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sábado, 31 de outubro de 2020

Pra quem vive, o mundo está sempre acabando

O apocalipse é todo dia


Silencioso

 Mesmo sem ser


Constante 

Mesmo sem sentir


Mortal

Mesmo se (ainda) vive


Os segundos não têm piedade de nós 


As datas, as lembranças, as horas

Tesouros e ilusões 


Somos apenas um breve momento


O tempo não cabe numa folha de calendário


O tempo não existe e existe


O tempo apaga as velas de aniversário 


A vida ainda persiste

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Mais pensamentos sobre QI e inteligência

 QI é um meio e não um fim...


...porque é um teste.


Se todo teste é um meio que visa uma finalidade, no caso dos testes de QI, a inteligência.


Os testes cognitivos não são instrumentos verdadeiros ou diretos de mensuração daquilo que visam comparar e ranquear, porque não são equivalentes, por exemplo, à balança de peso. Eles sempre se correlacionam mais com as capacidades cognitivas do que, de fato, as refletirem com precisão, que exigiria análise individual e contextualizada....


Capacidade ou habilidade????


Capacidade não é o mesmo que habilidade, porque a capacidade é o potencial e a habilidade é o potencial desenvolvido.

 

Ser capaz (potencial para ser habilidoso) não é o mesmo que ser habilidoso.


Parece-me que os testes de natureza verbal (aritmética e de vocabulário) estão mais próximos de "medir" e comparar habilidades do que capacidades ainda que, a partir de critérios mínimos de proficiência.


De maneira geral, esses testes são como se estimássemos a altura pelo peso.


Medem a capacidade//habilidade de resolver a si mesmos, ainda que apresentem um bom poder correlativo.


O tipo de interesse também importa para a inteligência


Tem pessoas com grande capacidade cognitiva que dedicam boa parte dela em questões ou assuntos não muito intelectualmente estimulantes ou, então, o fazem, mas sem o intuito de expandir o conhecimento e/ou a compreensão, acabando até confundindo mais.


A direção que a inteligência toma também importa...


Por outro lado, tem aqueles que, apesar de não serem os mais inteligentes, ao menos em termos quantitativos,dedicam boa parte de suas inteligências em interesses intelectualmente interessantes e alguns até conseguem atingir um ótimo nível de proficiência em relação aos mesmos.


Isso, em partes, explicaria a inteligência avançada de muitos autistas apesar de suas médias comparativamente mais baixas em testes cognitivos. 

Não é a raça, é a masculinidade tóxica...

 


O tamanho do meu nariz não causa a minha timidez. A cor da minha pele não é responsável por minha irritabilidade...


O racismo é cientificamente inválido, porque os racistas estão sempre tentando estabelecer relações de causalidade entre traços físicos e mentais. No entanto, ainda existem correlações diversamente robustas entre essas variáveis e isso mostra que eles não estão errados em tudo, tal como a grande maioria dos progressistas (liberais ou marxistas) pensa.


Por exemplo, tem-se percebido uma desproporção de homens negros em atividades, explícita e/ou oficialmente criminosas, em comparação à homens brancos e "amarelos" (leste asiáticos). São dados estatísticos, compilados anualmente e que não são encontrados apenas no Brasil ou nos EUA. Aliás, vale dizer que, só pelo fato de existir uma constância de padrões correlativos de comportamento em dois países de dimensões continentais, já é um indício de que podem ter causas mais profundas.


Se pobreza ou desigualdade social fosse o único fator para uma maior incidência de comportamentos explicitamente violentos em certos segmentos da sociedade, então, a grande maioria dos "pobres" assim seria ou agiria.


Se raça fosse o único fator responsável por essa desproporção de comportamentos anti-sociais em certas populações, então, não existiriam indivíduos de outras raças atuantes em sua prática.


Existe um fator que apresenta um padrão significativamente robusto de causalidade com violência e/ou agressividade em homens: a masculinidade tóxica, que se consiste na expressão psicológica e cultural, exagerada, de comportamentos identificados como "masculinos" (insensibilidade, autoconfiança, dominância, anti-intelectualismo...). Pois parece que ela tem se manifestado de maneira ainda mais intensa em populações e/ou comunidades negras, justamente o resultado dessa maior presença de homens tóxicos e sua influência perniciosa sobre elas.


Aqui, ao invés de negar ou tentar distorcer essas estatísticas, tal como tem sido o costume entre humanistas para que, artificialmente, se submetam aos os seus ideais, eu busquei por sua causa mais intrínseca e/ou constante.


