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segunda-feira, 19 de abril de 2021

O filósofo, o filosofista e o fisólofo

 Primeiro, o que é ser um filósofo?


O filósofo é aquele que sempre busca pela sabedoria: conhecimento ou verdade objetiva, mesmo em relação àqueles que pode identificar como inconvenientes para o seu conforto pessoal. Ao buscar apenas pelo que é verdadeiro, o filósofo também deve se principiar pelas verdades mais importantes, as existenciais ou absolutas, por também serem as mais básicas, até mesmo para estar sempre melhorando o seu julgamento moral.

 

O filósofo não precisa ser graduado em um curso de filosofia, ser professor de filosofia ou ser popularmente reconhecido como tal. Da mesma maneira que a prática filosófica não se consiste, em sua verdadeira essência, em inventar novos termos com variável relevância, escrever artigos enormes e difíceis de serem compreendidos, ou então, de ser um exímio escritor, tal como foi o Friedrich Nietzsche. Se o que mais importa é o mais simples de tudo isso, ser fiel à verdade.


Pode parecer uma absurda pretensão de minha parte, mas, eu acredito que posso ser considerado um exemplo de alguém que busca pela sabedoria ou um filósofo, de fato, principalmente por ter compreendido a importância (absoluta) da verdade em minha, em nossas vidas, e, por sempre me basear nas mais importantes, as existenciais. Realmente pode parecer muito arrogante, mas, o ofício de filósofo significa exatamente o oposto de orgulho, buscando ser o mais humilde e respeitoso com a verdade, evitando adulterá-la para o conforto do próprio ego. No entanto, eu ainda não poderia ser ou me considerar como um legítimo filósofo, porque não me bastaria ser fiel aos fatos, se eu também deveria colocar o que penso e concluo, em prática, lutando pela melhoria de "minha" sociedade, a partir da sanidade máxima, que se consiste a proposta filosófica. Eis aí o maior empecilho para que, qualquer um que seja coerente com a verdadeira sabedoria, consiga se tornar influente e mesmo determinante no curso da dinâmica social, cultural, enfim, existencial de nossa espécie, pelo menos a nível local, mediante o tremendo domínio das pseudo-filosofias e dos seus agentes em nossas vidas.


A segunda categoria que eu estou definindo aqui, é o de filosofista, que seria alguém que lida com material filosófico e, sendo muito comedido com o adjetivo "filosófico", porque, um bocado desse material, se tivesse que passar por um pente fino para avaliar a qualidade do seu conteúdo, seria reprovado em primeira instância. Este grupo, que também pode ser pejorativamente chamado de "filósofo de diploma", se consiste na grande maioria dos autodeclarados filósofos, que são aqueles que se formam em cursos de filosofia, que se tornam 'professores" de filosofia e ou acadêmicos versados neste tema, mas que não o praticam como deveriam, isso quando não se especializam em ideologias que, além de se passarem por filosóficas, ainda por cima a negam, em sua essência, por exemplo, quase todas as que estão alinhadas com o conservadorismo de direita. Pois se é demasiado custoso lutar literalmente em prol de uma prática filosófica sistemática, por exemplo e a princípio, pelos direitos humanos (de maneira racional),  o mínimo que um filósofo que se preste deveria fazer é o de nunca negar fatos e, também, de nunca dar desmedida importância à estética do seu pensamento do que em relação à qualidade do seu conteúdo. No entanto, a maioria dos filosofistas parece que, realmente acredita que a filosofia, em sua prática, se fundamenta em escrever teorias/ou hipóteses, inventar novos termos (com alguma ou nula significância), enfim, de pensar por pensar... eles também estão entre os mais fanáticos por suas ideologias de aderência, se como desenvolvedores, seguidores radicais ou, então, criadores. Daí parece que a principal diferença entre um desses "filósofos" e uma pessoa comum é que ele pensa, fala e escreve com excessivo rebuscamento, mas, para dizer a mesma coisa, que ele pensa que suas opiniões subjetivas ou pessoais, vezes, parcamente trabalhadas, que estão refletidas em sua(s) ideologia(s), são verdades absolutas..


