situação e buscar pelos meios mais efetivos para começar a solucioná-la, ainda mais se tratando de uma situação que pode ser considerada problemática, então, não tem como me abster desta frente de batalha contra totalitarismos, especialmente os "do bem", baseados em chantagens emocionais e/ou falácias morais e que têm de segundas à terceiras, quartas intenções... Pois aqui, mais uma vez, apenas aplico essa tipologia ao que se pode perceber na realidade das populações humanas, categorizadas pelo critério racial ou étnico, em que brancos caucasianos, especialmente os de origem europeia, e nordeste asiáticos, apresentam as distribuições ou proporções de tipos humanos de Cipolla mais favoráveis, com mais inteligentes e menos estúpidos, ainda que também apresentem proporções nada modestas de ingênuos, que tendem a ser predominantes, e de bandidos ou espertos, que tendem a predominar no topo de suas hierarquias sociais. O que acontece ou tem acontecido, até então, nesse último século, especialmente, é uma maior atuação dos tipos inteligentes que já são mais abundantes nessas populações, se comparadas com outras. No entanto, esse pêndulo relativamente favorável tem regredido, particularmente em sociedades ocidentais, com a hegemonia ideológica ou cultural do "wokeismo", uma espécie de "vírus" cuja infecção destrói o sistema imunológico da sociedade afetada, destruindo suas bases mais importantes ("harmonia' social, coesão etno-cultural...) que a mantém funcional em um alto nível. 


Sexo

Homens: bandido/inteligente, ingênuo/estúpido

Mulheres: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido

Comentário: essa distribuição dos tipos humanos de Cipolla, também segundo as minhas observações, seria mais favorável aos homens intelectualmente, mas não emocional e moralmente. Pois é aquela situação que tem sido percebida, de haver mais homens entre os gênios, mas também entre os criminosos, e o padrão oposto para as mulheres, de apresentarem tendências estatísticas menos extremas. 


Orientação sexual

Héteros: ingênuo/bandido/inteligente, estúpido

LGBTs: ingênuo, estúpido/inteligente/bandido

Comentário: héteros representam a média humana, por serem a maioria. Portanto, com uma tendência possível de maior paridade entre ingênuos, bandidos e inteligentes, ainda que, não significa que a proporção de seres humanos crônica ou predominantemente estúpidos seja diminuta. LGBTs, por outro lado, apresentariam uma maior incidência de tipos estúpidos em relação aos héteros.


Políticos: bandido, estúpido, inteligente/ingênuo 

Artistas (o grupo, de maneira geral): ingênuo, estúpido/inteligente, bandido

Empresários: bandido, inteligente/estúpido, ingênuo

Comentário: três exemplos de classes profissionais e os seus estereótipos, se esses tipos de Cipolla forem aplicados, serão reiterados: tanto a classe política quanto a mercante, com uma abundância de bandidos ou cronicamente egoístas, enquanto a classe artística teria uma prevalência de tipos ingênuos. Também perceba que o perfil dos artistas seria oposto ao dos empresários. 


Esquerdistas (seguidores, não suas "elites" políticas e que também vale para os debaixo): ingênuo/ estúpido/inteligente, bandido 

Direitistas: ingênuo/ bandido/inteligente/estúpido

Comentário: direitistas "conservadores' e esquerdistas "progressistas', apesar de apresentarem algumas diferenças médias de crenças e comportamentos, seriam relativamente semelhantes nessa distribuição de tipos, com a predominância de ingênuos e uma distribuição mais igualitária de tipos. Eles se diferenciariam na proporção de bandidos (maior entre os de direita) e de estúpidos (maior entre os de esquerda). E sempre ressaltando que o tipo considerado menos comum não é necessariamente inexpressivo em termos estatísticos, por também depender da representatividade dos outros tipos no mesmo grupo ou população. 

Cientistas: inteligente/bandido, ingênuo, estúpido

-- Acadêmicos: ingênuo, inteligente/estúpido/bandido

Professores: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Ativistas: ingênuo/estúpido, inteligente, bandido 

4 ou 3 classes intelectuais e ½, sendo que a mais inteligente seria logicamente a dos cientistas genuínos e por isso que os separei dos acadêmicos, categoria mais vaga quanto à definição de ciência no sentido de ofício. 

