Por ser quem definitivamente desperta das ficções humanas, de suas mentiras mais profundas e das mais recentes. Das mais obtusas e das mais envolventes. Que mesmo quando ainda vivia adormecido, suspeitava daquele falso mundo. Já tinha um instinto, um faro pra verdade. E quando acordou, viu que nunca mais conseguiria retornar, que era um caminho sem volta. Que nada é tudo. Que existe a essência e o superficial. O estático e o estatístico. O estético e o sentido. Viu que nenhum lado está mais certo. Que o político é como o Arquiteto. Que agentes Smiths não são apenas homens brancos de óculos escuros e ternos. Que era mais um bloco de tijolo no grande muro do poder. Que quando caiu no poço fundo, deixou de ser mais uma pilha de crer. E que não escolheu a pílula vermelha. Apenas mais uma metáfora. Não escolheu o caminho que sempre o perseguiu, que sempre seguiu. O único caminho da verdade, da única filosofia. Do deserto do real. Do vazio da solidão. De todo corpo que é espírito. Que tem a chama de um desejo absoluto e infinito. Que um fato não é mais bonito que bruto. E que depois de se despir de toda alienação, lhe resta o mais importante, viver. Não para os outros, mas primeiro para si próprio. Não para uma sociedade, ainda que continue tão dependente, se nunca deixamos de estarmos unidos. Não para um ideal fajuto. E mesmo que continuem tão ou mais surdos, cegos e mudos, de continuar lutando contra os seus demônios (seus mitos). E mesmo sabendo que não haverão prêmios, nem de consolação, de que não há maior vitória do que se manter íntegro ao que é mais importante. De continuar carregando a tocha da evolução humana, mesmo sem um coletivo com o qual possa compartilhar essa responsabilidade. De uma vocação verdadeira. Um chamado que não pode evitar, que não pode deixar de ouvir e atender. O chamado que chama a todo momento em que se vive. O chamado mais constante do existir.
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domingo, 13 de abril de 2025
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Sobre fiiliação político-ideológica e níveis de consciência
Para entender o texto, esse aqui como referência inicial: "Uma metáfora literária e níveis de consciência")
Pessoas que se declaram de esquerda ou progressistas, em média, estariam mais inclinadas ao hiperrealismo, ao nível mais alto de consciência, mais existencial, filosófico... relativamente relacionado com os níveis de auto-atualização, ainda que, nesse caso seria caracteristicamente insuficiente, acabando por cair em um nível intermediário entre o surrealismo e o hiperrealismo, esse primeiro um nível inferior de consciência, mais ideológico e tipicamente humano.
Já as pessoas que se declaram de direita ou conservadoras estariam mais inclinadas a cair em um nível intermediário entre o realismo, o reino existencial dos instintos, absoluto entre os animais de outras espécies, e o surrealismo, o reino existencial da ideologia, humano por primazia.
Carpe Diem ou o trabalho liberta??
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sábado, 4 de julho de 2020
Realismo, surrealismo e hiperrealismo
REALISMO
"Sigo apenas os meus instintos. Não distingo o que percebo do que sinto. Mal sei sobre o meu passado e o meu futuro. Vivo o presente, mas o chamo apenas de tempo. O espaço domina minha consciência.. sobrevivência é o que mais sei da realidade"
Nível instintivo de consciência.
São todos os seres vivos não-humanos mas nenhum humano, totalmente.
SURREALISMO
"Sinto mais o tempo do que o espaço. Por isso que eu fujo dele. Me refugio em um mundo de fantasia. Acredito que palavras valem mais que fatos. Eu acredito, e isso me define. Se em deus(eus), eternidade ou ideais máximos. Porque eu entendo menos o que sinto. Eu sei do meu passado, do meu futuro, que morrerei. E a certeza que viverei pra sempre. Eu posso pensar que o dinheiro vale mais que a vida. Ou que a minha classe social define a minha essência. Eu sempre interpreto o mundo por minha ideologia."
Nível idealista/ideológico.
A maioria dos seres humanos.
HIPERREALISMO
"O tempo domina minha consciência. Sou como um relógio, sempre atento à sua rápida passagem. Minhas lembranças são tão fortes quanto o meu presente, assim como a minha ansiedade sobre o futuro. Eu vivo no agora, e sei o que é. Sou melancólico, pois sei que tudo é efêmero, que somos todos iguais, em essência, que não há vida após a morte. Que nos resta viver em busca do amor, do prazer/da felicidade, de aproveitar ao máximo esse sopro de existência. A verdade tem um valor absoluto pra mim. E o oposto para a mentira."
Nível filosófico.
Predomínio em poucos seres humanos.
* Sempre importante destacar que todos nós expressamos os três níveis. A diferença está em como que se distribuem ou predominam individualmente. Os comparo às diferenças entre tempo e clima. O clima é a sucessão de diferentes estados do tempo que se repetem e se sucedem na atmosfera ao longo do ano em determinada região, enquanto que o tempo é a variação do seu humor a todo momento. Um indivíduo hipotético que é mais surrealista, pode apresentar momentos de maior hiperrealismo ou realismo. Por exemplo, quando é guiado apenas por seus instintos, está expressando um nível comparativamente mais baixo de consciência. Sempre quando pensa sobre verdades "absolutas", que eu prefiro chamar de existenciais, está expressando um nível hiperrealista de consciência. Eu, por ter alcançado ao nível hiperrealista, o tenho como minha normalidade cotidiana.
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