Já, em relação ao professor de filosofia, ele parece mais preocupado em falar sobre os 'filósofos" do passado e do presente, do que (tentar) ensinar aos seus alunos o que seria o verdadeiro filosofar, a prática mais importante da filosofia, que é o melhor pensar para o melhor agir, tendo a si mesmo como o seu próprio exemplo. Falando nisso, eu usaria como exemplo notório ou conhecido de alguém, que se encaixaria no conceito de filosofista, o Henry Bugalho, que é  youtuber, escritor e sim, (autodeclarado) filósofo brasileiro. Até me atrevo a e dizer que a grande maioria dos filósofos historicamente reconhecidos também cairia nessa categoria. Vale ressaltar que, apesar da característica insuficiência do filosofista quanto a respeitar e seguir a essência da filosofia, que é a sabedoria, boa parte do material filosófico de valor (dotado de veracidade e praticidade) existente, têm sido produzidos por esse tipo.


Agora, os charlatães da filosofia ou f

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Verdades inconvenientes sobre e para ''Lgbt's''

 1. Não existe comunidade LGBT+++++


Para que haja uma verdadeira comunidade, primeiro, deve haver convívio significativo entre os que se identificam com a diversidade sexual, de preferência, em ambientes específicos, projetados para essa finalidade.


Com o convívio, viria a solidariedade, né??


Talvez, porque, por agora, o que temos são os contatos que fazemos e que, em sua maioria, só servem para marcar encontros casuais.


Amizades???


Existem, mas parecem ser mais raras. Porque eu estou me referindo a este senso de solidariedade, não necessariamente uma sororidade, até, porque, Lgbts de mal caráter nunca deveriam ser aceitos. De, lgbts se ajudando, reconhecendo a luta de cada um para sobreviver nessa selva humana cheia de "primatas" e "dinossauros" que os odeiam por instinto.


Por isso que, por enquanto, ao invés de uma comunidade, o que nós temos mesmo é uma "cúmunidade"...


2. LGBTQIA++???


Tal como "presidenta" é um termo feio e sem razão que tem sido adotado por muitos progressistas brasileiros, recentemente, aconteceu uma mudança "discreta" nessa sigla usada para representar os LGBTs, e que não foi decidida democraticamente, claro.


De LGBT para.. LGBTQIA+++..


(++++ 3,14..., será que ainda vai ter continuidade???)


Supostamente, se não tiver "queer" na sigla, "queers" não se sentirão representados... só que, na verdade, parece que não é bem o que acontece.. De qualquer maneira, aumentá-la, assim, exageradamente, seria como se eu sempre passasse a me apresentar aos outros, em qualquer conversa, usando o meu nome completo. Soa bobo e inútil.


"... porque nós, da 'comunidade' LGBTQIA+++..."


"... eu acho que os LGBTQIA..."


"Uma simples camponesa, de nobre coração, que vai todos os dias ao bosque recolher lenha"..


Acho mais elegante e simples se substituíssemos essa sigla por "diversidade sexual" e fim de papo...


2.1 Pronomes neutros


Parece até que a luta LGBT passou a se resumir à forçação de barra para mudança nos pronomes do que por algo mais importante, além de assassinar a língua portuguesa.


3.  Estereótipos (heteronormativos) e tribalismos ...


... são a regra e não a exceção. Justamente aqueles que pedem tolerância, aceitação e respeito, são os que mais se rotulam e com requinte de crueldade. Porque não há convívio comunitário e busca pela compreensão mútua, picuinhas entre tipos e tribos têm predominado e intoxicado as interações, principalmente nas redes sociais.


4. Bis, gays da terceira idade e lésbicas, foram "esquecidos no churrasco" (vegano, de preferência)


A ignorância em relação a nós, bis, continua forte entre os habitantes do "Vale". Lésbicas e gays idosos nunca são igualmente considerados na mídia Gay.. fala-se sobre "entretenimento LGBT" mas, o que temos, em muitos desses sites, é um predomínio do "gay padrão": geralmente branco, jovem, atlético, bonito e com um sobrenome anglo saxão...  o mesmo em relação aos filmes pornôs. A grande maioria é de "gay padrão" e reforça estereótipos do tipo "gay alto não pode ser passivo/gay baixinho só pode dar o rabicó"...