Já os professores ficariam em uma posição mais intermediária nesse ranking, enquanto os ativistas ocupariam a posição mais baixa. Também é notório o aumento de frequência do tipo estúpido concomitante à diminuição do tipo bandido, do nível mais alto até ao mais baixo, uma possivelmente alta incidência de bandidos entre cientistas e de estúpidos entre acadêmicos (grande maioria das vezes representados por professores universitários e graduandos), o que parece ilógico na teoria, mas não na realidade, especialmente se nos basearmos nos critérios fracos que têm sido usados nos processos avaliativos e seletivos dos dois grupos, por exemplo, em que há um tácito desprezo na avaliação de capacidade ou proficiência qualitativa para o trabalho científico, incluindo essencialmente adesão e respeito aos princípios mais básicos da ciência, como a honestidade intelectual e a imparcialidade. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Sobre a relação possivelmente complexa entre racionalidade e genialidade/On the possibly complex relationship between rationality and genius

 1. Conflito entre ponderação e genialidade 


Genialidade e racionalidade são ingredientes importantes para a construção e o avanço do conhecimento e, portanto, da ciência. No entanto, tendem a atuar de maneiras completamente opostas. A racionalidade como um guia para evitar saltos especulativos, se firmando nas hipóteses menos extraordinárias, especialmente quando se está buscando investigar sobre um tópico de interesse. Portanto, a racionalidade atua basicamente como um ímpeto que nos puxa para o realismo do que é factual, possível ou provável. E, para isso, nos incute o pensamento de não irmos muito longe de onde estamos. Já a genialidade segue uma linha de atuação bem diferente pois, como expressão máxima da criatividade e da originalidade, nos incita a especular de maneira mais solta, como uma abordagem mais ampla e arriscada, de tentativa e erro. Em resumo, a primeira nos faz mais comedidos, enquanto a outra nos faz mais ousados. Ambas, com as suas respectivas vantagens e desvantagens. Então, é possível concluir que o cientista genial é um indivíduo que consegue atingir um equilíbrio perfeito entre a ponderação ou razão e a genialidade, específico aos tópicos em que se aprofunda, já que, se ele se tornar ponderado demais, inibe sua capacidade de pensar além do bom senso estabelecido ou das hipóteses mais simples, e se ele for demasiado original em seu pensamento, aumenta o risco de perder sua capacidade de ponderá-lo, de discernir entre as hipóteses mais e menos logicamente plausíveis, especialmente as que soam interessantes em um primeiro olhar, mas deixam de fazê-lo a partir de um aprofundamento. 

Então, essa lógica também se aplica a todo indivíduo humano que não está diretamente associado à prática científica. Mas ainda é importante diferenciar racionalidade, ou bom senso aplicado, de conformidade ou senso comum, se a primeira se refere à busca pela verdade objetiva e imparcial e a segunda pela adoção de crenças estabelecidas e compartilhadas por uma maioria, dos que pertencem aos grupos sociais de identificação ou associação. 