É plausível pensar que a pobreza aumenta o risco de que indivíduos possam acabar no mundo do crime. No entanto, o fato de ter uma maioria em circunstâncias sócio-econômicas parecidas que não segue o mesmo caminho, nos sugere que personalidade, índole e inteligência também são fatores relevantes//óbvios para explicar essa situação.

sábado, 17 de outubro de 2020

Você também é um super-introspectivo??

 Características "positivas" e "negativas" de se ser assim..


1. Você pode ou deve ser mais racional

2. Você pode ou deve ser mais empático 

3. Você pode ou deve ser mais autoconsciente 

4. Você pode ou deve ser mais perceptivo/perspicaz

5. Você pode ou deve ser mais intelectualmente honesto

6. Você pode ou deve ser mais criativo/imaginativo

7. Você pode ou deve ser mais intuitivo

8. Você pode ou deve ser mais justo

9. Você pode ou ser mais realista ou filosófico


10. Você pode ou deve ser mais neurótico/irritável 

11. Você pode ou deve ser mais ansioso

12. Você pode ou deve ser mais entediado

13. Você pode ou deve ser mais melancólico 

14. Você pode ou deve ser mais obsessivo 

15.Você pode ou deve ser mais medroso/arredio 

16. Você pode ou deve ser mais tímido/recluso

17. Você pode ou deve ser mais distraído

18. Você pode ou deve ser mais sensível

19. Você pode ou deve ser mais paranoico 

20. Você pode ou deve ser mais desajustado 


Como saber se você é um super-introspectivo??

 

Simples... busque estimar, observar ou saber com o máximo de precisão se puder,a quanto andas a sua ''frequência introspectiva''. Se você for assim como eu, do tipo que, em cada hora do dia, acordado, está em ''estado introspectivo'' por pelo menos meia hora, então, você pode se considerar como tal. 


Por exemplo, no meu caso, das 6h até às 23h, se eu estimar pelo menos meia hora, mas usá-la como média geral, então, eu terei por 17h, acordado, estado em introspecção por 8h aproximadamente.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Das chuvas de tarde

 Me lembro de chuvas

Que hoje são areias do deserto/passado 

Dos trovões, dos relâmpagos, dos raios 

Do cheiro de umidade 

Humilde, quando eu sou apenas as minhas saudades 

Das chuvas 

São tantas

Dos momentos de realidade

Que mais parecem um sonho 

E o pesadelo de todos os dias

Enquanto existe e definha 

a cruel e pobre humanidade 

O céu cinza 

As nuvens baixas 

A dança das árvores 

A casa é uma fortaleza 

As paredes e as necessidades

Os pensamentos e os sentimentos  

As chagas e as certezas

Na janela da cozinha 

Na cama do quarto

Lembro de outras brevidades 

Dos ventos que fazem redemoinhos 

Que definem a minha enfermidade 

Protegido, em vacilante silêncio

Sinto, vivo a totalidade 

O tempo no agora

Em que eu sou absoluto

Em que penso 

se não existe uma tal eternidade 

Efêmero como cada segundo

E eu sigo em frente 

Porque não existe outra vontade 


sábado, 10 de outubro de 2020

Melhor que os testes de QI...

... é saber se o indivíduo têm interesses específicos, duradouros e/ou intensos; a relevância comparativa desses interesses; o nível de criatividade, perspicácia e/ou de compreensão devotadas sobre os mesmos, independente das pontuações nos testes cognitivos (ainda que não recomende descartá-los).

Se os testes cognitivos tradicionais estão mais focados nos limites/fraquezas do que nos potenciais, uma análise de paixões/interesses individuais, principalmente às de natureza intelectual, foca mais nas forças já em pleno uso prático, isto é, contextualizadas no mundo real.

Análise psico-cognitiva >>> testes de QI

O que é mais importante??

Pontuar alto nesses testes ou demonstrar destreza objetivamente comprovável e constante em suas maiores paixões ou interesses??

QI é uma maneira preguiçosa ou pouco detalhista de ''analisar'' a inteligência humana. Foi designado para mensurar e comparar um grande número de indivíduos, mas não individualmente, que é tão ou mais importante.

Sem falar sobre sua maior fraqueza, de não mensurar ou estimar o quão preciso aos fatos, podemos ser ou estar, quer dizer, nossos níveis de lucidez, de sanidade intelectual, o aspecto mais básico e, portanto, mais importante da inteligência humana.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Razão, piloto automático/ manual e o meu exemplo

 Na primeira vez que pesei nesse ano, depois de um hiato sem acompanhar o meu peso, foi no dia 14 de julho, e eu tomei um susto porque já estava na casa dos 74 kg. Já, da última vez (29 de setembro) em que eu subi na balança, eu pesei 68,4 kg.