5. Importantes inconveniências particulares sobre os "trans"


- se baseiam na mentira de que "nasceram no 'corpo errado'". Hora, quem nasce com uma doença crônica é quem nasceu no corpo errado, desculpem;


- não existe real "transição sexual" mas "aproximação ao sexo desejado";


- muitos rejeitam a própria androginia pois a concebem apenas como uma fase transitória;


- muitos, mas especialmente os ativistas, acreditam na existência de "crianças trans", de que elas têm total autonomia para "mudarem" de sexo apesar de serem muito imaturas para poderem decidir sobre algo que impactará suas vidas de maneira significativa, sem falar nos efeitos desconhecidos, por exemplo, de inibidores de puberdade, usados durante o tratamento de "transição";


 - Se baseiam na ideia de que o transexualismo seria uma espécie de intransexualidade biológica ao invés de "apenas" mental, e que as intervenções seriam "reparações' do que estaria errado. A partir daí, criam um terror psicológico em que, supostamente, só é aceitável o conceito de transexualismo como uma condição absolutamente biológica e igual à intransexualidade;


-- Mas, na verdade, o transexualismo é parte inexorável do rol de comportamentos transnaturais tipicamente praticados por seres humanos, tal como a musculação, o uso de roupas, cirurgias plásticas e mudanças estéticas capilares.. e seria muito mais honesto se eles aceitassem o que primariamente são;


- parece que as "agendas" LGB e  T se diferem um bocado, se os primeiros querem ser reconhecidos pelo que (também) são, quanto às suas inclinações sexuais, enquanto que os/as trans, em média, parece que querem ser reconhecidos pelo que não são (absolutamente iguais ao sexo que sentem pertencer);


--ativistas trans radicais querem alterar o conhecimento básico que temos sobre a sexualidade humana, por exemplo, "recomendando" a eliminação de "estorvos" semânticos, tal como as palavras homem e mulher, substituindo-as respectivamente

 por "pessoa com pênis" e "pessoa com vagina". Preciso dizer que eles querem impor isso sem qualquer tentativa de diálogo, né?? ;


6. A homofobia é inaceitável. Mas, ter opiniões críticas sobre a diversidade sexual, não..


Ninguém é obrigado a gostar da "homossexualidade" e ainda pode ter razões bem ponderadas para essa antipatia, por exemplo, pelo "medo" de que seus filhos nasçam assim, quanto ao maior risco de contágio de ISTs; pode citar sobre as correlações positivas entre comportamentos desequilibrados, tal como o alcoolismo e o uso de drogas, e a diversidade sexual... O ideal seria que a crítica fosse a mais educada ou emocionalmente neutra possível. E mais, porque nós precisamos ouvi-las para saber no que não está realmente legal, como podemos tentar melhorar e para nós mesmos.


7. Boa parte da culpa pela elevada incidência de ISTs entre não-heterossexuais é deles mesmos e não da homofobia


Também é culpa dessa ideologia do hedonismo anti-monogâmico, que é tão prevalente entre eles/nós, forçando muitos que gostariam de estar em um relacionamento fixo, a procurarem por relações casuais para sanarem as suas vontades (eu, por exemplo). Mas, ainda tem um monte de "gay" que não se preocupa em tomar nem o mínimo de medidas profiláticas para não acabar contaminado com doença venérea e se tornar um vetor.

Nível de maturidade intelectual/humana

 Do ideológico-artístico/surrealista ao filosófico-científico/hiperrealista)



Nível ideológico/artístico ou imaturo


Predominante em seres humanos


Características


Subjetivismo:


"Eu acredito apenas no que quero acreditar ou naquilo que me faz sentir bem"


Domínio da fantasia: da linguagem metafórica ou conotativa em relação à denotativa ou literal:


"Deus irá te ajudar"

"Armas matam"


Grande dependência psicológica por ideologias:


"Eu só creio naquilo que a minha ideologia prega porque eu sei que nunca erra"


"Me basta crer para saber"


Distorção ou imprecisão dos fatos:


"Todos os homens são estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é crime, doença ou pecado"


"Raças humanas não existem. Os seres humanos são absolutamente iguais. Apenas o ambiente e/ou a criação que nos faz diferentes"


Arrogância e desonestidade:


"A realidade é tudo aquilo que a minha ideologia prega ou diz. Existem verdades 'inconvenientes' que sempre precisam ser filtradas."