2. A alta capacidade racional é um tipo heterodoxo de genialidade, praticamente uma genialidade da anti genialidade


Um indivíduo que atinge os níveis mais altos de racionalidade é um indivíduo intelectualmente excepcional, por se destacar da média típica de uma população humana, que, diga-se de passagem, pende à irracionalidade e não à razão. E, por causa dessa excepcionalidade, pode ser categorizado como um tipo genial, de excelência. Mas não um tipo necessariamente característico da genialidade, de profundidade de compreensão ou expressão e de originalidade de pensamento. Até pelo contrário, como um tipo que, em determinadas instâncias comparativas com a genialidade a nega em prol de uma excelência na percepção de fatos ou verdades e de se firmar neles, que, em teoria, é muito mais simples do que inventar, distorcer ou avançar muito profundamente sobre a compreensão da ou de uma realidade. Eu até já comentei sobre essa tendência de conflito que também parece existir entre racionalidade e inteligência, primariamente definida como capacidade de aprendizado, e analisada por testes cognitivos: de QI e desempenho acadêmico, especialmente, em que os mais inteligentes, nesse sentido, podem se sentir mais atraídos pela tentação de inventar ou distorcer fatos do que de apenas reconhecê-los e aceitá-los, ainda mais se forem fatos considerados pessoal e/ou ideologicamente inconvenientes. Por isso, a alta capacidade racional seria, ao mesmo tempo, uma excepcionalidade, por ser uma expressão rara da mente humana, mas também uma espécie de antítese relativa da genialidade, por ser um processo aparentemente mais simples, de percepção prioritária de fatos ou verdades objetivas, se o que a torna mais difícil não seria apenas uma questão de cognição ou percepção, mas também de capacidade psicológica, de autocontrole, aprendendo a evitar ou conter auto projeções durante processos de raciocínio, que tendem a priorizar expectativas e crenças pessoais sobre uma possibilidade de percepção mais imparcial.

 

1. Conflict between thoughtfulness and genius

Genius and rationality are important ingredients for the construction and advancement of knowledge and, therefore, of science. However, they tend to act in completely opposite ways. Rationality acts as a guide to avoid speculative leaps, relying on less extraordinary hypotheses, especially when seeking to investigate a topic of interest. Therefore, rationality basically acts as an impetus that pulls us towards the realism of what is factual, possible or probable. And, to do so, it instills in us the thought of not going too far from where we are. Genius, on the other hand, follows a very different line of action because, as the ultimate expression of creativity and originality, it encourages us to speculate more freely, as a broader and riskier approach, of trial and error. In short, the first makes us more measured, while the other makes us bolder. Both, with their respective advantages and disadvantages. Therefore, it is possible to conclude that a brilliant scientist is an individual who manages to achieve a perfect balance between thoughtfulness or reason and genius, specific to the topics he delves into, since if he becomes too thoughtful, it inhibits his ability to think beyond established understanding or the simplest hypotheses, and if he is too original in his thinking, it increases the risk of losing his ability to ponder it, to discern between more and less logically plausible hypotheses, especially those that sound interesting at first glance, but cease to do so upon further investigation.

So, this logic also applies to every human individual who is not directly associated with scientific practice. But it is still important to differentiate rationality from conformity or common sense, if the former refers to the search for objective and impartial truth and the latter to the adoption of beliefs established and shared by a majority, of those who belong to the social groups of identification or association.

2. High rational capacity is a heterodox type of genius, practically a genius of anti-genius

An individual who reaches the highest levels of rationality is an intellectually exceptional individual, because he stands out from the typical average of a human population, which, by the way, tends towards irrationality and not reason. And, because of this exceptionality, he can be categorized as a type of genius, of excellence. But not a type necessarily characteristic of genius, of depth of understanding or expression and originality of thought. On the contrary, as a type that, in certain instances compared to genius, denies it in favor of an excellence in the perception of facts or truths and of establishing oneself in them, which, in theory, is much simpler than inventing, distorting or advancing too deeply into the understanding of a reality. I have already commented on this tendency for conflict that also seems to exist between rationality and intelligence, primarily defined as learning capacity, and analyzed by cognitive tests: IQ and academic performance, especially, in which the most intelligent, in this sense, may feel more attracted by the temptation to invent or distort facts than to simply recognize and accept them, even more so if they are facts considered personally and/or ideologically inconvenient. Therefore, high rational capacity would be, at the same time, an exception, for being a rare expression of the human mind, but also a kind of relative antithesis of genius, for being an apparently simpler process, of prioritizing perception of facts or objective truths, if what makes it more difficult would not be just a question of cognition or perception, but also of psychological capacity, of self-control, learning to avoid or contain self-projections during reasoning processes, which tend to prioritize personal expectations and beliefs over a possibility of more impartial perception.

sábado, 19 de outubro de 2024

Capacidades cognitivas são exatamente como capacidades atléticas/Cognitive abilities are exactly like athletic abilities