Apesar de medir 1,72 cm, o meu corpo não é padrão. Minha envergadura (~1,80 cm) é maior que a minha altura. Eu concentro mais gordura na barriga e nas pernas do que em qualquer outra parte do corpo. Isso mostra que a correspondência entre peso ideal estimado, baseado na paridade altura x distribuição total do peso (para homens) e peso ideal real, ao menos no meu caso, não é exata. Ao contrário da maioria dos caras, parece que eu preciso pesar uns 10 quilos a menos do que seria o recomendável. Ao invés de uns 70 quilos, entre 60 e 65. Tendência pra ter barriguinha também está nos "genes" ou na biologia. Enfim... desde aquela data eu comecei a mudar os meus hábitos alimentares. Claro que eu diminuí a quantidade de calorias que consumo por dia. Mas não ficou só nisso. Eu não quero acreditar que essa será mais uma dieta que farei para então voltar a engordar tudo de novo. Eu acredito que estou me reeducando e que é, portanto, um aprendizado permanente.


Mas, como isso realmente acontece??


Saio dessa abstração "reeducação alimentar" e vos digo como que tenho feito. Vou ser bem sucinto, a princípio: eu apenas penso... antes, durante e depois de comer, na refeição que me espera e, com frequência, também nas próximas refeições; penso na quantidade que pretendo comer, se não poderia comer menos, se não poderia deixar para o outro dia, fazendo escolhas; em manter no cardápio o que mais gosto sem ter que eliminar da minha dieta. Não estou vivendo só de vegetais. Toda semana, tem sorvete, farinha láctea.. o que eu comia antes, eu continuo comendo mas menos. Eu compenso. Se como além da conta ou se saio um pouco da quantidade que tenho comido, busco apertar o cinto no próximo dia. Até refrigerante eu não deixei de tomar. Só me preocupo em colocar quantidades mínimas, para lembrar do sabor. Eu tomo para não acumular minha tentação de tomá-lo e chutar o pau da barraca em um momento de tentação ou fraqueza. Quase tudo é questão de hábito. Antes, se tivesse uma caixa de bombons, eu comeria metade se me deixassem sozinho com ela, por pura gula. Hoje, eu penso.. com ponderação, faço esse diálogo interno e busco pela melhor alternativa. Por que comer metade ou toda a caixa se eu posso ir saboreando os bombons por muito mais tempo?? O grande pulo do gato está justamente aí pois se eu como muito em um só dia, a conta de perda e ganho de calorias ficará desfavorável para manter ou perder peso. Eu tenho horários restritos para comer e evito me esbaldar à noite. Está tudo planejado e quase sempre eu penso, eu simplesmente penso com objetividade, antes, durante e depois de comer. Mais feijão e menos arroz. Nunca gostei tanto de salada. Carnes só se for peixe. Pães e biscoitos recheados se tornaram raridade. Antes, eu estava vivendo no piloto automático, seguindo minha fome, tão constante quanto a minha preguiça e a minha introspecção. Eu não pensava no que fazia, seguia apenas os meus instintos. Estava fora de controle. Agora, eu costumo deixar no piloto manual para analisar o que é mais recomendável fazer. Hoje, eu uso a razão. E eu tento fazer o mesmo em relação a todo resto, analisando, refletindo, me firmando no que é mais verdadeiro ou cabível para, então, julgar o que vou concluir. Não digo que já alcancei a plenitude da razão por ser uma luta diária de não se deixar ser levado pelo piloto automático dos instintos. Isso significa que eu estou constantemente errando e aprendendo, sendo que em relação a alguns hábitos eu sinto que já estou mais estável. É um processo constante de se perguntar "o que é o melhor ou o mais ideal??". Graças à aplicação concreta da racionalidade, eu estou conseguindo atingir o meu objetivo. Tudo de maneira bem gradual, serena, orgânica, objetiva e lógica. Esse é um exemplo contextualizado ou específico. Se você também o pratica, lhe parabenizo mas, também, lhe digo que você pode praticar o mesmo em relação ao resto das suas ações, por exemplo, de suas atitudes para com o outro, nos momentos constantes em que precisa julgar como verdadeiro ou falso, pertinente ou frívolo, exagerado ou ponderado o que pensa e o que faz... é apenas uma questão de desligar o automático, mais vezes, nos momentos mais importantes e interagir com o mundo de maneira menos reativa.