Alienação à hiperrealidade:


"Dinheiro vale mais que vidas"


"Eu tenho certeza que existe vida após a morte"


"Somos essencialmente diferentes. Os de classe social mais 'alta' são (absolutamente) superiores aos das outras classes"




Nível filosófico-científico ou hiperrealista: nível máximo de maturidade intelectual


Raro em seres humanos


Características


Objetivismo:


"Apesar de ter as minhas crenças e opiniões, eu preciso buscar pela verdade objetiva para ser justo"


Domínio da verdade: preferência pela linguagem denotativa ou literal sobre a conotativa ou metafórica.


"Se deus existisse, tal como muitos acreditam, ele apareceria, 'em pessoa', para te ajudar"


"Não são as armas que matam, mas quem as usa"


"Podemos ser essencialmente iguais, por sermos humanos (e vidas). Mas, também somos diferentes"


Grande desconfiança em relação às ideologias:


"A realidade precisa se sobrepor a qualquer ideologia, até mesmo para que possa ser testada quanto ao seu nível de veracidade ou justiça com os fatos."


"Eu preciso saber para crer"


Precisão aos fatos:


"A maioria dos homens não é de estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é basicamente uma variação da sexualidade"


"Raças humanas existem. Os seres humanos (e vivos) são essencialmente iguais, mas diferentes em suas 'superfícies'. Criação e ambiente não são os únicos fatores relevantes para os nossos desenvolvimentos, intelectual e moral, porque já nascemos com predisposições ou tendências para os mesmos"


Humildade:


"Eu preciso aceitar os fatos, para então, buscar pela melhor maneira de me adaptar à realidade"


Compreensão e vivência a partir da hiperrealidade:


"Dinheiro é apenas papel. A vida não tem preço"


"Somos essencialmente iguais por sermos seres frágeis e finitos. Por isso que, a solidariedade e a igualdade deveriam ser princípios básicos para todos nós"

Afinal de contas, pra que serve a ONU???

 Para limpar as ruas cheias de corpos carbonizados, depois de mais um conflito armado irracional??


Para mandar ''cartas de repúdio'' aos ditadores(Bolsonaro,Orban,Putin,etc,etc)  ??


Para perdoar banqueiros e olhar com pena para os efeitos sociais das "crises econômicas"??


Para pedir, por favor, que a "humanidade" pare de destruir o meio ambiente por dinheiro??


Supostamente, para servir como um poder moderador, supranacional, mas, na realidade, agindo como um fantoche de "poderosos" sem escrúpulos, como um teatro montado pelo "homem branco", de "comunidade internacional" ou de "civilização global"...

O caminho aparentemente mais fácil (da verdade/da sabedoria) e o das esquerdas

 Quando antirracistas dizem que não existe racismo contra brancos, muitas pessoas, corretamente, discordarão desse raciocínio, por ser injusto ou inverídico.


Mas, era pra ser bem simples: condenar o racismo, diferenciando-o de escolhas ou gostos pessoais e concordar que os brancos também podem sofrê-lo, mesmo se nenhum deles tivesse sofrido, se é uma falácia dizer que algo tão universal, como o tribalismo (o racismo é uma variação dele), aconteça de maneira restrita ...


Quando marxistas dizem que a União Soviética foi uma nação exemplar, que cometeu apenas equívocos isolados e/ou que Stálin não foi um tirano genocida, muitos repudiarão ou ficarão corretamente indignados com essas declarações, afinal, se consistem em distorções de fatos históricos, que é o equivalente a negar o holocausto, enfatizando apenas as "bem feitorias" do nazismo, por exemplo, de que Hitler acabou com o desemprego na Alemanha da década de 30 do século XX.

 

Pois eu aposto que haveria um grande aumento no número de seguidores e apoiadores para as esquerdas, principalmente de "centristas", se elas deixassem de lado essa submissão cartesiana às suas ideologias de maior aderência, se em relação aos identitarismos ou ao marxismo, e focassem diretamente na justiça social.