 Capacidades cognitivas são exatamente como capacidades atléticas


. Porque também são primariamente dependentes da cultura humana para serem desenvolvidas desde os seus níveis mais básicos


No caso das capacidades cognitivas, inicialmente é preciso aprender a linguagem, e no caso das capacidades atléticas, um ou mais esportes inventados por humanos 


. Porque também apresentam potenciais desenvolvíveis, porém, limitados


Todo mundo que não apresenta limitações físicas severas, por exemplo, pode aprender a jogar tênis, se treinar bastante. Mas um Rafael Nadal ou um Roger Federer, alguém que percebe ter um potencial extraordinário e intrínseco, tende a ser raro. O mesmo pode ser dito sobre a inteligência 


.. Porque, assim como acontece com as capacidades atléticas, as cognitivas também variam em potencial entre indivíduos e grupos humanos 


Todo mundo apresenta seu próprio nível de capacidade ou potencial, se para aprender a jogar tênis, aprender a ler e escrever ou a pensar racionalmente, por exemplo. Só que, como também apresentamos semelhanças de tipos de perfil cognitivo, potencial e limitação, além de nos dividirmos em grupos com os quais nos identificamos ou nos associamos, as capacidades cognitivas variam coletivamente, tal como as atléticas. Então, da mesma maneira que existem diferenças de potencial e desempenho entre indivíduos, o mesmo acontece entre grupos: no caso dos esportes, principalmente por meio de biótipos, ainda que vários esportes também apresentam diferenças de predomínio de outros segmentos demográficos, como o racial, sem falar dos esportes que são tradicionalmente exclusivos a um grupo, como aqueles que são unissex. Já no caso da inteligência, não muito diferente do que acontece no meio esportivo, os grupos se dividem por desempenho e por tipo. Por exemplo, homens que tendem a ser melhores em capacidades visual-espacial que as mulheres e as mesmas que se destacam mais na cognição social


. Because they are also primarily dependent on human culture to be developed from their most basic levels


In the case of cognitive abilities, it is first necessary to learn language, and in the case of athletic abilities, one or more sports invented by humans


. Because they also present developable, but limited, potential


Anyone who does not have severe physical limitations, for example, can learn to play tennis if they train hard enough. But a Rafael Nadal or a Roger Federer, someone who realizes he has an extraordinary and intrinsic potential, tends to be rare. The same can be said about intelligence


.. Because, just as with athletic abilities, cognitive abilities also vary in potential among individuals and human groups


Everyone has their own level of capacity or potential, whether it is to learn to play tennis, learn to read and write or to think rationally, for example. However, since we also have similarities in terms of cognitive profiles, potentials and limitations, in addition to dividing ourselves into groups with which we identify or associate ourselves, cognitive abilities vary collectively, just like athletic abilities. So, just as there are differences in potential and performance between individuals, the same happens between groups: in the case of sports, mainly through biotypes, although several sports also present differences in the predominance of other demographic segments, such as race, not to mention sports that are traditionally exclusive to a group, such as those that are unisex. In the case of intelligence, not much different from what happens in sports, groups are divided by performance and type. For example, men tend to be better at visual-spatial abilities than women, and women stand out more in social cognition.

Como identificar um fanático político-ideológico durante um debate ou conversa??/How to identify a political-ideological fanatic during a debate or conversation?

 Sinais de que você está debatendo com um fanático, especialmente de um certo lado...


1. Ele te acusa de muitos nomes 

De ser um fascista, racista, nazista... 

Porque não está realmente preocupado em argumentar ou debater.

2. Ele usa jargões constantemente 

Como se estivesse fazendo um discurso em cada comentário.

"É golpe"

"Luta pela 'democracia'"

Repete os jargões que seus líderes ou autoridades ideológicas lhes ensinaram e sem qualquer autocrítica adequada.


3. Ele não quer te deixar falar 

Não quer te escutar ou ouvir seus argumentos, porque quer minimizar o risco de acabar concordando contigo, especialmente com aquilo que não quer.


4. Ele fica em um estado de histeria 

Emocionado, passional, amedrontado, quando está em um debate...

