''Qi maior do que Einstein''
Eu já comentei diversas vezes no meu antigo blogue sobre os muitos possíveis problemas que os testes cognitivos apresentam em sua tarefa original de mensurar/capturar o intelecto humano, em todas as suas nuances.
Ontem eu tive mais uma de minhas epifanias intuitivas, enquanto estava simulando uma auto-entrevista em minha cabeça demasiadamente criativa. Esta se consiste em um exemplo básico e que me pareceu bastante didático sobre a necessidade de se ''ir além dos resultados em testes cognitivos'', ainda que não esteja negando o seu potencial enquanto um mensurador parcial de nossos intelectos.
Portanto, sem mais demoras, lá vai o exemplo
''Vamos imaginar que eu tivesse chegado à uma psicóloga e tivesse dito a ela que eu sou muito criativo. Bem, todos nós sabemos que não basta a palavra da pessoa para chegarmos a qualquer conclusão. Também é muito importante que ela demonstre que o que está afirmando, está correto, é factual. A minha palavra quanto à minha criatividade não é um fato, é apenas uma afirmação e na melhor das perspectivas, será apenas uma hipótese. Então é importante prová-la e nada mais coerente do que por meio do método científico: preciso, lógico, objetivo... claro, em condições ideais. Então, a psicóloga, mancomunada com este pensamento óbvio, decide aplicar um teste de pensamento divergente pra mim. Eu faço o teste e o resultado é muito bom, pronto, instantaneamente, o que era dúvida se transformou em ''certeza'', ....eu sou um gênio criativo.... Saio da clínica feliz da vida e passo o resto da mesma como uma pessoa não-criativa, mas que tem certeza absoluta de sua genialidade, validada por testes cognitivos''
Voltando a este breve texto. Qual que seria a diferença entre este exemplo em relação aos testes de qi ou ''inteligência''**** (é uma interrogação, rsrs)
Pois é, não há. Eu poderia tranquilamente substituir o teste de ''pensamento divergente'' por um teste cognitivo clássico e manter o mesmo cenário que me parece muito comum. Isto é, nós temos uma proporção importante de pessoas que passam a se considerar como muito inteligentes ou mesmo, ''globalmente'' inteligentes, especialmente por causa dos resultados que obtiveram em baterias de testes psicométricos.
A inteligência PRECISA de comprovação, de demonstração constante quanto à sua expressão qualitativa.
Talvez, a maioria dos ''altos qis'' mostrem suas capacidades na aquisição de um grande escopo de conhecimentos. Mas aí cabe novamente a dúvida, e o uso deste conhecimento** E a precisão e qualidade deste conhecimento**
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