Mas, parece que as esquerdas escolheram lutar ou seguir pelo caminho mais difícil, de negar ou distorcer algumas verdades muito importantes (possivelmente acreditando que fazem o oposto) e, mesmo assim, esperando que a sua popularidade irá aumentar. Se fossem apenas coerentes com aquilo que mais pregam, a justiça social; se ser justo é o mesmo que buscar pela verdade...

terça-feira, 6 de abril de 2021

Sobre antipunitivismo



"Toda ação tem consequência"


Pois os partidários do ''anti-punitivismo'' parece que advogam pelo fim dessa máxima, aplicada juridicamente, em que, por exemplo, as diferenças de gravidade de crimes cometidos devem ser apagadas em prol de abordagens supostamente mais empáticas...


"O crime* compensa"


Se aplicarmos tudo aquilo que pensam e defendem os antipunitivistas, pode apostar que isso se transformará em uma realidade absoluta, se mesmo a ação mais hedionda ainda seria tratada de maneira branda, praticamente condescendente com aquele que a praticou, em que, o "fazer justiça", no sentido de "agir com reciprocidade", passa a ser substituído por uma compaixão desmedida, não pela vítima, claro, especialmente se já estiver morta, e sim pelo agente causador de dor e sofrimento...


  * crime aqui, especificamente no sentido mais objetivo que inclui roubo, agressão: estupro, homicídio... e que ainda pode ou poderia se estender para além dos seres humanos incluindo os animais não-humanos que temos como domésticos e também os que têm sido literalmente usados para "nos servir".


"A Vingança nunca é plena, mata alma e a envenena"


Frase preferida de dez em cada dez antipunitivistas... pra eles, a justiça parece que é praticamente o mesmo que vingança e, portanto, sempre uma coisa ruim.


"A pena de morte e a prisão perpétua não ensinam ou regeneram o criminoso"


Esse parece ser o principal argumento dessa ideologia. Por isso que eles querem acabar com as punições mais duras, tal como a pena de morte. Mas, elas não foram criadas para ensinar uma lição ou tentar regenerar aquele que comete crime hediondo, e sim para puni-lo de acordo com a severidade do seu crime.


"A pena de morte é racista"


Se, nos EUA, existe uma desproporção de homens negros no 'corredor da morte', é inteligente, primeiro, buscar saber o exato porquê. Talvez, o problema não seja exatamente a desproporção de homens negros, mas a falta de mais indivíduos justamente condenados, incluindo, evidentemente, os de outras raças.


E, como eu já comentei em outros textos, nem raça, tal como pensam os racistas, nem classe ou situação social, tal como pensa a maioria dos progressistas (muitos que são antipunitivistas), levam um indivíduo a cometer crime hediondo, se todas são correlações, e sim a falta de caráter mesmo.


Pois parece que os antipunivistas querem acabar com a prática da justiça proporcional (mesmo que ainda muito imperfeita) que, se generalizado, poderia perdoar até mesmo o crime de corrupção política, que costuma fazer milhares a milhões de vítimas, direta e indiretamente, por exemplo, o roubo de dinheiro público que deveria ir para a saúde, na reforma e construção de novos hospitais, na formação de mais profissionais da área...


Então, provavelmente, ficaria assim:


Político corrupto??


Já pra cadeirinha do pensamento!! Que coisa feia!!


Os antipunivistas, em sua maioria, não pensam deste jeito por serem realmente mais bondosos, mas, principalmente para se sentirem bem consigo mesmos e ainda se passando como "sábios" perante os outros, isto é, mais por razões narcisistas e/ou egoístas do que, de fato, pensando em serem mais justos...


Afinal, o que é o mais certo:


Perdoar alguém que cometeu um ato de crueldade abjeta ou puni-lo por isso??


Quem perdoa a crueldade, só quer se sentir bem consigo mesmo. Tem pouco ou nada haver com analisar a situação de maneira imparcial e crítica para se chegar ao melhor veredito.


Você pode até achar que eu estou exagerando, que estou pintando uma caricatura dessas pessoas, mas é comum que, às que se submetem à uma ideologia tipicamente não-filosófica, isto é, excessiva ou desequilibrada, tal como à do antipunitivismo, ajam de maneiras intelectualmente desonestas, negando suas reais intenções quando confrontadas com as suas próprias contradições. Mas, é possível percebê-las pelo que defendem, não apenas o que já foi comentado no texto, bem como também o fim de sistemas prisionais.