Com medo de "perder" o debate ou de acabar tomando uma invertida. E como é o destino dos que se aprofundam demais na defesa de certas crenças, até que faz sentido evitarem debates verdadeiros, porque assim evitam se expor ao escrutínio dos de fora de suas bolhas e de perceberem da pior maneira o quão ignorantes realmente estão, mesmo que não admitam ou aceitem... 



Signs that you are debating with a fanatic, especially from a certain side...

1. He accuses you of many names

Of being a fascist, racist, Nazi...

Because he is not really concerned with arguing or debating.

2. He uses jargon constantly

As if he were making a speech in each comment.

"It's a coup"

"Fight for 'democracy'"

He repeats the jargon that his leaders or ideological authorities taught him and without any proper self-criticism.

3. He doesn't want to let you speak

He doesn't want to listen to you or hear your arguments, because he wants to minimize the risk of ending up agreeing with you, especially with something he doesn't want to.

4. He becomes hysterical

Emotional, passionate, scared, when he is in a debate...

Afraid of "losing" the debate or ending up being turned around. And as is the fate of those who delve too deeply into defending certain beliefs, it even makes sense for them to avoid real debates, because that way they avoid exposing themselves to the scrutiny of those outside their bubbles and realizing in the worst way how ignorant they really are, even if they don't admit or accept it...

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O que veganismo e multiculturalismo têm em comum?? Falácia da bondade absoluta/What do veganism and multiculturalism have in common? Absolute goodness fallacy

 Se fosse possível abdicar totalmente do consumo de carne animal sem ocorrerem repercussões à minha saúde, eu teria me mantido firme na dieta vegetariana que comecei há uns dez anos atrás, nos idos de 2014, e que poucos anos depois acabou se tornando uma dieta "reducionista" ou "peixetariana" (entre aspas, porque sempre consumi pouco peixe), e que, por fim, resultou no meu retorno ao onivorismo, por temer que esse tipo de restrição alimentar pudesse afetar ou já estar afetando a minha saúde. Eu voltaria a essa dieta, porque apenas em termos morais, é o mais certo a se fazer, de minimizar ao máximo o sofrimento das outras espécies de seres vivos, com base no conhecimento de que somos, essencialmente, iguais, por sermos todos seres vivos e ainda mais no caso daqueles que apresentam senciência. Mas em termos funcionais, em um sentido mais evolutivo, não é tão simples assim, já que nossa espécie evoluiu por milhares de anos com uma dieta onívora e isso significa que nossos organismos estão adaptados a ela, de maneira que, mudá-la radicalmente costuma causar mais prejuízos que benefícios à nossa saúde, ainda que os estudos comparativos com diferentes dietas, na minha opinião, costumam ser um pouco oblíquos, com possíveis fatores de confusão, por exemplo, as correlações que têm sido encontradas entre transtornos mentais, asma e adoção de dietas vegetarianas. Pois não dá para afirmar que as mesmas estão causando asma ou transtornos psiquiátricos, se simplesmente não dá para fazer essas comparações sem levar em conta a diversidade dos organismos humanos e a real possibilidade de que alguns organismos se adaptam melhor à certas dietas do que outros, bem como as motivações que levam alguns a adotarem dietas que diferem da que tem sido adotada pela maioria de sua cultura original. Então, pode ser possível afirmar que, apesar de estar muito certo moralmente, o veganismo acaba escorregando parcialmente para um status de falácia, ou pela qual também se baseia, de falácia da bondade absoluta, típico de pseudociências "do bem", se não leva em conta os aspectos citados, funcionais e/ou evolutivos, responsáveis pelo onivorismo humano e que pode colocar em risco a saúde de, talvez, muitos dos que o adotam sem antes terem buscado fazer adaptações estritas visando a minimização desses potenciais prejuízos, ou quando veganos frequentemente incitam à mudanças estruturais relacionadas ao consumo de carne, sem pensarem em todos esses pormenores...


