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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

O desprezo da educação superior em relação ao que é mais importante para o trabalho acadêmico/científico

 Para ser um excelente cientista ou pesquisador é preciso ser curioso, criativo, racional, prático, intelectualmente honesto, humilde e independente; precisa ser bom para perceber padrões e ter atenção aos detalhes. 


No entanto, a educação superior, assim como o sistema de ensino, de maneira geral, privilegia quase que exclusivamente a inteligência cristalizada em seus processos de seleção de concorrentes e avaliação de estudantes, partindo da suposição de que, todo aquele que pleiteia o trabalho acadêmico/científico precisa apresentar uma grande capacidade de memorização, já que se baseia na aplicação de provas generalistas, que avaliam conhecimentos gerais, desprezando completamente essas características citadas que são fundamentais a um bom cientista ou pesquisador... Sem falar que são provas generalistas que visam avaliar a capacidade de se especializar em uma determinada profissão, isto é, de aprender conhecimentos específicos, o que, pra mim, não parece fazer sentido lógico. Como resultado, é possível que, muitos daqueles que apresentam perfis para exercer essas funções, por não serem grandes memorizadores, não estão sendo selecionados pelas universidades, e em prol de uma maioria de indivíduos que apresenta características opostas às do arquétipo do cientista ou pesquisador: de obediência acrítica e de imaginação, curiosidade e racionalidade insuficientes...


Claro que eu não estou desprezando a importância da capacidade de memorizar ou apreender conhecimentos gerais, mas que apenas isso seja avaliado durante o processo seletivo. 

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