Pois além do veganismo, outra ideologia que se tornou hegemônica especialmente em espaços de poder, o multiculturalismo, também se baseia nessa falácia, de se basear em uma moralidade teoricamente superior, mas que na prática mostra-se bastante deficiente mesmo em sua principal intenção, de melhorar o mundo fazendo o bem. Se faz todo sentido, moralmente, que países, em especial os mais ricos, se tornem ou sejam generosos na recepção de imigrantes econômicos e refugiados fugindo do subdesenvolvimento, da pobreza ou de conflitos armados... Mas, em um outros aspectos, não é tão simples assim, até mesmo no aspecto moral, já que não somos, em média, iguais ou compatíveis cultural, psicológica e cognitivamente, nem perfeitamente dentro dos grupos aos quais nos associamos, imagina em relação a indivíduos oriundos de culturas e perfis psico-cognitivos distintos?? Isso significa que, cedo ou tarde, conflitos culturais, eufemismo para aumento de diferentes tipos de crimes, começarão a acontecer nas regiões mais receptivas a estrangeiros. Segundo que também é importante pensar no bem estar dos que moram nas regiões, cidades, estados ou países que se abrem para a imigração, não apenas nos imigrantes e refugiados. Em outras palavras, a empatia não deve ser direcionada apenas a um grupo... Terceiro que, por mais triste possam ser os problemas e conflitos humanos, é necessário aceitar que não somos capazes de resolver todos os problemas do mundo, também no sentido de receber um fluxo muito grande de refugiados e imigrantes econômicos. De acabar com essa "síndrome do super salvador", substituindo-a por uma abordagem realista. Como resultado, outras medidas poderiam ser pensadas visando ajudar os 'mais necessitados" de fora sem que se apele para a recepção massiva e sem controle de qualidade, pois sim, não parecem poucos os sujeitos mal intencionados que pedem asilo de refugiado ou entram como imigrantes econômicos. O que é certo de se afirmar é que a recepção generosa de estrangeiros teoricamente em situação de risco pouco ajuda na resolução dos conflitos ou problemas dos seus países de origem, tal como jogar baldes de água pensando em apagar um fogaréu. Além de acabar importando problemas para os países receptivos, sem filtro de qualidade... Por fim, o que parece ser um pensamento simples, pragmático e direto de bondade máxima, acaba se comportando como uma grande imprudência bem intencionada que não leva em consideração o máximo de detalhes que fazem toda diferença no julgamento final. 



If it were possible to completely give up eating animal meat without any repercussions on my health, I would have stuck to the vegetarian diet that I started about ten years ago, back in 2014, and which a few years later ended up becoming a "reductionist" or "fishtarian" diet (in quotation marks, because I have always eaten few fish), and which, in the end, resulted in my return to omnivorism, for fear that this type of dietary restriction could affect or was already affecting my health. I would go back to this diet, because in moral terms alone, it is the right thing to do, to minimize as much as possible the suffering of other species of living beings, based on the knowledge that we are, essentially, equal, because we are all living beings and even more so in the case of those that are sentient. But in functional terms, in a more evolutionary sense, it is not that simple, since our species has evolved for thousands of years with an omnivorous diet and this means that our organisms are adapted to it, so that changing it radically usually causes more harm than good to our health, although comparative studies with different diets, in my opinion, tend to be a bit biased, with possible confounding factors, for example, the correlations that have been found between mental disorders, asthma and the adoption of vegetarian diets. After all, it is not possible to affirm that these are causing asthma or psychiatric disorders, if it is simply not possible to make these comparisons without taking into account the diversity of human organisms and the real possibility that some organisms adapt better to certain diets than others, as well as the motivations that lead some to adopt diets that differ from that which has been adopted by the majority of their original culture. So, it may be possible to state that, despite being very morally correct, veganism ends up partially slipping into the status of a fallacy, or as it is also based on, the fallacy of absolute goodness, typical of "good" pseudosciences, if it does not take into account the aforementioned functional and/or evolutionary aspects responsible for human omnivorism and which may put at risk the health of, perhaps, many of those who adopt it without first having sought to make strict adaptations aimed at minimizing these potential harms, or when vegans frequently encourage structural changes related to meat consumption, without thinking about all these details...

Because in addition to veganism, another ideology that has become hegemonic especially in spaces of power, multiculturalism, is also based on this fallacy, of being based on a theoretically superior morality, but which in practice proves to be quite deficient even in its main intention, of improving the world by doing good. It makes perfect sense, morally, for countries, especially the richest ones, to become or remain generous in welcoming economic immigrants and refugees fleeing underdevelopment, poverty or armed conflicts... But, in other aspects, it is not that simple, even in the moral aspect, since we are not, on average, equal or compatible culturally, psychologically and cognitively, nor perfectly within the groups with which we associate, imagine in relation to individuals from different cultures and psycho-cognitive profiles? This means that, sooner or later, cultural conflicts, an euphemism for an increase in different types of crimes, will begin to occur in the regions that are most receptive to foreigners. Secondly, it is also important to think about the well-being of those who live in the regions, cities, states or countries that open up to immigration, not just immigrants and refugees. In other words, empathy should not be directed only at one group... Thirdly, as sad as human problems and conflicts may be, it is necessary to accept that we are not capable of solving all the problems in the world, also in the sense of receiving a very large influx of refugees and economic immigrants. To put an end to this "super savior syndrome", replacing it with a realistic approach. As a result, other measures could be considered to help the "most needy" abroad without resorting to mass reception without quality control, since yes, there seem to be many ill-intentioned individuals who request refugee asylum or enter as economic immigrants. What is certain to say is that the generous reception of foreigners who are theoretically at risk does little to help resolve conflicts or problems in their countries of origin, like throwing buckets of water in the hope of putting out a fire. In addition, it ends up importing problems to the host countries, without a quality filter... Finally, what seems to be a simple, pragmatic and direct thought of maximum kindness ends up behaving like a great well-intentioned imprudence that does not take into consideration the maximum details that make all the difference in the final judgment.

Alguns fatos MUITO politicamente incorretos sobre o Brasil que você deveria ou precisa saber/Some VERY politically incorrect facts about Brazil that you should or need to know

 1. O Brasil não foi descoberto e nem invadido 


Porque não existia quando os portugueses chegaram por essas "bandas". O que é possível de se dizer é que as terras que estavam ocupadas por tribos indígenas americanas foram descobertas e invadidas entre e pelos europeus. O Brasil mesmo é uma invenção portuguesa, com certeza: branca, europeia e "opressora"....


2. O Brasil não é um país subdesenvolvido apenas por causa do tipo de colonização 


Só se você acusar a importação numerosa de mão de obra africana escravizada... Aí faria mais sentido, com base na ciência verdadeira, transformada em heresia, atualmente, das diferenças intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos... 


Mas você também poderia culpar a "elite branca", por ser ela a maior responsável pela gerência corrupta e estúpida desta nação desde quando era uma colônia de Portugal e ainda mais a partir de sua independência. Politicamente incorreto, mas para a direita...


3. Se não fosse pela tentativa de "embraquecimento" de sua população, é provável que o Brasil seria ainda mais pobre e incivilizado


Novamente, com base na ciência verdadeira, transformada em heresia pela "esquerda" burguesa, a priori, apenas com base na observação de padrões (tendências recorrentes ou que se repetem independente das condições do meio) sobre variações de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos. Pois se o Brasil tivesse muito mais descendentes de japoneses e alemães, por exemplo, talvez, teria se tornado até menos subdesenvolvido e problemático do que é...


Mas não sei se seria melhor se tivessem mais ibéricos e italianos de "raça pura" por aqui, já que tendem a ser mais corruptíveis que germânicos e nipônicos, notável pela própria "elite branca" brasileira, predominantemente composta por descendentes dessas populações (será que estou sendo "racista" ou "etnicista" com os europeus do sul???) 


4. O melhor, mas também o pior do Brasil, é o brasileiro 


Tem muita gente especial neste país, dotada de empatia, educação, honestidade... Mas, infelizmente, a proporção de pessoas desprovidas de virtudes, especialmente as citadas, parece muito maior...


5. O Brasil não vai se desenvolver plenamente apenas com uma "educação de qualidade"


Porque, se já nascemos com potenciais e limites pré determinados com base no que herdamos dos nossos pais, incluindo traços mentais, de inteligência e personalidade, então, não basta apenas implementar melhorias no sistema educacional, nem se forem significativas, e esperar por uma mudança absoluta nas médias de desempenho acadêmico e de funcionalidade da maioria da população brasileira. E justamente por esse fato, inconveniente para muita gente que acredita nos supostos milagres da "educação', existem apenas duas maneiras de promover o aumento real e sustentado das capacidades cognitivas do povo brasileiro: pelo incentivo de imigração qualificada e massiva, em outras palavras, de muitos estrangeiros de "alto QI" {110 e mais} (usando QI como parâmetro primário de inteligência) e/ou pelo incentivo natalista de brasileiros dotados de "altas capacidades" (não apenas as que são analisadas por testes de QI) e o oposto, de controle da natalidade, para os brasileiros que apresentam baixas capacidades (política de filho único, por exemplo), que afetaria a maioria da população... 


Eeh, sim, eugenia... (Não, não é o mesmo que "nazismo", mas é isso...)


Ainda acrescentaria as minhas propostas de reforma do sistema educacional (que eu já publiquei em alguns textos) que podem contribuir para maximizar o potencial cognitivo e humano desse país...


Só assim tá???


Engole o choro. 



1. Brazil was not discovered or invaded

Because it did not exist when the Portuguese arrived in these "areas". What can be said is that the lands that were occupied by Native American tribes were discovered and invaded by and among Europeans. Brazil itself is a Portuguese invention, for sure: white, European and "oppressive"....

2. Brazil is not an underdeveloped country just because of the type of colonization

Only if you blame the large import of enslaved African labor... Then it would make more sense, based on true science, now transformed into heresy, about the intrinsic differences in behavior and intelligence between individuals and human groups...

But you could also blame the "white elite", because they are the ones most responsible for the corrupt and stupid management of this nation since it was a colony of Portugal and even more so after its independence. Politically incorrect, but for the right...

3. If it weren't for the attempt to "whiten" its population, it's likely that Brazil would be even poorer and more uncivilized

Again, based on true science, transformed into heresy by the bourgeois "left", a priori, only based on the observation of patterns (recurring trends or those that repeat themselves regardless of environmental conditions) on variations in behavior and intelligence among individuals and human groups. Because if Brazil had many more descendants of Japanese and Germans, for example, perhaps it would have become even less underdeveloped and problematic than it is...

But I don't know if it would be better if there were more "pure-race" Iberians and Italians here, since they tend to be more corruptible than Germans and Japaneses, as is evident from the Brazilian "white elite", which is predominantly made up of descendants of these populations (am I being "racist" or "ethnicist" with Southern Europeans???)

4. The best, but also the worst, of Brazil is the Brazilians

There are many special people in this country, endowed with empathy, education, honesty... But, unfortunately, the proportion of people devoid of virtues, especially those mentioned, seems much higher...

5. Brazil will not fully develop with just a "good education"

Because, if we are born with potential and limits predetermined based on what we inherited from our parents, including mental traits, intelligence and personality, then it is not enough just implement improvements in the educational system, even if they are significant, and wait for an absolute change in the average academic performance and functionality of the majority of the Brazilian population. And precisely because of this fact, which is inconvenient for many people who believe in the supposed miracles of "education", there are only two ways to promote a real and sustained increase in the cognitive abilities of the Brazilian people: by encouraging qualified and massive immigration, in other words, many foreigners with a "high IQ" (110 and above) (using IQ as the primary parameter of intelligence) and/or by encouraging Brazilians with "high abilities" (not just those that are analyzed by IQ tests) to have more children, and the opposite, by controlling births for Brazilians who have low abilities (an one-child policy, for example), which would affect the majority of the population...

Hey, yes, eugenics... (No, it's not the same as "Nazism", but that's it...)

I would also add my proposals for reforming the educational system (which I have already published in some texts) that can help maximize the cognitive and human potential of this country...

Is that the only way to do it,ok???

Swallow your tears.